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Sonda Cassini faz passagem próxima e fotografa três luas de Saturno

estadão.com.br

A sonda Cassini completou com sucesso, no fim da última semana, uma passagem próxima por três luas de Saturno -- Encélado, Tétis e Dione. Um dos principais objetivos do sobrevoo era dar aos cientistas uma nova oportunidade de estudar as chamadas" listras de tigre", fissuras na superfície de Encélado das quais partem jatos de gelo e matéria orgânica.

As primeiras imagens da passagem, realizada na sexta-feira, 13, foram divulgadas no sábado. Elas ainda não foram processadas e corrigidas.

A fotografia acima mostra Encélado, que tem um raio de 247 quilômetros, a uma distância de 38.758 quilômetros. A lua fica a 238.000 km de Saturno.

A imagem acima mostra Tétis, uma lua com raio médio de cerca de 530 km, vista a 38.327 quilômetros de distância. Tétis fica a 294.000 km do planeta Saturno. Sua paisagem é dominada, no hemisfério ocidental, pela cratera Odisseu, com  400 km de diâmetro.

A imagem acima, de Dione, foi feita a uma distância de 118.994 quilômetros da lua, que tem raio de 560 km e fica a 377.400 km de Saturno.

Sonda revela 'floresta' de jatos no polo de lua de Saturno

As novas imagens também oferecem a melhor foto em 3-D já feita de uma das fissuras da superfície da lua.

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Imagens feitas pela sonda Cassini durante sua aproximação da lua Encélado, do plkaneta Saturno, realizada em novembro, revelam uma "floresta" de gêiseres emanado do polo sul do satélite, e produziram o mais detalhado mapa de temperaturas da fratura por onde os jatos de material são emitidos, diz nota divulgada pela Nasa.

As novas imagens também oferecem a melhor foto em 3-D já feita de uma das "listras de tigre" - como são chamadas as fissuras que liberam partículas de gelo, vapor de água e matéria orgânica.


"Encélado continua a surpreender", disse, na nota, Bob Pappalardo, cientista de projeto da Cassini. "Com cada passagem, aprendemos mais sobre as atividades extremas e o que faz essa estranha lua funcionar".

Para as câmeras da Cassini que registram luz visível, a passagem de 21 de novembro foi o último olhar para a superfície do polo sul antes que a lua mergulhe num período de escuridão de 15 anos, e produziu as imagens mais detalhadas já feitas dos jatos.

Série de jatos fotografada pela Cassini durante aproximação de Encélado, em novembro. Nasa

Pesquisadores planejaram usar a passagem para procurar jatos menores, que não tivessem aparecido em imagens anteriores. Em um mosaico, cientistas conseguiram contar mais de 30 gêiseres individuais, incluindo mais de 20 nunca vistos antes. Pelo menos um jato que aparecia com destaque em imagens anteriores agora parece mais fraco.

"Esta última passagem confirma o que suspeitávamos", disse a líder da equipe de imagens da Cassini, Carolyn Porco. "O vigor dos jatos individuais pode variar com o tempo e muitos jatos, grandes e pequenos, irrompem ao longo das listras de tigre".

Um novo mapa foi criado, combinando dados de calor e de luz visível de um segmento de 40 km da maior das listras, batizada de Baghdad Sulcus. O mapa evidencia a correlação entre fraturas jovens na superfície altas temperaturas.

Nessas medições, os picos de temperatura ao longo de Baghdad superam os 180 Kelvin (-93º C), e podem chegar a um máximo de 200 Kelvin (-73º C).

Essas altas temperaturas provavelmente resultam do aquecimento das laterais da fratura pelo vapor quente que sobe e propele as partículas de gelo que são vistas nos jatos.

Descoberta reforça hipótese de oceano em lua de Saturno

Íons de água são mais um indfício de que é material líquido, e não gelo, que alimenta os gêiseres de Encélado.

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Em passagens recentes pelo jato de água congelada emitido por Encélado, uma das luas de Saturno, o espectrômetro de plasma da sonda Cassini encontrou quantidades inesperadas de moléculas dotadas de carga elétrica e poeira que fortalecem os argumentos em favor da presença de água em estado líquido e ingredientes da vida no astro gelado.

O espectrômetro de plasma, projetado originalmente para estudar o ambiente magnético de Saturno, mede a densidade, fluxo, temperatura e velocidade dos elétrons e íons - fragmentos de átomos e moléculas dotados de carga elétrica - que entram no instrumento. Desde a descoberta do gêiser de gelo de Encélado, no entanto, o espectrômetro também tem ajudado a analisar material captado dos jatos.

A pluma de gelo e vapor emitida por Encélado foi descoberta num estágio anterior da missão Cassini. Desde então, cientistas determinaram que as partículas ejetadas pela lua vão formar o anel E do planeta gigante, além de dominar o ambiente magnético ao redor de Saturno.

Agora, os pesquisadores ligados à Cassini informam ter descoberto íons de carga negativa na pluma de material. A maioria deles é de água, mas também há outros hidrocarbonetos. A descoberta é descrita na revista científica Icarus.

Com isso, a lua se junta à Terra, a cometas e a outro satélite de Saturno, Titã, como um dos locais do Sistema Solar onde essas partículas já foram detectadas. Íons negativos de oxigênio foram encontrados na alta atmosfera terrestre nos primórdios da era espacial. Na superfície terrestre, íons negativos de água são encontrados onde existe água em movimento violento, como em quedas d'água e no choque de ondas no oceano.

"Embora a presença de água lá não seja surpreendente, esses íons, que duram pouco, são uma evidência a mais de que há água, carbono e energia, alguns dos principais ingredientes da vida, presentes", diz o principal autor do trabalho, Andrew Coates, do University College London.

"A surpresa para nós foi ver a massa desses íons. Há diversos picos no espectro, e quando os analisamos, vimos o efeito das moléculas de água aglomerando-se, uma após a outra".

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