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Astrônomos encontram sinal de novo tipo de buraco negro

estadão.com.br

Um grupo internacional de cientistas informa ter encontrado evidências confirmando que uma misteriosa fonte de raios X no espaço, HLX-1, é cerca de 100 vezes mais luminosa que a maioria dos demais objetos do mesmo tipo, e 10 vezes mais brilhante que a segunda fonte mais intensa conhecida.

De acordo com nota da Universidade de Leicester, que encabeçou o estudo, os dados sugerem que HLX-1 pode indicar a presença de um novo tipo de buraco negro no Universo, um buraco de massa intermediária.

O trabalho está publicado no periódico Astrophysical Journal. A fonte se localiza a cerca de 300 milhões de anos-luz da Terra, na galáxia ESO 243-49.

Usando o Telescópio Muito Grande (VLT, na sigla em inglês) do Observatório Europeu Sul (ESO), a equipe obteve provas de que a fonte realmente se encontra na galáxia ESO 243-49, e não representa nem uma estrela localizada entre a Terra e ESO 243-49, e nem uma outra galáxia ainda mais distante.

Segundo a nota da universidade, isso implica que fontes de raios X do tipo de HLX-1  podem ser mais brilhantes do que se imaginava em teoria, e suporta a hipótese de que as mais intensas abrigam buracos negros de massa intermediária.

Astrofísicos já suspeitavam que uma classe intermediária de buracos negros - com massa entre cem vezes e centenas de milhares de vezes a do Sol - poderia existir, nenhum objeto do tipo jamais havia sido detectado de forma confiável.

A existência, ou não, desses buracos negros é objeto de intenso debate.

Até hoje, conhecem-se evid~encias sólidas da existência de buracos negros de massa estelar - com até 20 vezes a massa do Sol - e supermassivos, localizados no núcleo de galáxias e com massa de milhões de vezes a solar.

O novo trabalho demonstra que HLX-1 não é o núcleo supermassivo de uma galáxia muito mais afastada que ESO 243-49, e nem um objeto localizado no interior da Via-Láceta.

Energia de buraco negro impede formação de milhões de estrelas

Imagem composta de rádio (vermelho-alaranjado) 
e raios X (azul) de M87. Chandra-VLS/Divulgação

estadão.com.br

Um gigantesco buraco negro no centro da galáxia M87 está soprando poeira e gás para longe, impedindo assim a formação de novas estrelas. Imagem composta por dados coletados pelo Telescópio de Raios X Chandra e pelo conjunto de radiotelescópios VLA registra o processo violento.

Em nota divulgada pela equipe do Chandra, astrônomos envolvidos no estudo declaram-se "surpresos" pelas semelhanças entre os processos desencadeados pelo buraco negro e a erupção de um vulcão na Islândia, no semestre passado.

A uma distância de 50 milhões de anos luz, M87 está relativamente próxima da Terra e fica no centro do aglomerado de Virgem, que contém milhares de galáxias. A localização de M87, combinada ao longo período de atividade do Chandra, fez com que a galáxia fosse um excelente alvo de observação.

"Nossos resultados mostram em grande detalhe como o buraco negro supermassivo tem um controle surpreendentemente bom sobre a evolução da galáxia onde vive", disse, em nota, Norbert Werner, do Instituto Kavli de Astrofísica de partículas e Cosmologia da Universidade Stanford e do Laboratório Nacional de Acelerador SLAC. "E não para aí. O alcance do buraco negro se estende ainda além pelo aglomerado, de forma semelhante á que um pequeno vulcão pode afetar praticamente um hemisfério todo da Terra".

O aglomerado ao redor de M87 brilha em luz de raios X, que é captada pelo Chandra. À medida que se resfria, o gás pode cair na direção do centro da galáxia, onde poderia continuar a se resfriar ainda mais e formar novas estrelas.

No entanto, observações de rádio feitas pelo VLA indicam que os jatos de partículas altamente energéticas produzidos pelo buraco negro de M87 interrompe o processo. Esses jatos erguem o gás relativamente frio perto do centro da galáxia e produzem ondas de choque na atmosfera galáctica, por conta de sua velocidade supersônica.

Os cientistas envolvidos na pesquisa consideraram que a interação dessa "erupção" cósmica com o ambiente galáctico é muito semelhante à do vulcão islandês Eyjafjallajokull, que forçou o fechamento de boa parte dos aeroportos da Europa há alguns meses.

Com o Eyjafjallajokull, bolsões de gás quente irrompiam pela superfície da lava, gerando ondas de choque que podem ser vistas passando através da fumaça cinzenta. O gás aquecido se eleva pela atmosfera, arrastando a poeira cinzenta atrás de si. 

Em analogia com o vulcão, as partículas energéticas produzidas na vizinhança do buraco negro elevam-se através ad atmosfera que emite raios X, fazendo elevar-se o gás mais frio perto do centro  de M87, de modo semelhante ao arrasto das nuvens de cinza vulcânica visto na Terra.

Em M87, as plumas de gás mais frio que são erguidas contêm tanta massa quanto todo o gás contido num raio de 12.000 anos-luz do centro do aglomerado de galáxias.

"Esse gás teria formado centenas de milhões de estrelas se o buraco negro não o tivesse retirado do centro da galáxia", disse um dos autores de um dos dois artigos que descrevem a dinâmica de M87, Evan Milion, de Stanford. Os artigos aparecerão no periódico  Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.

Estrela magnética ocupa lugar onde deveria haver buraco negro

Ilustração de uma magnetar, com suas linhas de força magnética. Divulgação/ESO

bbcbrasil.com

A descoberta de uma rara estrela magnética - ou "magnetar" - está desafiando teorias sobre a origem dos buracos negros.
Magnetares são um tipo especial de estrela de nêutrons, com um poderoso campo magnético.

Elas são formadas por colapso gravitacional depois que a original, ou estrela-mãe, morre e forma uma supernova catastrófica.

Para esta recém-descoberta magnetar, os astrônomos calcularam que a massa da progenitora deve ter sido pelo menos 40 vezes maior do que o nosso sol.

Estrelas desse porte que entram em colapso deveriam formar um buraco negro. O fato é que esta resultou em uma estrela de nêutrons, desafiando a teoria fundamental.

O estudo, conduzido pelo Dr. Ben Ritchie da Open University, foi publicado na revista Astronomy and Astrophysics.

A magnetar nova foi encontrada em um extraordinário aglomerado estelar conhecido como Westerlund 1, 16.000 anos-luz de distância, na constelação Ara (Altar). Esta região contém muitas estrelas massivas.

O Dr. Ritchie afirmou que se a Terra estivesse "localizada no coração deste aglomerado notável, nosso céu estaria cheio de centenas de estrelas, tão brilhantes como a Lua cheia."

Viva rápido, morra jovem

Para calcular a massa da estrela progenitora, a equipe de investigação estimou a sua vida útil. Estrelas maciças colapsam antes de estrelas pequenas, porque a pressão sobre o seu núcleo é maior, fazendo com que queimem seu combustível de hidrogênio mais rapidamente.

O buraco negro que falta pode ser explicado se a estrela original perdeu massa para uma estrela vizinha. Os astrônomos supõem que essa estrela se formou ao mesmo tempo que outras no mesmo cluster.

Portanto, o fato de que esta estrela já colapsou mostra que ela deve ter sido mais maciça do que as outras estrelas que continuam a existir lá.

Estrelas que são mais de 25 vezes mais massivas que nosso Sol normalmente colapsam para formar buracos negros.

O Dr Negueruela, da Universidade de Alicante, na Espanha, um coautor do estudo, disse que o mistério do buraco negro em falta pode ser explicado se a estrela progenitora se livrou "de nove décimos da sua massa antes de explodir como uma supernova".

Uma maneira de alcançar este "plano de dieta" seria se o progenitor era parte de um ato cósmico duplo conhecido como "estrela binária", e sua companheira tirou parte de sua massa. Isso teria permitido evitar o destino de se tornar um buraco negro.

O professor Mike Cruise, um astrofísico da Universidade britânica de Birmingham, que não esteve envolvido no estudo, disse à BBC que a nova pesquisa foi "um brilhante trabalho de detetive".

Ele comentou: "O que é especialmente atraente sobre este estudo é a maneira como os argumentos dos pesquisadores se baseiam em medições robustas, não apenas teorias."

Explosão de raios X de intensidade recorde cega observatório espacial


estadao.com.br

O feixe de raios X mais brilhante  já detectado vindo de fora da região da Via Láctea cegou, temporariamente, a câmera do Observatório Espacial Swift, da Nasa, informam astrônomos.

Os raios X viajaram pelo espaço por 5 bilhões de anos antes de atingir e sobrecarregar o telescópio de raios X do Swift, em 21 de junho. O feixe de radiação veio de uma explosão de raios gama, uma violenta erupção de energia gerada pela transformação de uma estrela em buraco negro.

"Esta explosão de raios gama é, de longe, a mais brilhante fonte de luz  nos comprimentos de onda dos raios X já vista a distâncias cosmológicas", disse, em nota, David Burrows, principal cientista encarregado do telescópio de raios X do Swift.

Enmbora o satélite tenha sido projetado para estudar explosões de raios gama, seus instrumentos não foram criados para tolerar um feixe de raios X tão brilhante. "A intensidades desses raios X foi inesperada e sem precedentes", disse Neil Gehrels, principal investigador do Swift.

Segundo ele, a explosão, batizada GRB 100621A, foi a fonte de raios X mais intensa já detectada pelo Swift desde o início das observações nessa faixa do espectro, em 2005.

"A explosão foi tão brilhante que quando irrompeu nosso software de análise de dados desligou-se", disse Phil Evans, que criou partes da programação do satélite. "Havia tantos fótons bombardeando o detector a cada segundo que ele simplesmente não era capaz de contá-los com velocidade suficiente".

O software voltou a funcionar pouco depois, capturando a evolução da explosão ao longo do tempo, e Evans recuperou os dados do período "cego". os cientistas conseguiram então determinar que o fluxo de fótons, no brilho máximo, foi de 143.000 por segundo, mais de 140 vezes o brilho máximo da maior fonte contínua de raios X conhecida no céu, e que é uma estrela de nêutrons localizada muito mais perto da Terra que o ponto de origem da explosão.

Explosões de raios gama tipicamente começam com um flash súbito de raios gama e raios X, e em seguida perde intensidade até deixar para trás apenas um brilho tênue em frequências mais baixas, como o ultravioleta. Surpreendentemente, a explosão recorde em raios X teve apenas intensidade média em luz visível e ultravioleta.

ESO encontra bolha gigante criada por buraco negro

Concepção artística mostra bolha de gás e partículas criada por dois jatos de um pequeno, mas poderoso buraco negro

Astrônomos afirmam ter descoberto o mais poderoso par de jatos já observado no espaço. Os jatos são resultantes de um pequeno buraco negro. O objeto, também conhecido como microquasar, criou uma enorme bolha de gás quente e partículas com uma dimensão de 1 mil anos-luz, o que indica que ele é duas vezes maior e dezenas de vezes mais poderoso que qualquer outro microquasar conhecido. As informações são do Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês).

"Ficamos espantados com a quantidade de energia ejetada no gás pelo buraco negro", diz o autor principal da pesquisa, Manfred Pakull. "Este buraco negro tem apenas algumas vezes a massa do Sol, mas é uma verdadeira versão em miniatura dos mais poderosos quasares e radiogaláxias, os quais contêm buracos negros com massas de alguns milhões de vezes a massa do Sol", afirma.

Os astrônomos basearam a pesquisa em observações do telescópio de raio-X Chandra, da Nasa, e do Telescópio Muito Grande (VLT, na sigla em inglês), do ESO. Os buracos negros são conhecidos por libertarem enormes quantidades de energia enquanto absorvem matéria. Acreditava-se que a maior parte dessa energia era liberada sob a forma de radiação, principalmente as que podem ser registradas por raio-X. Mas o novo estudo indica que alguns buracos negros podem libertar tanta energia, e talvez até mais, sob a forma de jatos colimados de partículas em alta velocidade.

Esses jatos se chocam contra o gás interestelar, aquecendo e causando sua expansão. A bolha criada contém gás quente e partículas super-rápidas a diferentes temperaturas. Observações em diferentes comprimentos de onda (como raio-X, rádio e ótico) ajudam a medir essa temperatura.

Os astrônomos afirmam ainda que, ao observar as regiões onde os jatos e o gás se chocam, é possível calcular que essa bolha cresce a uma velocidade de aproximadamente 1 milhão de km/h.

"O tamanho dos jatos na NGC 7793 é impressionante quando comparado com o tamanho do buraco negro a partir do qual são ejetados", diz o coautor da pesquisa Robert Soria. "Se o buraco negro fosse do tamanho de uma bola de futebol, cada jacto iria se estender da Terra até além da órbita de Plutão."

Segundo o ESO, esse estudo ajudará em futuras pesquisas sobre semelhanças entre buracos negros pequenos formados de explosões de estrelas e os buracos negros supermassivos que se encontram no centro de galáxias.

O buraco negro observado fica a 12 milhões de anos-luz da Terra na periferia da galáxia espiral NGC 7793. Os cientistas acreditam, após calcular o tamanho e a velocidade de expansão da bolha, que esses jatos estão ativos há cerca de 200 mil anos.

Buraco Negro em M87


Em 1994, astrônomos que trabalhavam com o Telescópio Espacial Hubble, não apenas obtiveram fortes indícios da presença de um buraco negro no centro de uma galáxia espiral, como também mediram a sua massa. Através de um efeito bem conhecido da física (Efeito Doppler) foi possível medir a velocidade de gás e poeira girando em torno do centro da galáxia M87.
      Pelo desvio das linhas espectrais da radiação emitida por esse material, chegou-se à conclusão que ele gira em torno do núcleo de M87 com uma velocidade muito grande. Para manter esse material com uma velocidade tão grande é preciso uma massa central também muito grande. Uma quantidade tão grande de massa no volume interno à órbita do material que o circula só pode ser um buraco negro. A massa deste buraco negro foi estimada em 3 bilhões de massas solares.

Hoje acreditamos ser possível que toda grande galáxia tenha um buraco negro, de massa equivalente a milhões ou bilhões de estrelas, em seu centro. Esses buracos negros podem ter se formado no universo primitivo, a partir de gigantescas nuvens de gás ou então depois das galáxias já formadas, a partir do "colápso" de imensos aglomerados estelares.

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Buracos negros que giram para trás produzem jatos de gás mais violentos

buraco-negro

Concepção artística divulgada pela Nasa mostra o centro de uma galáxia com um buraco negro supermassivo expelindo jatos de ondas de rádio. (Foto: NASA/JPL-Caltech)

Do G1

Pesquisas conduzidas pelo astrofísico David Garofalo, da Nasa, publicadas nesta quarta-feira (2), sugerem que buracos negros supermassivos que giram ao contrário produzem jatos de gás mais violentos. O resultado é importante para que se saiba como as galáxias mudam ao longo do tempo.

Buracos negros são imensas distorções de espaço e tempo. A gravidade deles é tão grande que nem a luz consegue escapar. Há mais de uma década, astrônomos sabem que todas as galáxias, incluindo a nossa Via Láctea, são ancoradas em tremendos buracos negros que têm uma massa muito grande (supermassivos), até bilhões de vezes superior à massa do Sol.

Os buracos negros são rodeados e alimentados por discos de gás e poeira chamados "discos de acreação". Jatos poderosos saem por cima e por baixo desses discos como se fossem raios laser. Os buracos-negros podem girar na mesma direção dos discos ou no sentido contrário.

Segundo os pesquisadores, os que giram no sentido contrário expelem jatos mais poderosos porque há mais espaço entre o buraco negro e os discos. Esse vazio estimula o crescimento de campos magnéticos, que impulsionam os jatos.

NASA pega dois buracos-negros de uma vez

de INFO Online

A NASA divulgou uma imagem feita do Observatório de Raios X Chandra que mostra dois pontos que podem representar dois buracos-negros, localizados na região central da galáxia M82.

O caso foi considerado como a primeira evidência de que mais de um buraco-negro de tamanho médio pode existir em uma única galáxia. De acordo com a agência, a descoberta foi feita a partir de dados coletados sobre o brilho e espectro dos raios x.

Uma das teorias levantadas pelos pesquisadores da NASA é que o fenômeno pode ser exemplo de como os buracos supermassivos são criados, assim como o que está presente no centro da Via Láctea.

A M82 está localizada a 12minlhões de anos-luz da Terra. A agência ainda aponta que o local tem condições semelhantes às do começo do universo, com diversas estrelas ainda em formação.

Programa do Jô - Buracos Negros

Os físicos Jorge e Daniel falam sobre buracos negros no Programa do Jô exibido em abril de 2008.





Buraco negro barra crescimento de galáxia

de INFO Online

Novos dados coletados pela NASA revelam como um enorme buraco negro está impedindo o crescimento de sua galáxia hospedeira, a NGC 1068.

As imagens em raio-X do Observatório Chandra revelam um buraco negro de grande massa e que cresce rapidamente, soprando material do centro da galáxia a cerca de 1,6 milhão de km/h.

Esse vento é criado provavelmente quando gás é acelerado e aquecido enquanto gira ao redor do buraco negro, que puxa para si uma parte desse material mas expele a outra rumo ao espaço.

A cada ano, uma quantidade equivalente a dezenas de vezes a massa do Sol é depositada a mais de três mil anos-luz do buraco. Esse vento provavelmente carrega energia o suficiente para aquecer mais gás e impedir a formações de novas estrelas.

Essas observações ajudam a explicar como um buraco-negro de grande massa pode alterar a evolução de sua galáxia hospedeira. A NGC 1068 está a 50 milhões de anos-luz da Terra, e seu buraco-negro é cerca de duas vezes maior do que aquele que se encontra no centro da Via Láctea.

As observações em raio-X aparecem em vermelho; a luz visível, captada pelo Telescópio Hubble, aparece em verde e freqüências de rádio em azul

Telescópio detecta buraco negro gigante engolindo estrela

Instrumento europeu detecta buraco negro à distância recorde de 6 milhões de anos luz.

O telescópio do Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês), detectou em outra galáxia o buraco negro mais distante já encontrado.

O corpo celeste está acompanhado por uma estrela que, em breve, será engolida pelo próprio buraco negro.

Com uma massa 15 vezes maior que a massa do Sol, este buraco negro também é o segundo maior buraco negro de massa estelar já encontrado.

Este buraco negro foi encontrado em uma galáxia em formato de espiral, chamada NGC 300, a seis milhões de anos luz da Terra.

"Esta é o buraco negro de massa estelar mais distante já pesado, e é o primeiro que vemos fora de nossa vizinhança galáctica, o Grupo Local (grupo de galáxias que inclui a Via-Láctea)", afirmou Paul Crowther, professor de astrofísica na Universidade de Sheffield, Grã-Bretanha, e um dos autores do estudo.

O parceiro do buraco negro é uma estrela do tipo Wolf-Rayet, que também tem uma massa cerca 20 vezes a massa do Sol. As Wolf-Rayet são estrelas que já estão perto do fim de suas vidas e expulsam a maior parte de suas camadas superiores para a região que as cerca antes de explodirem como supernovas, com seus núcleos implodindo para formar buracos negros.

Os buracos negros de massa estelar são extremamente densos, os restos do colapso de estrelas muito grandes. Estes buracos negros têm massas que chegam até a 20 vezes a massa do Sol. Até o momento, 20 destes buracos negros de massa estelar já foram encontrados.

Por outro lado, buracos negros maiores são encontrados no centro da maioria das galáxias e podem pesar entre milhões e bilhões de vezes a massa do Sol.

Dança

As informações coletadas pelo telescópio do ESO mostram que o buraco negro e a estrela Wolf-Rayet dançam um em volta do outro em períodos de 32 horas. Os astrônomos também descobriram que, enquanto eles orbitam em volta um do outro, o buraco negro está arrancando matéria da estrela.

"Este é, sem dúvida, um 'casal íntimo'. Como um sistema com uma ligação tão forte foi formado ainda é um mistério", afirmou um dos colaboradores da pesquisa Robin Barnard.

Outros sistemas com um buraco negro e uma estrela como companheira não são desconhecidos dos astrônomos.

Baseados nestes sistemas, os astrônomos conseguem ver uma conexão entre a massa do buraco negro e a química das galáxias.

"Notamos que os maiores buracos negros tendem a ser encontrados em galáxias menores que contem menos elementos químicos pesados", afirmou Paul Crowther.

"Galáxias maiores, que são mais ricas em elementos pesados, como a Via Láctea, apenas produzem buracos negros de massas menores."

Os astrônomos acreditam que uma maior concentração de elementos químicos pesados influencia como uma grande estrela evolui, aumentando a quantidade de matéria que perde, o que resulta em um buraco negro menor quando os restos da estrela finalmente entram em colapso.

Em menos de um milhão de anos será a vez da estrela Wolf-Rayet se transformar em uma supernova e, então, se transformar em um buraco negro.

"Se o sistema sobreviver a esta segunda explosão, os dois buracos negros vão se fundir, emitindo grandes quantidades de energia na forma de ondas gravitacionais", conclui Crowther.

No entanto, de acordo com os astrônomos, serão necessários alguns bilhões de anos até que os dois cheguem a se fundir. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Fonte:estadao.com.br

Um choque entre duas galáxias que giram em torno de um buraco negro

A Nasa (agência espacial norte-americana) divulgou uma imagem que captou o choque de duas galáxias que giram em torno de um buraco negro. A imagem foi feita por três telescópios espaciais da agência espacial e mostra as galáxias NGC 6872 e IC 4970. Os dados do Observatório Chandra de Raios-X da Nasa são mostrados em púrpura. Já a contribuição via espectro infravermelho do Telescópio Espacial Spitzer está em vermelho. Há também os dados ópticos do Very Large Telescope (VLT, na sigla em inglês, ou "Telescópio Muito Grande"), em um misto de cores vermelha e azul. Astrônomos acreditam que buracos negros supermassivos existam no centro da maioria das galáxias. Não apenas as galáxias e os buracos negros parecem coexistir, mas eles também parecem essencialmente vinculados à evolução delas. Para melhor compreender esta relação simbiótica, os cientistas se voltaram para buracos negros em rápido crescimento, chamados Núcleos Galácticos Ativos (AGN, na sigla em inglês). Com isso, buscam estudar como os buracos negros são afetados por seu ambiente galático. Os últimos dados dos telescópios Chandra e Spitzer mostram que a IC 4970, a pequena galáxia no topo da imagem, contém um buraco negro AGN fortemente envolvido por gás e poeira. Isto significa que, em telescópios de luz óptica, como o VLT, há pouco para ver. Já os raios-X e a luz infravermelha podem penetrar neste véu e revelar o show de luzes gerado enquanto materiais são aquecidos antes de cair no buraco negro. Apesar do gás e poeira escuros em volta da galáxia IC 4970, os dados do telescópio Chandra conseguem indicar que não há gás quente suficiente nessa galáxia para servir de combustível ao crescimento do buraco negro. Assim, a fonte de alimento para esse buraco negro deve estar na galáxia parceira, a NGC 6872. As duas galáxias estão no processo de uma colisão, e a atração gravitacional da IC provavelmente tragou algo do profundo reservatório de gás da galáxia NGC. Isso forneceria então o combustível para o buraco negro gigante. Ambas estão a aproximadamente 300 milhões de anos-luz, na direção da constelação do Pavão.

Créditos: NASA

NASA divulga imagem de buraco negro no centro da Via Láctea

"Aspirador de pó" cósmico tem 114 anos-luz. Observação durou cerca de 11,5 dias e meio.

A NASA divulgou nesta terça-feira (05/01/2009) imagem de um buraco negro localizado no centro da Via Láctea, conhecido como Sagitário A*.

Com uma dimensão de 114 anos-luz, ele está localizado a cerca de 26.000 anos-luz da Terra, na constelação de Sagitário. É visível a partir dos dois hemisférios da Terra. O Sagitário A* é supermaciço, ou seja, possui uma massa muito maior que a da maioria das estrelas maciças, com cerca de cem massas solares.

Os cientistas acreditam que as regiões centrais de praticamente toda galáxia contêm um buraco negro supermaciço como este, de um milhão de massas solares ou mais.

No entanto, de acordo com os astrônomos da NASA, este buraco negro é um "devorador" fraco. Seu combustível vem de ventos originados em estrelas jovens, localizadas em uma relativamente longa distância do Sagitário A*, onde sua influência gravitacional é fraca, tornando-se difícil a captura.

A imagem foi produzida ao se utilizar diferentes faixas de energia de Raios-X do observatório da NASA Chandra e utilizando códigos coloridos para representá-las. Os dados são de uma série de observações que duram no total um milhão de segundos, ou quase duas semanas.

Fonte: G1

Buracos negros gigantes nasceram em 'casulos estelares', diz estudo

Um estudo feito nos Estados Unidos propõe uma nova teoria para a formação de buracos negros "supermassivos" - com massas milhões ou até bilhões de vezes maiores que a do Sol -, sugerindo que eles se formaram em "casulos" de gás dentro de estrelas.

O estudo, da Universidade do Colorado, na cidade de Boulder, apresenta uma alternativa à teoria mais aceita hoje em dia sobre a formação desses eventos cósmicos, a de que eles surgiram a partir da união de um grande número de buracos negros pequenos.

O astrônomo que liderou o estudo, Mitchell Begelman, analisou os buracos negros surgidos a partir de estrelas supermassivas surgidas nos primórdios do universo.

Segundo ele, em alguns casos, o núcleo dessas estrelas entra em colapso, formando buracos negros - que, devido ao tamanho dessas estrelas, já nascem maiores que buracos negros comuns.

Em um segundo estágio de formação, esses buracos negros passam a engolir a matéria ao redor, dentro da estrela, formando um "casulo" e inchando até engolir o que restou do material que formava a estrela.

"O que é novo aqui é que acreditamos ter encontrado um novo mecanismo relativamente rápido de formação desses gigantes", disse Begelman.

Os buracos negros são objetos cósmicos extremamente densos formados, acredita-se, pelo colapso de estrelas, e com um campo gravitacional tão forte que nada, nem mesmo a luz, é capaz de escapar da sua atração.

Esses eventos não podem ser detectados diretamente pelos astrônomos, mas sim por sinais como movimento de matéria estelar girando em torno deles.

Buracos Negros


As estrelas não duram para sempre. Embora não sejam seres vivos, cada uma tem um ciclo que vai do seu nascimento, envolta numa nuvem de gás como um recém-nascido ainda molhado pela placenta da mãe; passa pela maturidade, que na Astronomia recebe o nome de “seqüência principal”, e por fim chega à morte, a extinção de seu brilho.

Cada estrela tem um ciclo parecido, mas a duração e o modo como morrem pode variar bastante (assim como os seres vivos!). Diz-se que uma entre cada cem estrelas que chegam ao seu último momento de existência faz de seu “canto de cisne” um evento formidável. Elas explodem violentamente difundindo de uma só vez energia equivalente a um bilhão de sóis e se fazem notar entre as estrelas de toda a galáxia. São as supernovas.

Após a explosão das supernovas de grande massa, pensa-se que o núcleo da estrela original seria capaz de se contrair, sob ação da força de gravidade, até se transformar num buraco negro.

No interior de um buraco negro a concentração de matéria é tão grande que nada pode escapar. Nem mesmo a luz (daí porque é chamado “negro”) que é um tipo de radiação, formada por partículas chamadas fótons.

Os buracos negros são uma das mais importantes descobertas científicas de todo o século XX. Em seu interior as leis que regem o Universo parecem desmoronar-se, junto com nossos conceitos sobre tempo e espaço. O inexplicável, o desconhecido reside nas entranhas desse monstro, capaz de alimentar-se de outras estrelas e, para alguns, acabar por engolir todo o Universo.

Como nascem as estrelas
Quando o Sol extinguir sua luz, daqui a cerca de cinco bilhões de anos, o destino da Terra e de todo o sistema solar interior será bastante cruel.

Nossa estrela mãe não tem massa suficiente para terminar seus dias explodindo como uma supernova, mas seu desequilíbrio final vai transformá-la numa estrela gigantesca, que engolirá os planetas mais próximos, calcinando-os.

Mas pelo menos eles não serão derretidos por uma supernova. Não haverá um buraco negro no lugar do Sol. Buracos negros são o último estágio na evolução de uma estrela com muita massa, em média 10 vezes mais que o Sol.

As estrelas surgem de imensas nuvens compostas de pequenas partículas de matéria – comumente chamadas simplesmente de poeira – e de gás hidrogênio, que existe em abundância no Universo.

Muitas vezes essas nebulosas permanecem em equilíbrio, tranqüilas como as nuvens em nosso céu. Mas é preciso pouco para lhes tirar deste estado, fazendo com que a própria atração gravitacional produza uma contração incessante em certos pontos, ou nódulos da nuvem de gás e poeira.

A nebulosa também começa a girar e à medida que aumentam a temperatura e a pressão em seu interior forma-se um ou mais corpos, tão quentes e massivos, que em dado momento passam a acontecer reações termonucleres em seu interior, produzindo muita luz e energia. Assim nasce uma estrela.

Surge um buraco negro
Depois de permanecer um longo tempo brilhando e convertendo o seu hidrogênio em hélio, as estrelas entram em colapso. É aí que seus destinos dependem de quão grandes elas são. As muito massivas, como já vimos, explodem. No lugar das supernovas o núcleo original da estrela, que serviu de “apoio” para a explosão, se contraí. Às vezes surge em seu lugar uma pequena estrela que gira como um farol: é o pulsar.

Buraco negro distorce o espaço ao redor, agindo como uma lente gravitacional. Concepção artística.

Outras vezes o núcleo não pára mais de se contrair e nasce um buraco negro. Mesmo sendo invisível, sua presença é palpável. A matéria adicionada em um disco ao redor de um buraco negro emite raios X – e foi assim que sua existência foi confirmada. Uma fonte denominada Cygnus X-1, na constelação de Cisne, foi provavelmente o primeiro buraco negro descoberto pelos astrônomos, em 1971.

Hoje, há fortes suspeitas que o centro da Via Láctea – a galáxia onde vivemos – abrigue um super buraco negro, milhões de vezes mais massivo que o Sol. Ou então vários de menor massa.

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