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Em 1962, ela foi admitida como cosmonauta, junto a mais quatro mulheres - das quais apenas ela acabou indo ao espaço - principalmente por ser especialista em paraquedismo.
Depois do histórico vôo de Gagarin em 1961, o visionário Sergei Korolev, talvez o maior mentor do programa espacial russo, teve a idéia de enviar uma mulher ao espaço. Valentina Vladimirovna Tereshkova e mais outras quatro jovens foram selecionadas para um rigoroso treinamento, que incluía horas de centrífuga, testes de isolamento, vôos no jato MIG 15, mais de 120 saltos de pára-quedas e exaustivas aulas de engenharia espacial.
Assim mesmo elas não foram integradas ao corpo de cosmonautas na mesma condição que seus pares do sexo masculino. Na verdade, o primeiro vôo espacial de uma mulher só aconteceu por propaganda – e foi o líder soviético Nikita Khrushchov em pessoa quem escolheu Valentina.
No dia 16 junho de 1963 ela voou na apertada cápsula Vostok 6, tornando-se ao mesmo tempo a primeira mulher e a primeira pessoa civil no espaço. Foram 48 voltas em quase três dias em órbita da Terra (mais do que a soma de todos os vôos do Projeto Mercury).
Em 1964, Valentina e o cosmonauta Andrian Nikolayev se casaram e tiveram uma filha, considerada a primeira criança nascida de pais cosmonautas. Divorciada em 1982, casou-senovamente com Yuli Shaposhnikov, morto em 1999.
Ao realizar o primeiro vôo espacial de uma mulher, Valentina recebeu as duas principais condecorações do país, Herói da União Soviética e a Ordem de Lenin, além de outras comendas e homenagens importantes. Ela também foi presidente do comitê das mulheres soviéticas e tornou-se membro do Soviete Supremo, o parlamento da URSS, e do Presidium, um grupo especial dentro do governo soviético, tendo sido proeminente na política do país de 1966 a 1991.
Atualmente ela vive em Moscou.
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