Dispersão de galáxias ajuda a entender partícula subatômica misteriosa

A galáxia M100, em imagem captada pelo Telescópio Espacial Hubble. HST/Nasa-ESA

estadao.com.br

Pesquisadores estão perto de determinar a massa do neutrino, não usando um gigantesco detector de partículas, mas olhando para o espaço.

Neutrinos são partículas que praticamente não interagem com outras formas de matéria. Cerca de 50 trilhões deles passam através do corpo humano a cada segundo, sem deixar rastro.

Para detectá-los, físicos se valem de enormes instalações subterrâneas, que mesmo assim captam poucos eventos: um neutrino seria capaz de passar por milhões de quilômetros de metal sólido sem atingir um único átomo.

Agora, os resultados do maior levantamento de galáxias do Universo permitiu que cientistas estimassem a massa do neutrino em, no máximo, 0,28 elétron-volt - menos de um bilionésimo da massa de um único átomo de hidrogênio. Esse resultado será publicado na revista Physical Review Letters.

"De todos os hipotéticos candidatos à misteriosa matéria escura, até agora o neutrino é o único exemplo que realmente existe na natureza", disse o chefe do grupo de Astronomia do University College London (UCL), Ofer Lahay. A estimativa de massa foi feita no UCL.

O trabalho baseia-se na ideia de que a grande abundância de neutrinos tem um grande efeito cumulativo na matéria do cosmo, que naturalmente tende a se acumular em grupos ou aglomerados de galáxias.

Como os neutrinos são extremamente leves e se deslocam pelo universo a altas velocidades, eles têm o efeito de suavizar essa tendência da matéria á aglomeração. Os opesquisdaores usaram um grande mapa 3D de galáxias, que mostra a posição de mais de 700.000 delas, e realizaram uma estimativa das distâncias entre elas.

Ao analisar a distribuição das galáxias pelo espaço, cientistas conseguiram calcular qual a massa máxima dos neutrinos.

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