Nave com carga vital e presentes parte rumo à ISS


EFE

A Rússia lançou, a partir da base de Baikonur, no Casaquistão, a nave Progress M-06M com carga vital e presentes para os tripulantes da Estação Espacial Internacional (ISS), informou o Centro de Controle de Voos Espaciais (CCVE) russo.

O cargueiro foi lançado às 15h35 GMT (12h35, Brasília), nove minutos mais tarde se separou do foguete portador Soyuz-U, foi colocado na órbita prevista e empreendeu o voo autônomo para a plataforma orbital, à qual deve se acoplar às 16h55 GMT (11h55, Brasília) da próxima sexta-feira.

A Progress leva 2,6 toneladas de reservas de combustível, água, oxigênio, alimentos, roupa e diversos equipamentos, como cortinas destinadas a reforçar a proteção dos astronautas contra radiação, disse um porta-voz do CCVE à agência Interfax.

A nave também transporta presentes dos familiares para os tripulantes da ISS, principalmente doces e desenhos das crianças, assim como chocolates e frutas, segundo informou por sua vez o Instituto de Problemas Biomédicos (IPBM) da Academia de Ciências da Rússia.

Além disso, a pedido dos cosmonautas a bordo da Progress viajaram ao espaço vários filmes, programas de televisão sobre pesca e revistas de viagens, carros e também de pesca.

"Os cosmonautas estão rodeados de metal, por isso decidimos surpreendê-los e enviar, além disso, reproduções de quadros com paisagens, para que se sintam mais próximos da natureza", como disse à imprensa Olga Kozerenko, chefe do grupo de apoio psicológico do IPBM.

Este é o terceiro dos seis lançamentos de naves de carga da série Progress que a Rússia deve efetuar este ano.

A tripulação atual da Estação Espacial é integrada pelos cosmonautas russos Fiôdor Yurchikhin, Alexander Skvortsov e Mikhail Kornienko e seus colegas da Nasa americana Doug Wheelock, Shannon Walker e Tracy Caldwell.

Você acredita em Deus? Por que?

Parece chover no molhado, mas esta não é somente uma antiga questão, é a grande questão, é uma questão fundamental para muitas pessoas. 

Você, é claro, tem a sua opinião. O blog Mensageiro das Estrelas então lança este debate, exponha a razão da sua crença ou descrença, leia o opinião contrária e escreva uma réplica. 



Cada redemoinho de plasma no Sol é maior que um furacão na Terra

Marcelo Gleiser - Criação Imperfeita - Entrevista Espaço Aberto



Depois de anos tentando encontrar uma teoria única da natureza, o físico Marcelo Gleiser mudou de ideia. Ele acredita que o mundo é imperfeito e formado por um conjunto de assimetrias.

A Fé Cega - Deus, um delírio - Richard Dawkins - Legendado





Céu da Semana - 29 de junho a 5 de julho de 2010



Céu da Semana é produzido pelo Laboratório Aberto de Interatividade - LAbI da UFSCar
http://www.labi.ufscar.br

Universidade do Havaí aprova construção de supertelescópio


estadao.com.br

O conselho da Universidade do Havaí aprovou, por unanimidade, o plano de construção do que será, por algum tempo, o maior telescópio no mundo no topo do vulcão extinto Mauna Kea.

A decisão abre caminho para que os responsáveis pela construção do Telescópio de Trinta Metros (TMT, na sigla em inglês) busquem autorização do governo estadual para executar a obra na área de conservação. O objetivo é iniciar a obra em 2011 e tê-la completa até 2018.

Indígenas do Havaí opõem-se ao telescópio por considerar a obra uma profanação do pico, que consideram sagrado. Ambientalistas dizem que o telescópio poderá prejudicar um raro inseto local.

Mas o conselho universitário foi persuadido pela possibilidade de avanço científico, criação de empregos e estímulo econômico. A universidade tinha de aprovar o projeto porque detém os direitos de exploração do terreno onde ele será instalado.

"Creio que seria quase impensável não aprovar esse projeto, pelo que ele representa para a pesquisa científica e a astronomia, o que significa para a educação e as respostas que poderá trazer para desvendar os mistérios do universo", disse o conselheiro Chuck Gee.

Sete membros do público manifestaram-se a favor do telescópio. Nenhum oponente do projeto se manifestou, embora os críticos do TMT tenham sido firmes em suas manifestações no passado.

Das opiniões por escrito, foram apresentadas 30 a favor e dez contra.

A Universidade da Califórnia, o Instituto de Tecnologia da Califórnia e a Associação de universidades canadenses encabeçam o projeto.

O espelho principal do telescópio, com 30 metros de diâmetro, terá uma área de captação de luz nove vezes maior que a de qualquer telescópio óptico am ação atualmente. Uma vez pronto, o TMT será o maior telescópio em operação no mundo, mas não por muito tempo. O Observatório Europeu Sul (ESO) pretende construir um telescópio no Chile com espelho de 42 metros, também para entrar em operação em 2018.

O TMT será capaz de observar planetas em órbita de outras estrelas que não o Sol e permitirá que astrônomos assistam à formação de estrelas e de planetas.

O consórcio responsável pela obra optou pelo Mauna Kea depois de cinco anos de pesquisa em busca de um local adequado. Astrônomos valorizam o pico havaiano porque seu topo está bem acima das nuvens, a 4.205 metros de altitude, contando com céu claro por pelo menos 300 dias ao ano.

Cientistas fazem 'mapa da gravidade' da Terra



BBC

Cientistas criaram um "mapa da gravidade" terrestre, mostrando as diferentes influências desta força física ao redor do planeta.

O modelo, conhecido como geoide, define onde estão os níveis da superfície terrestre, esclarecendo se o sentido é "para cima" ou "para baixo".
Os cientistas afirmam que os dados podem ser usados em inúmeras aplicações, entre elas nos estudos de mudança climática para ajudar a entender como a grande massa de oceanos move calor ao redor da Terra.

O novo mapa foi apresentado em um simpósio sobre observação terrestre em Bergen, na Noruega, onde também estão sendo apresentados dados recolhidos por outras missões da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês).
Antes do fim da década, cerca de 20 missões da ESA totalizando cerca de 8 bilhões de euros serão lançadas para observar o espaço através de sondas.

Parâmetros

O mapa foi desenhado a partir de medições precisas realizadas pelo satélite europeu Goce, sigla formada a partir das iniciais da sonda exploradora de campo gravitacional e equilíbrio estacionário que circula na órbita terrestre a uma altitude de pouco mais de 250 km da superfície - a órbita mais baixa de um satélite de pesquisa em operação.
A Goce carrega três pares de blocos de platina dentro de seu gradiômetro - o aparelho que mede o campo magnético da Terra - capazes de perceber acelerações leves da gravidade sentida na superficie.

Em dois meses de observação, o satélite mapeou diferenças quase imperceptíveis na força exercida pela massa planetária em diferentes pontos do globo.
O mapa define, em um determinado ponto, a superfície horizontal na qual a força da gravidade ocorre de maneira perpendicular.

Estas inclinações podem ser vistas em cores que marcam como os níveis divergem da forma elíptica da Terra. No Atlântico Norte, perto da Islândia, o nível se situa a cerca de 80 metros sobre a superfície da elipsoide. No Oceano Índico, esse nível está 100 metros abaixo.
Os cientistas dizem que o mapa permitirá aos oceanógrafos definir como seria a forma dos oceanos se não houvesses marés, ventos e correntes marítimas. Subtraindo a forma do modelo, ficam evidentes estas outras influências.
Esta informação é crucial para criar modelos climáticos que levam em conta como os oceanos transferem energia ao redor do planeta.

Usos

Há outros usos para o geoide. O modelo fornece um sistema universal para comparar altitudes em diferentes partes da Terra, à semelhança dos aparelhos de nivelamento que, na construção, revelam aos engenheiros para onde um determinado fluido corre naturalmente dentro de um tubo ou cano.

Cientistas geofísicos também podem usar os dados da sonda para investigar o que ocorre nas entranhas profundas da Terra, especialmente naqueles pontos susceptíveis a terremotos e erupções vulcânicas.
"Os dados da Goce estão mostrando novas informações no Himalaia, na África Central, nos Andes e na Antártida", explica o coordenador da missão da Esa, Rune Floberghagen.
"São lugares bem inacessíveis. Não é fácil medir variações de alta frequência no campo gravitacional da Antártida com um avião, porque há poucos campos aéreos a partir dos quais operar."

A altitude extremamente baixa da Goce deveria limitar a utilização da sonda por no máximo mais dois anos. Entretanto, níveis relativamente baixos de atividade solar produziram condições atmosféricas calmas, fazendo o satélite consumir menos combustível que o estimado.
A equipe crêe que a sonda poderia ser utilizada até 2014, quando a falta de combustível desaceleraria a missão, obrigando-a a sair de órbita.

Obama pede 'uso responsável' do espaço e propõe cooperação internacional

do estadao.com.br

A nova política do governo dos Estados Unidos para o uso do espaço além da atmosfera da Terra adverte contra a prática de "atos irresponsáveis" no espaço, promete cooperação internacional no monitoramento e alerta para colisões envolvendo lixo espacial e se propõe a estudar planos de controle de armas que sejam "verificáveis, equitativos e que favoreçam a segurança nacional".

Divulgada nesta segunda-feira, 28, a política espacial inclui as novas diretrizes dadas pelo presidente Barack Obama à Nasa - incluindo a meta de enviar astronautas para além da Lua em 2025 - mas vai além, definindo uma visão de estratégia política, militar e econômica para o uso do espaço. O texto afirma que os EUA não estão mais competindo numa corrida pela conquista espacial.

"Os Estados Unidos estão comprometidos em enfrentar os desafios do comportamento responsável no espaço, e se comprometem também com uma promessa de cooperação, na crença de que com uma cooperação internacional e uma liderança americana revigorada, todas as nações" se beneficiarão, diz o resumo do documento.

Em seus pontos principais, a política afirma que os EUA reconhecem o direito de todas as nações de "usar e explorar" o espaço para fins pacíficos "e para o benefício de toda a humanidade".

O governo Obama também oferece "transparência" para evitar "acidentes, mal-entendidos e desconfiança" quanto a atividades espaciais, e se compromete a levar a cooperação com outros países "ao máximo praticável" nas áreas de ciência espacial, pesquisa da mudança climática, partilha de dados ambientais, mitigação de desastres e vigilância contra lixo espacial e asteroides. 

A política reconhece que a indústria aeroespacial americana é "essencial", e que o governo dos EUA estimulará o uso de produtos e serviços espaciais americanos pelos parceiros internacionais.

O documento apresentado pela administração Obama difere em vários pontos da que havia sido assinada pelo então presidente George W. Bush, na qual os Estados Unidos se reservavam o direito de "negar acesso ao espaço" a países considerados inimigos e rejeitavam qualquer tipo de acordo para limitar o uso de armas espaciais. 

Além da postura mais flexível e da ênfase em cooperação, o foco no uso de dados do espaço para entender e combater a mudança climática é uma novidade da política apresentada pelo presidente Obama em relação à de seu antecessor.

Stephen Hawking publica novo livro em 7 de setembro


do G1

O cientista britânico Stephen Hawking publica seu novo livro, intitulado "The Grand Design", sobre sua teoria para descrever a natureza, no próximo dia 7 de setembro, informou a editora Bantam Dell.
Trata-se da primeira grande obra do físico e cosmólogo britânico em vários anos. O livro será publicado com o cientista Leonard Mlodinow, que foi coautor de outras publicações como "Brevíssima História do Tempo".
A editora disse que "The Grand Design" será publicado no começo de setembro. Nele Hawking e Mlodinow examinam uma teoria para "descrever e explicar as forças da natureza".
Hawking, que sofre de esclerose lateral amiotrófica, também conhecida como doença de Lou Gehrig, foi honrado com 12 doutorados honoris causa e agraciado com o Prêmio Príncipe de Astúrias da Concórdia em 1989.

Ele também é conhecido por suas teorias sobre os buracos negros e a formação do universo.
Hawking, condecorado com a Ordem do Império Britânico em 1982 e com a Medalla Copley em 2006, é autor de outros livros científicos de grande sucesso como "Buracos negros e pequenos universos e outros ensaios" e "O universo em uma casca de noz".
Com Mlodinow, que é professor no Instituto de Tecnologia da Califórnia, escreveu em 2005 "Brevíssima História do Tempo", uma versão de seu primeiro "best-seller" dirigido para o grande público e que versa sobre astrofísica e física teórica.

Nave Soyuz troca de ponto de acoplagem da ISS com sucesso

do G1

A nave russa Soyuz TMA-19 se separou nesta segunda-feira (28) do porto do módulo de serviço Zvezda da Estação Espacial Internacional (ISS) e se acoplou ao do segmento científico Rassvet, informou o Centro de Controle de Voos Espaciais (CCVE) da Rússia.

A operação, inicialmente prevista para 14h55 (hora de Brasília) e de cerca de 25 minutos de duração, teve que ser adiada e começou às 16h12 por causa de um problema com a colocação das baterias solares da ISS na posição necessária para esse tipo de manobra, explicou um porta-voz do CCVE à agência Interfax.
A mudança da Soyuz foi realizada em regime manual pelo cosmonauta russo Fiodor Yurchikhin, que se encontrava no interior da nave junto aos astronautas americanos Doug Wheelock e Shannon Walker, com os quais na sexta-feira realizou um treinamento de três horas para preparar a manobra de reacoplamento.

A nave se separou da ISS a uma distância de entre 30 e 40 metros, deu uma volta na plataforma orbital e, por ordem do CCVE, se acoplou ao novo porto de engate.
Graças à manobra, o porto do módulo Zvezda fica livre para o acoplamento da nave de carga Progress M-06M, que será lançada rumo à ISS a partir da base cazaque de Baikonur amanhã e se enganchará à plataforma orbital na próxima sexta-feira.
Esta é a 15ª operação de mudança de porto de uma nave na história da ISS e a primeira à que a nave atraca no módulo Rassvet, que chegou à órbita em maio a bordo da nave americana Atlantis.

A Soyuz TMA-19 foi lançada ao espaço desde Baikonur no dia 15 de junho e se acoplou à plataforma orbital três dias mais tarde.
A tripulação da ISS é integrada, além disso, pelos russos Alexander Skvortsov e Mikhail Kornienko e a astronauta da Nasa Tracy Caldwell, que supervisionaram a manobra de reacoplamento do interior da plataforma orbital.

Colisor de partículas bate recorde


de INFO Online

O Grande Colisor de Hádrons (LHC) bateu mais um recorde.

A máquina localizada na fronteira franco-suíça realizou 10 mil colisões por segundo, o dobro da taxa anterior.

De acordo com a BBC, este fim de semana o LHC também chegou a acelerar feixes com 100 bilhões de prótons – o número idealmente projetado para os experimentos. 

O LHC é um túnel de 27 km na fronteira Franco-Suíça. Ao longo dos últimos meses, os cientistas vêm aumentando lentamente a energia e intensidade das colisões de feixes de prótons em seu interior.

O objetivo dos experimentos é desvendar alguns dos mistérios do Universo, como a misteriosa matéria escura.

Eclipse Total do Sol em 11 de julho de 2010

O segundo eclipse solar do ano de 2010 deverá ocorrer no dia 11 de julho de 2010. Este também será o único eclipse total do sol neste ano. A totalidade do eclipse vai durar no máximo 5 minutos e 20 segundos, precisamente no ponto (Coordenadas: 19,7 Sul e 121,9 Oeste) que está marcado no mapa abaixo. A totalidade se iniciará às 18:15:15 GMT (UT) e durará até às 20:51:42 GMT (UT), quando a sombra deixará a Terra. 

Caminho do Eclipse Total do Sol: 

O caminho do eclipse, cujo comprimento máximo será de cerca de 259 km, cairá sobre o hemisfério sul do planeta, em sua maior parte atravessando o Oceano Pacífico. Na verdade, a sombra umbral da Lua será projetada no Oceano Pacífico Sul e Ilhas Cook (especificamente Mangaia, a mais velha ilha do pacífico) e a famosa Ilha de Páscoa (“Isla de Pascua”, em Espanhol) serão as únicas faixas de terra pelo caminho no Oceano Pacífico Sul. Então, a sombra da Lua causada pelo eclipse total vai se encaminhar pelo sul do Chile e Argentina, chegando a totalidade ao seu fim dali em diante. 


Caminho do Eclipse Parcial do Sol: 

Adicionalmente à totalidade, que será restrita somente a um pequeno território habitado, um eclipse solar parcial causado pela sombra penumbrosa da Lua será visível em uma região mais ampla que inclui o Pacífico Sul e América do Sul. Os países onde o eclipse será visível parcialmente incluem Argentina, Chile, Peru e Bolívia. Se você estiver em uma embarcação no Pacífico Sul é bem provável que você veja o eclipse solar parcial.

Fonte: Solar Eclipse 2010

Eclipse Lunar - 26/06/2010 - México

Morte de uma estrela é simulada em 3D pela primeira vez

Uma estrela morre em 3D: As imagens mostram a ejeção de alguns elementos na explosão, vistos de diferentes ângulo de visualização - em cima, 350 segundos após a ignição do núcleo e, embaixo 9.000 segundos depois, quando a onda de choque já ultrapassou a superfície estelar. Os elementos estão representados em cores diferentes: carbono (verde), oxigênio (vermelho) e níquel (azul).[Imagem: MPA]

Supernovas

Estrelas gigantes terminam suas vidas em explosões igualmente gigantescas. São as chamadas supernovas, que podem tornar-se - por um curto período de tempo - mais brilhantes do que uma galáxia inteira, que é composta por bilhões de estrelas.

Embora as supernovas venham sendo estudadas teoricamente por meio de modelos de computador há várias décadas, os processos físicos que ocorrem durante essas explosões são tão complexos que até agora os astrofísicos só conseguiam simular partes do processo. E apenas em uma ou duas dimensões.

Simulação 3D de uma supernova

Agora, pesquisadores do Instituto Max Planck de Astrofísica, na Alemanha, fizeram a primeira simulação em computador totalmente tridimensional, cobrindo o colapso do núcleo de uma supernova ao longo de um período de várias horas após o início da explosão.

Com isto, eles conseguiram esclarecer o surgimento das assimetrias que emergem do fundo do núcleo denso durante a fase inicial da explosão e dobram-se em heterogeneidades observáveis durante a explosão da supernova.

Supernova na Via Láctea

Embora a grande energia da explosão de uma supernova torne-a visível a grandes distâncias pelo Universo, elas são relativamente raras. Em uma galáxia do tamanho da nossa Via Láctea, em média, apenas uma supernova ocorre a cada 50 anos.

Cerca de vinte anos atrás, uma supernova pôde ser vista até mesmo a olho nu. A SN 1987A surgiu na Nebulosa da Tarântula, na Grande Nuvem de Magalhães, nossa galáxia vizinha. Essa proximidade relativa - "apenas" cerca de 170.000 anos-luz de distância - permitiu muitas observações detalhadas em diferentes bandas de comprimento de onda ao longo de semanas e até meses.

Projéteis de níquel

Uma das descobertas surpreendentes e inesperadas na supernova SN 1987A, e verificada em outras supernovas subsequentes, foi o fato de o níquel e o ferro - elementos pesados que se formam perto do centro da explosão - misturam-se em grandes aglomerados ejetados para além do envoltório de hidrogênio da estrela.

Verdadeiros projéteis de níquel foram observados propagando-se a velocidades de milhares de quilômetros por segundo, muito mais rápido do que o hidrogênio e do que o previsto por cálculos hidrodinâmicos em uma dimensão (1D) - ou seja, que foram estudados verificando-se apenas o perfil de expansão radial, do centro para fora.
Simulação tridimensional da explosão da supernova 0,5 segundo após a ignição do núcleo. A superfície azulada, quase transparente, é a onda de choque frontal, com um raio médio de 1.900 km. [Imagem: MPA]

Na verdade, descobriu-se que a evolução do brilho (a chamada curva de luz) da SN 1987A e das demais supernovas de colapso de núcleo, só podia ser compreendida se grandes quantidades de material pesado do núcleo (em particular níquel radioativo) fossem misturadas no envelope estelar externo, e elementos leves (hidrogênio e hélio) fossem levados para dentro do núcleo.

Simulações posteriores em duas dimensões (2D, ou seja, com a suposição de simetria axial) realmente mostraram que a estrutura esférica do envoltório da estrela é destruído durante a explosão, gerando uma mistura de material em larga escala.

Supernovas de colapso de núcleo

Mas o mundo real é tridimensional e nem todos os aspectos observados podiam ser reproduzidos pelos modelos 2D.

Os novos modelos de computador feitos pelos cientistas alemães agora mostram pela primeira vez a ruptura completa em três dimensões, desde o primeiro milissegundo após a explosão começar no interior do núcleo, até três horas depois, quando o choque irrompe da estrela progenitora.

"Nós descobrimos desvios substanciais em nossos modelos 3D em relação aos trabalhos anteriores em 2D", diz Nicolay Hammer, o principal autor do trabalho, "especialmente diferenças no crescimento das instabilidades e na propagação dos aglomerados. Não são apenas pequenas variações, o efeito determina a evolução de longo prazo e, em última instância, o grau de mistura e aparência observável das supernovas de colapso de núcleo."

As simulações estão muito mais de acordo com os dados observados da SN 1987A, sobretudo a velocidade das massas de matéria arremessadas ao espaço.

"Embora acreditemos que as diferenças entre os modelos 2D e o novo modelo 3D sejam provavelmente genéricas, muitas características [de outras supernovas] dependerão fortemente da estrutura da estrela progenitora, da energia total e da assimetria inicial da explosão," prevê Thomas Janka, coautor do estudo.

Fonte:Inovação Tecnológica
Bibliografia:
Three-dimensional simulations of mixing instabilities in supernova explosions
N.J. Hammer, H.-Th. Janka, E. Müller
Astrophysical Journal
May 2010

Buraco Negro em M87


Em 1994, astrônomos que trabalhavam com o Telescópio Espacial Hubble, não apenas obtiveram fortes indícios da presença de um buraco negro no centro de uma galáxia espiral, como também mediram a sua massa. Através de um efeito bem conhecido da física (Efeito Doppler) foi possível medir a velocidade de gás e poeira girando em torno do centro da galáxia M87.
      Pelo desvio das linhas espectrais da radiação emitida por esse material, chegou-se à conclusão que ele gira em torno do núcleo de M87 com uma velocidade muito grande. Para manter esse material com uma velocidade tão grande é preciso uma massa central também muito grande. Uma quantidade tão grande de massa no volume interno à órbita do material que o circula só pode ser um buraco negro. A massa deste buraco negro foi estimada em 3 bilhões de massas solares.

Hoje acreditamos ser possível que toda grande galáxia tenha um buraco negro, de massa equivalente a milhões ou bilhões de estrelas, em seu centro. Esses buracos negros podem ter se formado no universo primitivo, a partir de gigantescas nuvens de gás ou então depois das galáxias já formadas, a partir do "colápso" de imensos aglomerados estelares.

Eclipse Lunar

O que aconteceu com a Lua? Dia 26/06/2010, mais uma vez, parte da Lua foi parcialmente coberta pela sombra da Terra. O eclipse lunar parcial foi visível no oeste da América do Sul, leste da América do Norte, Ásia e Oceania. Em 11 de julho, um eclipse total do Sol será visível em uma faixa fina de terra cruzando o sul do Oceano Pacífico.

Astronomia no Tempo


Dia 28/06: 179.º dia do calendário gregoriano. 
História:
Em 1911, rochas do meteorito Nakhla caíram na Terra, perto de Alexandria, Egipto.

Descobriu-se mais tarde que estas 40 pedras vieram de Marte. A origem das rochas que caíram para a Terra pode ser determinada através da sua análise química. As rochas marcianas têm uma composição semelhante.

Veja incríveis imagens de eclipses na Terra e no espaço

1
Imagem do satélite Meteosat-7, localizado sobre o oceano Índico, combina registro térmico e ótico para registrar eclipse em 2009.

 2
Eclipse solar é registrado em Júpiter e causado pela lua Io (à direita na imagem), em 2004.

3
Imagem combinada mostra o nosso satélite natural durante um eclipse lunar. O registro combina duas exposições, uma que mostra a Lua e outra, mais longa, que mostra as estrelas ao fundo, ambas tiradas na região de Wildon, na Áustria.

4
Eclipse solar em Taiwan é registrado do espaço, em julho de 2009.

5
Hubble registra um raro eclipse triplo em Júpiter.

6
A sombra da Lua é vista sobre a Antártida, em 2003.

7
As equipes que passaram pela Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), também registraram eclipses do espaço, como este, em 2006.

8
A sombra da Lua é vista da estação espacial Mir, em 1999.

9
Membros da ISS registraram eclipse em 2002.

Fonte: Portal Terra

E se a Terra tivesse anéis como Saturno?

Astronomia no Tempo

Dia 27/06: 178.º dia do calendário gregoriano.

História:
Em 1982 era lançada a missão STS-4 do ônibus espacial Columbia.

Japão começa a abrir sonda que viajou 5 bilhões de km

A Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (Jaxa) anunciou nesta quinta-feira(24/06/2010) que começou os trabalhos para abrir a cápsula da sonda Hayabusa, que retornou à Terra no último dia 13. A sonda retornou ao nosso planeta após viajar até o asteroide Itokawa em uma viagem de sete anos e aproximadamente 5 bilhões de km.

Segundo a Jaxa, a abertura da cápsula deve demorar uma semana para ser finalizada. A sonda Hayabusa ("Falcão") se desintegrou ao entrar na atmosfera terrestre. O artefato lançou então a cápsula quando sobrevoava a zona militar Woomera, no deserto australiano. A cápsula, do tamanho de uma bola de basquete, deve conter matéria procedente do asteroide.

É a primeira vez na história da conquista espacial que uma sonda volta à Terra depois de ter entrado em contato com um asteroide. Os inúmeros problemas técnicos que sofreu o aparelho, devido especialmente à pouca gravidade que existe na superfície do asteroide, levantam dúvidas sobre a presença de amostras na cápsula.

O Fim da Sonda Phoenix

Imagens da sonda Phoenix obtidas em 2008 (esq) e 2010 (dir). Em 2008, a imagem mostra dois pontos azuis em cada lado da nave, que correspondem aos painéis solares. Em 2010 os cientistas observaram uma sombra escura que poderia ser o corpo da sonda, mas sem sombra do painel solar. A sonda marciana Phoenix está "morta" e sem esperanças de "ressuscitar" depois de ter sucumbido aos rigores do inverno do Planeta Vermelho, informou a Nasa, que não conseguiu retomar contato com a nave. A agência espacial americana anunciou oficialmente o fim da missão da Phoenix em novembro de 2008, depois que a sonda deixou de se comunicar com a Terra.

1 Minuto de Astronomia

O Fim do Sol


Via Láctea


Anos Luz


Porque é a Astronomia Importante?


Buracos Negros


Eclipses


O Legado de Galileu


Big Bang


Cometas


Matéria Negra


Planetas Extrasolares


Telescópios


Anéis de Saturno

Poderosa chuva de meteoros pode atingir a Terra em 2011

A Nasa - agência espacial americana - começou a avaliar os riscos para satélites e naves espaciais em órbita da Terra, como a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), devido a uma poderosa chuva de meteoros que deve atingir o planeta em 8 de outubro de 2011. O fenômeno ocorre no outono do hemisfério norte, vai durar sete horas e deverá ser especialmente violento.

A Nasa pode, inclusive, redirecionar a ISS. William Cooke, do Marshall Space Flight Center (Huntsville, Alabama), ligado à agência espacial, disse que os especialistas preveem uma grande chuva e esperam um pico de várias centenas de meteoros por hora.

Duas outras chuvas fortes ocorreram em 1985 e 1998, mas não causaram problemas nos satélites e naves em órbita. Desta vez, a probabilidade de problemas também não é alta. No entanto, Cooke diz que a prevenção é importante e que a próxima tempestade não deve ser ignorada.

Segundo Cooke, a ISS tem um escudo contra as rochas do espaço e, se necessário, pode ser redirecionada. O mesmo se aplica ao telescópio Hubble. O cientista incentiva programadores a determinar se é necessário preparar estratégias de defesa. "Se um meteoro esporádico atinge você, é má sorte. Se isso ocorre durante uma chuva de meteoros, é negligência", diz o cientista.

Colisões de Galáxias Geram Energia para Quasares

Usando o Very Large Telescope (VLT) no Chile e o Gran Telescopio Canarias (GTC) em La Palma, uma equipe de astrônomos encontrou evidências de um quasar de alta luminosidade que é energizado pela colisão de duas galáxias.

Os quasares são os objetos mais luminosos conhecidos no universo, e residem no centro das chamadas galáxias ativas. Emitindo grande quantidade de energia a partir de suas regiões centrais, acredita-se que essas galáxias possuam também buracos negros supermassivos. A gravidade extremamente forte do buraco negro carrega material para o disco de acresção, deixando-o muito quente e emitindo a energia responsável pelo brilho do quasar. Ao redor desse motor central existe um espesso toros no qual a luz visível emitida pelo disco de acresção não pode ser vista. Contudo, do ponto de vista terrestre, se esse toros estivesse voltado para nós poderíamos ver a radiação, mas se estivermos observando esse toros por uma vista inclinada, essa radiação é obscurecida.

Os astrônomos chamam esses exemplos de objetos que estão de frente para a Terra de quasares do tipo 1 e aqueles que se apresentam de lado de tipo 2. “Os quasares do tipo 2 são ainda uma família desconhecida de galáxias, que ao longo do tempo têm sido investigados mais do ponto de vista estatístico”, explica o líder da equipe, Montserrat Villar-Martin. “O objetivo do nosso trabalho é estudar as características individuais desse tipo de quasar em detalhe. Nos nossos estudos já encontramos algumas surpresas. Por exemplo, observamos uma nebulosa gigantesca de gás ionizado associado com o quasar SDSS J0123+00, e sinais de uma interação com uma galáxia próxima”.

Mesmo que os quasares do tipo 2 sejam mais difíceis de serem identificados, a pouca radiação central emitida pelo toros de energia permite que o ambiente ao redor do quasar seja estudado em detalhe, sem a interferência dessa radiação. No caso do SDSS J0123+00, a descoberta de uma nebulosa apagada de gás ionizado ao redor da galáxia, que cobre uma área seis vezes maior que a nossa galáxia, a Via Láctea, e a localização de um buraco na ponte que o liga a uma galáxia vizinha, fortalece a idéia de que as atividades que acontecem nas galáxias são parcialmente responsáveis pela troca de material entre as galáxias ativas. A acumulação de gás na ponte de interação poderia fornecer material suficiente para alimentar o buraco negro enquanto talvez fosse responsável também por disparar a formação de novas estrelas.

O estudo é o primeiro baseado nas imagens derivadas com o filtro ajustável do Optical System for Imaging and Low Resolution Integrated Spectroscopy (OSIRIS) acoplado ao GTC, e os resultados serão publicados na revista técnica Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.

Astronomia no Tempo

Dia 26/06: 177.º dia do calendário gregoriano.
História: 
Em 1730 nascia Charles Messier.
Conhecido caçador de cometas francês, que catalogou mais ou menos 100 nebulosas brilhantes e enxames estelares conhecidos hoje em dia pelos seus números M, porque confundia estes objectos estacionários com possíveis novos cometas, que era na realidade o que ele andava à procura.

Em 1824 nascia Lord Kelvin, físico irlandês bastante conhecido pelo desenvolvimento das bases do zero absoluto e da unidade de medição da temperatura que tem o seu nome.

Em 1949 foi descoberto o asteróide Ícaro, a partir de um telescópio de 48 polegadas, que entrou em funcionamento nove meses antes. Descobriu-se que o asteróide tem uma órbita acentuadamente excêntrica e uma distância perial de apenas 27 milhões e 358 mil quilómetros, mais próximo do Sol que Mercúrio (daí o seu nome). Estava apenas a 6 milhões e 500 mil quilómetros da Terra na altura da sua descoberta.

Observações: Lua Cheia, 12:30hrs.

O Paradoxo de Olbers: Por que é escura a noite?

Uma das constatações mais simples que podemos fazer é que o céu é escuro, à noite. É estranho que esse fato, sobre o qual ninguém em sã consciência colocará qualquer dúvida, e que à primeira vista parece tão compreensível para qualquer pessoa, tenha dado tanto o que pensar durante tanto tempo.

Aparentemente a primeira pessoa que reconheceu as implicações cosmológicas da escuridão noturna foi Johannes Kepler (1571-1630), em 1610. Kepler rejeitava veementemente a idéia de um universo infinito recoberto de estrelas, que nessa época estava ganhando vários adeptos principalmente depois da comprovação por Galileu Galilei de que a Via Láctea era composta de uma miríade de estrelas, e usou o fato de que o céu é escuro à noite como argumento para provar que o Universo era finito, como que encerrado por uma parede cósmica escura.

A questão foi retomada por Edmund Halley (1656-1742) no século XVIII e pelo médico e astrônomo Heinrich Wilhelm Mattäus Olbers (1758-1840) em 1826, quando passou a ser conhecida como paradoxo de Olbers. Olbers também descobriu os dois asteróides (planetas menores) Palas (1802) e Vesta (1807).

O problema é o seguinte: suponha que as estrelas estejam distribuídas de maneira uniforme em um espaço infinito. Para um observador em qualquer lugar, o volume de uma esfera com centro nele aumentará com o quadrado do raio dessa esfera (dV = 4piR2 dr). Portanto, à medida que ele olha mais longe, vê um número de estrelas que cresce com o quadrado da distância. Como resultado, sua linha de visada sempre interceptará uma estrela seja lá qual for a direção que ele olhe.

Uma analogia simples de fazer é com uma floresta de árvores. Se estou no meio da floresta, a meu redor vejo as árvores bem espaçadas entre si, mas quanto mais longe olho, mais diminui o espaçamento entre as árvores de forma que no limite da minha linha de visada as árvores estão todas juntas e nada posso ver além delas.

Como o brilho das estrelas cai com o quadrado da distância (demonstrado por Johannes Kepler em seu Optica em 1604), enquanto o número de estrelas aumenta com o quadrado da distância, o céu em média deveria ser tão brilhante quanto a superfície de uma estrela média, pois estaria completamente coberto delas.

Mas obviamente não é isso que vemos e, portanto, o raciocínio está errado. Por que?

Algumas propostas de solução:

1. A poeira interestelar absorve a luz das estrelas.

Foi a solução proposta por Olbers, mas tem um problema. Com o passar do tempo, à medida que fosse absorvendo radiação, a poeira entraria em equilíbrio térmico com as estrelas, e passaria a brilhar tanto quanto elas. Não ajuda na solução.

2. A expansão do Universo degrada a energia, de forma que a luz de objetos muito distantes chega muito desviada para o vermelho e portanto muito fraca.

O desvio para o vermelho ajuda na solução, pois o desvio é proporcional ao raio do Universo, mas os cálculos mostram que a degradação da energia pela expansão do universo não é suficiente para resolver o paradoxo.

3. O Universo não existiu por todo o sempre.

Essa é a solução atualmente aceita para o paradoxo. Como o Universo tem uma idade finita, e a luz tem uma velocidade finita, a luz das estrelas mais distantes ainda não teve tempo de chegar até nós. Portanto, o universo que enxergamos é limitado no espaço, por ser finito no tempo. A escuridão da noite é uma prova de que o Universo teve um início.

Usando-se a separação média entre as estrelas de 1 parsec, e o raio médio como o raio do Sol, de 700 000 km, obtém-se que o céu seria tão luminoso quanto a superfície do Sol se o Universo tivesse um raio de 2 ×1015 parsecs, equivalente a 6,6 ×1015 anos-luz. Como o Universo só tem 13,7 bilhões de anos, a idade finita do Universo é a principal explicação ao Paradoxo de Olbers.

Portanto o Paradoxo de Olbers e a expansão do Universo resultante da Lei de Hubble são consistentes, o Universo é finito no tempo.

Eclipse da Lua terá um efeito ampliado

O eclipse lunar parcial que ocorrerá neste sábado, dia 26/06/2010,  é o primeiro do ano, terá o seu efeito ampliado nos Estados Unidos, graças a um fenômeno conhecido como “Ilusão da Lua”. O eclipse começará às 10h17 (GMT, em português: Hora Média de Greenwich ou Hora de Greenwich), quando o satélite entra na sombra da Terra.

Em muitas partes dos Estados Unidos e do Canadá, o eclipse vai parecer maior porque a Lua estará muito perto do horizonte. Segundo a Nasa, a Lua será vista como “anormalmente grande através de feixe de árvores, edifícios e outros objetos em primeiro plano”. A explicação para isso não é compreendida.

Por causa do calendário, o eclipse não será visível a partir do Reino Unido ou na Europa. E o início da fase parcial será visto do oeste da América do Norte e da América do Sul, e na Índia no final do Japão e na Ásia Oriental.

No máximo, 54% do diâmetro da Lua serão encobertos. E isso ocorrerá às 04h38 hora do Pacífico nos Estados Unidos (11h38 GMT), com duração de quase três horas. Como a Lua, o Sol e a Terra não estão alinhados, o eclipse será parcial.

Fonte: Da Agência O Globo

Spitzer descobre 14 das estrelas mais frias já encontradas

Ponto vermelho no centro marca uma das "estrelas frias", com temperatura de cerca de 400º C. Nasa

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Astrônomos encontraram 14 estrelas que parecem estar entre as mais frias do Universo. Chamadas anãs marrons, essas estrelas são tão frias e tênues que não podem ser avistadas pelos telescópios atuais de luz visível. O telescópio infravermelho Spitzer foi capaz de captar o brilho fraco gerado pela temperatura desses astros.

Essas anãs marrons se unem às outras poucas já descobertas. Os novos objetos têm temperatura entre 176º C e 326º C. Para uma estrela, isso é terrivelmente gelado. Alguns planetas têm temperaturas comparáveis.

Anãs marrons formam-se como estrelas, a partir do colapso de bolas de gás e poeira, mas nunca chegam a reunir massa suficiente para desencadear a fusão nuclear que ilumina as estrelas plenas. As menores anãs marrons conhecidas têm de 5 a 10 dez vezes a massa de Júpiter.

"Anãs marrons são como planetas em alguns aspectos, mas existem em isolamento", disse, em nota, o astrônomo Daniel Stern, coautor do artigo que descreve as descobertas do Spitzer. "Isso faz com que sejam interessantes para os astrônomos. Elas são laboratórios perfeitos para estudar corpos de massa planetária".

A maioria das novas anãs marrons encontradas pelo Spitzer parecem pertencer à classe mais fria conhecida desse tipo de astro, as chamadas anãs T. Um dos objetos é tão frio que pode ser o primeiro exemplar encontrado de uma anã Y, uma classe teórica de estrelas gélidas. Os 14 objetos encontrados pelo Spitzer estão a centenas de anos-luz de distância.

Sonda Deep Impact passa pela Terra para pegar impulso rumo a cometa

Ilustração da Deep Impact junto a seu primeiro alvo, o cometa Tempel 1. Divulgação/Nasa

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Neste domingo, 27/06/2010, a nave Deep Impact passará pela Terra pela quinta e última vez de sua missão atual, chamada "Epoxi". Em sua aproximação máxima, a sonda estará 30.400 quilômetros acima do Oceano Atlântico, informa a Universidade Maryland, que está coordenando a operação.

Os navegadores encarregados da manobra criaram uma trajetória para mudar o formato da órbita da nave e impulsioná-la para seu destino final, um encontro com o cometa Hartley 2, em novembro.

"A velocidade e a rota orbital da nave podem ser mudados alterando-se aspectos de sua passagem pela Terra, como a distãncia mínima em relação ao planeta", disse, em nota, o astrônomo Michael A'Hearn, principal investigador da missão.

"A passagem anterior pela Terra foi usada principalmente para mudar a inclinação da órbita da nave para combinar com a do cometa", diz A'Hearn, explicando que a de domingo tem por objetivo dar mais impulso à sonda.

Em sua missão original, a Deep Impact lançou um projétil contra o cometa Tempel 1, em 2005, produzindo uma cratera no astro e revelando, pela primeira vez, os materiais que existem abaixo da superfície de um desses objetos.

A missão estendida, "Epoxi", envolve a realização de observações do cometa Hartley 2, com o uso de dois telescópios dotados de Câmeras digitais e um espectrômetro. A aproximação máxima está prevista para 4 de novembro.

Toda a superfície de Marte já pode ter sido habitável, mas por pouco tempo

Vista em perspectiva de região de marte, feita com base em imagem da Mars Express. ESA

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Condições favoráveis à vida podem ter existido em toda a superfície de Marte. Estudos detalhados de minerais encontrados no interior de crateras mostram que a presença de água era disseminada, diz nota divulgada pela Agência Espacial Europeia (ESA), com indícios da presença do líquido no passado não só das terras altas do hemisfério sul, mas também das planícies do norte.

As sondas Mars Express, da ESA, e MRO, da Nasa, descobriram minerais hidratados no norte, o que seria um sinal claro de que água fluiu ali, no passado. As sondas já haviam, anteriormente, descoberto milhares de áreas no hemisfério sul que haviam sido alteradas pela presença de água.

Em muitas delas existem minerais conhecidos como filossilicatos, indicação de que o hemisfério sul do planeta já foi muito mais úmido e quente do que hoje. No entanto, até esta semana, nenhuma área de minerais hidratados havia sido localizada nas terras baixas setentrionais, onde camadas de lava e sedimentos com  quilômetros de espessura complicam o trabalho de sondar o leito rochoso subjacente.

O primeiro indício de que poderia haver silicatos hidratados nas planícies do norte vieram de um sensor da Mars Express, e foram reforçadas com dados da sonda da Nasa.

A busca centrou-se em 91 grandes crateras de impacto, onde os asteroides penetraram vários quilômetros, expondo o material da crosta antiga. Como descrito na edição desta semana da revista Science, o levantamento determinou que pelo menos nove crateras contêm filossilicatos ou outros silicatos hidratados.

Esses minerais, que se formaram em ambientes unidos na superfície antiga ou no subsolo, são idênticos aos descobertos no hemisfério sul.

"Agora podemos dizer que o planeta foi alterado por água em escala global, há mais de 4 bilhões de anos", disse John Carter, da Universidade de Paris, principal autor do estudo. A natureza dos depósitos, no entanto, indica que a exposição das rochas á água durou, no máximo, centenas de milhões de anos.

Isso dá ao planeta uma "janela de habitabilidade" estreita, mas cujos vestígios, dizem os cientistas, parecem bem preservados. Os novos resultados indicam locais promissores para o pouso de futuras missões ao planeta vermelho.

O Trânsito de Vênus

Um trânsito de Vênus é a passagem astronômica  do planeta  Vênus  diante do Sol, visto da Terra, ocultando uma pequena parte do disco solar. Ocorre quando o Sol, Vênus e a Terra se encontram alinhados.

Um trânsito de Vênus é semelhante ao eclipse solar pela Lua. Apesar do diâmetro de Vênus ser quatro vezes maior que o da Lua, aparece bem menor durante o trânsito devido a maior distância entre o planeta e a Terra. O tempo da passagem é medido em horas; a ocorrência de 2004 teve a duração de 6 horas. Antes da era espacial, a observação dos trânsitos de Vênus eram utilizados para calcular a distância Terra-Sol pelo método paralaxe.

O plano da órbita de Vênus é inclinado de 3,4º em relação ao plano da órbita da Terra. É um ângulo pequeno, porém suficiente para não termos um alinhamento Sol-Vênus-Terra (e consequênte trânsito de Vênus) a cada uma dessas "ultrapassagens".

Os trânsitos de Vênus fazem parte dos fenômenos astronômicos previsíveis menos frequentes. Ocorrem numa sequência que se repete a cada 243 anos, com pares de trânsitos espaçados de 8 anos seguidos de longos intervalos de 121,5 e 105,5 anos. Antes da ocorrência de 2004, o último par de trânsitos ocorreu em dezembro de 1874 e dezembro de 1882. No século XXI o primeiro trânsito ocorreu em 8 de junho de 2004 e o seguinte está previsto para 6 de junho de 2012. Após 2012, o próximo par de trânsitos será em 2117 e 2125.

Lunar Orbiter Marks 1 ano depois

O Lunar Reconnaissance Orbiter, LRO, completou um ano explorando a lua. Desde que, oficialmente, atingiu a órbita lunar em 23 de junho de 2009, as observações do LRO levaram a uma série de grandes conquistas científicas. Confira neste vídeo de dez minutos o trabalho da sonda ao longo dos últimos doze meses.

Astronomia no Tempo

Dia 25/06: 176.º dia do calendário gregoriano.
História:
Em 1997, a MIR colide com a nave de abastecimento Progress, o que despressuriza as cabinas e danifica os painéis solares.

No mesmo ano, a sonda Galileu passa pela lua joviana Calisto a uma distância de apenas 415 km!

As Fases de Vênus

As fases de Vênus são os diferentes aspectos que a superfície  do planeta  Vênus apresenta a um observador na Terra  devido a mudanças na iluminação dela pelo Sol, de forma muito semelhante ao que se observa nas fases da Lua. A ocorrência das fases é possível pois Vênus é um planeta inferior(orbita interna a da Terra).

As fases de Vênus são o resultado do posicionamento relativo deste planeta com relação ao Sol e a Terra enquanto estes planetas percorrem suas órbitas ao redor do Sol. O planeta apresenta uma iluminação semelhante ao quarto crescente quando atinge a máxima elongação do Sol, uma fase semelhante à lua nova ao se posicionar entre a Terra e o Sol (conjunção inferior) e uma fase semelhante a lua cheia quando atinge a conjunção superior.

Na conjunção inferior, Vênus pode se aproximar da Terra mais do que nenhum outro planeta. No dia 16 de Dezembro de 1850, Vênus alcançou uma distância mais próxima da Terra desde 1800 com um valor de 39.514.827 quilômetros (0,26413854 UA). Esta será a aproximação mais próxima da Terra até o ano 2101, quando Vênus alcançará uma distância de 39.541.578 quilômetros (0,26431736 UA).

Além das alterações na iluminação também é possível observar uma variação em seu tamanho aparente resultado da aproximação e do afastamento do planeta em relação à Terra. A fase de menor tamanho aparente e menor magnitude aparente é a fase cheia pois o planeta se encontra mais distante, enquanto a fase de maior magnitude aparente (-4.1) é a crescente.

O primeiro registro da observação de fases em Vênus é de Galileu Galilei em 1610 através de um telescópio. Tal observação tem importância histórica pois era incompatível com o modelo geocêntrico de Ptolomeu que nunca permitiria que o planeta fosse completamente iluminado. As fases só poderiam ocorrer no modelo heliocêntrico de Nicolau Copérnico.

Astronomia no Tempo

Dia 24/06: 175.º dia do calendário gregoriano. 


História:
Em 1881, Sir William Huggins faz o seu primeiro espectro fotográfico de um cometa (1881 III) e descobre a emissão do cianogénio (CN) em comprimentos de onda do ultra-violeta, o que causa histeria em massa quando a Terra passa pela cauda do cometa Halley 29 anos mais tarde.

 

Em 1915, nascia Fred Hoyle, astrónomo britânico.
É principalmente famoso pela sua contribuição para a teoria da nucleosíntese estelar e pela sua posição bastante controversa acerca de outros assuntos cosmológicos e científicos - particularmente pela sua rejeição da teoria do Big Bang, um termo originalmente da sua autoria.

Em 1938, um meteorito de 450 toneladas atinge a Terra perto de Chicora, Pennsylvania, EUA.

Sonda europeia encontra sinais de passado úmido em Vênus

Ilustração de uma cena possível na atmosfera de Vênus, seca mas com relâmpagos. ESA

A sonda europeia Venus Express confirmou a hipótese de que o árido planeta Vênus já teve grandes quantidades de água, que se perderam para o espaço. Medições feitas pela sonda mostram que a taxa de átomos de hidrogênio que atmosfera venusiana perde para o vácuo espacial é o dobro da de átomos de oxigênio. Isso reforça a ideia de que a radiação ultravioleta do Sol vem desintegrando moléculas de água, a fonte provável dos átomos que deixam o planeta, de acordo com nota da Agência Espacial Europeia (ESA).

"Tudo indica que Vênus teve grandes quantidades de água no passado", disse o pesquisador Colin Wilson, da Universidade Oxford. A sonda também mostrou que deutério, uma forma mais pesada de hidrogênio, existe de forma desproporcionalmente grande no alto da atmosfera do planeta. Isso ocorre porque o átomo mais pesado tem mais dificuldade em escapar da gravidade do planeta.

Vênus e Terra são muito parecidos sob vários aspectos. São quase idênticos em tamanho e composição, e parece possível que Vênus tenha tido oceanos no passado. Atualmente, se todo o vapor de água existente na atmosfera do planeta fosse liquefeito, o resultado seria uma camada de água de 3 centímetros de profundidade recobrindo o planeta todo. No caso da Terra, se os oceanos fossem espalhados igualmente pela superfície, o resultado seria uma camada com 3 km de profundidade.

No entanto, nem todos os cientistas estão convencidos de que a água do passado de Vênus existiu sob a forma de oceanos. O pesquisador Eric Chassefière, da Université Paris-Sud, da França, desenvolveu um modelo de computador que sugere que a maior parte da água mantinha-se na atmosfera e que existiu apenas num período muito curto do passado remoto, quando a superfície do planeta estava totalmente derretida.

À medida que as moléculas eram destruídas pela radiação solar e escapavam para o espaço, a queda na temperatura provavelmente levou à solidificação da superfície. O resultado seria um planeta que nunca teve a oportunidade de desenvolver oceanos.

Embora seja difícil de testar, essa hipótese traz uma questão fundamental. Se vênus já teve uma água na superfície, o planeta pode ter sido habitável por um período de sua história. O modelo de Chassefière não proíbe, por exemplo, que Vênus tenha recebido água do espaço - talvez pela colisão de um cometa - já em sua fase sólida.

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Astrônomos detectam 'supertempestade' em planeta distante

Ilustração do planeta HD209458b, muito próxim,o de sua estrela. Divulgação/ESO

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Pela primeira vez, cientistas mediram uma "supertempestade" na atmosfera de um planeta fora do sistema Solar, o "Júpiter quente" HD209458b. Observações do movimento do gás monóxido de carbono mostram que ele está fluindo a uma velocidade enorme do lado diurno, extremamente quente, para o lado noturno do planeta. Essas observações também permitiram calcular a velocidade orbital do planeta e, com isso, determinar sua massa. Os resultados aparecem na edição desta semana da revista Nature.

"HD209458b definitivamente não é um lugar para quem tem coração fraco", disse o líder da equipe de astrônomos, Ignas Snellen. "Encontramos indício de um supervento, soprando à velocidade de 5.000 km/h a 10.000 km/h".

HD209458b é um planeta com cerca de 60% da massa de Júpiter, e orbita uma estrela semelhante ao Sol a 150 anos-luz da Terra, na direção da constelação de Pégaso. Ele se mantém a uma distância de sua  estrela que é apenas 5% da que separa a Terra do Sol, e é intensamente aquecido pelo astro.

A temperatura da superfície é de cerca de 1.000º C, no lado quente. Mas como o planeta mantém sempre a mesma face voltada para a estrela, existe uma disparidade de temperatura muito grande entre os dois lados.

Este foi o primeiro exoplaneta - como são chamados os mundos em órbita de estrelas que não o Sol - a ser descoberto em trânsito, isto é, cortando a linha que liga a estrela aos observadores na Terra.

A cada três dias e meio, ele passa diante de sua estrela, bloqueando uma pequena fração da luz emitida pelo astro. Quando isso acontece, parte da luz da estrela passa através da atmosfera do planeta, e parte carregando a assinatura das substâncias que a compõem.

Uma equipe internacional de cientistas usou o telescópio VLT, mantido pelo Observatório Europeu Sul (ESO), no Chile, para medir essa assinatura.

Dispersão de galáxias ajuda a entender partícula subatômica misteriosa

A galáxia M100, em imagem captada pelo Telescópio Espacial Hubble. HST/Nasa-ESA

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Pesquisadores estão perto de determinar a massa do neutrino, não usando um gigantesco detector de partículas, mas olhando para o espaço.

Neutrinos são partículas que praticamente não interagem com outras formas de matéria. Cerca de 50 trilhões deles passam através do corpo humano a cada segundo, sem deixar rastro.

Para detectá-los, físicos se valem de enormes instalações subterrâneas, que mesmo assim captam poucos eventos: um neutrino seria capaz de passar por milhões de quilômetros de metal sólido sem atingir um único átomo.

Agora, os resultados do maior levantamento de galáxias do Universo permitiu que cientistas estimassem a massa do neutrino em, no máximo, 0,28 elétron-volt - menos de um bilionésimo da massa de um único átomo de hidrogênio. Esse resultado será publicado na revista Physical Review Letters.

"De todos os hipotéticos candidatos à misteriosa matéria escura, até agora o neutrino é o único exemplo que realmente existe na natureza", disse o chefe do grupo de Astronomia do University College London (UCL), Ofer Lahay. A estimativa de massa foi feita no UCL.

O trabalho baseia-se na ideia de que a grande abundância de neutrinos tem um grande efeito cumulativo na matéria do cosmo, que naturalmente tende a se acumular em grupos ou aglomerados de galáxias.

Como os neutrinos são extremamente leves e se deslocam pelo universo a altas velocidades, eles têm o efeito de suavizar essa tendência da matéria á aglomeração. Os opesquisdaores usaram um grande mapa 3D de galáxias, que mostra a posição de mais de 700.000 delas, e realizaram uma estimativa das distâncias entre elas.

Ao analisar a distribuição das galáxias pelo espaço, cientistas conseguiram calcular qual a massa máxima dos neutrinos.

Hubble flagra bolhas em berçário de estrelas

de INFO Online

Ao apontar suas lentes para a Grande Nuvem Magelânica, o Hubble registrou um dos maiores berçários de estrela do Universo Próximo.

O telescópio espacial das NASA e ESA (Agência Espacial Européia) enviou uma das maiores imagens já feitas de uma região formadora de estrelas – região esta conhecida como N11.

A Grande Nuvem Magelânica, ou Grande Nuvem de Magalhães, foi descoberta pelo explorador português Fernando de Magalhães, em 1519. Ela contém inúmeras bolhas brilhantes de gás, sendo que uma das maiores e mais chamativas é a LHA 120-N 11, ou simplesmente N11.

Essa nebulosa é uma das mais ativas regiões formadoras de estrelas de que se tem conhecimento, e está a mil anos-luz da Terra. A região também é chamada de Nebulosa Feijão, por sua forma peculiar. Aliás, é a presença de um processo de formação de estrelas tão intenso que dá a ela algumas de suas características.

Três gerações sucessivas de estrelas, cada uma se formando cada vez mais longe do centro da nebulosa do que sua antecessora, criaram diversas camadas de gás e poeira. Essas camadas são sopradas pelas novas estrelas recém-nascidas, criando as formas de anéis tão marcantes na imagem.

O Céu Hoje - 23/06/2010

Dia 23/06: 174.º dia do calendário gregoriano.

Observações:
A Lua brilha esta noite na cabeça de Escorpião. Procure Antares para a sua direita e um pouco para baixo.

31°S 52°W

Betelgeuse, uma supernova espetacular

por Jose Roberto Costa
Astronomia no Zênite

Por mais que você se esforce, um telescópio sempre lhe mostrará as estrelas como pontos de luz. Chega e ser decepcionante. Nenhum detalhe da superfície, nenhuma mancha será vista. É praticamente o mesmo ponto de luz que você vê no céu noturno a olho nu.

A menos que você esteja olhando para Betelgeuse. Ela é uma das maiores estrelas conhecidas e foi a primeira, além do Sol, a se conseguir uma foto “de corpo inteiro”.

A atmosfera de Betelgeuse vista pela indiscreta câmera ultravioleta do Telescópio Espacial Hubble, no dia 3 de março de 1995. Boa parte do Sistema Solar caberia no interior dessa estrela supergigante.

Se Betelgeuse fosse uma pessoa famosa, faria a alegria dos paparazzi. Misteriosa, mas reveladora e com um comportamento grandioso, ela não se incomoda com o assédio – segura de que sua fama não diminuirá com isso. Muito pelo contrário.

Supercoração
Betelgeuse é principal estrela (Alfa) da famosa constelação de Órion, onde está o não menos popular asterismo das “Três Marias”. Você pode localizá-la no céu noturno hoje mesmo. Ela é visível de quase todos os lugares do mundo. Literalmente uma celebridade celestial.

Betelgeuse é uma estrela variável, com mudanças tanto de brilho quanto de tamanho. E que tamanho! Se estivesse no lugar do Sol, ocuparia todo o espaço até a órbita de Saturno em seu diâmetro máximo, e seria do tamanho da órbita de Júpiter em seu mínimo. O mesmo que de 550 a 920 vezes o diâmetro do Sol.
 

Betelgeuse
Se você é capaz de encontrar as Três Marias, não terá dificuldade em localizar o trapézio de Órion. Na gravura acima, em destaque, está a estrela Alfa dessa constelação.






Ela brilha por 60 mil sóis e só ocupa a décima posição no ranking das mais estrelas mais brilhantes porque está a 425 anos-luz de distancia. Ela seria muito mais brilhante se você enxergasse em infravermelho, já que apenas 13% de sua energia é emitida na forma de luz visível.

A luminosidade de Betelgeuse varia num longo período. A razão ainda é um mistério. Tudo indica que suas camadas mais externas se expandem durante vários anos, para em seguida se retrair. Fazendo isso, a temperatura da estrela aumenta e diminui alternadamente, assim como seu brilho. Essa pulsação é comum em supergigantes, como se Betelgeuse tivesse também um supercoração.

Na verdade, sua atmosfera não é lá muito estável. Quando se contrai, absorve mais energia e se aquece e expande. Mas ao aumentar de tamanho, se torna menos densa e a energia escapa mais facilmente, esfriando-a. Com isso a estrela diminui novamente e o ciclo recomeça.

Porém, esse “coração” de Betelgeuse pulsa em arritmia. Ela é uma estrela vermelha, que já transformou a maior parte de seu Hidrogênio em Helio, e agora começa a fundir o próprio Helio no seu núcleo quente. Betelgeuse está morrendo.

Explosão de luz
Mas como para toda celebridade que se preze, sua morte também será um grande acontecimento. Betelgeuse explodirá, num evento formidável chamado supernova. Ninguém sabe quando, mas todos concordam que será uma supernova espetacular.

Distante de nós, essa explosão não representará risco algum. Mesmo assim a estrela será vista no céu pelo menos 10 mil vezes mais brilhante que hoje. Será tão brilhante quanto uma lua crescente, talvez mais. Durante meses Betelgeuse ficará visível inclusive à luz do dia.

Depois, ela se apagará lentamente até sumir. Dela não restará nada senão uma nebulosa, visível somente com telescópios. Seu espetáculo terá terminado e ficaremos apenas recordando os melhores momentos, até que os olhos de todos os seus admiradores tenham se fechado também. Afinal, tudo passa no Universo.

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