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Sonda Rosetta encontra-se sábado com o asteroide Lutetia

A sonda europeia Rosetta prepara-se para encontrar, no sábado(10/07/2010), o asteroide Lutetia, que está entre as órbitas de Marte e Júpiter. 
O voo pode render informações esclarecedoras sobre a formação dos planetas do Sistema Solar.

Rosetta, lançada em 2004 para se encontrar com um cometa em 2014, já havia feito em 2008 a primeira incursão no principal Cinturão de Asteroides, que reúne milhares de rochas de formas e tamanhos diferentes.

No sábado, por volta das 12h45 no horário de Brasília, a sonda vai se aproximar do Lutetia e tirar fotos dele por duas horas; o asteroide é um corpo maciço de mais de 100 quilômetros de diâmetro, precisou Gerhard Schwehm, diretor da missão da Agência Espacial Europeia (ESA, em inglês).

"É uma grande chance poder observar o corpo primitivo que constitui o asteroide", comemora, já que se trata de uma testemunha do passado do Sistema Solar.

Rosetta ficará a cerca de 3.200 km da superfície do Lutetia para tê-lo integralmente em seu campo de visão. Em 2008, a sonda conseguiu ficar a 800 km de um asteroide menor, o Steins, de 6 km de comprimento.

Lutetia está a 450 milhões de quilômetros da Terra, e será necessário mais de meia hora para que os primeiros sinais da sonda cheguem ao Centro Europeu de Operações Espaciais (ESOC, em inglês), em Darmstadt, na Alemanha.

Os cientistas vão apresentar as primeiras imagens por volta das 18h de sábado, hora de Brasília. Com velocidade relativa de 54.000 km/h, a missão Rosetta de tirar fotos do asteroide "é como enviar um veículo teleguiado a 100 km/h por uma estrada para fotografar um objeto a seis metros de distância, fixando com um mês de antecedência a hora exata", explica o Centro Aeroespacial Alemão (DLR, em alemão), responsável pelo módulo Philae, que conta com diferentes instrumentos.

O módulo Philae deve tocar em 2014 o núcleo do cometa 67/P Churyumov-Gerasimenko, destino final de Rosetta depois de uma travessia de 7 bilhões de quilômetros que obrigou a sonda a usar a gravidade da Terra e de Marte para ganhar impulso e prosseguir sua viagem cósmica.

As imagens, as medidas do campo magnético e os efeitos gravitacionais do Lutetia devem permitir aos cientistas conhecerem a massa, o tamanho e a composição deste grande asteroide.
Deverá ser classificado entre os asteroides ricos em componentes primitivos à base de carbono ou serão encontrados metais em sua superfície?

"Se Lutetia for um asteroide metálico, é como ganhar na loteria", explicou Rita Schulz, cientista do projeto Rosetta. "Os asteroides do tipo-M são muito raros, nada se sabe deles", destacou Francis Rocard, do Centro Nacional de Estudos Espaciais (CNES), da França, em alusão aos que têm metais na superfície.
Até agora os asteroides metálicos são considerados fragmentos do núcleo metálico de asteroides mais maciços que se quebraram. Se o Lutetia for de metal ou contiver uma grande quantidade de metais, será necessário rever a classificação dos asteroides", avisa Schulz.

A massa acumulada de asteroides em órbita entre Marte e Júpiter equivale à de um pequeno planeta, explica Francis Rocard. Seria o resultado de um processo inacabado de formação de um planeta há 4,5 bilhões de anos.

Lutetia foi descoberto em 1852 em Paris, tendo sido batizado com o nome latino da capital francesa.

Alemanha lança satélite para fazer mapa tridimensional da Terra

Do G1

Foi lançado nesta segunda-feira (21) o satélite TanDEM-X, com a missão de compilar o mais preciso mapa em três dimensões da superfície da Terra.

 O radar alemão vai voar em formação com um outro satélite idêntico, chamado TerraSAR-X, lançado em 2007.

Juntos, os dois satélites vão medir a variação de altura em todo o globo.

O mapa em três dimensões poderá ser usado para vários fins, entre eles auxiliar aviões militares a voar em alturas extremamente baixas e ajudar equipes de resgate a avaliar onde foram os piores estragos após um terremoto, por exemplo.

 "Nosso objetivo é gerar um modelo com resolução e qualidade que não existem hoje", explicou Vark Helfritz, da empresa de imagens por satélite Infoterra GmbH.

"Esse será um produto verdadeiramente global e 'sem costuras' - não será uma 'colcha de retalhos' de dados enviados por diferentes satélites e colocados juntos", disse ele à BBC News.

O TanDEM-X foi levado para o espaço por um míssil balístico intercontinental adaptado, partindo do cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão.

Órbita
O foguete foi lançado às 5h14 da manhã, hora de Brasília, e um sinal confirmando a separação do satélite foi recebido 29 minutos depois por uma estação de rastreamento na Antártida.

O novo satélite foi colocado em uma órbita polar paralela à órbita do TerraSAR-X, cerca de 514 km acima do planeta.

"É a primeira vez que dois satélites foram colocados em formação tão próxima", disse o brigadeiro Thomas Reiter, ex-astronauta e atual membro do painel executivo do Centro Aeroespacial Alemão (DLR).

"Suas órbitas os aproximam com um mínimo de distância de cerca de 200 metros. Isso será bastante desafiador para os controladores da missão, como você pode imaginar."

Os radares vão emitir pulsos constantes de micro-ondas contra a superfície do planeta. Ao medir o tempo que sinais levam para retornar à sua fonte de origem, os instrumentos determinam as diferenças de altura.

O fato de os dois satélites estarem em formação tão próxima vai permitir que um deles aja como um transmissor/receptor e o outro como um segundo receptor.

Aplicações
Para que o satélite consiga mapear todos os 150 milhões de quilômetros quadrados da superfície da Terra serão necessários pelo menos três anos.

As observações por radar já têm extenso uso em aplicações militares, civis e científicas, como nas recentes avaliações de fenômenos como a erupção do vulcão Eyjafjallajoekull, na Islândia, e o vazamento de petróleo no Golfo do México.

A visão de micro-ondas do TerraSAR-X permitiu que especialistas pudessem acompanhar e avaliar o status do vulcão islandês apesar de ele estar coberto por uma nuvem de cinzas. No caso do vazamento, o satélite pode acompanhar o avanço da mancha de óleo no mar durante o dia e à noite, graças aos sinais de radar refletidos das águas poluídas.

Com a melhoria na precisão dos dados enviados pelo TanDEM, as aplicações deverão ser estendidas e aprofundadas.

Operadores de celulares, por exemplo, vão usar o modelo digital de elevação para escolher os melhores locais para a instalação de mastros; o setor de aviação poderá usar os dados para planejar rotas aéreas mais seguras; planejadores urbanos poderão avaliar riscos de enchentes com mais precisão e autoridades marítimas poderão usar a informação para rastrear piratas e navios de pesca ilegais.

A missão TerraSAR-X/TanDEM-X é operada por uma parceria público-privada. A Agência Espacial Alemã é dona do hardware, a EADS Astrium construiu os satélites e a Infoterra tem os direitos comerciais exclusivos sobre os dados.

Já há planos para lançar um outro satélite, para dar continuidade ao trabalho dessa missão.

O próximo passo seria uma tecnologia de alta resolução e de grande alcance que permitiria que imagens de grande escala da superfície, extremamente detalhadas, sejam registradas em uma única passagem.

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