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Imagens do Universo: Alinhamento de estrelas e planetas

Imagens do Universo: Alinhamento de estrelas e planetas:

Aqueles observadores que levantaram cedo no começo do mês de Julho de 2012 tiveram a oportunidade de ver brilhantes planetas e estrelas se alinhando no céu. Na foto acima pode-se ver facilmente o aglomerado aberto de estrelas das Plêiades, os planetas Júpiter e Vênus e a brilhante estrela Aldebaran. A imagem acima foi feita no Deserto de Atacama na parte oeste da América do sul. O brilho do Sol nascente pode ser visto sobre o horizonte leste. Júpiter e Vênus continuarão sendo companheiros antes do amanhecer por todo o planeta Terra pelo resto do mês de Julho de 2012, embora com o passar dos dias eles começam a se projetar mais longe de seus companheiros estelares.


http://imagensdouniverso.blogspot.com.br

Astrônomo amador tira foto de Júpiter e duas de suas luas


A foto tirada de Júpiter por um astrônomo amador, Damian Peach, está na homepage da Nasa (agência espacial americana) desta segunda-feira (5/3/2012). A imagem mostra o planeta em detalhes, em clique produzido em 12 de setembro de 2010, na companhia de duas de suas luas --Io (embaixo, à esquerda na foto) e Ganímedes (em cima). 

O trabalho de amadores como Peach será usado na missão da sona Juno, que partiu da Terra em agosto de 2011 e cuja previsão de chegada é em julho de 2016.

As observações feitas por amadores ajudarão a equipe da Nasa a estimar quais serão os primeiros enquadramentos do planeta cujo diâmetro é 11 vezes maior do que o planeta no qual vivemos.

A Juno também coletará informações sobre o campo magnético e a composição de Júpiter, além de medir a quantidade de água e amônia na atmosfera. 

Oposição de Júpiter - Imperdível!


No dia 29 de outubro(2011), Júpiter, o maior planeta do sistema solar , vai estar em oposição.

Isto quer dizer que a Terra vai estar entre o Sol e Júpiter, por consequência além da aproximação o planeta será visível da Terra durante toda a noite propiciando, através dos telescópios, vistas deslumbrantes de sua atmosfera.

Esta excelente imagem foi capturada dia 13 de outubro no Observatório do Pic du Midi, localizado no Pic du Midi de Bigorre na região dos Altos Pirinéus, próximo de Tarbes, França.

Também vista em detalhe a gelada lua Ganymede, a maior lua do sistema solar, emergindo por trás do planeta (em cima), enquanto a vulcânica Io aparece no canto inferior esquerdo.

Quando visível, Júpiter é uma “estrela” prateada e muito brilhante. De todos os planetas que podes ver à vista desarmada, Júpiter é aquele que se assemelha mais a planeta e menos a estrela, dado que o seu tamanho e quantidade de luz que reflecte, fazem-no aparecer no céu como um disco.

Através de uns bons binóculos, a forma do planeta torna-se inconfundível e já podes ver também as 4 maiores luas, como pequenos pontos em torno de Júpiter.

Um telescópio já te mostra mais detalhes do planeta: a sua forma achatada, as cinturas de nuvens gasosas e tempestades como a Grande Mancha Vermelha, quando esta se encontra do lado visível do planeta. Como é lógico, quanto maior a potência de um telescópio, maior quantidade de detalhes se podem observar.

Das luas observáveis a partir de telescópios amadores, encontram-se Io, Europa, Ganymedes, Calisto (pequeno telescópio), Amalthea e Himalia (telescópio grande). Para as restantes, só equipamentos profissionais.

Listra 'sumida' de Júpiter começa a reaparecer


Uma das características listras marrom-escuras (para alguns, vermelhas) de Júpiter – que astrônomos amadores notaram ter passado de marrom para branco – parece que está recuperando sua cor original.

Nesta quinta-feira (25/11/2010), astrônomos anunciaram ter observado as primeiras imagens do reaparecimento da listra sumida.

Conhecida como Cinturão Equatorial Sul (SEB, na sigla em ingles), a listra fica na parte ao sul da linha do equador do planeta e pode ser vista por telescópios amadores. Geralmente, é marrom, mas no último outono, ela sumiu – para alguns deles, ficou branca.

No começo de novembro do ano passado, o astrônomo amador filipino Christopher Go, notou uma mancha brilhante no cinturão, que estava com uma aparência fora do comum (esbranquiçado), fenômeno que os astrônomos apelidaram de "tempestade" em Júpiter.

Essa mancha fez com que astrônomos amadores e profissionais de todo o mundo apontassem seus telescópios para Júpiter.

Depois de várias observações com os telescópios Keck (de dez metros), Gemini (de oito metros) e infravermelho da Nasa – todos os três localizados no topo do vulcão Mauna Kea, no Havaí, nos Estados Unidos –, os cientistas agora dizem que a listra está reaparecendo aos poucos.

Segundo Glenn Norton, pesquisador do Laboratório de Jato Propulsão (JPL) da agência espacial americana, "o motivo por que Júpiter parece ter ''perdido'' sua faixa – camuflando-se entre as faixas brancas que ficam em volta – é que os costumeiros ventos decantados (separação espontânea de um sólido num líquido ou de líquido em líquido por causa do repouso), que são secos e mantêm a região livre de nuvens, cessaram".

"Uma das coisas que estávamos procurando por meio do infravermelho era a prova de que o material escuro que aparecia à luz visível foi realmente o começo da "limpeza" na camada de nuvens, e foi exatamente isso o que vimos".

A foto acima foi tirada no dia 18 de novembro pelo telescópio Gemini North. Ela combina imagens em azul, vermelho e amarelo em uma composição de cores falsa, que mostra claramente a tempestade no Cinturão Equatorial Sul de Júpiter. E a listra, que está branca desde o outono, agora parece estar se tornando escura de novo. 

Júpiter fará maior aproximação em 50 anos


Programe-se e não perca a possibilidade de ver Júpiter no céu na semana que vem. O planeta não aparecerá tão grande e nítido de novo antes de 2022.

Júpiter estará a 368 milhões de milhas da Terra na próxima segunda-feira(20/09/2010), e esta é a menor distância entre os dois planetas desde 1963. Será possível visualizá-lo ao leste, baixo e envolto em uma nuvem de pó. Por volta da uma hora da madrugada ele estará posicionado no alto. Isso acontecerá porque a Terra vai passar entre Júpiter e o Sol nas primeiras horas da manhã de terça-feira.

O maior planeta do sistema solar pode ser visto desde agora como uma estrela incrivelmente brilhante. O único ponto mais luminoso no céu durante a noite é a Lua.

Amadores registram colisões de cometas em Júpiter


A Nasa - a agência espacial americana - divulgou nesta quinta-feira duas imagens registradas por astrônomos amadores de cometas atingindo o planeta Júpiter. 

As imagens foram registradas em junho e agosto e mostram bolas de fogo criadas pela colisão dos objetos no gigantesco planeta gasoso. As informações são da agência AP.

Segundo a agência, a imagem da esquerda foi registrada por Anthony Wesley, morador de Broken Hill, na Austrália, em 3 de junho. Ele utilizou um telescópio de 37 cm. A bola de fogo aparece na direita do planeta como um pequeno ponto.

O segundo registro foi feito por Masayuki Tachikawa, de Kumamoto, no Japão, em 20 de agosto. A colisão aparece na região superior direita, próxima ao centro de Júpiter.

No mundo das luas - Io



Stephen Battersby - Info Online

Elas podem se curvar aos planetas em tamanho, mas ganham em personalidade e número. As luas são muito diferentes entre si e estão sempre cercadas de mistérios. Há apostas de que uma delas pode abrigar vida.

Marcada por poços sulfurosos, banhada em radiação intensa e agitada por constantes erupções vulcânicas, Io é o inferno de fogo do Sistema Solar. Apesar de ser fria o bastante para ser coberta por dióxido de enxofre congelado, esta grande lua de Júpiter é o mundo mais vulcânico que conhecemos. Ela cospe 100 vezes mais lava que todos os vulcões da Terra, a partir de apenas 8% da área que eles ocupam. Io tem lagos borbulhantes de rocha fundida: o maior deles com mais de 200 quilômetros de diâmetro.

As forças de magma formam fissuras na crosta rochosa, criando linhas de lava que se estendem por até 50 quilômetros. As erupções de Io podem lançar nuvens de gás e poeira a 500 quilômetros no espaço. Essa violência vulcânica resulta de uma atração fatal entre Júpiter e as duas irmãs de Io, Europa e Ganimedes. Essas luas têm períodos orbitais duas e quatro vezes mais longos que Io, resultando em um alinhamento das três luas esporadicamente e numa órbita elíptica para Io.

À medida que percorre sua órbita, Io sofre mais ou menos influência da gravidade de Júpiter. Essas tensões e pressões aquecem o satélite por dentro em um processo conhecido como aquecimento por marés. O efeito é tão poderoso em Io que as rochas derretem, criando os vulcões. O vulcanismo extremo pode ser comum no universo. O recém- descoberto planeta Corot- 7b orbita muito perto de sua estrela e por isso sente uma forte atração gravitacional. Se sua órbita for ligeiramente elíptica, haverá aquecimento por marés suficiente para cobrir o planeta de vulcões. Assim, Io será só uma amostra das condições de tantos exoplanetas infernais.

Io parece estar esfriando, provavelmente porque sua órbita se tornou menos elíptica do que já foi. Em dezenas ou centenas de milhões de anos, as órbitas de Io, Europa e Ganimedes poderão sair de sincronia, deixando Io percorrer um caminho próximo ao circular, com quase nenhum aquecimento por marés. Então o fogo de Io finalmente se apagará.

Conjunção de Júpiter, Vênus e Lua - 02/12/2008


Foto da conjunção entre Júpiter, Vênus e a Lua ocorrida em 02/12/2008. 
Para quem não viu é só esperar a próxima em 2060.

Ilustração do Inpe (com órbitas e planetas fora de suas escalas naturais) dá uma idéia de como foi a conjunção de Vênus e Júpiter com a Lua em 02/12/2008.

Sonda Rosetta encontra-se sábado com o asteroide Lutetia

A sonda europeia Rosetta prepara-se para encontrar, no sábado(10/07/2010), o asteroide Lutetia, que está entre as órbitas de Marte e Júpiter. 
O voo pode render informações esclarecedoras sobre a formação dos planetas do Sistema Solar.

Rosetta, lançada em 2004 para se encontrar com um cometa em 2014, já havia feito em 2008 a primeira incursão no principal Cinturão de Asteroides, que reúne milhares de rochas de formas e tamanhos diferentes.

No sábado, por volta das 12h45 no horário de Brasília, a sonda vai se aproximar do Lutetia e tirar fotos dele por duas horas; o asteroide é um corpo maciço de mais de 100 quilômetros de diâmetro, precisou Gerhard Schwehm, diretor da missão da Agência Espacial Europeia (ESA, em inglês).

"É uma grande chance poder observar o corpo primitivo que constitui o asteroide", comemora, já que se trata de uma testemunha do passado do Sistema Solar.

Rosetta ficará a cerca de 3.200 km da superfície do Lutetia para tê-lo integralmente em seu campo de visão. Em 2008, a sonda conseguiu ficar a 800 km de um asteroide menor, o Steins, de 6 km de comprimento.

Lutetia está a 450 milhões de quilômetros da Terra, e será necessário mais de meia hora para que os primeiros sinais da sonda cheguem ao Centro Europeu de Operações Espaciais (ESOC, em inglês), em Darmstadt, na Alemanha.

Os cientistas vão apresentar as primeiras imagens por volta das 18h de sábado, hora de Brasília. Com velocidade relativa de 54.000 km/h, a missão Rosetta de tirar fotos do asteroide "é como enviar um veículo teleguiado a 100 km/h por uma estrada para fotografar um objeto a seis metros de distância, fixando com um mês de antecedência a hora exata", explica o Centro Aeroespacial Alemão (DLR, em alemão), responsável pelo módulo Philae, que conta com diferentes instrumentos.

O módulo Philae deve tocar em 2014 o núcleo do cometa 67/P Churyumov-Gerasimenko, destino final de Rosetta depois de uma travessia de 7 bilhões de quilômetros que obrigou a sonda a usar a gravidade da Terra e de Marte para ganhar impulso e prosseguir sua viagem cósmica.

As imagens, as medidas do campo magnético e os efeitos gravitacionais do Lutetia devem permitir aos cientistas conhecerem a massa, o tamanho e a composição deste grande asteroide.
Deverá ser classificado entre os asteroides ricos em componentes primitivos à base de carbono ou serão encontrados metais em sua superfície?

"Se Lutetia for um asteroide metálico, é como ganhar na loteria", explicou Rita Schulz, cientista do projeto Rosetta. "Os asteroides do tipo-M são muito raros, nada se sabe deles", destacou Francis Rocard, do Centro Nacional de Estudos Espaciais (CNES), da França, em alusão aos que têm metais na superfície.
Até agora os asteroides metálicos são considerados fragmentos do núcleo metálico de asteroides mais maciços que se quebraram. Se o Lutetia for de metal ou contiver uma grande quantidade de metais, será necessário rever a classificação dos asteroides", avisa Schulz.

A massa acumulada de asteroides em órbita entre Marte e Júpiter equivale à de um pequeno planeta, explica Francis Rocard. Seria o resultado de um processo inacabado de formação de um planeta há 4,5 bilhões de anos.

Lutetia foi descoberto em 1852 em Paris, tendo sido batizado com o nome latino da capital francesa.

Hubble ajuda a explicar recente impacto e sumiço de faixa escura em Júpiter

Imagem do Hubble mostra a ausência de 'cicatriz' do impacto e série de manchas escuras que podem ser sinal do retorno da faixa escura do hemisfério sul do planeta.

Observações realizadas pelo Telescópio Espacial Hubble indicam que o brilho súbito registrado em Júpiter no início do mês foi causado pela desintegração de um meteoro no alto da atmosfera do planeta, acima da cobertura de nuvens. As imagens do Hubble não revelam o padrão de mancha escura, ou "hematoma", que seria esperado se o objeto tivesse mergulhado abaixo das nuvens antes de explodir.

"O alto das nuvens e o local do impacto teriam parecido escuros em luz ultravioleta e visível, por causa dos dejetos da explosão", disse a astrônoma  Heidi Hammel, do Instituto de Ciência Espacial de Boulder (EUA). "Não conseguimos ver as características definidoras no local conhecido do impacto, o que sugere que não houve grande explosão".

A bola de luz foi avistada em Júpiter em 3 de junho, sob a forma de um flash de dois segundos de duração, pelo astrônomo amador australiano  Anthony Wesley, e confirmado pelo filipino Chris Go.

Manchas escuras na atmosfera de Júpiter apareceram quando uma série de fragmentos do cometa Shoemaker-Levy 9 atingiram o planeta em 1994. Um fenômeno similar ocorreu em julho de 2009, quando um objeto, possivelmente um asteroide, chocou-se com Júpiter.

O impacto de 2010 deve ter envolvido um objeto com apenas uma fração do tamanho dos anteriores.

Além de analisar as consequências do impacto mais recente, as observações do Hubble permitiram que cientistas analisassem as mudanças na atmosfera de Júpiter que se seguiram ao desaparecimento, meses atrás, de uma faixa escura conhecida como Cinturão Equatorial Sul.

De acordo com as imagens do Hubble, uma camada elevada de cristais brancos de amônia congelada parece encobrir as nuvens escuras mais abaixo.

Os pesquisadores preveem que a cobertura de amônia deve desaparecer em poucos meses. Esse sumiço deve começar a aparecer sob a forma de uma série de manchas escuras como as avistadas pelo Hubble no limite da zona tropical meridional.

Júpiter é atingido por asteróide

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Nessa útlima quinta-feira(03/06/10), um objeto com grandes dimensões atingiu Júpiter. O objeto não era tão grande para causar a destruição do planeta, mas produziu um forte clarão que pode ser registrado por vários astrônomos amadores.  Mas o trunfo ficou mesmo para o astrônomo amador australiano Anthony Wesley, que foi o primeiro a capturar um clarão vindo da face visível de Júpiter.

A partir das informações de Wesley, outros astrônomos começaram imediatamente a investigar o incidente, enquanto a NASA destinava o Telescópio Espacial Hubble para recolher mais informações do ocorrido. A partir dos dados coletados pela agência espacial americana, veio a confirmação que se tratava de um asteróide, mas ainda não foi possível analisar o traços remanescentes deixado pelo impacto.

Wesley parece gostar particularmente de Júpiter, foi ele quem alertou do desaparecimento de um dos cinturões do planeta.

Júpiter perdeu uma faixa gigantesca em seu hemisfério sul

A faixa estava lá no final de 2009, antes que Júpiter se movesse para perto demais do Sol para ser observado da Terra. Ao emergir, em Abril, a listra havia desaparecido. [Imagem: Anthony Wesley]

Causas desconhecidas

Júpiter perdeu uma das suas listras mais proeminentes, deixando o seu hemisfério sul estranhamente vazio.

Os cientistas ainda não sabem o que provocou o desaparecimento da gigantesca faixa escura. A aparência de Júpiter é tipicamente marcada por duas faixas escuras em sua atmosfera - uma no hemisfério norte e outra no hemisfério sul.

Mas as imagens mais recentes, feitas por astrônomos amadores, mostram que a faixa sul simplesmente desapareceu.

Mistério

A faixa estava lá no final de 2009, antes que Júpiter se movesse para perto demais do Sol para ser observado da Terra.

Quando o planeta emergiu do ofuscamento causado pelo brilho do Sol, contudo, no início de Abril, o cinturão sul simplesmente havia desaparecido.

Segundo a revista New Scientist, esta não é a primeira vez o cinturão sul de Júpiter desaparece. Ele ficou sumido em 1973, quando a sonda espacial Pioneer 10 tirou as fotos mais próximas do planeta já feitas até então. Ele sumiu temporariamente de novo no início de 1990.

Camadas de nuvens

As faixas de Júpiter podem normalmente parecer escuras simplesmente pela falta, nesta região, das nuvens de grandes altitudes, mais claras, presentes nas outras regiões, revelando as nuvens escuras abaixo.

"Você está olhando para diferentes camadas da estrutura de nuvens do planeta," disse Glenn Orton, do Laboratório de Propulsão a Jato, da NASA, em entrevista à revista.

Maior tempestade do Sistema Solar é estudada


O Observatório Europeu do Sul conseguiu, pela primeira vez, uma visão detalhada do interior da maior tempestade do Sistema Solar.

A Grande Mancha Vermelha, em Júpiter, é uma área tão grande que, dentro dela, caberiam facilmente três Terras.

A visão detalhada do interior permitiu aos cientistas fazer o primeiro mapa da tempestade gigante que liga temperatura, ventos, pressão e composição às suas cores. Instrumentos permitiram aos astrônomos medir parâmetros como temperatura e amônia dentro e ao redor da tempestade, o que os levou a entender melhor os padrões de circulação do fenômeno tanto espacialmente quanto ao longo do tempo.

Ao longo de um ano, notou-se que as tempestades são muito estáveis, apesar de turbulentas.

O “olho” gigante de Júpiter é uma região fria com média de -160º C e um dos dados mais interessantes foi a descoberta de que seu centro é 3 ou 4º C mais quente que o restante. Essa diferença de temperatura é o suficiente para fazer com que o giro, que normalmente é anti-horário, mude para uma circulação horária no centro da tempestade.

As observações permitem pela primeira vez que os cientistas afirmem que há um elo entre as condições do meio ambiente (temperatura, vento, pressão e composição) e a cor da Grande Mancha Vermelha.

Rotação de Júpiter pela New Horizons


Esta imagem foi obtida pela espaçonave New Horizons, que se aproximou e passou por Júpiter em 2007. Ao clicar na imagem irá trazer um filme do que a sonda robótica viu. Visível acima na atmosfera extensa do maior planeta do Sistema Solar são faixas e cintos de nuvens claras e escuras, bem como sistemas de tempestade gigante rotativa visto como ovais. Outros filmes compilados pela sonda New Horizons mostram as nuvens girando e se movendo em relação a si mesmos. Júpiter tem um diâmetro de cerca de onze vezes maior que a Terra, e gira uma vez em cerca de 10 horas. A robótica sonda New Horizons, lançada há quatro anos na semana passada, continua a acelerar em direção ao Sistema Solar exterior e recentemente passou a meio caminho entre a Terra e Plutão. New Horizons chegará a Plutão em 2015.

Revelando Júpiter - os segredos de um gigante

Um pouco de história

Na mitologia romana, Júpiter (do latim Iuppiter) representava o deus do dia, sendo o maior de todos os deuses. É, na verdade, o equivalente romano do deus grego Zeus.

Júpiter tornou-se célebre por, após ser salvo por sua mãe, Cibele, alcançar o trono de seu pai, Saturno, e reunir-se com os outros deuses (seus irmãos) no monte Olimpo. Uma de suas irmãs, inclusive, veio a tornar-se sua esposa: a deusa Juno, representada, na figura, ao lado de seu irmão e esposo.

Segundo a mitologia, Júpiter teve ainda muitos filhos, tanto de deusas quanto de mulheres, sendo o semi-deus Hércules talvez o mais conhecido deles, seguido dos deuses Júpiter e Juno. Carraci (séc. XVI)

Um planeta fascinante

Júpiter é o maior planeta do sistema solar e o quinto em ordem de afastamento do Sol, estando cerca de cinco vezes mais distante de nossa estrela que a Terra.

Concepção artística do Sistema Solar. Júpiter é o maior planeta e o quinto a partir do Sol.

O planeta tem cerca de 318 vezes a massa da Terra e, se tomássemos todos os planetas do Sistema Solar em conjunto, Júpiter teria ainda 2,5 vezes a massa de todo o grupo. Na verdade, para que Júpiter fosse uma estrela, estimativas indicam que ele necessitaria de ter apenas setenta vezes a massa que tem. Além disso, Júpiter tem quase 12 vezes o diâmetro da Terra e, se fosse oco, caberiam em seu interior cerca de 1300 planetas do tamanho do nosso. Estes números, aliados ao fato de ser predominantemente constituído de gases, o classificam como um gigante gasoso.

Júpiter tem ainda a maior velocidade de rotação dentre os planetas do nosso sistema. Se vivêssemos em Júpiter, nosso dia teria pouco menos de 10 horas! Em compensação, só faríamos aniversário de 12 em 12 anos, aproximadamente.

O planeta encontra-se permanentemente coberto por nuvens. Suas imagens são famosas pelas vastas tempestades que varrem sua atmosfera, sobretudo a que denominamos “Grande Mancha Vermelha” de Júpiter (ou “Great Red Spot”). É uma tempestade com ventos de até 500 km/h e que se encontra ativa há cerca de 300 anos. Ela abrange uma área tão grande da superfície de Júpiter que chega a ter um diâmetro médio próximo de duas vezes o da Terra. Novas imagens obtidas pelo Telescópio Espacial Hubble, contudo, indicam a formação de uma nova mancha vermelha nas vizinhanças da Grande Mancha.

Características orbitais

O planeta Júpiter está em uma órbita de raio médio equivalente a 778,4 x 106 km. Isto significa que Júpiter está afastado do Sol cerca de 778 milhões de quilômetros, em média. Como comparação, entre a Terra e o Sol há uma distância média de 150 milhões de quilômetros. Inclusive, este valor de distância é tomado como parâmetro em um importante sistema de medidas astronômico: a unidade astronômica (UA). Nesta acepção, a distância entre o nosso planeta e o Sol é de 1,0 UA, enquanto Júpiter está a uma distância média de 5,2 UA de nossa estrela.

Como se percebe, confirmando uma das leis formuladas pelo astrônomo alemão Johannes Kepler (1571-1630), a órbita de cada planeta é uma elipse, com o Sol em um dos focos. Uma elipse (uma figura geométrica de aspecto oval) é classificada mediante o conceito de excentricidade (e), que seria uma espécie de indicação (de 0 a 1) de quão “achatada” é a figura. Quanto mais próximo de zero estiver o valor da excentricidade, mais próxima de um círculo a elipse vai estar; se e = 1, a elipse torna-se uma parábola. No caso da órbita de Júpiter, e ˜ 0,0489, o que indica uma órbita quase circular – assim como a da Terra, que possui e ˜ 0,0167.

Em relação ao plano orbital da Terra, a órbita de Júpiter apresenta uma inclinação de 1,30°. Além disso, em relação ao seu próprio plano orbital, o eixo de rotação de Júpiter está inclinado de aproximadamente 3°05’.

O período de revolução de Júpiter, isto é, o tempo necessário para que o planeta complete uma volta ao redor do Sol (movimento de translação) equivale a cerca de 11,9 anos. Este tempo é diretamente proporcional à velocidade com que um planeta percorre sua órbita (velocidade de translação). No caso de Júpiter, esta grandeza tem valor aproximado de 13,1 km/s. A Terra, por sua vez, percorre sua órbita com velocidade de 29,8 km/s. Entretanto, Júpiter tem a maior velocidade de rotação entre os planetas do Sistema Solar. Ele completa uma volta em torno de seu próprio eixo em apenas 9h48min. O nosso planeta, como sabemos, leva pouco menos de 24 horas (o que definimos como um dia) para executar esse movimento: cerca de 23h56min.

Características gerais

Embora seja um planeta gasoso, Júpiter apresenta um núcleo rochoso relativamente pequeno, se comparado ao tamanho do planeta como um todo. Basicamente, tem-se uma pequena composição rochosa imersa em hidrogênio sólido a alta pressão. Ao redor, pode-se claramente definir uma camada de hidrogênio líquido, que vai gradualmente se expandindo até converter-se totalmente em gás hidrogênio. No entanto, não há uma clara definição de fronteira entre essas camadas de hidrogênio em diferentes densidades. À medida que partimos do centro rumo aos limites do planeta, vamos lentamente saindo da camada sólida, passando pela líquida e chegando ao gás. A partir daí, temos a espessa atmosfera que preenche grande parte do volume do planeta e o caracteriza como gasoso.

A atmosfera de Júpiter é basicamente composta por hidrogênio e hélio, sendo a proporção de aproximadamente 86% para o primeiro e 13% para o segundo. O restante, equivalente a menos de 1% da atmosfera, estaria distribuído entre traços de amônia, metano e vapor d’água, bem como entre quantidades desprezíveis de gás carbônico, etano, gás sulfídrico, neônio, oxigênio e enxofre. As regiões mais altas da atmosfera apresentam ainda cristais de amônia congelada.
Em 1690, o astrônomo Giovanni Domenico Cassini (1625-1712) notou que a rotação da atmosfera superior de Júpiter não era constante em todos os seus pontos. De fato, nesta acepção, a rotação das camadas atmosféricas nas regiões polares apresenta um atraso de aproximadamente 5 minutos em relação o movimento na região equatorial. Além disso, grupos de nuvens em diferentes latitudes deslocam-se em diferentes direções, seguindo a dinâmica das correntes de vento. A interação entre esses padrões contrastantes de movimentação atmosférica gera, inclusive, regiões de tempestade e alta turbulência, cujos ventos podem atingir, em média, 600 km/h.

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Animação representando a dinâmica atmosférica de Júpiter.

A massa do planeta Júpiter é estimada em, aproximadamente, 1,9 x 1027 kg, o equivalente a cerca de 318 vezes a massa da Terra. Isto faz com que Júpiter tenha uma gravidade superficial mais de duas vezes maior que a da Terra, com aceleração equivalente a 22,9 m/s². Devido ao alto valor associado à gravidade, o planeta também apresenta a mais alta velocidade de escape entre os planetas de nosso sistema: cerca de 59,5 km/s. O termo velocidade de escape se refere à velocidade mínima com que um objeto deve ser lançado para se livrar da atração gravitacional de um corpo celeste. Na Terra, por exemplo, este valor corresponde a 11,2 km/s. Júpiter também apresenta, ao lado de Urano, a segundo menor densidade dentre os nossos planetas, com o equivalente a 1,3 g/cm³ (cerca de um quarto da densidade da Terra, que é estimada em cerca de 5,5 g/cm³). É também o segundo planeta mais achatado do Sistema Solar. Em ambas as classificações, Saturno detém a primeira colocação, sendo o menos denso e o mais achatado dos planetas. A temperatura média de Júpiter é estimada em cerca de -150°C e seu diâmetro equatorial é equivalente a 142.984 km.

Júpiter possui, ainda, um campo magnético bastante forte e que se propaga a grandes distâncias do planeta. Se pudesse ser visto, o campo magnético de Júpiter teria, se contemplado da Terra, dimensões maiores que o disco da Lua em sua fase cheia. Assim como na Terra, as interações magnéticas de Júpiter geram belos fenômenos, como as auroras, por exemplo, que constituem um evento associado aos pólos.

Auroras em Júpiter.

Afinal, Júpiter tem anéis?

A resposta é sim. Embora seja Saturno o detentor do mais conhecido e apreciado conjunto de anéis do Sistema Solar, todos os quatro planetas gasosos (Júpiter, Saturno, Urano e Netuno) têm anéis que os circundam. A diferença é que, além do tamanho, as imagens dos anéis dos outros três tornam-se demasiadamente tênues a grandes distâncias, o que impossibilita sua observação através de instrumentos ópticos comuns. No caso de Júpiter, os anéis são compostos por partículas de poeira cósmica, o que os torna ainda mais frágeis diante da magnitude deste colossal planeta.

Anéis de Júpiter registrados pela sonda Galileo.

Os anéis de Júpiter foram descobertos em 1979 durante a passagem da nave Voyager 1 pelo planeta. O enigma de sua origem, contudo, permaneceu até o final da década de 1990, quando dados da sonda Galileo puderam oferecer subsídios à sua elucidação. Na verdade, constatou-se que estes anéis foram criados mediante impactos de meteoróides em pequenos satélites naturais próximos ao planeta. Quando dos impactos, havia uma pequena perfuração na superfície do satélite, donde eram ejetados resíduos e partículas de poeira que se aglomeravam em órbita do planeta.

Na imagem acima, temos um eclipse do Sol por Júpiter, como visto da sonda Galileo. Pequenas partículas de poeira na alta atmosfera de Júpiter, bem como as partículas de poeira que compõem os anéis, podem ser vistas mediante a reflexão da luz solar.

Os companheiros de um gigante

Júpiter é o planeta com o maior número de satélites naturais até hoje conhecidos.Atualmente, são contados em 63. Entretanto, até o início do século XVII eram todos desconhecidos. Apenas em 1610, os quatros principais satélites de Júpiter (Io, Europa, Ganímedes e Calisto) nos foram apresentados pelo astrônomo italiano Galileo Galilei (1564-1642), pelo que se tornaram conhecidos como satélites galileanos. Na época, esta descoberta constituiu a principal prova de que existem corpos celestes que circundam outro corpo que não a Terra, ou seja, a principal prova contra a teoria geocêntrica.

O maior satélite natural do Sistema Solar também orbita este planeta. Trata-se de Ganímedes, um dos quatro satélites galileanos de Júpiter, que possui diâmetro de, aproximadamente, 5262 km, chegando a ser maior que o próprio planeta Mercúrio, com diâmetro de 4878 km. Para fins de comparação, a Lua, nosso satélite natural, tem 3475 km de diâmetro e, o planeta anão Plutão, 2350 km.

Júpiter acompanhado de Io e Ganímedes.

Explorando Júpiter

Extremamente visível no céu e de aspecto magnificamente inconfundível, o planeta Júpiter é um velho conhecido da humanidade. Desde os tempos mais remotos, muitas civilizações já registravam e reverenciavam sua presença na esfera celeste. No entanto, como já discutimos, seus satélites só começaram a ser descobertos a partir do século XVII. Não obstante, as primeiras visitas de objetos da Terra só começaram a ocorrer a partir do final do século XX, quando tivemos as primeiras naves a se aproximarem de Júpiter. Vale ressaltar, contudo, que foi a partir daí que passamos a realmente conhecer este nosso companheiro de sistema.

A primeira sonda a passar significativamente por Júpiter foi a Pioneer 10, em dezembro de 1973. Um ano depois, era a Pioneer 11 quem passava por lá. Em 1979, Júpiter recebeu a visita de duas naves: a Voyager 1, em março, e a Voyager 2, em julho. A Voyager 1 deu grande contribuição ao estudo do planeta, posto que obteve as primeiras imagens com resolução razoavelmente boa de Júpiter e seus satélites.

Em 1995, a sonda Galileo foi posta em órbita de Júpiter, onde permaneceu até setembro de 2003. Ela enviou uma sonda menor à atmosfera do planeta e passou por vários de seus satélites, coletando importantes dados em suas visitas. Galileo presenciou, inclusive, o impacto de um cometa em Júpiter, enquanto se aproximava do planeta, no ano anterior ao que entrou em órbita. O cometa Shoemaker-Levy 9, que tinha se fragmentado em mais de 21 pedaços, alguns com até 1 km de diâmetro, colidiu com o planeta em julho de 1994 e explodiu nas nuvens de amônia da alta atmosfera.

Atualmente, temos a sonda New Horizons que, passando por Júpiter, contribuiu com uma vasta coleção de imagens e dados. Além dela, a sonda Cassini, que orbita Saturno, também obteve, quando de sua passagem por Júpiter, importantes dados ao estudo do planeta.

No final de sua missão, a sonda Galileo registrou ainda a presença de um oceano líquido no satélite Europa. Desde então, a NASA estuda a possibilidade de enviar uma missão dedicada aos satélites congelados de Júpiter. E assim tem nascido o projeto JIMO (Jupiter Icy Moons Orbiter), uma nave que terá o objetivo de orbitar os satélites congelados do planeta. Seu lançamento é previsto para data posterior a 2012.

A Voz de Júpiter

A magnetosfera de Júpiter é a cavidade criada dentro do vento solar pelo campo magnético extremamente forte do planeta. Estendendo-se sete milhões de quilômetros em direção ao Sol, e até à órbita de Saturno na direção oposta, a magnetosfera jupiteriana é a maior e mais forte magnetosfera planetária do Sistema Solar, e a segunda maior estrutura contínua dentro do Sistema Solar, atrás somente da heliosfera. Significativamente maior e mais achatada do que a magnetosfera terrestre, a magnetosfera jupiteriana é mais forte do que a terrestre por uma ordem de magnitude, enquanto que seu momento magnético é 18 mil vezes maior. Cientistas predisseram a existência do campo magnético jupiteriano no final da década de 1950, através da emissões de rádio vindos do planta, e foi observado pela primeira vez pela Pioneer 10 em 1973.

Júpiter é uma poderosa fonte de ondas de rádio, cuja frequência varia entre vários KHz até dezenas de MHz. Ondas de rádio com frequências de menos de 0,3 MHz (e consequentemente, com comprimento de onda maior que um quilômetro) são chamados de radiação jupiteriana quilométrica, ou KOM. Estes com frequências entre 0,3 MHz (com comprimento de onda entre 100 e 1000 metros) são chamados de radiação hectométrica, ou HOM, enquanto que emissões entre 3 e 40 MHz (com comprimentos de onda entre 10 e 100 m) são chamados de radiação decamétrica, ou DAM. O último formato de radiação foi o primeiro a ser observado da Terra, e sua periodicidade de 10 horas facilitou sua identificação como originário de Júpiter. A parte mais forte das emissões decamétricas são chamadas de Io-DAM, que são relacionadas com Io e ao sistema Io-Júpiter.


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