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Experimento recria som pós Big Bang

Vista das colisões de íons de ouro no colisor

de INFO Online

Cientistas recriam o som do material mais quente do universo, imitando condições que só existiram há mais de 13 bilhões de anos com o Big Bang.

O feito foi alcançado no Relativistic Heavy Ion Collider, um colisor de partículas em Nova York, Estados Unidos.

Ao acelerar e colidir íons de ouro, os pesquisadores liderados por Agnes Mocsy, professora do Pratt Institute, atingiram temperaturas de quase quatro trilhões de graus Celsius (250 mil vezes mais quente que o centro do Sol).

Este é o recorde de calor já alcançado em um equipamento, e a temperatura mais alta de que se tem notícia no universo. De quebra, os pesquisadores ainda recriaram o som que alguém parado no meio do evento ouviria.

Os Little Bangs em Nova York

No RHIC, físicos criam matéria tão quente e densa quanto estava o universo um milionésimo de segundo após o Big Bang. Por esse motivo, as colisões realizadas por lá são chamadas de “little bangs”.

Quando íons de ouro viajando quase à velocidade da luz se chocam, os átomos (prótons e nêutrons) se quebram em partes menores chamadas quarks e gluons. Coma liberação de uma grande quantidade de energia (uma parcela significativa dos 40 trilhões de elétron-volts dos feixes usados na colisão), se forma um plasma de quark-gluon que se comporta como líquido.

Essa grande bola quente criada nos “little bangs” rapidamente se expande e esfria. Quando fria o bastante, os quarks e gluons formam partículas chamadas hádrons; eventualmente, o sistema se expande tanto que os hádrons param de interagir.

Para determinar o som desse evento, os cientistas partiram do pressuposto que, se um plasma de quark-gluons com características de líquido é criado nessas condições, então as ondas acústicas deveriam se propagar por essa matéria. Eles buscaram evidências de fenômenos acústicos e usaram dados para determinar o som dos “little bangs”.

Ao decifrar como as ondas sonoras reagiriam entre as milhões de colisões, e multiplicando bilhões de vezes o ruído para torná-lo audível, os cientistas criaram um som idêntico ao que um observador dentro desse plasma ouviria enquanto o sistema expande e esfria.

O objetivo de pesquisas como essa, que recria condições seguintes ao Big Bang em menor escala, é analisar como a matéria esfriou de seu estado inicial para o universo de prótons e nêutrons que existe hoje.

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