Ano novo, vida nova! Não para este pobre cometa. O ano nem bem começou, mas essa bola de gelo sujo nem chegou a ver o dia de Reis.
O pobre cometa tem uma história interessante. Foi descoberto em 2 de janeiro (sábado passado) pelo astrônomo amador Alan Watson, na Austrália, que inspecionava imagens da sonda Stereo, obtidas dia 30 de dezembro de 2009. O curioso é que para nós ele “durou” apenas um dia (não deu tempo nem de batizá-lo), mas ele tem pelo menos 2.000 anos de idade.
A história é a seguinte, no Século 19 um astrônomo alemão chamado Kreutz postulou que há dois mil anos um gigantesco cometa havia se fragmentado e formado uma imensa família de destroços. Ano após ano, esses fragmentos foram se dissipando, separando-se de modo que todos os dias vários deles mergulham no Sol. A maioria dos fragmentos é muito pequena para ser detectada, mas vez por outra um grande pedaço pode ser avistado.
Isso é o que pode ser visto na sequência de imagens acima, obtidas pelo SOHO – recordista de descobrimentos de cometas – em um período de 7 horas. O disco escuro é um anteparo (chamado coronógrafo) que tem por finalidade ocultar o briho do Sol. O círculo branco nesse disco representa o próprio disco solar. Atenuando o brilho do Sol, é possível observar detalhes do seu vento, que são esses “véus” partindo do centro.
De quebra, é possível observar cometas que passam perto do Sol. Alguns passam por trás do disco e “ressurgem” algum tempo depois, mas a maioria não volta mais. É o caso desse pobre cometa, identificado apenas como membro da família de Kreutz, em homenagem ao astrônomo que estudou o grupo.
Fonte: G1
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