Mostrando postagens com marcador Universidade da Califórnia. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Universidade da Califórnia. Mostrar todas as postagens

Nasa descobre que galáxia é cheia de Terras

Paula Rothman, de INFO Online

Um novo estudo, resultado de cinco anos de observações espaciais, revelou que nossa galáxia contém bilhões de planetas similares à Terra.

Os dados mostram  não só que planetas pequenos são mais comuns do que se imaginava, como também aumentam as expectativas relacionadas à existência de um outro mundo habitável.

Segundo a pesquisa conduzida na Universidade da Califórnia e patrocinada pela Nasa, quase um quarto das estrelas similares ao Sol na Via Láctea hospedam planetas pequenos como a Terra.

O estudo é o mais completo censo planetário do tipo. Ele levou cinco anos para ficar pronto e foi feito com o observatório W.M. Keck, no Havaí. Com o equipamento, os astrônomos observaram 166 estrelas similares ao Sol e bem próximas ao nosso sistema – todas estavam a no máximo 80 anos-luz de distância.

Os pesquisadores buscaram planetas de diversos tamanhos, variando de três a mil vezes o tamanho da Terra. Todos os planetas analisados, no entanto, orbitavam próximos às suas estrelas - cerca de 0,25 unidades astronômicas (ou um quarto da distância entre o Sol e a Terra).

Os resultados mostram mais planetas menores do que grandes, indicando que os pequenos são mais predominantes na Via Láctea. Somente 1,6% das estrelas possuíam planetas gigantes orbitando próximos a elas (até mil vezes a Terra). Cerca de 6,5% das estrelas possuíam planetas de massa intermediária (10 a 30 vezes a da Terra) e 11,8% possuíam planetas chamados de Super Terras, até 10 vezes o nosso planeta.

A comparação feita pelos pesquisadores é a de que os planetas de tamanho próximo à Terra são, na nossa Galáxia, como grãos de areia na praia: estão por toda parte. A partir dos dados, os astrônomos puderam inferir que 23% das estrelas similares ao Sol na nossa galáxia possuem planetas ainda menores do que as Super Terras. Os dados mostram que a nossa galáxia, com suas cerca de 200 bilhões de estrelas, possui cerca de 46 bilhões de planetas do tamanho da Terra.

O mais fascinante é que a pesquisa inclui somente aqueles mundos próximos à estrela – ou seja, aqueles que estão em uma área muito quente para conter vida. Os pesquisadores estimam que ainda mais “Terras” existam nas chamas “zonas habitáveis” – a região em que a temperatura favorece o surgimento da vida.

Ao estender futuras buscas para planetas mais distantes de suas estrelas, os pesquisadores acreditam que podem encontrar não só locais habitáveis para o homem como também locais em que exista vida.

Os resultados foram publicados hoje(29/10/2010) na revista Science.  

Cientistas descobrem novo fenômeno natural - O terremoto espacial

Utilizando dados de uma frota de cinco satélites científicos, pesquisadores da Nasa descobriram uma nova manifestação de clima espacial. O fenômeno é produzido pelo vento solar ao atingir a magnetosfera da Terra e por sua semelhança ao que ocorre no solo, foi batizado de "terremoto espacial".


De modo bem simplificado, um terremoto espacial (ou spacequake) é um forte tremor no campo magnético da Terra e que apesar de ser observado com mais intensidade na órbita do planeta, não é exclusivo do espaço e seus efeitos podem se propagar por todo o caminho até a superfície.

"As reverberações magnéticas podem ser detectadas em todo o globo, da mesma forma que os sismômetros detectam um grande terremoto", disse Vassilis Angelopoulos, principal investigador dos dados dos satélites THEMIS e ligado à Universidade da Califórnia, em Los Angeles.

No entender de Evgeny Panov, do Instituto de Pesquisas da Áustria, "essa analogia é excelente, pois a energia total contida em um spacequake pode até superar a energia contida em um terremoto de magnitude 5 ou 6". Os resultados do trabalho de Panov já haviam sido reportados em abril de 2010 na edição do periódico científico Geophysical Research Letters.


Em 2007, a equipe THEMIS descobriu o precursor dos spacequakes. A ação tem início na cauda magnética da Terra, que se estende como uma biruta à mercê dos intensos ventos solares de quase 2 milhões de km/h. Segundo o estudo, em algumas ocasiões essa cauda se estica tanto que em dado momento se rompe como um elástico. O resultado é que o plasma do vento solar armazenado na cauda é "estilingado" em direção à Terra.

Em mais de uma ocasião, os cinco satélites THEMIS estavam exatamente na linha de fogo quando os jatos de plasma foram arremessados e ajudaram os cientistas a compreender melhor o fenômeno.

"Agora entendemos o que aconteceu", disse o diretor do projeto THEMIS, David Sibeck, do Centro Espacial Goddard, da Nasa. "Os jatos de plasma disparam os spacequakes, é isso o que ocorre".

Fluxo repetitivo de repercussão
De acordo com o cientista, os jatos se chocam contra o escudo magnético da Terra a 30 mil quilômetros acima do equador. O impacto desencadeia um processo de repercussão em que o plasma que entra salta para cima e para baixo no reverberante campo magnético. Esse processo foi chamado de "fluxo repetitivo de repercussão" e pode ser comparado a uma bola de tênis saltando para cima e para baixo sobre um piso acarpetado. "O primeiro salto é grande, seguido por uma série de saltos menores que diminuem à medida a energia é dissipada no tapete", explicou Sibeck.

"Há muito tempo já suspeitávamos de algo parecido, mas somente com os novos dados é que o processo se tornou realmente fantástico", disse o cientista. "A maior surpresa foi a descoberta de vórtices de plasma, gigantescos redemoinhos de gás magnetizado, tão grandes quanto à Terra - girando à beira do campo magnético trêmulo do planeta".

"Quando os jatos de plasma atinge a magnetosfera interior, vórtices em sentido oposto aparecem e desaparecem nas laterais dos jatos", explica Rumi Nakamura, coautor do estudo junto ao Instituto de Pesquisas da Áustria. "Acreditamos que esses vórtices podem gerar intensas correntes elétricas nas proximidades Terra".

Agindo em conjunto, vórtices e spacequakes podem ter efeitos perceptíveis na Terra. De acordo com o estudo, a cauda dos redemoinhos pode conduzir partículas carregadas em direção à atmosfera da Terra, provocando auroras e ondas de ionização que perturbam as comunicações de rádio e GPS. Ao atingir a superfície do campo magnético, podem induzir correntes elétricas no solo, com profundas consequências na rede de distribuição de energia elétrica.

Antes da descoberta dos jatos e spacequakes, um grupo de cientistas do Laboratório Nacional de Los Alamos, liderado pelo pesquisador Joachim Birn, haviam conduzido simulações relacionadas ao processo de rebote na magnetosfera e os resultados já haviam demonstrado a possibilidade da existência do fenômeno, agora comprovado. Além disso, as simulações sugeriam que o processo de rebote poderia ser visto a partir da superfície da Terra na forma de auroras e redemoinhos luminosos na alta atmosfera.

"O trabalho não está terminado e ainda temos muito a aprender, disse Sibeck. "Ainda não sabemos como os vórtices giram em torno da Terra e como eles interagem. Até que tamanho pode ter um vórtice? Qual a intensidade máxima de um spacequake?. Esse é um processo bastante complicado, mas agora tudo começa a se encaixar", completou.

Artes: No topo, gráfico compara dois eventos de grande magnitude: Terremotos terrestres e terremotos espaciais. Segundo as novas descobertas, os spacequakes podem liberar tanta energia quanto um terremoto de forte intensidade. No lado esquerdo vemos os registros de um spacequake ocorrido em 14 de julho de 2000. Conhecido como "Evento Dia da Bastilha", o terremoto espacial foi provocado por uma das mais violentas explosões solares já registradas, com índice KP=9, de extrema intensidade. Acima, vídeo mostra o "fluxo repetitivo de repercussão" (rebote) e como o vento solar dispara os spacequakes. Crédito: Nasa/Walt Feimer/Goddard's Scientific Visualization Lab./Apolo11. 

Lua - robô perdido há 40 anos reflete laser e volta ao trabalho!

Utilizando informações fornecidas pela Sonda de Reconhecimento Lunar, LRO, pesquisadores da Universidade da Califórnia conseguiram com sucesso atingir o retrorefletor de raios laser do robô-explorador russo Lunokhod 1. A nave estava perdida na Lua há mais de 40 anos, mas a intensidade do pulso de retorno surpreendeu todos os pesquisadores

"Em nossa primeira tentativa conseguimos mais de 2 mil fótons refletidos", disse Tom Murphy, que lidera uma equipe de pesquisadores que trabalham para colocar o robô de volta à ativa. "Iluminamos a posição do Lunokhod 1 e ficamos simplesmente maravilhados com a potência do sinal refletido. É como se o robô conversasse conosco, alto e claro!".

Durante as missões lunares realizadas nas décadas de 1960 e 1970, diversos retro refletores lasers foram instalados na superfície da Lua, tanto pelos astronautas do Projeto Apollo como pelas sondas automáticas da antiga União Soviética. Apesar de simples, até hoje os refletores são utilizados pelos pesquisadores, mas a perda da eficiência ao longo do tempo limitou os experimentos a apenas dois dos equipamentos. Com a localização do Lunokhod 1 os cientistas tem agora três dispositivos à disposição.

O experimento consiste em enviar fortes pulsos de raios laser até a superfície da Lua, iluminando o local onde está instalado o refletor. Os pulsos são então refletidos por pequenos cubos espelhados, cuja geometria força o feixe de luz a retornar ao exato ponto de onde foi emitido. A diferença entre o tempo entre a emissão do pulso e sua captação permite aos cientistas conhecerem com bastante precisão a distância entre a Terra e a Lua e foi assim que confirmaram nosso satélite se afasta cerca de 3.5 cm por ano.

Eric Silverberg, responsável pelas medições no Observatório McDonald entre 1969 e 1982 lembra que durante esse tempo foram feitas reflexões nos três instrumentos do Projeto Apollo e no retrorefletor do Lunokhod 2. "Do Lunokhod 1 conseguimos apenas 1 detecção, em 31 de dezembro de 1970. Quando li que Tom Murphy conseguiu reflexão do Lunokhod 1 fiquei muito surpreso", disse o pesquisador.

A reação inicial de Murphy também foi de espanto. "O sinal era tão forte que pensei que nosso detector estivesse com defeito. Esperava uma forte degradação dos espelhos, por isso não acreditei que o reflexo era do Lunokhod 1, mas era. O reflexo era tão intenso que pela primeira vez conseguimos realizar experimentos em plena luz do dia", disse o cientista.

Além das medições de distância entre os dois objetos, os pesquisadores usam as medições lunares para testar a Teoria da Relatividade Geral de Einstein. Segundo a teoria, objetos de grande massa como a Terra ou a Lua produzem uma deformação em forma de curva no espaço-tempo ao seu redor e é essa curva que rege o movimento desses corpos. A curvatura do espaço-tempo também empurra a Terra e a Lua em direção ao Sol.

Ao medir a queda da Lua através da curvatura do espaço-tempo, cientistas do Apache Point Observatory tentam encontrar alguma falha na Teoria da Relatividade, mas até agora os resultados obtidos apóiam a teoria de Einstein. Será que um velho robô perdido, novamente iluminado por lasers, pode trazer uma nova luz sobre o funcionamento do Universo?

Apolo11.com

Posição Planetária Atual - Clique na imagem Posição Planetária Atual - NASA

O céu da sua cidade - Clique aqui - Apolo11.com

O Sol Agora - Clique na imagemPosição Planetária Atual - NASA
Symphony of Science
Através do Buraco de Minhoca