"Diante da vastidão do tempo e da imensidão do universo é uma alegria para mim compartilhar uma época e um planeta com você." - Carl Sagan
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Tornado 5 vezes maior que a Terra com quase 2 milhões de ºC vagou 200.000 km pelo Sol
Um tornado gigantesco cinco vezes maior que o planeta Terra vagou pela superfície do Sol com gases superaquecidos que rodopiavam mais de 160.000 km/h.
Sua temperatura colossal girava em torno dos 1.999.726 ºC. O co-autor da descoberta do tornado solar, Dr. Huw Morgan, relatou: “Este tornado único e espetacular deve desempenhar um papel no desencadeamento de tempestades globais”, em entrevista ao portal britânico DailyMail.
Os gases superaquecidos com temperaturas que alcançavam picos de quase 2 milhões de graus Celsius foram sugados por uma estrutura densa em espiral para cima da alta atmosfera e começou a percorrer 200.000 km pela superfície solar.
Os tornados ocorrem frequentemente e possuem origem nas ejeções de massa coronal. Ao se dirigirem em direção a Terra, essas ejeções de massa podem causar danos significativos, especialmente em nossa sociedade moderna que utilizam satélites e energia elétrica.
Confira no vídeo abaixo:
Satélite da Nasa registra eclipse solar visto do espaço
Enquanto no Brasil milhões de pessoas estavam curtindo um belo feriado de Carnaval, um interessante evento estava sendo registrado pelo observatório heliosférico da Nasa: o trânsito da Lua à frente do disco solar. O evento durou alguns instantes, mas o suficiente para causar um profundo mergulho no registro da emissão ultravioleta, medida constantemente pelo satélite.
Apesar de ser um eclipse solar parcial como qualquer outro, o evento dessa terça-feira, 21 de fevereiro, não foi visto de nenhum lugar da Terra. O único lugar que permitiu sua observação foi no Cinturão de Clarke, uma região no espaço situada a 36 mil km de altitude onde se localizam os satélites geoestacionários e também o observatório de dinâmica solar da Nasa, SDO.
Dessa região, o SDO monitora o Sol durante 24 horas e exatamente às 11h14 pelo horário de Brasília a Lua entrou em seu campo de visão, bloqueando parte do disco solar. Durante 1 hora e 42 minutos a lua transitou entre o satélite e o Sol, produzindo importantes dados para calibragem dos instrumentos a bordo do observatório.
Através de um imageador de 16 megapixels, o SDO registra o Sol em diversos comprimentos de onda, principalmente no seguimento do ultravioleta extremo, entre 17 e 30 nanômetros (170 e 300 Angstroms), próximo aos raios-x.
Durante o eclipse de terça-feira, parte da Lua cobriu a mancha solar 1422, fonte de intensa emissão eletromagnética no espectro ultravioleta, impedindo que a radiação atingisse os sensores no observatório. Isso causou a queda abrupta do sinal na saída dos detectores, o que o permitiu aos cientistas efetuarem uma calibragem mais apurada da sensibilidade dos instrumentos a bordo do SDO.
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Cometa Lovejoy sobrevive a encontro com o Sol
Contrariando a expectativa dos cientistas, o recém-descoberto cometa C/2011 W3 (Lovejoy) sobreviveu ao seu encontro com o Sol nesta quinta-feira(16/12/2011). Câmeras do Observatório de Dinâmica Solar (SDO, na sigla em inglês), da Nasa, flagraram o objeto emergindo de trás da estrela após ele atingir o periélio, o ponto de maior aproximação dela.
O Lovejoy é um cometa do tipo Kreutz, ou “sungrazer”. Acredita-se que esses cometas são os restos de um grande objeto que deixou a Nuvem de Oort, na periferia do Sistema Solar, e foi fragmentado em sua única passagem pelas proximidades da estrela. Ele é o primeiro “sungrazer”em quase 40 anos a ser identificado primeiro por observações em terra. O cometa foi visto pela primeira vez pelo astrônomo amador australiano Terry Lovejoy em 27 de novembro e teve sua descoberta confirmada no último dia 2 de dezembro.
Radiação espacial deve aumentar nos próximos anos
Você que é viajante do ar, passageiro de companhias aéreas e astronautas, fique atento. Os níveis de radiação provavelmente vão aumentar nos próximos anos devido a mudanças na atividade solar.
Raios cósmicos do espaço e partículas de alta energia do sol podem ser perigosos para os astronautas, podem expor tripulações e passageiros de linhas aéreas à radiação, bem como danificar aeronaves espaciais e satélites.
Campos magnéticos solares protegem a Terra repelindo a entrada de raios cósmicos galácticos. Mas o período mais forte da atividade magnética solar, conhecido como máximo solar, parece estar chegando ao fim e os níveis de partículas solares podem começar a subir ao mesmo tempo.
Raios cósmicos bombardeiam constantemente a Terra, mas a atividade solar depende do ciclo regular do sol. Atualmente, o sol está se aproximando do 11° ano do ciclo em curso, chamado ciclo solar 24. De acordo com a NASA, o pico ocorrerá em 2013.
Quando tempestades solares poderosas alcançam diretamente a Terra, elas podem representar uma séria ameaça para os astronautas em órbita, danos para naves espaciais, interferência nos sistemas de comunicações e outros impactos em geral. Suaves eventos espaciais climáticos – como uma tempestade geomagnética- também podem sobrecarregar a Terra.
Para ver o que os futuros níveis de radiação espacial podem causar, os pesquisadores analisaram um registro de 9.300 anos de raios cósmicos e atividades solares, na forma de gelo extraído da Groenlândia e da Antártida.
Átomos podem ser transmutados de um elemento para outro através de raios cósmicos e partículas solares que batem neles – a partir das amostras de gelo, os cientistas podem detectar esses eventos. Os registros antigos são complementados com dados atuais de uma rede global de estações de monitoramento de nêutrons.
Com base nisso, os pesquisadores analisaram as possíveis futuras variações nos níveis de raios cósmicos galácticos, no campo magnético interplanetário próximo à Terra, no número de manchas solares e no tamanho das tempestades solares. Eles descobriram que o risco de clima espacial perigoso deverá aumentar consideravelmente durante o século que vem a partir do nível em décadas recentes.
Mas calma, não precisa adiar suas viagens de avião.
No entanto, é bom estar ciente de que haverá mais exposição a partículas perigosas, particularmente nos voos trans-polares. Para os realmente frequentes aviadores, que fazem várias viagens ao longo dos dias, pode ser bom tomar alguns cuidados como, por exemplo, os trabalhadores da indústria de radiação fazem, além de fazer exames mais aprofundados de saúde.
E para diminuir a exposição dos passageiros e tripulantes a doses mais elevadas de radiação durante os eventos solares, os voos podem ser desviados para latitutes e altitudes mais baixas, mesmo que com implicações em atrasos e custos.
Se o preço das passagens subirem demais nos próximos anos, não reclame muito. A culpa não é da companhia aérea, mas dos raios cósmicos galácticos.
Fonte: http://hypescience.com
Monstruosa erupção do Sol em 07-06-2011
Do Portal IG
Equipamentos da agência espacial americana registraram na madrugada de hoje (7) ocorreu uma grande explosão solar. A grande nuvem de partículas cresceu rapidamente e se dispersou parecendo cobrir uma área quase do tamanho da metade da superfície solar.
As labaredas solares ocorrem logo no começo do evento como uma pequeno flash de luz. Um material escuro, o filamento da erupção, é emitido e se expande por uma grande área da superfície solar. A raridade desta explosão solar está justamente no tamanho de sua expansão. O material cair mais uma vez pelo campo magnético invisível.
O Solar Dynamics Observatory (SDO), da NASA, observou o pico das atividades solares às 2h41 (horário de Brasília), as imagens foram captadas riqueza de detalhes. A equipe do SDO classificou a explosão solar como um "espetáculo visual". As partículas resultantes da explosão, que se movimentam pelo espaço a 1400 km/s não estão vindo diretamente para a Terra e não devem atingir o planeta, mesmo assim, os satélites vão continuar a monitorar o evento entre amanhã e quinta (9)
As explosões na superfície do Sol têm causado preocupação entre os cientistas. O astro tem ciclos a cada 11 anos de menor e maior atividade, e 2011 seria um período de pico nas atividades solares. Manchas e erupções solares disparam radiação e partículas altamente energéticas em direção à Terra, o que pode provocar interferências em viagens aéreas, astronautas no espaço, equipamentos sensíveis de satélites, comunicação por ondas curtas e redes de energia.
Nasa planeja visita ao Sol com sonda que suporta 1398°C
A Nasa - a agência espacial americana - divulgou projeto no qual enviará uma espaçonave à atmosfera solar, a cerca de 6,4 milhões de km de sua superfície. A missão foi nomeada Solar Probe Plus e deve ser iniciada em 2018. Em nota em seu site, a Nasa afirma que pretende descobrir os mistérios do Sol.
Embora a espaçonave fique relativamente longe da superfície solar, ela terá cobertura composta por carbono e será resistente à radiação intensa e temperaturas acima dos 1398°C.
"As experiências selecionadas para a Solar Probe Plus foram desenvolvidas para responder a duas perguntas sobre física solar: por que a atmosfera externa solar é muito mais quente que sua superfície visível e o que propulsiona seu vento, que afeta não só a Terra, mas todo o Sistema Solar?", contou Dick Fisher, diretor da Divisão de Heliofísica da NASA, em Washington.
"Estamos lutando com essas questões por décadas, e essa missão poderá finalmente fornecer essas respostas", comemora Fisher.
A atividade solar influencia materiais radioativos na Terra
Segundo pesquisadores, o Sol, 150 milhões de quilômetros distante, parece estar influenciando a decomposição dos elementos radioativos no interior da Terra.
Dado o que sabemos sobre a radioatividade e os neutrinos solares, isso não devia acontecer. Dois cientistas das universidades de Stanford e Purdue acreditam que há uma chance de que uma partícula solar, até então desconhecida, esteja por trás de tudo isso.
A grande novidade é que o núcleo do Sol – onde as reações nucleares produzem neutrinos – gira mais lentamente do que a superfície.
Este fenômeno pode explicar a evolução das taxas de decaimento radioativo observada em dois laboratórios distintos. Mas isso não explica porque a mudança acontece. Isso viola as leis da física como as conhecemos.
Ao examinar os dados de isótopos radioativos, os investigadores descobriram um desacordo nas taxas de decaimento medidas, o que vai contra a crença de que estas taxas são constantes. Enquanto procurava uma explicação, os cientistas se depararam com outra pesquisa, que observou variação sazonal nessas taxas de decadência. Aparentemente, a radioatividade é mais forte no inverno que no verão.
Uma labareda solar sugeriu que o Sol estava envolvido de alguma forma. Um engenheiro nuclear percebeu que a taxa de decaimento de um isótopo médico caiu durante a tempestade solar.
A descoberta poderá ser útil para proteger os astronautas e os satélites – se existe uma correlação entre as taxas de decomposição e a atividade solar, as mudanças nas taxas de decaimento podem fornecer um aviso antecipado de uma iminente tempestade solar.
Mas enquanto isso é uma boa notícia para os astronautas, é má notícia para a física. Os pesquisadores procuraram provas de que as mudanças no decaimento radioativo variam de acordo com a rotação do sol, e a resposta foi sim, sugerindo que os neutrinos são responsáveis. Mas como o neutrino, que não interage com matéria normal, está afetando o índice de decaimento ninguém sabe.
O que os pesquisadores sugerem é que algo que realmente não interage com nada está mudando algo que não pode ser mudado. Apesar disso, eles dizem que não devemos ter preocupações com os neutrinos solares influenciando o aquecimento do núcleo da Terra.
Mas talvez devamos nos preocupar que a nossa compreensão do sol e da física nuclear é mais fraca do que pensávamos.
Por Natasha Romanzoti - http://hypescience.com
Erupção solar provoca forte tempestade geomagnética na Terra
Como esperado, uma grande ejeção de massa coronal ocorrida no início deste mês atingiu o campo magnético da Terra, produzindo forte tempestade geomagnética sobre a região polar norte. Como ocorreram duas erupções solares, novos impactos estão previstos dentro das próximas 48 horas.
O impacto das partículas carregadas ocorreu às 14h30 de terça-feira(03/08/2010) e de acordo com dados registrados por magnetômetros instalados nos EUA e Canadá atingiu a marca 6 do Índice KP que vai até 9. Esse índice é considerado de forte intensidade e pode provocar blackouts de radiopropagação e interferências em dados de GPS e balizadas de radionavegação. Índices KP superiores a 6 já passam a representar riscos de distúrbios em equipamentos eletrônicos e distribuição de energia elétrica.
A tempestade solar que deu origem ao impacto ocorreu no dia 1 de agosto/2010 e ejetou duas grandes quantidades de massa coronal em direção à Terra, sendo que a primeira delas foi a que impactou a alta atmosfera na tarde de ontem. A segunda carga de material ainda está a caminho e deverá atingir a Terra nas próximas horas.
Desde que foi ejetada, a primeira carga de partículas levou três dias para percorrer os 148 milhões de km que separam a Terra do Sol, viajando a mais de 2 milhões de km por hora.
O primeiro resultado da ejeção de massa coronal (CME) foi a produção de brilhantes auroras boreais sobre as altas latitudes da Europa e norte da América do Norte, especialmente no Canadá.
De acordo com dados gerados pelo Centro de Previsão de Clima Espacial, SWPC, dos EUA, existem 35% de chances das novas tempestades atingirem as mesmas regiões da Terra e 25% de possibilidades de que as tormentas cheguem às latitudes médias do planeta. Se isso ocorrer, moradores da região mais populosa da Europa e EUA poderão observar os efeitos da tempestade.
Flare Solar
Flare ou rajada solar é uma explosão que acontece quando uma gigantesca quantidade de energia armazenada em campos magnéticos, geralmente acima das manchas solares, é repentinamente liberada.
Os flares produzem uma enorme emissão de radiação que se espalha por todo o espectro eletromagnético e se propaga desde a região das ondas de rádio até a região dos raios X e raios gama.
Como conseqüência desse flares temos as chamadas Ejeções de Massa Coronal, enormes bolhas de gases ionizados com até 10 bilhões de toneladas que são lançadas no espaço a velocidades que superam facilmente a marca de um milhão de quilômetros por hora.
Quando observadas dentro do espectro de raios-x, entre 1 e 8 Angstroms, produzem um intenso brilho ou clarão e é esse clarão (ou flare) que nos permite classificar o fenômeno.
Flares de Classe X são intensos e durante os eventos de maior atividade podem provocar blackouts de radiopropagação que podem durar diversas horas ou até mesmo dias. As rajadas da Classe M são de tamanho médio e também causam blackouts de radiocomunicação que afetam diretamente as regiões polares. Tempestades menores muitas vezes seguem as rajadas de classe M.
Por fim existem as rajadas de Classe C, fracas e pouco perceptíveis aqui na Terra.
Tempestades geomagnéticas
A maior parte das partículas altamente carregadas que foram ejetadas pelo Sol são desviadas quando chegam próximas à magnetosfera da Terra. No entanto, parte dela consegue furar o bloqueio e atinge as camadas superiores da atmosfera, normalmente sobre as regiões de latitude mais altas.
Na atmosfera superior as partículas se chocam com os átomos de oxigênio e nitrogênio que ionizados produzem radiação no comprimento de onda da luz visível e que são atraídas aos polos pelo campo magnético do planeta. Esse efeito luminoso é chamado de Aurora.
Quanto maior a atividade solar, mais intensas são as auroras, que recebem o nome de boreais quando ocorrem próximas ao polo norte e austrais quando se dão próximas ao pólo sul. Normalmente o fenômeno ocorre próximo a 60 km de altitude.
A mais intensa
A tempestade geomagnética mais intensa que se tem registro foi denominada Evento Carrington e ocorreu entre agosto e setembro de 1859. A intensa tempestade foi testemunhada pelo astrônomo britânico Richard Carrington, que observou a tormenta através da projeção da imagem do sol em uma tela branca. Na ocasião, a atividade geomagnética disparou uma série de explosões nas linhas telegráficas, eletrocutando técnicos e incendiando os papéis das mensagens em código Morse.
Relatos informam que auroras boreais foram vistas até nas latitudes médias ao sul de Cuba e Havaí. Nas Montanhas Rochosas, no oeste da América do Norte, as auroras eram tão brilhantes que acordavam os camponeses antes da hora, que pensavam estar amanhecendo. As melhores estimativas mostram que o Evento Carrington foi 50% mais intenso que a supertempestade de maio de 1921.
Apolo11.com
Sol retoma atividade e dispara jato de plasma na direção da Terra
estadao.com.br
Depois de um longo sono, o Sol está acordando, dizem astrônomos do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian (CfA). na manhã deste domingo(01/08/2010), a superfície da estrela entrou em erupção e lançou toneladas de plasma no espaço interplanetário. O plasma está vindo em nossa direção.
"Esta erupção está apontada diretamente para nós, e espera-se que chegue no dia 4 de agosto", disse, em nota, o astrônomo Leon Golub. "É a primeira grande erupção voltada para a Terra em um bom tempo".
A erupção, chamada ejeção de massa coronal, foi registrada pelo Observatório de Dinâmica Solar (SDO) da Nasa, lançado ao espaço em fevereiro deste ano e que produz imagens de alta definição do Sol em várias frequências.
Quando uma ejeção de massa coronal atinge a Terra, ela interage com o campo magnético e pode criar uma tempestade geomagnética. partículas do Sol fluem pelas linhas de força do campo magnético na direção dos polos terrestres.
Essas partículas colidem com os átomos da atmosfera, que podem brilhar em resposta.
Esses fenômenos, conhecidos como auroras, normalmente só são visíveis em altas latitudes, em locais afastados do equador.
O Sol passa por um ciclo de atividade de cerca de 11 anos. A última máxima de atividade solar ocorreu em 2001, e a mínima mais recente foi particularmente prolongada. A erupção de domingo, de acordo com o CfA, pode ser um sinal de que o Sol finalmente acordou.
Tempestade Solar deve atingir a Terra hoje - 14/07
Imagem feita pelo Observatório Solar e Heliosférico SOHO no comprimento de onda de 195 Angstroms (ultravioleta) mostra o buraco coronal e as manchas solares 1087 e 1088, como vistas em 12 de julho de 2010. Acima, imagem animada captada pelo mesmo satélite mostra o desenvolvimento das duas mancha solares, que devem provocar tempestades solares de classe M até quarta-feira, dia 14 de julho. .
Dois eventos solares em andamento devem causar manifestações na alta atmosfera terrestre nas próximas 72 horas. Imagens captadas pelo satélite SOHO mostram um grande buraco coronal no disco solar, além de duas manchas solares de grande porte rotacionando suas faces em direção à Terra.
Dados computados pelo Space Weather Prediction Center, SWPC, órgão ligado à Administração Oceânica e Atmosférica dos EUA, indicam que existem até 30% de chances de ocorrências de auroras boreais nas latitudes mais elevadas e até 10% de probabilidades nas latitudes médias do planeta. O motivo seria um grande buraco na coroa solar, que sopra partículas eletricamente carregadas em direção à Terra.
Enquanto a maior parte dessas partículas vindas do Sol são bloqueadas ao se chocarem contra a magnetosfera da Terra, outra parte é desviada em direção aos polos. Isso provoca as chamadas auroras boreais, luzes multicoloridas, principalmente esverdeadas, produzidas pela ionização do gás presente na alta atmosfera do planeta.
Apesar do nome remeter à uma possível catástrofe cósmica, os buraco coronais são eventos comuns e consistem de áreas onde a coroa solar é mais escura, fria, e possui densidade de plasma abaixo da média que a região ao redor. Nestas regiões, as linhas do campo magnético, por serem unipolares se estendem indefinitivamente no espaço ao invés de retornarem ao Sol, permitindo que parte do material da coroa vaze. Quando o a face do buraco está voltada em direção à Terra, o material ejetado é soprado em direção ao planeta, em um fenômeno conhecido como “vento solar”.
Além do buraco coronal registrado nas imagens do satélite SOHO, a presença de duas manchas na face visível da estrela também deve provocar interferências aqui na Terra.
Imagem feita pelo Observatório Solar e Heliosférico SOHO no comprimento de onda de 195 Angstroms (ultravioleta) mostra o buraco coronal e as manchas solares 1087 e 1088, como vistas em 12 de julho de 2010. Acima, imagem animada captada pelo mesmo satélite mostra o desenvolvimento das duas mancha solares, que devem provocar tempestades solares de classe M até quarta-feira, dia 14 de julho.
De acordo com o SWPC, existe até 15% de chances de que essas manchas, batizadas de 1087 e 1088, causem flares solares de Classe M até quarta-feira, dia 14 de julho.
Rajadas (ou flares) dessa categoria são considerado como de média intensidade e provocam fortes perturbações na alta atmosfera terrestre, principalmente a ionosfera, e são responsáveis por provocar blackouts de radiocomunicação que afetam diretamente as regiões polares.
Ilha de Páscoa foi o melhor lugar para ver eclipse do sol
Milhares de turistas e cientistas assistiram neste domingo a um eclipse solar total na Ilha de Páscoa, na costa do Chile, famosa por suas misteriosas estátuas.
O único fenômeno do tipo deste ano pode ser visto apenas de algumas ilhas do Pacífico Sul, a partir das 15h15 (de Brasília). Ele chegou à Ilha de Páscoa às 17h11, antes de terminar em algumas regiões no sul da Argentina e do Chile.
A população da ilha chilena dobrou por causa do eclipse solar, chegando a 8 mil pessoas, mas desde cedo, o tempo nublado já dava mostras de que o espetáculo não seria completo.
O eclipse solar acontece quando o Sol e a Lua se alinham com a Terra. Como o Sol é cerca de 400 vezes maior do que a Lua, mas também está a uma distância cerca de 400 vezes maior da Terra, quando os corpos celestes se alinham, em certas regiões da Terra, a Lua parece tapar o Sol.
Nublado
O efeito durou pouco menos de cinco minutos na Ilha de Páscoa. Antes o acontecimento, o tempo estava nublado, mas pouco antes do eclipse, as nuvens se dissiparam, deixando o céu azul à mostra.
O eclipse cruzou cerca de 11 mil km da Terra, mas a maior parte da sombra ficou sobre o Pacífico. O momento mais longo do elipse, de quase 5,5 min, aconteceu no meio do oceano.
O governo da ilha chilena afirmou que estava preparado para receber o grande número de pessoas e reforçou a segurança no sítio arqueológico em que ficam as estátuas de pedra de 3 mil anos.
A Ilha de Páscoa foi parcialmente evacuada em fevereiro, por causa do terremoto que sacudiu o Chile, mas segundo as autoridades, quer mostrar que está de volta ao mapa do turismo mundial.
Ilha de Páscoa se prepara para acompanhar eclipse solar
O fotógrafo francês Stephane Guisard prepara sua câmera para registrar o eclipse total do Sol que ocorrerá neste domingo (11). (Foto: Martin Bernetti /AFP)
do G1
Estudiosos, fotógrafos e turistas já se preparam na Ilha de Páscoa para acompanhar hoje (11/07/2010) um eclipse total do Sol. O fenômeno poderá ser observado em sua plenitude apenas para quer estiver em um raio com centro a 2.000 km da costa nordeste da Nova Zelândia.
Com a revolução da Lua ao redor da Terra, ocasionalmente o satélite se posiciona entre o planeta e o Sol, o que gera regiões de penumbra e sombra completa na superfície terrestre.
Segundo dados do site Uranometria Nova, organizado por professores da Escola Municipal de Astrofísica em São Paulo, o território brasileiro deve ficar debaixo da penumbra durante o evento.
É o segundo evento impedindo a luz solar de chegar sem bloqueios à Terra neste ano de 2010. Durante o mês de janeiro, no dia 15, parte da Lua ficou entre a estrela e o planeta, gerando um eclipse anular, fenômeno tido como raro pelos especialistas.
Ocorre quando o satélite natural, mesmo à frente do Sol do ponto de vista de um observador em superfície terrestre, ainda permite a identificação de parte do disco solar.
A importância de eclipses solares para os astrônomos está na possibilidade de observar a coroa solar, camada mais externa da estrela, visível apenas quando o restante da luz interior está ofuscado.
É recomendável evitar a observação de eclipses solares sem proteção aos olhos.
Forte explosão solar registrada neste sábado(03/07/2010)
Uma forte Ejeção de Massa Coronal (CME) foi registrada nas últimas horas nas imagens enviadas pelo telescópio solar e heliosférico SOHO. A ejeção solar ocorreu às 13h45 UTC (10h45 BRT).
Ainda não é possível saber a classe do flare produzido, mas é bem possível que atinja Classe M, que pode causar blackouts de radiocomunicação que afetam diretamente as regiões polares.
Existem 20% de probabilidade que essa rajada produza auroras boreais em regiões de latitudes elevadas.
A rajada solar, também chamada de Flare Solar, é uma explosão que acontece quando uma gigantesca quantidade de energia armazenada em campos magnéticos, geralmente acima das manchas solares, é repentinamente liberada. Como conseqüência temos as chamadas Ejeções de Massa Coronal, que são enormes bolhas de gases ionizados com mais de 10 bilhões de toneladas, que são lançadas no espaço a velocidades que superam a marca de um milhão de quilômetros por hora.
Quando observadas dentro do espectro de raios-x, que vai de 1 a 8 Angstroms, produzem um intenso brilho ou clarão. A intensidade desse clarão (ou flare) permite classificar o fenômeno em três classes.
Os flares de Classe X são intensos e durante os eventos de maior atividade podem causar blackouts de radiopropagação que podem durar diversas horas ou até mesmo dias.
As rajadas da Classe M (similares a essa) são de tamanho médio e também causam blackouts de radiocomunicação, principalmente nas regiões polares. Tempestades menores muitas vezes seguem as rajadas de classe M.
Por fim existem as rajadas de Classe C, fracas e pouco perceptíveis aqui na Terra.
Apollo11.com
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1 Minuto de Astronomia
O Fim do Sol
Via Láctea
Anos Luz
Porque é a Astronomia Importante?
Buracos Negros
Eclipses
O Legado de Galileu
Big Bang
Cometas
Matéria Negra
Planetas Extrasolares
Telescópios
Anéis de Saturno
Via Láctea
Anos Luz
Porque é a Astronomia Importante?
Buracos Negros
Eclipses
O Legado de Galileu
Big Bang
Cometas
Matéria Negra
Planetas Extrasolares
Telescópios
Anéis de Saturno
Cientistas conseguem gravar 'música' criada na coroa do Sol
Do G1
Usando sofisticadas teorias matemáticas na análise de imagens de satélite, cientistas da Universidade de Sheffield, no Reino Unido, conseguiram captar os sons harmônicos que ocorrem durante a intensa atividade da coroa solar - a camada mais externa e intrigante do Sol, que atinge milhões de graus Celsius de temperatura.
Os pesquisadores analisaram estruturas chamadas anéis coronais, que são fluxos magnéticos em formato de arco que chegam a ter 100 mil quilômetros de comprimento. Os sons foram captados conforme o comprimento, tensão e oscilação desses arcos. Um trecho da "orquestra solar" foi publicado no YouTube pela universidade.
Segundo os cientistas, a pesquisa ajudará a entender como funciona a coroa solar, já que a "música do Sol" também é influenciada pelo material que circunda os anéis coronais.
Segundo os cientistas, a pesquisa ajudará a entender como funciona a coroa solar, já que a "música do Sol" também é influenciada pelo material que circunda os anéis coronais.
NASA descobre Efeito Borboleta atuando no Sol
Modelo que mostra o espalhamento dos campos magnéticos na superfície do Sol, feito a partir das imagens da sonda SDO, revelando que campos distantes podem responder a alterações localizadas em um campo magnético superficial. (Imagem: Karel Schrijver)
Há muito se reconhece que as tempestades solares causam problemas tecnológicos na Terra, sobretudo nas comunicações via satélite.
Mas somente agora a sonda espacial SDO (Solar Dynamics Observatory), da NASA, deu aos cientistas uma visão completa da natureza dinâmica dessas tempestades, conforme elas acontecem na superfície do Sol.
Efeito Borboleta no Sol
E os dados da SDO indicam que o Efeito Borboleta é facilmente observável em nossa estrela: mesmo eventos de pequena escala espalham-se rapidamente e produzem fenômenos gigantescos que se espalham por quase todo o disco solar.
O Efeito Borboleta é uma metáfora para a sensível dependência de um sistema às suas condições iniciais, dentro da Teoria do Caos. A versão popular propõe que o bater das asas de uma borboleta pode gerar efeitos em cadeia até resultar em um tufão do outro lado do mundo.
“Mesmo eventos de pequena escala reestruturam regiões enormes da superfície solar,” diz Alan Title, coordenador do instrumento AIA (Atmospheric Imaging Assembly), a bordo da sonda SDO.
“Foi possível reconhecer o tamanho dessas regiões graças à combinação da cobertura espacial e temporal do AIA,” diz o cientista.
Instabilidades magnéticas
O instrumento captou várias pequenas labaredas que geraram instabilidades magnéticas e ondas cujos efeitos puderam ser claramente observados ao longo de uma porção substancial da superfície solar.
A câmera captura imagens inteiras do Sol em oito faixas de temperatura diferentes, que vão de 10.000 a 36 milhões de graus. Isto permite que os cientistas observem eventos completos, que seriam muito difíceis de discernir olhando para mapas de uma única temperatura, ou com um campo de visão mais fechado.
Mas somente agora a sonda espacial SDO (Solar Dynamics Observatory), da NASA, deu aos cientistas uma visão completa da natureza dinâmica dessas tempestades, conforme elas acontecem na superfície do Sol.
Efeito Borboleta no Sol
E os dados da SDO indicam que o Efeito Borboleta é facilmente observável em nossa estrela: mesmo eventos de pequena escala espalham-se rapidamente e produzem fenômenos gigantescos que se espalham por quase todo o disco solar.
O Efeito Borboleta é uma metáfora para a sensível dependência de um sistema às suas condições iniciais, dentro da Teoria do Caos. A versão popular propõe que o bater das asas de uma borboleta pode gerar efeitos em cadeia até resultar em um tufão do outro lado do mundo.
“Mesmo eventos de pequena escala reestruturam regiões enormes da superfície solar,” diz Alan Title, coordenador do instrumento AIA (Atmospheric Imaging Assembly), a bordo da sonda SDO.
“Foi possível reconhecer o tamanho dessas regiões graças à combinação da cobertura espacial e temporal do AIA,” diz o cientista.
Instabilidades magnéticas
O instrumento captou várias pequenas labaredas que geraram instabilidades magnéticas e ondas cujos efeitos puderam ser claramente observados ao longo de uma porção substancial da superfície solar.
A câmera captura imagens inteiras do Sol em oito faixas de temperatura diferentes, que vão de 10.000 a 36 milhões de graus. Isto permite que os cientistas observem eventos completos, que seriam muito difíceis de discernir olhando para mapas de uma única temperatura, ou com um campo de visão mais fechado.
Sol vai mergulhar em nuvem interestelar super quente
Atualmente o Sol, e todo o Sistema Solar, está viajando através de uma nuvem de gás interestelar - a Nuvem Interestelar Local - medindo cerca de 10 anos-luz de diâmetro, com uma temperatura entre 6.000 e 7.000 Kelvin. Esta nuvem está contida dentro de uma Bolha Local, muito maior, com uma temperatura na faixa dos milhões de graus.[Imagem: SRC/Tentaris,ACh/Maciej Frolow]
No final de 2009, a sonda espacial IBEX, da NASA, descobriu que a fronteira do Sistema Solar possui uma faixa brilhante e misteriosa.
Agora um grupo de cientistas da Polônia e dos Estados Unidos sugere que a "Faixa", resultado da emissão de átomos energéticos neutros, é um sinal de que o Sistema Solar está prestes a entrar em uma nuvem de gás interestelar com temperaturas que podem atingir a casa dos milhões de graus de temperatura.
Nuvens interestelares
Segundo os pesquisadores, a Faixa mostrada no mapeamento da sonda IBEX pode ser explicada por um efeito geométrico gerado conforme o Sol se aproxima da fronteira entre a Nuvem Local de gás interestelar e uma outra nuvem de gás muito quente, a chamada Bolha Local.
Se esta hipótese estiver correta, a IBEX estaria captando a matéria de uma nuvem interestelar muito quente, na qual o Sol poderá entrar daqui a cerca de 100 anos.
Desde a descoberta da "Faixa", apontada pela NASA como um dos achados mais importantes na exploração espacial feita em 2009, pelo menos seis hipóteses foram propostas para explicar o fenômeno, todas elas propondo uma relação da Faixa com os processos em curso na heliosfera ou nas suas vizinhanças.
Mas a equipe do professor Stan Grzedzielski, da Academia Polonesa de Ciências, propõe uma origem bem mais distante.
"Nós vemos a Faixa porque o Sol está se aproximando de uma fronteira entre a nossa Nuvem Local de gás interestelar e uma outra nuvem de gás muito quente e turbulenta," diz Grzedzielski.
Átomos neutros energéticos
Os átomos neutros energéticos (ENA: Energetic Neutral Atoms), registrados pelos sensores da IBEX, originam-se de íons (prótons) sendo acelerados da Bolha Local, que é extremamente quente, quando eles trocam carga com os átomos relativamente frios "evaporando-se" da Nuvem Interestelar Local.
Os recém-criados ENAs não têm carga elétrica e, portanto, podem viajar livremente em linha reta a partir do seu local de nascimento, sem sofrer alterações induzidas pelos campos magnéticos presentes.
Segundo os pesquisadores, alguns deles podem atingir a órbita da Terra, quando então foram detectados pela sonda IBEX.
Bolha quente e turbulenta
A Bolha Local é provavelmente um remanescente de uma série de explosões de supernovas que ocorreram alguns milhões de anos atrás e, portanto, não só é muito quente (pelo menos alguns milhões de graus), mas também turbulenta.
Com isto, os prótons na Bolha Local, que estão próximos à fronteira com a Nuvem Local, arrancam elétrons dos átomos neutros e zarpam em todas as direções, alguns deles chegando à IBEX.
"Se nossa hipótese estiver correta, então nós estamos capturando átomos que se originaram de uma nuvem interestelar que é diferente da nossa," maravilha-se o Dr. Maciej Bzowski, chefe da equipe polonesa da IBEX.
Efeito geométrico
Mas se esses átomos neutros estão sendo criados ao longo de toda a fronteira entre a Nuvem Local e a Bolha Local, por que enxergamos uma Faixa?
"É um efeito puramente geométrico, que observamos porque o Sol está atualmente no lugar exato, a cerca de mil unidades astronômicas da fronteira entre as nuvens," propõe Grzedzielski.
"Se a fronteira entre as nuvens for plana, ou melhor, ligeiramente inclinada em direção ao Sol, então ela aparece mais fina em direção ao centro da Faixa e mais grossa nas laterais, exatamente onde vemos a borda da Faixa. Se estivéssemos mais longe da fronteira, não veríamos nenhuma faixa, porque todos os ENAs seriam reionizados e se dispersariam no gás da Nuvem Local," explica o cientista.
Mergulho interestelar
Isto significaria que o Sistema Solar poderá entrar na nuvem de milhões de graus - a Bolha Local - já no próximo século.
Mas, segundo os pesquisadores, não há razões para preocupações.
"Não há nada de incomum, o Sol frequentemente atravessa várias nuvens de gás interestelar durante sua viagem galáctica," afirma Grzedzielski.
Essas nuvens têm densidade muito baixa, muito menor do que o melhor vácuo obtido nos laboratórios da Terra.
Uma vez lá dentro, a heliosfera se adaptará, podendo encolher um pouco. O nível de radiação cósmica entrando na magnetosfera também poderá subir um pouco, mas nada mais.
"Talvez as gerações futuras tenham também que aprender formas melhores de proteger seus equipamentos contra uma radiação espacial mais forte," conclui Grzedzielski.
Fonte: Inovação Tecnológica
Agora um grupo de cientistas da Polônia e dos Estados Unidos sugere que a "Faixa", resultado da emissão de átomos energéticos neutros, é um sinal de que o Sistema Solar está prestes a entrar em uma nuvem de gás interestelar com temperaturas que podem atingir a casa dos milhões de graus de temperatura.
Nuvens interestelares
Segundo os pesquisadores, a Faixa mostrada no mapeamento da sonda IBEX pode ser explicada por um efeito geométrico gerado conforme o Sol se aproxima da fronteira entre a Nuvem Local de gás interestelar e uma outra nuvem de gás muito quente, a chamada Bolha Local.
Se esta hipótese estiver correta, a IBEX estaria captando a matéria de uma nuvem interestelar muito quente, na qual o Sol poderá entrar daqui a cerca de 100 anos.
Desde a descoberta da "Faixa", apontada pela NASA como um dos achados mais importantes na exploração espacial feita em 2009, pelo menos seis hipóteses foram propostas para explicar o fenômeno, todas elas propondo uma relação da Faixa com os processos em curso na heliosfera ou nas suas vizinhanças.
Mas a equipe do professor Stan Grzedzielski, da Academia Polonesa de Ciências, propõe uma origem bem mais distante.
"Nós vemos a Faixa porque o Sol está se aproximando de uma fronteira entre a nossa Nuvem Local de gás interestelar e uma outra nuvem de gás muito quente e turbulenta," diz Grzedzielski.
Átomos neutros energéticos
Os átomos neutros energéticos (ENA: Energetic Neutral Atoms), registrados pelos sensores da IBEX, originam-se de íons (prótons) sendo acelerados da Bolha Local, que é extremamente quente, quando eles trocam carga com os átomos relativamente frios "evaporando-se" da Nuvem Interestelar Local.
Os recém-criados ENAs não têm carga elétrica e, portanto, podem viajar livremente em linha reta a partir do seu local de nascimento, sem sofrer alterações induzidas pelos campos magnéticos presentes.
Segundo os pesquisadores, alguns deles podem atingir a órbita da Terra, quando então foram detectados pela sonda IBEX.
Bolha quente e turbulenta
A Bolha Local é provavelmente um remanescente de uma série de explosões de supernovas que ocorreram alguns milhões de anos atrás e, portanto, não só é muito quente (pelo menos alguns milhões de graus), mas também turbulenta.
Com isto, os prótons na Bolha Local, que estão próximos à fronteira com a Nuvem Local, arrancam elétrons dos átomos neutros e zarpam em todas as direções, alguns deles chegando à IBEX.
"Se nossa hipótese estiver correta, então nós estamos capturando átomos que se originaram de uma nuvem interestelar que é diferente da nossa," maravilha-se o Dr. Maciej Bzowski, chefe da equipe polonesa da IBEX.
Efeito geométrico
Mas se esses átomos neutros estão sendo criados ao longo de toda a fronteira entre a Nuvem Local e a Bolha Local, por que enxergamos uma Faixa?
"É um efeito puramente geométrico, que observamos porque o Sol está atualmente no lugar exato, a cerca de mil unidades astronômicas da fronteira entre as nuvens," propõe Grzedzielski.
"Se a fronteira entre as nuvens for plana, ou melhor, ligeiramente inclinada em direção ao Sol, então ela aparece mais fina em direção ao centro da Faixa e mais grossa nas laterais, exatamente onde vemos a borda da Faixa. Se estivéssemos mais longe da fronteira, não veríamos nenhuma faixa, porque todos os ENAs seriam reionizados e se dispersariam no gás da Nuvem Local," explica o cientista.
Mergulho interestelar
Isto significaria que o Sistema Solar poderá entrar na nuvem de milhões de graus - a Bolha Local - já no próximo século.
Mas, segundo os pesquisadores, não há razões para preocupações.
"Não há nada de incomum, o Sol frequentemente atravessa várias nuvens de gás interestelar durante sua viagem galáctica," afirma Grzedzielski.
Essas nuvens têm densidade muito baixa, muito menor do que o melhor vácuo obtido nos laboratórios da Terra.
Uma vez lá dentro, a heliosfera se adaptará, podendo encolher um pouco. O nível de radiação cósmica entrando na magnetosfera também poderá subir um pouco, mas nada mais.
"Talvez as gerações futuras tenham também que aprender formas melhores de proteger seus equipamentos contra uma radiação espacial mais forte," conclui Grzedzielski.
Fonte: Inovação Tecnológica
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