Mulher de rara beleza e extrema inteligência (filósofa, astrônoma e matemática), que foi assassinada, em 415, devido a disputas religiosas que ocorreram em Alexandria, fundada por Alexandre, o grande, e famosa por sua biblioteca e museu, quando o Egito era governado pelos romanos.
Na verdade, Hipácia foi condenada devido a uma disputa de egos e política entre o novo patriarca de Alexandria, São Cirilo de Alexandria, um ferrenho combatente de heresias e Orestes, o prefeito romano da cidade e que fora aluno de Hipácia. Ele a protegia dos abutres cristãos até então, que torciam o nariz para a sua inteligência e identificavam o paganismo em sua figura, justamente por, já à época, simbolizar o conhecimento e a ciência. Inventou o astrolábio e o densímetro.
"Há cerca de 2000 anos, emergiu uma civilização científica esplêndida na nossa história, e a base era em Alexandria. Apesar das grandes chances de florescer, ela decaiu. A última cientista foi uma mulher, considerada pagã. O nome era Hipácia. Com uma sociedade conservadora a respeito do trabalho da mulher e do papel, com o aumento progressivo do poder da Igreja, formadora de opiniões e conservadora quanto à ciência, e devido a Alexandria estar sob domínio romano, após o assassinato de Hipácia, em 415, essa biblioteca foi destruída. Milhares dos preciosos documentos dessa biblioteca foram em grande parte queimados e perdidos para sempre, e com ela todo o progresso científico e filosófico da época." (Carl Sagan)
Além do invejável intelecto, Hipácia mantinha uma rotina de exercícios físicos que lhe garantia um corpo perfeito e sadio. Antecipando em dezenas de séculos o perfil da mulher moderna. Em sua época, as mulheres mal podiam sair de casa e deveriam apenas prover herdeiros para os homens, sem terem direito ou acesso ao conhecimento. O responsável por ela ter sido essa extraordinária mulher foi seu pai, o filósofo Teon de Alexandria, diretor do museu de Alexandria, que a instruiu e afirmava que deseja que sua filha fosse um ser humano perfeito. Em favor de seu desenvolvimento intelectual, consta que Hipácia não aceitou diversas propostas de casamento.
Disse Hesíquio aluno hebreu dessa linda mulher que “Vestida com o manto dos filósofos, abrindo caminho no meio da cidade, explicava publicamente os escritos de Platão e de Aristóteles, ou de qualquer filósofo a todos os que quisessem ouvi-la... Os magistrados costumavam consultá-la em primeiro lugar para administração dos assuntos da cidade”.
Seus trabalhos não chegaram aos nossos dias. Muitos foram destruídos com a famosa Biblioteca, outros quando o templo de Serápis foi saqueado. O que sabemos sobre Hipátia vem de suas correspondências. O filósofo Sinesius de Cirene (370 - 413), foi seu aluno e escrevia-lhe freqüentemente. Pela troca destas cartas soube-se que ela aperfeiçoara desenvolvera estudos para a astronomia (astrolábio e planisfério) e mais aparelhos usados na física.
Desenvolveu estudos sobre a Álgebra; escreveu tratado sobre as seções cônicas e comentários sobre os matemáticos clássicos:- Ptolomeu e tratado sobre Euclides.
Solucionadora de problemas matemáticos em que envolvia demonstração lógica.
Não se casou. Conforme confessou:- já era casada com a Verdade.
Viveu numa época de luta entre o paganismo e o cristianismo este conquistando reconhecimento oficial naquela época.
Hipátia foi considerada ímpia. O saber era relacionado com o chamado paganismo que dominou os séculos anteriores e era alicerçado nas tradições de liberdade de pensamento.
Por suas idéias científicas, como a de que o Universo seria regido por leis matemáticas, Hipátia foi considerada uma herege pelos chefes cristãos da cidade, como o Bispo Cirilo.
Numa tarde de março de 415, quando regressava do Museu, Hipátia foi atacada em plena rua por uma turba de cristãos enfurecidos. Ela foi golpeada, desnudada e arrastada pelas ruas da cidade até uma igreja. No interior do templo, foi cruelmente torturada até a morte, tendo o corpo dilacerado por conchas de ostras (ou cacos de cerâmica, segundo outra versão). Depois de morta, o corpo foi lançado a uma fogueira.
O prefeito Orestes denunciou o crime a Roma e pediu uma investigação, que jamais progrediu por "falta de testemunhas". Ele acabou sendo afastado do cargo.
No século VII, o bispo João, de Nikiu, nos escritos, justificou o massacre de judeus e o assassinato de Hipátia, ocorridos naquele ano, alegando tratar-se de medidas necessárias para a sobrevivência e o fortalecimento da Igreja. É através dos escritos que conhecemos os detalhes da morte daquela que viria a ser chamada de Mártir do Paganismo.
A morte trágica de Hipátia foi determinante para o fim da gloriosa fase da matemática alexandrina, de toda matemática grega e da matemática na Europa Ocidental.
Após seu desaparecimento, nada mais seria produzido por um período mil anos e, por cerca de doze séculos, nenhum nome de mulher matemática foi registrado.
Este blog é em sua homenagem.
Na verdade, Hipácia foi condenada devido a uma disputa de egos e política entre o novo patriarca de Alexandria, São Cirilo de Alexandria, um ferrenho combatente de heresias e Orestes, o prefeito romano da cidade e que fora aluno de Hipácia. Ele a protegia dos abutres cristãos até então, que torciam o nariz para a sua inteligência e identificavam o paganismo em sua figura, justamente por, já à época, simbolizar o conhecimento e a ciência. Inventou o astrolábio e o densímetro.
"Há cerca de 2000 anos, emergiu uma civilização científica esplêndida na nossa história, e a base era em Alexandria. Apesar das grandes chances de florescer, ela decaiu. A última cientista foi uma mulher, considerada pagã. O nome era Hipácia. Com uma sociedade conservadora a respeito do trabalho da mulher e do papel, com o aumento progressivo do poder da Igreja, formadora de opiniões e conservadora quanto à ciência, e devido a Alexandria estar sob domínio romano, após o assassinato de Hipácia, em 415, essa biblioteca foi destruída. Milhares dos preciosos documentos dessa biblioteca foram em grande parte queimados e perdidos para sempre, e com ela todo o progresso científico e filosófico da época." (Carl Sagan)
Além do invejável intelecto, Hipácia mantinha uma rotina de exercícios físicos que lhe garantia um corpo perfeito e sadio. Antecipando em dezenas de séculos o perfil da mulher moderna. Em sua época, as mulheres mal podiam sair de casa e deveriam apenas prover herdeiros para os homens, sem terem direito ou acesso ao conhecimento. O responsável por ela ter sido essa extraordinária mulher foi seu pai, o filósofo Teon de Alexandria, diretor do museu de Alexandria, que a instruiu e afirmava que deseja que sua filha fosse um ser humano perfeito. Em favor de seu desenvolvimento intelectual, consta que Hipácia não aceitou diversas propostas de casamento.
Disse Hesíquio aluno hebreu dessa linda mulher que “Vestida com o manto dos filósofos, abrindo caminho no meio da cidade, explicava publicamente os escritos de Platão e de Aristóteles, ou de qualquer filósofo a todos os que quisessem ouvi-la... Os magistrados costumavam consultá-la em primeiro lugar para administração dos assuntos da cidade”.
Seus trabalhos não chegaram aos nossos dias. Muitos foram destruídos com a famosa Biblioteca, outros quando o templo de Serápis foi saqueado. O que sabemos sobre Hipátia vem de suas correspondências. O filósofo Sinesius de Cirene (370 - 413), foi seu aluno e escrevia-lhe freqüentemente. Pela troca destas cartas soube-se que ela aperfeiçoara desenvolvera estudos para a astronomia (astrolábio e planisfério) e mais aparelhos usados na física.
Desenvolveu estudos sobre a Álgebra; escreveu tratado sobre as seções cônicas e comentários sobre os matemáticos clássicos:- Ptolomeu e tratado sobre Euclides.
Solucionadora de problemas matemáticos em que envolvia demonstração lógica.
Não se casou. Conforme confessou:- já era casada com a Verdade.
Viveu numa época de luta entre o paganismo e o cristianismo este conquistando reconhecimento oficial naquela época.
Hipátia foi considerada ímpia. O saber era relacionado com o chamado paganismo que dominou os séculos anteriores e era alicerçado nas tradições de liberdade de pensamento.
Por suas idéias científicas, como a de que o Universo seria regido por leis matemáticas, Hipátia foi considerada uma herege pelos chefes cristãos da cidade, como o Bispo Cirilo.
Numa tarde de março de 415, quando regressava do Museu, Hipátia foi atacada em plena rua por uma turba de cristãos enfurecidos. Ela foi golpeada, desnudada e arrastada pelas ruas da cidade até uma igreja. No interior do templo, foi cruelmente torturada até a morte, tendo o corpo dilacerado por conchas de ostras (ou cacos de cerâmica, segundo outra versão). Depois de morta, o corpo foi lançado a uma fogueira.
O prefeito Orestes denunciou o crime a Roma e pediu uma investigação, que jamais progrediu por "falta de testemunhas". Ele acabou sendo afastado do cargo.
No século VII, o bispo João, de Nikiu, nos escritos, justificou o massacre de judeus e o assassinato de Hipátia, ocorridos naquele ano, alegando tratar-se de medidas necessárias para a sobrevivência e o fortalecimento da Igreja. É através dos escritos que conhecemos os detalhes da morte daquela que viria a ser chamada de Mártir do Paganismo.
A morte trágica de Hipátia foi determinante para o fim da gloriosa fase da matemática alexandrina, de toda matemática grega e da matemática na Europa Ocidental.
Após seu desaparecimento, nada mais seria produzido por um período mil anos e, por cerca de doze séculos, nenhum nome de mulher matemática foi registrado.
Este blog é em sua homenagem.
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