Hubble ajuda a explicar recente impacto e sumiço de faixa escura em Júpiter

Imagem do Hubble mostra a ausência de 'cicatriz' do impacto e série de manchas escuras que podem ser sinal do retorno da faixa escura do hemisfério sul do planeta.

Observações realizadas pelo Telescópio Espacial Hubble indicam que o brilho súbito registrado em Júpiter no início do mês foi causado pela desintegração de um meteoro no alto da atmosfera do planeta, acima da cobertura de nuvens. As imagens do Hubble não revelam o padrão de mancha escura, ou "hematoma", que seria esperado se o objeto tivesse mergulhado abaixo das nuvens antes de explodir.

"O alto das nuvens e o local do impacto teriam parecido escuros em luz ultravioleta e visível, por causa dos dejetos da explosão", disse a astrônoma  Heidi Hammel, do Instituto de Ciência Espacial de Boulder (EUA). "Não conseguimos ver as características definidoras no local conhecido do impacto, o que sugere que não houve grande explosão".

A bola de luz foi avistada em Júpiter em 3 de junho, sob a forma de um flash de dois segundos de duração, pelo astrônomo amador australiano  Anthony Wesley, e confirmado pelo filipino Chris Go.

Manchas escuras na atmosfera de Júpiter apareceram quando uma série de fragmentos do cometa Shoemaker-Levy 9 atingiram o planeta em 1994. Um fenômeno similar ocorreu em julho de 2009, quando um objeto, possivelmente um asteroide, chocou-se com Júpiter.

O impacto de 2010 deve ter envolvido um objeto com apenas uma fração do tamanho dos anteriores.

Além de analisar as consequências do impacto mais recente, as observações do Hubble permitiram que cientistas analisassem as mudanças na atmosfera de Júpiter que se seguiram ao desaparecimento, meses atrás, de uma faixa escura conhecida como Cinturão Equatorial Sul.

De acordo com as imagens do Hubble, uma camada elevada de cristais brancos de amônia congelada parece encobrir as nuvens escuras mais abaixo.

Os pesquisadores preveem que a cobertura de amônia deve desaparecer em poucos meses. Esse sumiço deve começar a aparecer sob a forma de uma série de manchas escuras como as avistadas pelo Hubble no limite da zona tropical meridional.

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