Poeira cósmica torna esse olhar vermelho. A misteriosa imagem do Telescópio Espacial Spitzer mostra a radiação infravermelha do bem estudado Helix Nebula (NGC 7293) a meros 700 anos-luz na constelação de Aquário. Com 2 anos-luz de diâmetro de poeira e gás em torno de uma anã branca central tem sido considerada um excelente exemplo de uma nebulosa planetária, que representa a fase final na evolução de uma estrela semelhante ao Sol. Os dados do Spitzer mostram que a estrela central da nebulosa está imersa em um surpreendentemente brilho infravermelho. Os modelos sugerem que o brilho é produzido por um disco de detritos de poeira. Mesmo que o material nebular foi ejetado da estrela muitos milhares de anos atrás, a fechar em pó pode ser gerada por colisões em um reservatório de objetos similares ao nosso próprio sistema solar do Cinturão de Kuiper ou a nuvem de Oort.
"Diante da vastidão do tempo e da imensidão do universo é uma alegria para mim compartilhar uma época e um planeta com você." - Carl Sagan
Um infantário de estrelas
Um infantário de estrelas
por LUÍS NAVES
Os mistérios do espaço continuam a ser investigados. Foram agora divulgadas imagens espectaculares de 30 dos 42 discos protoplanetários já identificados na nebulosa de Oríon. As fotografias do telescópio espacial 'Hubble' mostram futuros sistemas solares, com estrelas ao meio e nuvens de poeira e gás que darão origem a planetas e, talvez, a nova vida
Parecem pequenos discos voadores ou peixes eléctricos a nadar num estranho aquário. Na realidade, são discos protoplanetários, o que significa que são futuros sistemas solares, com a sua estrela e embriões de planetas em órbita.
A espectacular imagem reproduzida acima, que pode ser vista em spacetelescope.org/news, resulta de um mosaico de fotografias do Hubble sobre uma das regiões do espaço que tem gerado maior interesse entre os astrónomos, a nebulosa de Oríon.
Trata-se de um dos maiores infantários de estrelas conhecidos da ciência. Pode ser visto com pequenos telescópios no hemisfério sul do planeta. A nebulosa de Oríon tem 25 anos-luz de diâmetro e fica a uma distância da Terra de 1500 anos-luz. O intenso estudo desta região do espaço permite um relance sobre um dos problemas centrais da astronomia: como se formaram o sistema solar e a Terra? A nebulosa de Oríon foi descoberta no século XVII e é a zona de formação estelar mais próxima do nosso Sol.
A nebulosa em si tem sido muito fotografada pelo telescópio espacial Hubble e as imagens resultantes estavam disponíveis. Também já eram conhecidas foto- grafias de discos protoplanetários em diferentes nebulosas, incluindo Orion. A novidade na imagem em cima está na quantidade e diversidade dos discos protoplanetários. A ninguém pode escapar o conteúdo poético desta imagem recentemente divulgada pela ESA, a Agência Espacial Europeia, que com a congénere americana, NASA, é uma das responsáveis pela gestão do Hubble.
São claramente visíveis as novas estrelas e as misturas de gás e poeira em torno destes objectos. Dentro de milhões de anos, os discos com formas bizarras deverão evoluir para sistemas planetários. Os discos de poeira e gás estão em movimento e atraem mais poeira e gás. Sabe-se também que existe água nesta região. O mosaico mostra 30 dos 42 discos protoplanetários que se sabe existirem na nebulosa. Talvez alguns dos planetas que estão ali a nascer tenham um dia oceanos e vida.
por LUÍS NAVES
Os mistérios do espaço continuam a ser investigados. Foram agora divulgadas imagens espectaculares de 30 dos 42 discos protoplanetários já identificados na nebulosa de Oríon. As fotografias do telescópio espacial 'Hubble' mostram futuros sistemas solares, com estrelas ao meio e nuvens de poeira e gás que darão origem a planetas e, talvez, a nova vida
Parecem pequenos discos voadores ou peixes eléctricos a nadar num estranho aquário. Na realidade, são discos protoplanetários, o que significa que são futuros sistemas solares, com a sua estrela e embriões de planetas em órbita.
A espectacular imagem reproduzida acima, que pode ser vista em spacetelescope.org/news, resulta de um mosaico de fotografias do Hubble sobre uma das regiões do espaço que tem gerado maior interesse entre os astrónomos, a nebulosa de Oríon.
Trata-se de um dos maiores infantários de estrelas conhecidos da ciência. Pode ser visto com pequenos telescópios no hemisfério sul do planeta. A nebulosa de Oríon tem 25 anos-luz de diâmetro e fica a uma distância da Terra de 1500 anos-luz. O intenso estudo desta região do espaço permite um relance sobre um dos problemas centrais da astronomia: como se formaram o sistema solar e a Terra? A nebulosa de Oríon foi descoberta no século XVII e é a zona de formação estelar mais próxima do nosso Sol.
A nebulosa em si tem sido muito fotografada pelo telescópio espacial Hubble e as imagens resultantes estavam disponíveis. Também já eram conhecidas foto- grafias de discos protoplanetários em diferentes nebulosas, incluindo Orion. A novidade na imagem em cima está na quantidade e diversidade dos discos protoplanetários. A ninguém pode escapar o conteúdo poético desta imagem recentemente divulgada pela ESA, a Agência Espacial Europeia, que com a congénere americana, NASA, é uma das responsáveis pela gestão do Hubble.
São claramente visíveis as novas estrelas e as misturas de gás e poeira em torno destes objectos. Dentro de milhões de anos, os discos com formas bizarras deverão evoluir para sistemas planetários. Os discos de poeira e gás estão em movimento e atraem mais poeira e gás. Sabe-se também que existe água nesta região. O mosaico mostra 30 dos 42 discos protoplanetários que se sabe existirem na nebulosa. Talvez alguns dos planetas que estão ali a nascer tenham um dia oceanos e vida.
Sonda New Horizons na metade do caminho para Plutão
Uma veloz sonda da NASA está agora na metade do caminho para Plutão, e rumo à um encontro com o distante e gélido mundo em 2015.
Nesta Terça-feira, a sonda New Horizons da NASA estava à cerca de 2,463 bilhões de km da Terra, e 2,462 bilhões de km de Plutão, desta forma a sonda está mais perto de Plutão do que do nosso lar. A sonda irá sobrevoar o planeta anão e suas luas no dia 14 de Julho de 2015, antes de mergulhar mais fundo no Cinturão de Kuiper nas partes externas do Sistema Solar.
“Este é o primeiro de vários marcos nos próximos 10 meses que marcam os caminhos intermediários da jornada para a fronteira do Sistema Solar, onde Plutão está,” disse Alan Stern, investigador principal do New Horizons.
A sonda está pouco além do ponto intermediário entre as órbitas de Saturno e Urano, e está rumo à Plutão à uma velocidade de 1,2 milhões de km por dia.
A New Horizons está atualmente em modo de hibernação, coletando dados de impactos de poeira interplanetária enquanto voa. A equipe de Stern planeja acordar a sonda brevemente no dia 5 de Janeiro por 10 dias para manutenção e atividades de rastreamento.
Outros marcos esperam pela New Horizons em 2010. No dia 25 de Fevereiro, a sonda terá feito metade da distância de viagem real à Plutão. No dia 20 de Abril, ela estará na metade do caminho entre o Sol e seu ponto de encontro com Plutão. E no dia 17 de Outubro, a sonda irá ter chegado à metade de seu tempo de voo até Plutão, com mais cinco anos para viajar.
Nesta Terça-feira, a sonda New Horizons da NASA estava à cerca de 2,463 bilhões de km da Terra, e 2,462 bilhões de km de Plutão, desta forma a sonda está mais perto de Plutão do que do nosso lar. A sonda irá sobrevoar o planeta anão e suas luas no dia 14 de Julho de 2015, antes de mergulhar mais fundo no Cinturão de Kuiper nas partes externas do Sistema Solar.
“Este é o primeiro de vários marcos nos próximos 10 meses que marcam os caminhos intermediários da jornada para a fronteira do Sistema Solar, onde Plutão está,” disse Alan Stern, investigador principal do New Horizons.
A sonda está pouco além do ponto intermediário entre as órbitas de Saturno e Urano, e está rumo à Plutão à uma velocidade de 1,2 milhões de km por dia.
A New Horizons está atualmente em modo de hibernação, coletando dados de impactos de poeira interplanetária enquanto voa. A equipe de Stern planeja acordar a sonda brevemente no dia 5 de Janeiro por 10 dias para manutenção e atividades de rastreamento.
Outros marcos esperam pela New Horizons em 2010. No dia 25 de Fevereiro, a sonda terá feito metade da distância de viagem real à Plutão. No dia 20 de Abril, ela estará na metade do caminho entre o Sol e seu ponto de encontro com Plutão. E no dia 17 de Outubro, a sonda irá ter chegado à metade de seu tempo de voo até Plutão, com mais cinco anos para viajar.
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O material totalmente grátis consiste de:
Os cadernos:
StarChild – a Learning Center for Young Astronomers
The Hidden Lives of Galaxies
What Is Your Cosmic Connection To The Elements
The Anatomy Of Black Holes
Material dos CDs:
Imagine The Universe
Starchild
Astronomy Picture Of The Day
Groovie Movie
E 2 pôster:
The Hidden Lives Of Galaxies
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Copérnico enterrado novamente 467 anos após a sua morte
Restos mortais encontrados nos arredores da catedral de Frombork, Polônia.
Os ossos do astrónomo polaco, Nicolau Copérnico (1473-1543), foram descobertos há quatro anos por arqueólogos locais, durante escavações nos arredores da catedral de Frombork e, 467 anos após a sua morte, terá um novo funeral, com cerimónia solene agendada para dia 22 de Maio de 2010.
Três anos após a exumação, análises de DNA determinaram que os restos mortais lhe pertenciam e foi esta a hipóteses que corroborou a especialistas forenses que a reconstrução facial do crânio correspondia aos retratos de Copérnico ainda conservados.
Os ossos encontrados serão sepultados debaixo de um dos altares da catedral e, no próximo mês, irão começar os trabalhos para se construir um túmulo de duas toneladas de granito negro. A informação foi dada por um porta-voz eclesiástico da diocese de Ermland, no Nordeste da Polónia.
"Agora temos a certeza de que o crânio encontrado em Frombork é o de Nicolau Copérnico", disse a um diário brasileiro o professor Jerzy Gassowski, do Instituto de Arqueologia de Pultusk, que em 2005 descobriu os restos atribuídos ao astrónomo.
O cientista revolucionou a Astronomia mundial ao dizer que a “Terra gira em torno do Sol” (teoria heliocêntrica) e a sua obra «De Revolutionibus Orbium Coelestium», considerada uma pedra basilar da astronomia, desenvolve a teoria heliocêntrica – na qual defende que o astro permanece estático com revoluções dos planetas em seu redor por um determinado período, formando um sistema: o solar.
Quando afirmou que a Terra se move em torno do Sol, em 1543, o cientista Nicolau Copérnico não apenas divulgou um novo postulado científico. Aquilo que ele provocou foi uma revolução no pensamento ocidental, ao tirar pela primeira vez o homem do centro do Universo. Até então, a teoria geocêntrica de Ptolomeu, em que tudo gira em volta da terra, era a verdade que guiava a filosofia, a ciência e a religião.
Os ossos do astrónomo polaco, Nicolau Copérnico (1473-1543), foram descobertos há quatro anos por arqueólogos locais, durante escavações nos arredores da catedral de Frombork e, 467 anos após a sua morte, terá um novo funeral, com cerimónia solene agendada para dia 22 de Maio de 2010.
Três anos após a exumação, análises de DNA determinaram que os restos mortais lhe pertenciam e foi esta a hipóteses que corroborou a especialistas forenses que a reconstrução facial do crânio correspondia aos retratos de Copérnico ainda conservados.
Os ossos encontrados serão sepultados debaixo de um dos altares da catedral e, no próximo mês, irão começar os trabalhos para se construir um túmulo de duas toneladas de granito negro. A informação foi dada por um porta-voz eclesiástico da diocese de Ermland, no Nordeste da Polónia.
"Agora temos a certeza de que o crânio encontrado em Frombork é o de Nicolau Copérnico", disse a um diário brasileiro o professor Jerzy Gassowski, do Instituto de Arqueologia de Pultusk, que em 2005 descobriu os restos atribuídos ao astrónomo.
O cientista revolucionou a Astronomia mundial ao dizer que a “Terra gira em torno do Sol” (teoria heliocêntrica) e a sua obra «De Revolutionibus Orbium Coelestium», considerada uma pedra basilar da astronomia, desenvolve a teoria heliocêntrica – na qual defende que o astro permanece estático com revoluções dos planetas em seu redor por um determinado período, formando um sistema: o solar.
Quando afirmou que a Terra se move em torno do Sol, em 1543, o cientista Nicolau Copérnico não apenas divulgou um novo postulado científico. Aquilo que ele provocou foi uma revolução no pensamento ocidental, ao tirar pela primeira vez o homem do centro do Universo. Até então, a teoria geocêntrica de Ptolomeu, em que tudo gira em volta da terra, era a verdade que guiava a filosofia, a ciência e a religião.
Um desafio para a Astronomia moderna: a matéria escura?
Nizomar de Sousa Gonçalves - Físico
Uma forma clássica de calcular a massa de uma galáxia é medir a sua luminosidade que depende do número de estrelas presentes: quanto mais estrelas a galáxia possuir, mais luminosa ela será. A massa calculada desta forma é denominada massa luminosa, pois emite luz (pode ser luz visível, raios-x, raios gama, ondas de rádio, infravermelho). Em 1933, o astrônomo Fritz Zwick calculou a massa do aglomerado de galáxias Coma usando um método diferente: as estrelas em uma galáxia espiral possuem um movimento em torno do centro da galáxia que depende da distância da estrela ao centro galáctico e também da massa contida dentro da órbita da estrela. Para sua surpresa, Zwick concluiu que a massa encontrada na sua medida era muito maior do que aquela medida pela técnica baseada no número de galáxias e no brilho total, cerca de 400 vezes maior. As galáxias situadas naquela região do Universo não possuem tanta massa luminosa. Era necessária a existência de mais matéria no aglomerado de galáxias. Zwick pensou que deveria existir alguma forma de matéria invisível que, junto com a matéria visível, daria a massa e, consequentemente, a gravidade suficiente para manter o aglomerado de galáxias unido. Mais tarde, verificou-se que essa matéria invisível está presente não só no aglomerado de Coma, mas em todos os aglomerados de galáxias. Em outras palavras, a partir do trabalho de Zwick descobriu-se que estava faltando matéria no Universo! A solução para este problema foi simples: uma nova espécie de matéria deveria existir no Universo. A nova matéria, proposta por Zwick, não é luminosa (não emite radiação, por isso não podemos vê-la). Esse é o motivo pelo qual a nova forma de matéria foi denominada ``matéria escura``. A única forma de detectá-la é estudando a sua interação gravitacional com a matéria comum e com a luz (lentes gravitacionais).
Mas afinal, qual é a composição da matéria escura? A resposta é bem simples: a ciência ainda não sabe. Muitas propostas de explicação foram lançadas: novas partículas subatômicas (WINPS), buracos negros, gases não luminosos, anãs marrons (objeto com massa entre 13 e 80 massas de Júpiter e que não conseguiu tornar-se estrela), planetas e, uma teoria mais radical, diz que a matéria comum existente em um universo paralelo poderia interagir gravitacionalmente com o nosso parecendo-nos algo invisível ou escuro.
Os astrônomos, astrofísicos e cosmólogos parecem convergir para uma estatística sobre a composição do nosso Universo: 25% dele deve ser formado por matéria escura e 5% deve ser formado pela matéria comum. E os outros 70%? Por mais assustador que pareça, o percentual restante é formado por um ente ainda mais exótico e complexo de explicar: a energia escura (responsável pela expansão do Universo - assunto para outro dia). Convém lembrar que o termo escura não significa apenas aquilo que não podemos ver, mas também aparece para indicar que se trata de algo que a ciência não conhece e está buscando entender. Isso quer dizer que não conhecemos 95% do nosso Universo. Atualmente, resolver este problema é um dos maiores desafios da Astronomia moderna.
NIZOMAR DE SOUSA GONÇALVES é professor assistente do Departamento de Física da Universidade Federal do Ceará (UFC) e doutorando em Física.
Uma forma clássica de calcular a massa de uma galáxia é medir a sua luminosidade que depende do número de estrelas presentes: quanto mais estrelas a galáxia possuir, mais luminosa ela será. A massa calculada desta forma é denominada massa luminosa, pois emite luz (pode ser luz visível, raios-x, raios gama, ondas de rádio, infravermelho). Em 1933, o astrônomo Fritz Zwick calculou a massa do aglomerado de galáxias Coma usando um método diferente: as estrelas em uma galáxia espiral possuem um movimento em torno do centro da galáxia que depende da distância da estrela ao centro galáctico e também da massa contida dentro da órbita da estrela. Para sua surpresa, Zwick concluiu que a massa encontrada na sua medida era muito maior do que aquela medida pela técnica baseada no número de galáxias e no brilho total, cerca de 400 vezes maior. As galáxias situadas naquela região do Universo não possuem tanta massa luminosa. Era necessária a existência de mais matéria no aglomerado de galáxias. Zwick pensou que deveria existir alguma forma de matéria invisível que, junto com a matéria visível, daria a massa e, consequentemente, a gravidade suficiente para manter o aglomerado de galáxias unido. Mais tarde, verificou-se que essa matéria invisível está presente não só no aglomerado de Coma, mas em todos os aglomerados de galáxias. Em outras palavras, a partir do trabalho de Zwick descobriu-se que estava faltando matéria no Universo! A solução para este problema foi simples: uma nova espécie de matéria deveria existir no Universo. A nova matéria, proposta por Zwick, não é luminosa (não emite radiação, por isso não podemos vê-la). Esse é o motivo pelo qual a nova forma de matéria foi denominada ``matéria escura``. A única forma de detectá-la é estudando a sua interação gravitacional com a matéria comum e com a luz (lentes gravitacionais).
Mas afinal, qual é a composição da matéria escura? A resposta é bem simples: a ciência ainda não sabe. Muitas propostas de explicação foram lançadas: novas partículas subatômicas (WINPS), buracos negros, gases não luminosos, anãs marrons (objeto com massa entre 13 e 80 massas de Júpiter e que não conseguiu tornar-se estrela), planetas e, uma teoria mais radical, diz que a matéria comum existente em um universo paralelo poderia interagir gravitacionalmente com o nosso parecendo-nos algo invisível ou escuro.
Os astrônomos, astrofísicos e cosmólogos parecem convergir para uma estatística sobre a composição do nosso Universo: 25% dele deve ser formado por matéria escura e 5% deve ser formado pela matéria comum. E os outros 70%? Por mais assustador que pareça, o percentual restante é formado por um ente ainda mais exótico e complexo de explicar: a energia escura (responsável pela expansão do Universo - assunto para outro dia). Convém lembrar que o termo escura não significa apenas aquilo que não podemos ver, mas também aparece para indicar que se trata de algo que a ciência não conhece e está buscando entender. Isso quer dizer que não conhecemos 95% do nosso Universo. Atualmente, resolver este problema é um dos maiores desafios da Astronomia moderna.
NIZOMAR DE SOUSA GONÇALVES é professor assistente do Departamento de Física da Universidade Federal do Ceará (UFC) e doutorando em Física.
Criação de rede global de astônomos é o maior legado da AIA 2009
O coordenador global do Ano Internacional de Astronomia (AIA 2009), Pedro Russo, destaca a criação de uma rede mundial de astrónomos como um dos maiores legados desta iniciativa, que envolveu 148 países.
O objectivo de “baixar à terra a astronomia” foi conseguido, considera, salientando, como o maior legado científico desta iniciativa das Nações Unidas, o “extraordinário upgrade” na rede global entre a comunidade de astrónomos profissionais e amadores.
“Existem iniciativas que vão continuar para além do AIA e que contarão com a recolha de dados de astrónomos amadores para novos projectos da comunidade científica”, disse à Lusa o cientista.
“Nunca houve tanta gente envolvida em astronomia”, disse ainda, adiantando que “15 milhões de pessoas tiveram contacto com a astronomia” ao longo dos últimos 12 meses, dos quais dois milhões “observaram o céu pela primeira vez por um telescópio”.
Pedro Russo revela que foram gastos 700 mil euros com a coordenação global do AIA, nomeadamente para apoiar projectos, com os salários e com a produção para Internet, de brochuras, de vídeos promocionais e de outros materiais educativos distribuídos por todo o mundo.
“O AIA apoiou 12 projectos globais âncora – com 40 a 50 mil euros por projecto –, para além da bolsa de recursos para pequenos projectos em países em vias de desenvolvimento”, disse.
O coordenador destaca também alguns projectos marcantes desenvolvidos no âmbito desta iniciativa, “como o sistema solar à escala, na Suécia, em que foram distribuídos os planetas pelas cidades do país e que proporcionou uma rota turística”.
Pedro Russo salienta “um pequeno projecto de um astrónomo indiano que decidiu montar uma exposição de imagens e explicações numa carroça, puxada por um camelo, para mostrar astronomia às comunidades mais pobres do seu país”, projecto que foi premiado pelo AIA.
Aponta ainda projectos liderados por astrónomos iranianos, como «O Mundo à Noite e o Starpeace» que obrigaram a ultrapassar questões políticas, em regiões transfronteiriças do Paquistão/Índia e do Irão/Iraque.
Em África, Pedro Russo destaca as iniciativas promovidas pela África do Sul e outras “bastante importantes, na área da educação formal e informal”, no Quénia, Tanzânia, Moçambique, Angola e na Guiné-Bissau, “apesar das dificuldades” em identificar nestes países “muitas pessoas ligadas à astronomia”.
O coordenador realça também a “incrível lista de políticos que participaram nas actividades e que expressaram o seu apoio” ao Ano Internacional da Astronomia, concluindo que o AIA teve um “apoio político muito importante” e que soube, de certa forma, “unificar os povos”.
O objectivo de “baixar à terra a astronomia” foi conseguido, considera, salientando, como o maior legado científico desta iniciativa das Nações Unidas, o “extraordinário upgrade” na rede global entre a comunidade de astrónomos profissionais e amadores.
“Existem iniciativas que vão continuar para além do AIA e que contarão com a recolha de dados de astrónomos amadores para novos projectos da comunidade científica”, disse à Lusa o cientista.
“Nunca houve tanta gente envolvida em astronomia”, disse ainda, adiantando que “15 milhões de pessoas tiveram contacto com a astronomia” ao longo dos últimos 12 meses, dos quais dois milhões “observaram o céu pela primeira vez por um telescópio”.
Pedro Russo revela que foram gastos 700 mil euros com a coordenação global do AIA, nomeadamente para apoiar projectos, com os salários e com a produção para Internet, de brochuras, de vídeos promocionais e de outros materiais educativos distribuídos por todo o mundo.
“O AIA apoiou 12 projectos globais âncora – com 40 a 50 mil euros por projecto –, para além da bolsa de recursos para pequenos projectos em países em vias de desenvolvimento”, disse.
O coordenador destaca também alguns projectos marcantes desenvolvidos no âmbito desta iniciativa, “como o sistema solar à escala, na Suécia, em que foram distribuídos os planetas pelas cidades do país e que proporcionou uma rota turística”.
Pedro Russo salienta “um pequeno projecto de um astrónomo indiano que decidiu montar uma exposição de imagens e explicações numa carroça, puxada por um camelo, para mostrar astronomia às comunidades mais pobres do seu país”, projecto que foi premiado pelo AIA.
Aponta ainda projectos liderados por astrónomos iranianos, como «O Mundo à Noite e o Starpeace» que obrigaram a ultrapassar questões políticas, em regiões transfronteiriças do Paquistão/Índia e do Irão/Iraque.
Em África, Pedro Russo destaca as iniciativas promovidas pela África do Sul e outras “bastante importantes, na área da educação formal e informal”, no Quénia, Tanzânia, Moçambique, Angola e na Guiné-Bissau, “apesar das dificuldades” em identificar nestes países “muitas pessoas ligadas à astronomia”.
O coordenador realça também a “incrível lista de políticos que participaram nas actividades e que expressaram o seu apoio” ao Ano Internacional da Astronomia, concluindo que o AIA teve um “apoio político muito importante” e que soube, de certa forma, “unificar os povos”.
Spirit, mesmo atolado, faz descoberta
Rocha sob robô impede ele saia do lugar; problema começou em junho. Movimento de roda revelou camadas do solo.
O jipe robótico Spirit, da NASA, está conseguindo produzir ciência mesmo depois de passar mais de seis meses com as rodas atoladas no solo de Marte. Segundo o geólogo Ray Arvidson, da Universidade Washington em Saint Louis, o movimento das rodas do aparelho revelou camadas do solo marciano que a equipe ainda não tinha conseguido estudar. O movimento foi programado pelo controle da missão na tentativa de livrar o robô de seu atoleiro, .
Os minerais assim expostos estão carregados de enxofre e podem ter se formado em antigos vulcões subaquáticos – ambientes favoráveis à existência de vida no planeta.
A sonda se prendeu em junho deste ano – o problema se devia ao fato de que uma rocha na parte inferior do veículo (que tem o tamanho de uma lavadora doméstica) impedia que outras rodas se assentassem sobre a superfície. Além disso, a roda anterior direita seguia inutilizada.
No entanto – longe de ser um inconveniente –, o local onde o Spirit se encontra, batizado como "Troia" pela NASA, é uma "bênção" para os cientistas, porque possibilita a reunião de boas informações sobre o ambiente do planeta.
Fonte: Folha Online
O jipe robótico Spirit, da NASA, está conseguindo produzir ciência mesmo depois de passar mais de seis meses com as rodas atoladas no solo de Marte. Segundo o geólogo Ray Arvidson, da Universidade Washington em Saint Louis, o movimento das rodas do aparelho revelou camadas do solo marciano que a equipe ainda não tinha conseguido estudar. O movimento foi programado pelo controle da missão na tentativa de livrar o robô de seu atoleiro, .
Os minerais assim expostos estão carregados de enxofre e podem ter se formado em antigos vulcões subaquáticos – ambientes favoráveis à existência de vida no planeta.
A sonda se prendeu em junho deste ano – o problema se devia ao fato de que uma rocha na parte inferior do veículo (que tem o tamanho de uma lavadora doméstica) impedia que outras rodas se assentassem sobre a superfície. Além disso, a roda anterior direita seguia inutilizada.
No entanto – longe de ser um inconveniente –, o local onde o Spirit se encontra, batizado como "Troia" pela NASA, é uma "bênção" para os cientistas, porque possibilita a reunião de boas informações sobre o ambiente do planeta.
Fonte: Folha Online
Balé das Luas de Saturno
Para comemorar o fim de ano, a NASA divulgou um vídeo com imagens das luas de Saturno. As imagens originais foram capturadas pela sonda Cassini entre 27 de agosto e 8 de novembro.
A sonda foi batizada em homenagem ao italiano Jean-Dominique Cassini (1625-1712), que descobriu 4 luas de Saturno: Jápeto, Reia, Tétis e Dione. A Cassini foi lançada em 15 de outubro de 1997 e chegou a Saturno em meados de 2004. A sonda completou um período inicial de quatro anos de missão em junho de 2008; como continuou plenamente operacional depois disso. Sua “hora-extra” tem sido um sucesso.
A missão Cassini-Huygens é uma iniciativa da NASA, da Agência Espacial Europeia (ESA) e da Agência Espacial Italiana.
A sonda foi batizada em homenagem ao italiano Jean-Dominique Cassini (1625-1712), que descobriu 4 luas de Saturno: Jápeto, Reia, Tétis e Dione. A Cassini foi lançada em 15 de outubro de 1997 e chegou a Saturno em meados de 2004. A sonda completou um período inicial de quatro anos de missão em junho de 2008; como continuou plenamente operacional depois disso. Sua “hora-extra” tem sido um sucesso.
A missão Cassini-Huygens é uma iniciativa da NASA, da Agência Espacial Europeia (ESA) e da Agência Espacial Italiana.
Legado de Galileu Galilei
Uma conferência debate a duradoura influência dos cientistas
Por Edward Pentin
ROMA, segunda-feira, 13 de dezembro de 2009 (ZENIT.org).- Quatrocentos anos depois de ter inventado o primeiro telescópio, o legado de Galileu Galilei continua vivo, enquanto ainda influencia a forma como o mundo vê a ciência e como a ciência vê o mundo e, certamente, o universo.
Seu grau de impacto no mundo científico e na Igreja foi analisado detalhadamente em uma fascinante conferência em Roma, organizada pela Pontifícia Universidade Lateranense.
Intitulado “1609-2009: Do telescópio de Galileu à Cosmologia Evolutiva – Ciência, Filosofia e Teologia em diálogo”, o encontro de 3 dias reuniu uma série de conferencistas de primeira categoria, incluindo dois Nobéis de Física, cosmólogos, teólogos e filósofos. O evento acontece no final do Ano Internacional da Astronomia, para celebrar a invenção de Galileu em 1609.
A conferência começou, logicamente, esclarecendo os mitos que ainda existem no referente a Galileu e sua relação com a Igreja. O Dr. Own J. Gingerich, antigo professor e pesquisador de astronomia e de história da ciência na Universidade de Harvard, apresentou a história da controversa.
Eliminou rapidamente a acusação mais famosa e ao parecer mais irrefutável: que a Igreja torturou Galileu. Enviou-se uma carta ao astrônomo italiano, afirmava Gingerich, que indicava que deveria ser “interrogado por uma veemente manifestação de heresia” e que concluía “sendo mostrados legalmente os instrumentos de tortura”.
Não obstante, Gingerich afirmou que Galileu “certamente não foi torturado e suspeito que tampouco tenham lhe mostrado os instrumentos de tortura, mas estava em seu terceiro interrogatório quando percebeu que não haveria debate, que não seria capaz de sustentar que o sistema copernicano deveria ser levado a sério”. A partir de então, estava disposto a “confessar de qualquer forma que lhe fosse pedida, a aceitar a prisão domiciliar e a ser devolvido a Florença”.
O professor Gingerich dizia que era especialmente importante ver o caso de Galileu dentro do seu contexto. “É preciso compreender que a maioria das pessoas pensava que o sistema copernicano era totalmente ridículo; além disso, ninguém queria adotar o sistema copernicano.”
O astrônomo americano fez também uma observação especialmente pertinente: que a controversa de Galileu “mudou essencialmente a forma de fazer ciência, porque hoje a ciência trabalha sobretudo pela persuasão e não pelas provas, e Galileu influenciou muito para que isso ocorresse”.
Era de descobrimentos
No entanto, os avanços na astronomia foram, desde então, impressionantes, e muitos deles ocorreram durante os últimos 15 a 20 anos. “Estamos em uma era de grandes descobertas e fazendo grandes progressos”, afirmava o professor George F. Smoot, ganhador do prêmio Nobel de Física em 2006 por seu trabalho para ajudar a entender a teoria do Big Bang.
Graças ao telescópio especial Hubble e ao mais recente observatório espacial Planck, lançado pela Agência Espacial Europeia, os astrônomos podem agora ver o universo com um detalhe muito maior. Smoot, cuja tarefa é cartografar a superfície do começo do universo, comparava dois mapas do globo para ilustrar quanto se progrediu. Um mostrava todos os continentes cartografados mais ou menos como em um atlas medieval; o segundo mostrava a terra com grande detalhe topográfico. O primeiro representava o que sabíamos do universo em 1992; o segundo, o que conhecemos hoje.
Os telescópios atuais levaram ao descobrimento de pelo menos 100 bilhões de galáxias no universo, observou Smoot, levando-o a apresentar uma questão cosmológica provocante: “Se o propósito do universo é que o ser humano pudesse viver nele, por que fazer tantas galáxias? Claramente seria mais que suficiente criar o sistema solar; no entanto, há muitas, muitas galáxias distribuídas de formas estranhas e evoluindo ao longo do tempo. Por isso, a questão que se tem em cosmologia é explicar toda esta série de fatores”. Acrescentou que os astrônomos esperam que Planck os ajude a compreender melhor a natureza fundamental da criação do espaço e do tempo, que “é muito crítica”.
Muito além da observação
Em sua mensagem aos participantes da conferência, Bento XVI afirmou que a lição de Galileu é também um convite a ir além do que se pode observar. As questões sobre a imensidade do universo, sua origem e seu fim “não admitem uma única resposta de caráter científico”, afirmou. “Quem observa o cosmos, seguindo a lição de Galileu, não poderá deter-se somente naquilo que observa com o telescópio; deverá ir muito além, interrogando-se sobre o sentido e o fim ao qual se orienta toda a criação”. Neste contexto, observou o Papa, a filosofia e a teologia têm um importante papel “para aplanar o caminho rumo a ulteriores conhecimentos”.
Alguns oradores destacaram que Galileu valorizava a Escritura, observando que ele gostava de citar o cardeal Cesare Baronio, que afirmava: “A Bíblia foi escrita para nos mostrar como ir ao céu, e não como está o céu”. Mas Galileu insistia em que a Bíblia não deveria ser interpretada ao pé da letra ou como um instrumento de prova da ciência. Ao fazê-lo, esperava que esta visão fomentasse a reconciliação entre a fé e a ciência (seus detratores, no entanto, assumiram a postura oposta e viram nisso uma tentativa de interferir na teologia).
No entanto, segundo o arcebispo Gianfranco Ravasi, presidente do Conselho Pontifício para a Cultura, a postura de Galileu sobre o literalismo ensina algo muito relevante ao mundo de hoje: que tais interpretações da Bíblia conduzem ao fundamentalismo. O prelado italiano, que é também um renomado erudito da Bíblia, afirmou que os textos bíblicos são “uma realidade viva” e, portanto, implicam no risco do fundamentalismo. Mas também destacou que, através da Bíblia, pode-se chegar a apreciar a “estética da criação”. “O homem não pode jamais estar presente na criação somente estudando-a do ponto de vista científico – explicou. Ao estudar o universo do ponto de vista científico, o cientista se deixa envolver pela linguagem simbólica e recorre às emoções estéticas, poéticas.”
“Da contemplação estética da criação dimanam grandes questões existenciais – afirmou Dom Ravasi – e este é um dos nossos grandes empobrecimentos.” Não é que a humanidade não tenha progredido na ciência, mas “é o homem que não progrediu na contemplação da beleza da criação”.
Citando G. K. Chesterton, afirmou que “estamos perecendo não por falta de maravilhas, mas por falta de capacidade de maravilhar-nos”. O arcebispo depois pediu a crentes e a não-crentes que descobrissem “o valor secreto, o valor poético” da criação.
Ordem ou desordem?
Como uma observação interessante, o professor Smoot afirmou em sua conferência que o universo é “extremamente ordenado” e parece que chegará a estar inclusive mais ordenado.
Isso levou um participante do auditório a perguntar sobre a observação do professor, questionando se, como se pensa comumente, o universo está se expandindo e esfriando a uma temperatura uniforme e, portanto, se tornará mais desordenado, um processo conhecido em termodinâmica como entropia crescente.
A conclusão lógica é que, se isso é assim, então o universo se dirige a uma possível morte, ou o que os astrofísicos chamam de “morte quente”, na qual toda a energia do cosmos terminará como uma distribuição homogênea de energia termal, de maneira que não se possa extrair força de nenhuma fonte.
O professor Smoot respondeu dizendo, em primeiro lugar, que a parte mais precoce do universo tem uma baixa entropia. Depois continuou: “A entropia é maior onde não há buracos negros e nosso conhecimento atual é que a maioria da entropia do universo está nos grandes buracos negros”.
“A entropia específica é ainda bastante baixa e, ainda que o universo tenha começado extremamente ordenado, tornou-se menos ordenado. Ainda que pareça ordenado, quando se observa como se distribuem as galáxias e a matéria escura, atualmente está mais desordenado que quando começou, com quase uma uniforme distribuição.”
“Esta desordem está aumentando e um dos principais debates de hoje é se esta entropia continuará crescendo sempre ou se em algum momento esta informação se perderá e se apagará e se chegará a um novo Big Bang.”
“Esta é uma das questões interessantes da cosmologia atual: inclusive ainda que pareça que nos ordenamos mais, não é assim.”
* * *
Edward Pentin é um escritor independente que reside em Roma. Pode ser contactado através de epentin@zenit.org
Por Edward Pentin
ROMA, segunda-feira, 13 de dezembro de 2009 (ZENIT.org).- Quatrocentos anos depois de ter inventado o primeiro telescópio, o legado de Galileu Galilei continua vivo, enquanto ainda influencia a forma como o mundo vê a ciência e como a ciência vê o mundo e, certamente, o universo.
Seu grau de impacto no mundo científico e na Igreja foi analisado detalhadamente em uma fascinante conferência em Roma, organizada pela Pontifícia Universidade Lateranense.
Intitulado “1609-2009: Do telescópio de Galileu à Cosmologia Evolutiva – Ciência, Filosofia e Teologia em diálogo”, o encontro de 3 dias reuniu uma série de conferencistas de primeira categoria, incluindo dois Nobéis de Física, cosmólogos, teólogos e filósofos. O evento acontece no final do Ano Internacional da Astronomia, para celebrar a invenção de Galileu em 1609.
A conferência começou, logicamente, esclarecendo os mitos que ainda existem no referente a Galileu e sua relação com a Igreja. O Dr. Own J. Gingerich, antigo professor e pesquisador de astronomia e de história da ciência na Universidade de Harvard, apresentou a história da controversa.
Eliminou rapidamente a acusação mais famosa e ao parecer mais irrefutável: que a Igreja torturou Galileu. Enviou-se uma carta ao astrônomo italiano, afirmava Gingerich, que indicava que deveria ser “interrogado por uma veemente manifestação de heresia” e que concluía “sendo mostrados legalmente os instrumentos de tortura”.
Não obstante, Gingerich afirmou que Galileu “certamente não foi torturado e suspeito que tampouco tenham lhe mostrado os instrumentos de tortura, mas estava em seu terceiro interrogatório quando percebeu que não haveria debate, que não seria capaz de sustentar que o sistema copernicano deveria ser levado a sério”. A partir de então, estava disposto a “confessar de qualquer forma que lhe fosse pedida, a aceitar a prisão domiciliar e a ser devolvido a Florença”.
O professor Gingerich dizia que era especialmente importante ver o caso de Galileu dentro do seu contexto. “É preciso compreender que a maioria das pessoas pensava que o sistema copernicano era totalmente ridículo; além disso, ninguém queria adotar o sistema copernicano.”
O astrônomo americano fez também uma observação especialmente pertinente: que a controversa de Galileu “mudou essencialmente a forma de fazer ciência, porque hoje a ciência trabalha sobretudo pela persuasão e não pelas provas, e Galileu influenciou muito para que isso ocorresse”.
Era de descobrimentos
No entanto, os avanços na astronomia foram, desde então, impressionantes, e muitos deles ocorreram durante os últimos 15 a 20 anos. “Estamos em uma era de grandes descobertas e fazendo grandes progressos”, afirmava o professor George F. Smoot, ganhador do prêmio Nobel de Física em 2006 por seu trabalho para ajudar a entender a teoria do Big Bang.
Graças ao telescópio especial Hubble e ao mais recente observatório espacial Planck, lançado pela Agência Espacial Europeia, os astrônomos podem agora ver o universo com um detalhe muito maior. Smoot, cuja tarefa é cartografar a superfície do começo do universo, comparava dois mapas do globo para ilustrar quanto se progrediu. Um mostrava todos os continentes cartografados mais ou menos como em um atlas medieval; o segundo mostrava a terra com grande detalhe topográfico. O primeiro representava o que sabíamos do universo em 1992; o segundo, o que conhecemos hoje.
Os telescópios atuais levaram ao descobrimento de pelo menos 100 bilhões de galáxias no universo, observou Smoot, levando-o a apresentar uma questão cosmológica provocante: “Se o propósito do universo é que o ser humano pudesse viver nele, por que fazer tantas galáxias? Claramente seria mais que suficiente criar o sistema solar; no entanto, há muitas, muitas galáxias distribuídas de formas estranhas e evoluindo ao longo do tempo. Por isso, a questão que se tem em cosmologia é explicar toda esta série de fatores”. Acrescentou que os astrônomos esperam que Planck os ajude a compreender melhor a natureza fundamental da criação do espaço e do tempo, que “é muito crítica”.
Muito além da observação
Em sua mensagem aos participantes da conferência, Bento XVI afirmou que a lição de Galileu é também um convite a ir além do que se pode observar. As questões sobre a imensidade do universo, sua origem e seu fim “não admitem uma única resposta de caráter científico”, afirmou. “Quem observa o cosmos, seguindo a lição de Galileu, não poderá deter-se somente naquilo que observa com o telescópio; deverá ir muito além, interrogando-se sobre o sentido e o fim ao qual se orienta toda a criação”. Neste contexto, observou o Papa, a filosofia e a teologia têm um importante papel “para aplanar o caminho rumo a ulteriores conhecimentos”.
Alguns oradores destacaram que Galileu valorizava a Escritura, observando que ele gostava de citar o cardeal Cesare Baronio, que afirmava: “A Bíblia foi escrita para nos mostrar como ir ao céu, e não como está o céu”. Mas Galileu insistia em que a Bíblia não deveria ser interpretada ao pé da letra ou como um instrumento de prova da ciência. Ao fazê-lo, esperava que esta visão fomentasse a reconciliação entre a fé e a ciência (seus detratores, no entanto, assumiram a postura oposta e viram nisso uma tentativa de interferir na teologia).
No entanto, segundo o arcebispo Gianfranco Ravasi, presidente do Conselho Pontifício para a Cultura, a postura de Galileu sobre o literalismo ensina algo muito relevante ao mundo de hoje: que tais interpretações da Bíblia conduzem ao fundamentalismo. O prelado italiano, que é também um renomado erudito da Bíblia, afirmou que os textos bíblicos são “uma realidade viva” e, portanto, implicam no risco do fundamentalismo. Mas também destacou que, através da Bíblia, pode-se chegar a apreciar a “estética da criação”. “O homem não pode jamais estar presente na criação somente estudando-a do ponto de vista científico – explicou. Ao estudar o universo do ponto de vista científico, o cientista se deixa envolver pela linguagem simbólica e recorre às emoções estéticas, poéticas.”
“Da contemplação estética da criação dimanam grandes questões existenciais – afirmou Dom Ravasi – e este é um dos nossos grandes empobrecimentos.” Não é que a humanidade não tenha progredido na ciência, mas “é o homem que não progrediu na contemplação da beleza da criação”.
Citando G. K. Chesterton, afirmou que “estamos perecendo não por falta de maravilhas, mas por falta de capacidade de maravilhar-nos”. O arcebispo depois pediu a crentes e a não-crentes que descobrissem “o valor secreto, o valor poético” da criação.
Ordem ou desordem?
Como uma observação interessante, o professor Smoot afirmou em sua conferência que o universo é “extremamente ordenado” e parece que chegará a estar inclusive mais ordenado.
Isso levou um participante do auditório a perguntar sobre a observação do professor, questionando se, como se pensa comumente, o universo está se expandindo e esfriando a uma temperatura uniforme e, portanto, se tornará mais desordenado, um processo conhecido em termodinâmica como entropia crescente.
A conclusão lógica é que, se isso é assim, então o universo se dirige a uma possível morte, ou o que os astrofísicos chamam de “morte quente”, na qual toda a energia do cosmos terminará como uma distribuição homogênea de energia termal, de maneira que não se possa extrair força de nenhuma fonte.
O professor Smoot respondeu dizendo, em primeiro lugar, que a parte mais precoce do universo tem uma baixa entropia. Depois continuou: “A entropia é maior onde não há buracos negros e nosso conhecimento atual é que a maioria da entropia do universo está nos grandes buracos negros”.
“A entropia específica é ainda bastante baixa e, ainda que o universo tenha começado extremamente ordenado, tornou-se menos ordenado. Ainda que pareça ordenado, quando se observa como se distribuem as galáxias e a matéria escura, atualmente está mais desordenado que quando começou, com quase uma uniforme distribuição.”
“Esta desordem está aumentando e um dos principais debates de hoje é se esta entropia continuará crescendo sempre ou se em algum momento esta informação se perderá e se apagará e se chegará a um novo Big Bang.”
“Esta é uma das questões interessantes da cosmologia atual: inclusive ainda que pareça que nos ordenamos mais, não é assim.”
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Edward Pentin é um escritor independente que reside em Roma. Pode ser contactado através de epentin@zenit.org
O Sistema Solar
O Sistema Solar tem como elemento central uma estrela anã, com cerca de 4.6 bilhões de anos de idade chamada Sol, ao redor da qual orbitam os oito planetas conhecidos, satélites, meteoróides, asteróides e cometas, todos distribuídos numa grande região de quase vinte bilhões de quilometros.
Da nuvem estelar que deu origem a nossa estrela e demais corpos há mais de cinco bilhões de anos, 99,9% de sua massa formou o Sol e o restante 0,1% formou os demais corpos do Sistema Solar.
O estudo aprofundado do Sistema Solar nos permitiu conhecer muito melhor o nosso Sol e a exploração planetária trouxe uma nova visão desse conjunto.
Nosso planeta Terra ocupa uma situação muito especial por ter permitido a manutenção de formas de vida por períodos muito longos, situação essa que nós não encontramos nos demais planetas. Entender o funcionamento do Sistema Solar significa valorizar a Terra e como nós devemos nos comportar de modo a permitir existência profícua dela.
PLANETAS
Os planetas do Sistema Solar são divididos habitualmente em dois grupos: Os quatro primeiros a partir do Sol são os planetas terrestres, também chamados de telúricos ou interiores (Mercúrio, Vênus, Terra e Marte), formados principalmente por rochas e silicatos. Os quatro seguintes são os planetas jovianos ou exteriores (Júpiter, Saturno, Urano e Netuno), formado por gases.
Os planetas terrestres recebem esta denominação pois são planetas sólidos e que possuem superfície rígida. De Júpiter a Netuno, os planetas são gasosos e não têm superfície sólida que se possa pisar sem afundar.
CARACTERÍSTICAS
Os planetas do grupo terrestres apresentam massa pequena, densidade elevada, distância do Sol pequena, poucos ou nenhum satélite e são compostos de elementos pesados.
Os planetas jovianos apresentam massa elevada, baixa densidade, grandes distâncias do Sol, diversos satélites e são compostos de elementos leves, principalmente hidrogênio e hélio
CINTURÕES
Entre as órbitas de Marte e Júpiter encontra-se o Cinturão de Asteroides e além da órbita de Netuno o Cinturão de Kuiper, que agrupa uma série de gélidos asteróides.
PLANETAS-ANÕES
Além dos oito planetas que giram em torno do Sol, outra classe de objetos também está presente. Trata-se dos planetas-anões, que apesar de orbitarem o Sol e apresentarem aparência esférica, não possuem órbita livre e orbitam o Sol juntamente com outros corpos celestes.
Atualmente (2009), são conhecidos cinco planetas-anões: Ceres, Plutão, Haumea, Makemake e Éris.
Ceres orbita a região do Sistema Solar chamada Cinturão de Asteroides, localizada entre as órbitas de Marte e Júpiter e até o século 19 também era considerado planeta.
Plutão, Makemake e Haumea se localizam no Cinturão de Kuiper, uma região muito além da órbita de Netuno e repleta de objetos gelados.
Eris, o maior de todos os planetas-anões, se encontra na região do Disco Disperso, cuja porção interior penetra o cinturão de Kuiper, mas seu limite exterior prolonga-se muito além do Sol.
PLUTÃO
Até Agosto de 2006 o Sistema Solar contava com nove planetas, mas uma mudança feita pela União Astronómica Internacional alterou a definição oficial do termo planeta e Plutão foi rebaixado à categoria dos planetas-anões ou planetóides.
Com o objetivo de estudar esse astro e suas luas Caronte, Hidra e Nyx, em janeiro de 2006 os EUA lançaram a nave New Horizons , que deverá atingir o astro em julho de 2015.
MAIS CORPOS CELESTES
Muito além da órbita de Plutão e do Cinturão de Kuiper encontra-se a Nuvem de Oort, um hipotético repositório de cometas do nosso Sistema Solar.
Nosso Sistema Solar também apresenta um fenômeno atmosférico bastante frequente: as estrelas cadentes ou chuvas de meteoros. Quando ainda estão no espaço são chamadas de meteoróides, mas ao entrar em nossa atmosfera passam a se chamados de "meteoros". Se algum desses fragmentos chega até a superfície recebem o nome de meteoritos.
Esse conjunto de cometas, asteróides e meteoróides são classificados como Corpos Menores do Sistema Solar.
Da nuvem estelar que deu origem a nossa estrela e demais corpos há mais de cinco bilhões de anos, 99,9% de sua massa formou o Sol e o restante 0,1% formou os demais corpos do Sistema Solar.
O estudo aprofundado do Sistema Solar nos permitiu conhecer muito melhor o nosso Sol e a exploração planetária trouxe uma nova visão desse conjunto.
Nosso planeta Terra ocupa uma situação muito especial por ter permitido a manutenção de formas de vida por períodos muito longos, situação essa que nós não encontramos nos demais planetas. Entender o funcionamento do Sistema Solar significa valorizar a Terra e como nós devemos nos comportar de modo a permitir existência profícua dela.
PLANETAS
Os planetas do Sistema Solar são divididos habitualmente em dois grupos: Os quatro primeiros a partir do Sol são os planetas terrestres, também chamados de telúricos ou interiores (Mercúrio, Vênus, Terra e Marte), formados principalmente por rochas e silicatos. Os quatro seguintes são os planetas jovianos ou exteriores (Júpiter, Saturno, Urano e Netuno), formado por gases.
Os planetas terrestres recebem esta denominação pois são planetas sólidos e que possuem superfície rígida. De Júpiter a Netuno, os planetas são gasosos e não têm superfície sólida que se possa pisar sem afundar.
CARACTERÍSTICAS
Os planetas do grupo terrestres apresentam massa pequena, densidade elevada, distância do Sol pequena, poucos ou nenhum satélite e são compostos de elementos pesados.
Os planetas jovianos apresentam massa elevada, baixa densidade, grandes distâncias do Sol, diversos satélites e são compostos de elementos leves, principalmente hidrogênio e hélio
CINTURÕES
Entre as órbitas de Marte e Júpiter encontra-se o Cinturão de Asteroides e além da órbita de Netuno o Cinturão de Kuiper, que agrupa uma série de gélidos asteróides.
PLANETAS-ANÕES
Além dos oito planetas que giram em torno do Sol, outra classe de objetos também está presente. Trata-se dos planetas-anões, que apesar de orbitarem o Sol e apresentarem aparência esférica, não possuem órbita livre e orbitam o Sol juntamente com outros corpos celestes.
Atualmente (2009), são conhecidos cinco planetas-anões: Ceres, Plutão, Haumea, Makemake e Éris.
Ceres orbita a região do Sistema Solar chamada Cinturão de Asteroides, localizada entre as órbitas de Marte e Júpiter e até o século 19 também era considerado planeta.
Plutão, Makemake e Haumea se localizam no Cinturão de Kuiper, uma região muito além da órbita de Netuno e repleta de objetos gelados.
Eris, o maior de todos os planetas-anões, se encontra na região do Disco Disperso, cuja porção interior penetra o cinturão de Kuiper, mas seu limite exterior prolonga-se muito além do Sol.
PLUTÃO
Até Agosto de 2006 o Sistema Solar contava com nove planetas, mas uma mudança feita pela União Astronómica Internacional alterou a definição oficial do termo planeta e Plutão foi rebaixado à categoria dos planetas-anões ou planetóides.
Com o objetivo de estudar esse astro e suas luas Caronte, Hidra e Nyx, em janeiro de 2006 os EUA lançaram a nave New Horizons , que deverá atingir o astro em julho de 2015.
MAIS CORPOS CELESTES
Muito além da órbita de Plutão e do Cinturão de Kuiper encontra-se a Nuvem de Oort, um hipotético repositório de cometas do nosso Sistema Solar.
Nosso Sistema Solar também apresenta um fenômeno atmosférico bastante frequente: as estrelas cadentes ou chuvas de meteoros. Quando ainda estão no espaço são chamadas de meteoróides, mas ao entrar em nossa atmosfera passam a se chamados de "meteoros". Se algum desses fragmentos chega até a superfície recebem o nome de meteoritos.
Esse conjunto de cometas, asteróides e meteoróides são classificados como Corpos Menores do Sistema Solar.
Posição Planetária Atual
Os gráficos abaixo, gerados pela NASA, mostram as atuais posições do planetas dentro de suas órbitas ao redor do Sol.
O destaque neste gráfico, com largura de campo de 3 graus, é para os planetas internos
Mercúrio e Vênus, além da Terra e Marte.
Neste gráfico, com largura de 45 graus, o destaque é para os gigantes gasosos
Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, além do pequeno e distante Plutão.
Nesta imagem vemos o Sol como observado da Terra. Também simula uma visão muito próxima do campo espacial observado pelo coronógrafo a bordo da nave SOHO.
Os traços são as órbitas dos planetas e podem ser distinguidos consultando os outros gráficos.
O destaque neste gráfico, com largura de campo de 3 graus, é para os planetas internos
Mercúrio e Vênus, além da Terra e Marte.
Neste gráfico, com largura de 45 graus, o destaque é para os gigantes gasosos
Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, além do pequeno e distante Plutão.
Nesta imagem vemos o Sol como observado da Terra. Também simula uma visão muito próxima do campo espacial observado pelo coronógrafo a bordo da nave SOHO.
Os traços são as órbitas dos planetas e podem ser distinguidos consultando os outros gráficos.
Soyuz decola rumo à ISS
Russo, americano e japonês vão integrar equipe da ISS por 6 meses. Acoplagem será às 19h58 de terça-feira (22).
A nave russa Soyuz TMA-17 foi lançada às 19h52 (hora de Brasília) deste domingo (20/12/2009) da base de Baikonur, no Cazaquistão. A Soyuz leva nova tripulação para a Estação Espacial Internacional (ISS).
Os novos integrantes são o cosmonauta Oleg Kotov (russo) e os astronautas Timothy Creamer (americano) e Soichi Noguchi (japones).
A nave se acoplará à plataforma orbital às 19h58 de terça-feira.
Os astronautas, que formam a expedição permanente número 23 da ISS, trabalharão durante seis meses na plataforma orbital, onde se juntarão à tripulação atual, formada pelo russo Maxim Suráyev e o americano Jeff Williams.
Fonte: G1
A nave russa Soyuz TMA-17 foi lançada às 19h52 (hora de Brasília) deste domingo (20/12/2009) da base de Baikonur, no Cazaquistão. A Soyuz leva nova tripulação para a Estação Espacial Internacional (ISS).
Os novos integrantes são o cosmonauta Oleg Kotov (russo) e os astronautas Timothy Creamer (americano) e Soichi Noguchi (japones).
A nave se acoplará à plataforma orbital às 19h58 de terça-feira.
Os astronautas, que formam a expedição permanente número 23 da ISS, trabalharão durante seis meses na plataforma orbital, onde se juntarão à tripulação atual, formada pelo russo Maxim Suráyev e o americano Jeff Williams.
Fonte: G1
O Asteróide Vesta
Foi no ano já distante de 1807, que o asteróide Vesta foi descoberto. O autor da primeira identificação deste pequeno corpo celeste, dos mais de 600 hoje catalogados, foi Olbers, bem conhecido também pelo célebre "Paradoxo de Olbers".
O nome que lhe foi atribuído é o duma deusa da mitologia, que presidia à vida doméstica e ao fórum das coisas de cada um. Filha de Cronos e Reia, foi, mais tarde, engolida pelo pai. Valeu-lhe Zeus, que a resgatou.
Apesar da sua beleza e dos muitos pretendentes que teve, entre os quais, Posseidon e o belo Apolo, jurou manter-se sempre virgem. Daí que, uma qualquer jura em seu nome, fosse sagrada. Rodeou-se das Vestais, umas sacerdotisas que também mantinham a virgindade e estavam encarregadas de manter o fogo sagrado no templo de Vesta, cujo culto (à deusa e a todos os deuses maiores), era dirigido e organizado pelos áugures e pelos pontífices.
Astronomicamente, a deusa é um objecto pouco expressivo. Não é o maior do Cinturão de Asteróides que se encontra entre Marte e Júpiter, mas é o mais brilhante, chegando a poder ser observado a olho nu.
O maior de todos é Ceres. No entanto, deve-se referir que haverá um milhão de pequenos outros, com menos de 1 quilómetro de diâmetro.
A superfície de Vesta está coberta por rochas basálticas, que (julga-se), tiveram origem em vulcões há muito extintos. Essa característica permite melhor reflectir a luz, ao contrário dos outros maiores. Gira a menos de 2,5 U.A. do Sol e mede à volta de 500 por 450 quilómetros, de diâmetro. Na sua superfície é bem patente uma enorme cratera provocada pelo impacto dum grande meteorito, que mostra com é o interior do asteróide. Tem algumas semelhanças com os outros planetas telúricos, com é a Terra, porque se constituiu em camadas. Esse facto faz com que produza calor. No entanto, essa fonte de calor, acrescida do calor produzido pela radioactividade não são significativos.
O nome que lhe foi atribuído é o duma deusa da mitologia, que presidia à vida doméstica e ao fórum das coisas de cada um. Filha de Cronos e Reia, foi, mais tarde, engolida pelo pai. Valeu-lhe Zeus, que a resgatou.
Apesar da sua beleza e dos muitos pretendentes que teve, entre os quais, Posseidon e o belo Apolo, jurou manter-se sempre virgem. Daí que, uma qualquer jura em seu nome, fosse sagrada. Rodeou-se das Vestais, umas sacerdotisas que também mantinham a virgindade e estavam encarregadas de manter o fogo sagrado no templo de Vesta, cujo culto (à deusa e a todos os deuses maiores), era dirigido e organizado pelos áugures e pelos pontífices.
Astronomicamente, a deusa é um objecto pouco expressivo. Não é o maior do Cinturão de Asteróides que se encontra entre Marte e Júpiter, mas é o mais brilhante, chegando a poder ser observado a olho nu.
O maior de todos é Ceres. No entanto, deve-se referir que haverá um milhão de pequenos outros, com menos de 1 quilómetro de diâmetro.
A superfície de Vesta está coberta por rochas basálticas, que (julga-se), tiveram origem em vulcões há muito extintos. Essa característica permite melhor reflectir a luz, ao contrário dos outros maiores. Gira a menos de 2,5 U.A. do Sol e mede à volta de 500 por 450 quilómetros, de diâmetro. Na sua superfície é bem patente uma enorme cratera provocada pelo impacto dum grande meteorito, que mostra com é o interior do asteróide. Tem algumas semelhanças com os outros planetas telúricos, com é a Terra, porque se constituiu em camadas. Esse facto faz com que produza calor. No entanto, essa fonte de calor, acrescida do calor produzido pela radioactividade não são significativos.
Marte - Lendas e Verdades
Superfície marciana, com a cratera conhecida como "O Sorriso de Marte"
Durante vários dias no ano é bastante fácil vermos no céu noturno um dos planetas que mais fascinaram os povos antigos: Marte. Esse planeta costuma decorar o céu com um avermelhado intenso que justifica o encanto dos antigos.
A semelhança da cor de Marte com a cor do sangue levou os primeiros observadores a associarem-no a seus deuses da guerra e da destruição: para os babilônios era Nergal, e para os gregos era Ares. O nome que chegou a nós, Marte, foi dado pelos romanos.
Em tempos mais recentes, Marte voltou a receber atenção especial devido à especulação sobre a existência de vida inteligente por lá. Sempre que se falava de “extraterrestres” se falava de “marcianos”. Essa história começou em 1877, com o astrônomo italiano Giovanni Virginio Schiaparelli (1835-1910). Schiaparelli observou em Marte o que chamou, em sua língua natal, de “canali”, que foi traduzido erroneamente como “canais”. Essa palavra pode fazer referência a construções artificiais, e não necessariamente a estruturas criadas pela natureza.
Giovanni Virginio Schiaparelli (1835-1910), Astrônomo italiano.
Esse erro foi o estopim da verdadeira onda de expectativa quanto aos marcianos que perdurou até a era das sondas espaciais. Em grande parte, a confusão foi amplificada pela contemporaneidade dos canais de Suez, inaugurado em 1869, e do Panamá, cuja construção começou em 1880. Esses canais eram obras grandiosas e, uma vez que os tínhamos por aqui, era possível que, de fato, os astrônomos estivessem observando obras semelhantes em Marte. Os “canali” de Schiaparelli eram, na verdade, sulcos naturais que sabemos que existem de fato no planeta vermelho.
Percival Lawrence Lowell (1855-1916), Astrônomo norte-americano, importante na descoberta de Plutão e propagador da ideia dos canais marcianos.
Percival Lawrence Lowell (1855-1916), Astrônomo norte-americano.
O empresário e astrônomo amador norte-americano Percival Lawrence Lowell (1855-1916), que mais tarde teria um importante papel na interessante história da descoberta de Plutão, ficou extremamente empolgado com os tais “canais” marcianos e foi um de seus principais divulgadores. Ele achava que os canais eram obras de uma civilização inteligente tentando canalizar água dos pólos de Marte para outras regiões da superfície árida do planeta.
A lenda dos marcianos foi ainda mais estimulada pelo clássico e magnífico livro A guerra dos mundos , de H. G. Wells, lançado em 1898. Wells nos conta a história de uma invasão da Terra por seres vindos de Marte, sedentos por destruição.
Herbert George Wells (1866–1946)
Mesmo sem qualquer confirmação da existência de canais artificiais em Marte, a onda dos marcianos inteligentes perdurou até enviarmos para o planeta as primeiras sondas que fotografaram de perto diversas regiões de sua superfície. As fotos mostraram apenas desertos, sepultando de vez qualquer especulação sobre marcianos inteligentes.
Mas as imagens mostraram com bastante clareza estruturas naturais que só podem ter sido criadas por água corrente. O mistério que nos reserva agora é: o que aconteceu com a água de Marte? Uma parte está congelada nas calotas polares; acredita-se que uma parte esteja abaixo da superfície; e uma parte provavelmente simplesmente evaporou. Mesmo sem vida inteligente, não está descartada a existência de vida microscópica em Marte.
A coloração vermelha do planeta é devida a algo que temos muito aqui na Terra e muitas vezes é um problema. Quem tem ou já teve carro antigo que o diga. Marte possui muito ferro em sua composição, que combinado com oxigênio dá origem ao óxido de ferro, mais conhecido como ferrugem. Sim, Marte é um planeta enferrujado.
Por causa de sua ferrugem, o planeta foi associado aos deuses da guerra. Nos dias atuais, os verdadeiros deuses da guerra e da destruição são de carne e osso, e moram aqui mesmo na Terra. Os marcianos agressivos de H. G. Wells eram, na verdade, uma forma de levar os leitores a refletirem sobre a própria conduta humana. Em um trecho do livro, ele nos diz que antes de sermos severos em julgar os marcianos devemos nos lembrar de toda a destruição e falta de piedade que nós mesmos somos capazes. Uma questão bastante atual… e também um incentivo à nossa mudança.
Uma versão resumida desse texto foi publicada no folder e site da Fundação Planetário da Cidade do Rio de Janeiro em maio de 2008.
Durante vários dias no ano é bastante fácil vermos no céu noturno um dos planetas que mais fascinaram os povos antigos: Marte. Esse planeta costuma decorar o céu com um avermelhado intenso que justifica o encanto dos antigos.
A semelhança da cor de Marte com a cor do sangue levou os primeiros observadores a associarem-no a seus deuses da guerra e da destruição: para os babilônios era Nergal, e para os gregos era Ares. O nome que chegou a nós, Marte, foi dado pelos romanos.
Em tempos mais recentes, Marte voltou a receber atenção especial devido à especulação sobre a existência de vida inteligente por lá. Sempre que se falava de “extraterrestres” se falava de “marcianos”. Essa história começou em 1877, com o astrônomo italiano Giovanni Virginio Schiaparelli (1835-1910). Schiaparelli observou em Marte o que chamou, em sua língua natal, de “canali”, que foi traduzido erroneamente como “canais”. Essa palavra pode fazer referência a construções artificiais, e não necessariamente a estruturas criadas pela natureza.
Giovanni Virginio Schiaparelli (1835-1910), Astrônomo italiano.
Esse erro foi o estopim da verdadeira onda de expectativa quanto aos marcianos que perdurou até a era das sondas espaciais. Em grande parte, a confusão foi amplificada pela contemporaneidade dos canais de Suez, inaugurado em 1869, e do Panamá, cuja construção começou em 1880. Esses canais eram obras grandiosas e, uma vez que os tínhamos por aqui, era possível que, de fato, os astrônomos estivessem observando obras semelhantes em Marte. Os “canali” de Schiaparelli eram, na verdade, sulcos naturais que sabemos que existem de fato no planeta vermelho.
Percival Lawrence Lowell (1855-1916), Astrônomo norte-americano, importante na descoberta de Plutão e propagador da ideia dos canais marcianos.
Percival Lawrence Lowell (1855-1916), Astrônomo norte-americano.
O empresário e astrônomo amador norte-americano Percival Lawrence Lowell (1855-1916), que mais tarde teria um importante papel na interessante história da descoberta de Plutão, ficou extremamente empolgado com os tais “canais” marcianos e foi um de seus principais divulgadores. Ele achava que os canais eram obras de uma civilização inteligente tentando canalizar água dos pólos de Marte para outras regiões da superfície árida do planeta.
Desenho de Schiaparelli com os detalhes que observou na superfície de Marte.
A lenda dos marcianos foi ainda mais estimulada pelo clássico e magnífico livro A guerra dos mundos , de H. G. Wells, lançado em 1898. Wells nos conta a história de uma invasão da Terra por seres vindos de Marte, sedentos por destruição.
Herbert George Wells (1866–1946)
Mesmo sem qualquer confirmação da existência de canais artificiais em Marte, a onda dos marcianos inteligentes perdurou até enviarmos para o planeta as primeiras sondas que fotografaram de perto diversas regiões de sua superfície. As fotos mostraram apenas desertos, sepultando de vez qualquer especulação sobre marcianos inteligentes.
Mas as imagens mostraram com bastante clareza estruturas naturais que só podem ter sido criadas por água corrente. O mistério que nos reserva agora é: o que aconteceu com a água de Marte? Uma parte está congelada nas calotas polares; acredita-se que uma parte esteja abaixo da superfície; e uma parte provavelmente simplesmente evaporou. Mesmo sem vida inteligente, não está descartada a existência de vida microscópica em Marte.
A coloração vermelha do planeta é devida a algo que temos muito aqui na Terra e muitas vezes é um problema. Quem tem ou já teve carro antigo que o diga. Marte possui muito ferro em sua composição, que combinado com oxigênio dá origem ao óxido de ferro, mais conhecido como ferrugem. Sim, Marte é um planeta enferrujado.
Por causa de sua ferrugem, o planeta foi associado aos deuses da guerra. Nos dias atuais, os verdadeiros deuses da guerra e da destruição são de carne e osso, e moram aqui mesmo na Terra. Os marcianos agressivos de H. G. Wells eram, na verdade, uma forma de levar os leitores a refletirem sobre a própria conduta humana. Em um trecho do livro, ele nos diz que antes de sermos severos em julgar os marcianos devemos nos lembrar de toda a destruição e falta de piedade que nós mesmos somos capazes. Uma questão bastante atual… e também um incentivo à nossa mudança.
Uma versão resumida desse texto foi publicada no folder e site da Fundação Planetário da Cidade do Rio de Janeiro em maio de 2008.
O Universo Conhecido
O Museu Americano de História Natural (American Museum of Natural History) criou um filme de 6 minutos em que mostra todo o Universo conhecido.
Cientistas encontram cratera submarina que pode ser astroblema
Depressão no fundo do Oceano Atlântico pode ser resultante do impacto de asteroide. Formação está dois quilômetros abaixo do nível do mar e foi descoberta em 2008.
Cientistas portugueses encontraram uma depressão no fundo do Oceano Atlântico, ao sul das ilhas de Açores, que dizem poder se tratar de uma formação resultante do impacto de um meteorito. A depressão tem um formato circular, com seis quilômetros de diâmetro e uma ampla cúpula e, devido ao seu formato, foi chamada de "Ovo Frito".
Os cientistas calculam que a colisão ocorreu em algum momento nos últimos 17 milhões de anos. "Para termos certeza, precisamos coletar amostras e fazer um perfil das camadas de sedimento para determinar se as formações são resultantes de um impacto", afirmou o cientista Frederico Dias, do grupo de pesquisa Estrutura de Missão Para a Extensão da Plataforma Continental (EMEPC).
Representação de depressão no fundo do Atlântico que os cientistas dizem poder se tratar de uma formação resultante do impacto de um meteorito (Foto: BBC)
"Precisamos também verificar todos os sinais que são consistentes com um impacto de alta velocidade, como vidro gerado no derretimento e, claro, escombros; e os chamados cones estilhaçados [rochas que sofreram choque]", acrescentou o pesquisador.
Os cientistas também encontraram outra formação semelhante, porém menor, a oeste da primeira formação.
Dias apresentou a descoberta do suposto impacto na Reunião de Outono da União Geofísica Americana em San Francisco, Estados Unidos, a maior reunião anual de cientistas especializados em geofísica.
Picos centrais A cratera, identificada pela primeira vez durante uma análise para mapeamento da plataforma continental portuguesa, em 2008, está a uma profundidade de dois quilômetros abaixo do nível do mar, a cerca de 150 quilômetros do arquipélago de Açores.
A cúpula no centro da cratera – que seria a "gema" do Ovo Frito – tem cerca de três quilômetros de diâmetro e cerca de 300 m de altura. Ela é cercada por uma vala em anel que fica de cerca 110 m abaixo do solo ao redor da cratera.
Os cientistas portugueses já descartaram a possibilidade de a formação ter origem vulcânica, pois eles não encontraram vestígio de fluxo de lava dentro da estrutura ou em seus arredores.
A segunda cratera encontrada pelos cientistas fica a oeste da primeira formação, entre três e quatro quilômetros de distância, e é bem menor. "Fica bem ao lado. Se o 'Ovo Frito' é uma cratera, esta também pode ser uma", afirmou Frederico Dias.
A equipe portuguesa já tem uma terceira expedição à região marcada para o começo de 2010 e, nesta viagem, vão usar um veículo operado por controle remoto para tentar recolher amostras do fundo do mar para análise.
A apresentação dos detalhes a respeito da formação perto de Açores na reunião em San Francisco dividiu os cientistas participantes a respeito da teoria do impacto de um meteorito, de acordo com Dias. "Mesmo se não for uma cratera formada por um impacto, ainda assim é uma formação interessante", afirmou o cientista português.
Fonte: G1
Cientistas portugueses encontraram uma depressão no fundo do Oceano Atlântico, ao sul das ilhas de Açores, que dizem poder se tratar de uma formação resultante do impacto de um meteorito. A depressão tem um formato circular, com seis quilômetros de diâmetro e uma ampla cúpula e, devido ao seu formato, foi chamada de "Ovo Frito".
Os cientistas calculam que a colisão ocorreu em algum momento nos últimos 17 milhões de anos. "Para termos certeza, precisamos coletar amostras e fazer um perfil das camadas de sedimento para determinar se as formações são resultantes de um impacto", afirmou o cientista Frederico Dias, do grupo de pesquisa Estrutura de Missão Para a Extensão da Plataforma Continental (EMEPC).
Representação de depressão no fundo do Atlântico que os cientistas dizem poder se tratar de uma formação resultante do impacto de um meteorito (Foto: BBC)
"Precisamos também verificar todos os sinais que são consistentes com um impacto de alta velocidade, como vidro gerado no derretimento e, claro, escombros; e os chamados cones estilhaçados [rochas que sofreram choque]", acrescentou o pesquisador.
Os cientistas também encontraram outra formação semelhante, porém menor, a oeste da primeira formação.
Dias apresentou a descoberta do suposto impacto na Reunião de Outono da União Geofísica Americana em San Francisco, Estados Unidos, a maior reunião anual de cientistas especializados em geofísica.
Picos centrais A cratera, identificada pela primeira vez durante uma análise para mapeamento da plataforma continental portuguesa, em 2008, está a uma profundidade de dois quilômetros abaixo do nível do mar, a cerca de 150 quilômetros do arquipélago de Açores.
A cúpula no centro da cratera – que seria a "gema" do Ovo Frito – tem cerca de três quilômetros de diâmetro e cerca de 300 m de altura. Ela é cercada por uma vala em anel que fica de cerca 110 m abaixo do solo ao redor da cratera.
Os cientistas portugueses já descartaram a possibilidade de a formação ter origem vulcânica, pois eles não encontraram vestígio de fluxo de lava dentro da estrutura ou em seus arredores.
A segunda cratera encontrada pelos cientistas fica a oeste da primeira formação, entre três e quatro quilômetros de distância, e é bem menor. "Fica bem ao lado. Se o 'Ovo Frito' é uma cratera, esta também pode ser uma", afirmou Frederico Dias.
A equipe portuguesa já tem uma terceira expedição à região marcada para o começo de 2010 e, nesta viagem, vão usar um veículo operado por controle remoto para tentar recolher amostras do fundo do mar para análise.
A apresentação dos detalhes a respeito da formação perto de Açores na reunião em San Francisco dividiu os cientistas participantes a respeito da teoria do impacto de um meteorito, de acordo com Dias. "Mesmo se não for uma cratera formada por um impacto, ainda assim é uma formação interessante", afirmou o cientista português.
Fonte: G1
Aurora boreal e Geminids
Northern Lights, ou aurora boreal, assombrado céus da ilha de Kvaløya, perto de Tromsø Noruega em 13 de dezembro. Esta 30 segundo longa exposição registra seu brilho cintilante suavemente iluminação da cena wintery costeiras. Um estudo de contrastes, também capta o flash repentino de um meteoro meteoro excelente bola de fogo de dezembro de Geminid chuveiro. Listar últimos estrelas familiar no punho da Ursa Maior, os pontos de fuga em direção à constelação de Gêmeos, fora do topo da exibição. Tanto a aurora e meteoros ocorrem na atmosfera superior da Terra a uma altitude de 100 km ou mais, mas Aurora são causados por partículas carregadas energéticas da magnetosfera, enquanto que os meteoros são trilhas de poeira cósmica.
(Texto traduzido automaticamente)
(Texto traduzido automaticamente)
A Voz de Júpiter
A magnetosfera de Júpiter é a cavidade criada dentro do vento solar pelo campo magnético extremamente forte do planeta. Estendendo-se sete milhões de quilômetros em direção ao Sol, e até à órbita de Saturno na direção oposta, a magnetosfera jupiteriana é a maior e mais forte magnetosfera planetária do Sistema Solar, e a segunda maior estrutura contínua dentro do Sistema Solar, atrás somente da heliosfera. Significativamente maior e mais achatada do que a magnetosfera terrestre, a magnetosfera jupiteriana é mais forte do que a terrestre por uma ordem de magnitude, enquanto que seu momento magnético é 18 mil vezes maior. Cientistas predisseram a existência do campo magnético jupiteriano no final da década de 1950, através da emissões de rádio vindos do planta, e foi observado pela primeira vez pela Pioneer 10 em 1973.
Júpiter é uma poderosa fonte de ondas de rádio, cuja frequência varia entre vários KHz até dezenas de MHz. Ondas de rádio com frequências de menos de 0,3 MHz (e consequentemente, com comprimento de onda maior que um quilômetro) são chamados de radiação jupiteriana quilométrica, ou KOM. Estes com frequências entre 0,3 MHz (com comprimento de onda entre 100 e 1000 metros) são chamados de radiação hectométrica, ou HOM, enquanto que emissões entre 3 e 40 MHz (com comprimentos de onda entre 10 e 100 m) são chamados de radiação decamétrica, ou DAM. O último formato de radiação foi o primeiro a ser observado da Terra, e sua periodicidade de 10 horas facilitou sua identificação como originário de Júpiter. A parte mais forte das emissões decamétricas são chamadas de Io-DAM, que são relacionadas com Io e ao sistema Io-Júpiter.
Júpiter é uma poderosa fonte de ondas de rádio, cuja frequência varia entre vários KHz até dezenas de MHz. Ondas de rádio com frequências de menos de 0,3 MHz (e consequentemente, com comprimento de onda maior que um quilômetro) são chamados de radiação jupiteriana quilométrica, ou KOM. Estes com frequências entre 0,3 MHz (com comprimento de onda entre 100 e 1000 metros) são chamados de radiação hectométrica, ou HOM, enquanto que emissões entre 3 e 40 MHz (com comprimentos de onda entre 10 e 100 m) são chamados de radiação decamétrica, ou DAM. O último formato de radiação foi o primeiro a ser observado da Terra, e sua periodicidade de 10 horas facilitou sua identificação como originário de Júpiter. A parte mais forte das emissões decamétricas são chamadas de Io-DAM, que são relacionadas com Io e ao sistema Io-Júpiter.
A Voz de Saturno
Saturno é uma fonte de emissões de rádio intensa, que foram acompanhados pela sonda Cassini. As ondas de rádio estão estreitamente relacionadas com a auroras perto dos pólos do planeta. Estas auroras são semelhantes às da Terra, de Norte e Sul luzes. Este é um arquivo de áudio de emissões rádio de Saturno.
A sonda Cassini começou a detectar estas emissões de rádio, em Abril de 2002, quando foi Cassini 374 milhões de quilómetros (234 milhões de milhas) do planeta, a Cassini utilizando ondas de rádio e plasma ciência instrumento. A onda de rádio e plasma instrumento já desde as primeiras observações de alta resolução dessas emissões, mostrando uma incrível variedade de variações na freqüência e de tempo. O complexo espectro de radiofrequências com aumentos e quedas tons, é muito semelhante à da Terra aurorais emissões rádio. Estas estruturas indicam que existem inúmeras pequenas fontes de rádio que se deslocam ao longo do campo magnético linhas roscagem aurorais região.
A missão Cassini-Huygens é um projeto cooperativo da Nasa, a Agência Espacial Europeia e pela Agência Espacial Italiana. O Jet Propulsion Laboratory, uma divisão do Instituto de Tecnologia da Califórnia em Pasadena, administra a missão para a NASA's Science Mission Directorate, Washington, DC O orbitador Cassini foi projetado, desenvolvido e montado no JPL. A onda de rádio e plasma ciência equipe baseia-se na Universidade de Iowa, Iowa City.
A sonda Cassini começou a detectar estas emissões de rádio, em Abril de 2002, quando foi Cassini 374 milhões de quilómetros (234 milhões de milhas) do planeta, a Cassini utilizando ondas de rádio e plasma ciência instrumento. A onda de rádio e plasma instrumento já desde as primeiras observações de alta resolução dessas emissões, mostrando uma incrível variedade de variações na freqüência e de tempo. O complexo espectro de radiofrequências com aumentos e quedas tons, é muito semelhante à da Terra aurorais emissões rádio. Estas estruturas indicam que existem inúmeras pequenas fontes de rádio que se deslocam ao longo do campo magnético linhas roscagem aurorais região.
A missão Cassini-Huygens é um projeto cooperativo da Nasa, a Agência Espacial Europeia e pela Agência Espacial Italiana. O Jet Propulsion Laboratory, uma divisão do Instituto de Tecnologia da Califórnia em Pasadena, administra a missão para a NASA's Science Mission Directorate, Washington, DC O orbitador Cassini foi projetado, desenvolvido e montado no JPL. A onda de rádio e plasma ciência equipe baseia-se na Universidade de Iowa, Iowa City.
Super-Terra Orbita Anã Vermelha
A revista Nature acaba de publicar um artigo cujo primeiro autor é o astrofísico David Charbonneau, descrevendo a descoberta da primeira Super-Terra em órbita de uma anã vermelha, a estrela Gliese 1214, situada a cerca de 42 anos-luz. A descoberta foi feita no âmbito do projecto MEarth, que tem como objectivo a detecção de planetas em torno de anãs vermelhas, em especial de Super-Terras na zona habitável dessas estrelas. Para esse fim, o MEarth utiliza uma bateria de telescópios robotizados localizados no Arizona que monitorizam o brilho de cerca de 2000 anãs vermelhas na esperança de detectar trânsitos de exoplanetas.
O novo planeta, designado de GJ 1214b, orbita a estrela hospedeira em 1.58 dias a uma distância média de 2.1 milhões de km. A massa do planeta é de 6.5 vezes a massa da Terra e o seu raio 2.7 vezes o da Terra. Para além de ser o primeiro planeta em trânsito em torno de uma anã vermelha, a sua densidade é também uma novidade. Ao contrário da densidade do CoRoT-7b que é muito semelhante à da Terra (5.5 vezes a da àgua), correspondendo a um planeta formado fundamentalmente por rocha (silicatos principalmente) e metal, o GJ 1214b tem uma densidade de 1.8 vezes a da àgua. Isto implica que a sua constituição interna é muito diferente da de um planeta telúrico. Os autores apresentam um possível modelo que aponta para uma constituição fundamentalmente baseada em àgua (vários tipos de gelo, líquida e gasosa) envolvida numa fina camada (0.05% da massa) de hidrogénio e hélio. O núcleo deverá ser formado por rocha e metal e contribuir para apenas 1/4 da massa do planeta. No Sistema Solar, Uráno e Neptuno têm, acredita-se, constituições semelhantes embora tenham massas 2 a 3 vezes superiores à do GJ1214b.
Com apenas 15% da massa do Sol a estrela GJ1214 tem uma luminosidade muito inferior pelo que, mesmo a uma distância tão pequena da mesma, o planeta tem uma temperatura estimada de apenas 400-550 Kelvin. O limite inferior de temperatura, equivalente a aproximadamente 127 graus centígrados, está muito próximo do ponto de condensação da àgua, o que torna o planeta ainda mais interessante. De facto, a análise dos trânsitos permitiu deduzir que o planeta tem uma atmosfera com cerca de 200km de espessura. A da Terra, por comparação tem apenas 10 a 15km.
O novo planeta, designado de GJ 1214b, orbita a estrela hospedeira em 1.58 dias a uma distância média de 2.1 milhões de km. A massa do planeta é de 6.5 vezes a massa da Terra e o seu raio 2.7 vezes o da Terra. Para além de ser o primeiro planeta em trânsito em torno de uma anã vermelha, a sua densidade é também uma novidade. Ao contrário da densidade do CoRoT-7b que é muito semelhante à da Terra (5.5 vezes a da àgua), correspondendo a um planeta formado fundamentalmente por rocha (silicatos principalmente) e metal, o GJ 1214b tem uma densidade de 1.8 vezes a da àgua. Isto implica que a sua constituição interna é muito diferente da de um planeta telúrico. Os autores apresentam um possível modelo que aponta para uma constituição fundamentalmente baseada em àgua (vários tipos de gelo, líquida e gasosa) envolvida numa fina camada (0.05% da massa) de hidrogénio e hélio. O núcleo deverá ser formado por rocha e metal e contribuir para apenas 1/4 da massa do planeta. No Sistema Solar, Uráno e Neptuno têm, acredita-se, constituições semelhantes embora tenham massas 2 a 3 vezes superiores à do GJ1214b.
Com apenas 15% da massa do Sol a estrela GJ1214 tem uma luminosidade muito inferior pelo que, mesmo a uma distância tão pequena da mesma, o planeta tem uma temperatura estimada de apenas 400-550 Kelvin. O limite inferior de temperatura, equivalente a aproximadamente 127 graus centígrados, está muito próximo do ponto de condensação da àgua, o que torna o planeta ainda mais interessante. De facto, a análise dos trânsitos permitiu deduzir que o planeta tem uma atmosfera com cerca de 200km de espessura. A da Terra, por comparação tem apenas 10 a 15km.
Buracos negros gigantes nasceram em 'casulos estelares', diz estudo
Um estudo feito nos Estados Unidos propõe uma nova teoria para a formação de buracos negros "supermassivos" - com massas milhões ou até bilhões de vezes maiores que a do Sol -, sugerindo que eles se formaram em "casulos" de gás dentro de estrelas.
O estudo, da Universidade do Colorado, na cidade de Boulder, apresenta uma alternativa à teoria mais aceita hoje em dia sobre a formação desses eventos cósmicos, a de que eles surgiram a partir da união de um grande número de buracos negros pequenos.
O astrônomo que liderou o estudo, Mitchell Begelman, analisou os buracos negros surgidos a partir de estrelas supermassivas surgidas nos primórdios do universo.
Segundo ele, em alguns casos, o núcleo dessas estrelas entra em colapso, formando buracos negros - que, devido ao tamanho dessas estrelas, já nascem maiores que buracos negros comuns.
Em um segundo estágio de formação, esses buracos negros passam a engolir a matéria ao redor, dentro da estrela, formando um "casulo" e inchando até engolir o que restou do material que formava a estrela.
"O que é novo aqui é que acreditamos ter encontrado um novo mecanismo relativamente rápido de formação desses gigantes", disse Begelman.
Os buracos negros são objetos cósmicos extremamente densos formados, acredita-se, pelo colapso de estrelas, e com um campo gravitacional tão forte que nada, nem mesmo a luz, é capaz de escapar da sua atração.
Esses eventos não podem ser detectados diretamente pelos astrônomos, mas sim por sinais como movimento de matéria estelar girando em torno deles.
O estudo, da Universidade do Colorado, na cidade de Boulder, apresenta uma alternativa à teoria mais aceita hoje em dia sobre a formação desses eventos cósmicos, a de que eles surgiram a partir da união de um grande número de buracos negros pequenos.
O astrônomo que liderou o estudo, Mitchell Begelman, analisou os buracos negros surgidos a partir de estrelas supermassivas surgidas nos primórdios do universo.
Segundo ele, em alguns casos, o núcleo dessas estrelas entra em colapso, formando buracos negros - que, devido ao tamanho dessas estrelas, já nascem maiores que buracos negros comuns.
Em um segundo estágio de formação, esses buracos negros passam a engolir a matéria ao redor, dentro da estrela, formando um "casulo" e inchando até engolir o que restou do material que formava a estrela.
"O que é novo aqui é que acreditamos ter encontrado um novo mecanismo relativamente rápido de formação desses gigantes", disse Begelman.
Os buracos negros são objetos cósmicos extremamente densos formados, acredita-se, pelo colapso de estrelas, e com um campo gravitacional tão forte que nada, nem mesmo a luz, é capaz de escapar da sua atração.
Esses eventos não podem ser detectados diretamente pelos astrônomos, mas sim por sinais como movimento de matéria estelar girando em torno deles.
Misteriosa luz espiral sobre a Noruega
Uma misteriosa luz com forma de espiral, que apareceu sobre os céus da Noruega, deixou milhares de pessoas da região norte surpresos. Moradores das cidades de Trondelag até Finnmark foram testemunhas da misteriosa luz e as opiniões são diversas: um foguete russo, um meteoro, uma onda de choque e, é lógico, um sinal de uma nave OVNI.
O fenômeno começou quando, o que parecia ser uma luz azul artificial, começou a aparecer por detrás de uma montanha. Deteve-se a meio caminho e então começou a circular projetando um espiral.
Atualização:
A especulação oficial inicial descartava fenômenos meteorológicos como o das auroras boreais e apontava o lançamento de um míssil russo que teria falhado durante o vôo como origem de tais luzes.
Após negar várias vezes, finalmente a Marinha Russa confirmou horas depois que tinha lançado um míssil de teste: um projétil Bulava disparado do submarino Dmitry Donskoi –próximo do território ártico norueguês– que falhou durante a ignição de sua terceira fase de propulsão.
Ao que parece o Bulava é o grande fiasco da Marinha Russa, já que –segundo pode ser visto na Wikipedia– fracassou em quase metade de seus lançamentos desde o início de seus testes em 2003.
O fenômeno começou quando, o que parecia ser uma luz azul artificial, começou a aparecer por detrás de uma montanha. Deteve-se a meio caminho e então começou a circular projetando um espiral.
Atualização:
A especulação oficial inicial descartava fenômenos meteorológicos como o das auroras boreais e apontava o lançamento de um míssil russo que teria falhado durante o vôo como origem de tais luzes.
Após negar várias vezes, finalmente a Marinha Russa confirmou horas depois que tinha lançado um míssil de teste: um projétil Bulava disparado do submarino Dmitry Donskoi –próximo do território ártico norueguês– que falhou durante a ignição de sua terceira fase de propulsão.
Ao que parece o Bulava é o grande fiasco da Marinha Russa, já que –segundo pode ser visto na Wikipedia– fracassou em quase metade de seus lançamentos desde o início de seus testes em 2003.
Galáxias em torno de buraco negro se chocam
Imagem combina dados de três telescópios. Pesquisadores tentam entender como buracos negros nos centros das galáxias influenciam sua evolução.
A NASA divulgou nesta quinta-feira (10) uma imagem que captou o choque de duas galáxias que giram em torno de um buraco negro. A imagem foi feita por três telescópios e mostra as galáxias NGC 6872 e IC 4970.
Imagem produzida com três telescópios mostra o choque de duas galáxias que giram em torno de um buraco negro (Foto: NASA)
Os dados do Observatório Chandra de Raios-X da NASA são mostrados em púrpura. Já a contribuição via espectro infravermelho do Telescópio Espacial Spitzer está em vermelho. Há também os dados ópticos do Telescópio Muito Grande (VLT, Very Large Telescope) em um misto de cores vermelha, verde e azul – a identificação do verde não é precisa na imagem.
Simbiose Astrônomos acreditam que buracos negros supermassivos existam no centro da maioria das galáxias. Não apenas as galáxias e os buracos negros parecem coexistir, mas eles também parecem essencialmente vinculados à evolução delas.
Para melhor compreender esta relação simbiótica, os cientistas se voltaram para buracos negros em rápido crescimento, chamados Núcleos Galácticos Ativos (AGN, na sigla em inglês). Com isso, buscam estudar como os buracos negros são afetados por seu ambiente galáctico.
Os últimos dados dos telescópios Chandra e Spitzer mostram que a IC 4970, a pequena galáxia no topo da imagem, contém um buraco negro AGN fortemente envolvido por gás e poeira.
Isto significa que, para telescópios ópticos, como o VLT, há pouco para ver. Já os raios-X e a luz infravermelha podem penetrar neste véu e revelar o show de luzes gerado enquanto materiais são aquecidos antes de cair no buraco negro – visto como um ponto brilhante.
Apesar do gás e poeira escuros em volta da galáxia IC 4970, os dados do telescópio Chandra conseguem indicar que não há gás quente suficiente nessa galáxia para servir de combustível ao crescimento do buraco negro. Assim, a fonte de alimento para esse buraco negro deve estar na galáxia parceira, a NGC 6872.
As duas galáxias estão no processo de uma colisão, e a atração gravitacional da IC provavelmente tragou algo do profundo reservatório de gás da galáxia NGC – vista principalmente pelos dados do telescópio Spitzer. Isso forneceria então o combustível para o buraco negro gigante.
Fonte: FolhaOnline
A NASA divulgou nesta quinta-feira (10) uma imagem que captou o choque de duas galáxias que giram em torno de um buraco negro. A imagem foi feita por três telescópios e mostra as galáxias NGC 6872 e IC 4970.
Imagem produzida com três telescópios mostra o choque de duas galáxias que giram em torno de um buraco negro (Foto: NASA)
Os dados do Observatório Chandra de Raios-X da NASA são mostrados em púrpura. Já a contribuição via espectro infravermelho do Telescópio Espacial Spitzer está em vermelho. Há também os dados ópticos do Telescópio Muito Grande (VLT, Very Large Telescope) em um misto de cores vermelha, verde e azul – a identificação do verde não é precisa na imagem.
Simbiose Astrônomos acreditam que buracos negros supermassivos existam no centro da maioria das galáxias. Não apenas as galáxias e os buracos negros parecem coexistir, mas eles também parecem essencialmente vinculados à evolução delas.
Para melhor compreender esta relação simbiótica, os cientistas se voltaram para buracos negros em rápido crescimento, chamados Núcleos Galácticos Ativos (AGN, na sigla em inglês). Com isso, buscam estudar como os buracos negros são afetados por seu ambiente galáctico.
Os últimos dados dos telescópios Chandra e Spitzer mostram que a IC 4970, a pequena galáxia no topo da imagem, contém um buraco negro AGN fortemente envolvido por gás e poeira.
Isto significa que, para telescópios ópticos, como o VLT, há pouco para ver. Já os raios-X e a luz infravermelha podem penetrar neste véu e revelar o show de luzes gerado enquanto materiais são aquecidos antes de cair no buraco negro – visto como um ponto brilhante.
Apesar do gás e poeira escuros em volta da galáxia IC 4970, os dados do telescópio Chandra conseguem indicar que não há gás quente suficiente nessa galáxia para servir de combustível ao crescimento do buraco negro. Assim, a fonte de alimento para esse buraco negro deve estar na galáxia parceira, a NGC 6872.
As duas galáxias estão no processo de uma colisão, e a atração gravitacional da IC provavelmente tragou algo do profundo reservatório de gás da galáxia NGC – vista principalmente pelos dados do telescópio Spitzer. Isso forneceria então o combustível para o buraco negro gigante.
Fonte: FolhaOnline
ISS terá relógio atômico para provar Teoria da Relatividade
Relógio fará parte do Conjunto de Relógios Atômicos Espaciais. Rede será lançada no segundo semestre de 2013.
O laboratório europeu Columbus, da Estação Espacial Internacional (ISS), terá um relógio atômico com uma margem de erro de um segundo por 300 milhões de anos para provar a teoria da relatividade do físico alemão Albert Einstein, informou nesta terça-feira (15/12/2009) a Agência Espacial Europeia (ESA).
O relógio, conhecido como PHARAO, estará ligado a outro, também atômico, chamado Maser Espacial de Hidrogênio, com o qual formará o Conjunto de Relógios Atômicos Espaciais, uma rede conhecida por sua sigla em inglês ACES.
A rede será lançada ao espaço durante o segundo semestre de 2013 e, quando estiver em órbita, será utilizado um braço teleguiado para instalá-la sobre a plataforma externa do Columbus, orientado em direção à Terra, acrescentou a ESA.
A ACES servirá, entre outras funções, para fornecer mais exatidão à escala de Tempo Universal Coordenado (UCT)
O sinal da rede, que será enviado para a Terra por meio de hiperfrequências específicas, permitirá estabelecer conexões entre os relógios espaciais e terrestres, infirmou a ESA.
O Centro Nacional de Estudos Espaciais da França (CNES) será o encarregado de desenvolver e financiar o relógio, enquanto a ESA fará o mesmo com a rede ACES e integrará o relógio PHARAO no laboratório Columbus da ISS, explicou a agência espacial.
Fonte: FolhaOnline
O laboratório europeu Columbus, da Estação Espacial Internacional (ISS), terá um relógio atômico com uma margem de erro de um segundo por 300 milhões de anos para provar a teoria da relatividade do físico alemão Albert Einstein, informou nesta terça-feira (15/12/2009) a Agência Espacial Europeia (ESA).
O relógio, conhecido como PHARAO, estará ligado a outro, também atômico, chamado Maser Espacial de Hidrogênio, com o qual formará o Conjunto de Relógios Atômicos Espaciais, uma rede conhecida por sua sigla em inglês ACES.
A rede será lançada ao espaço durante o segundo semestre de 2013 e, quando estiver em órbita, será utilizado um braço teleguiado para instalá-la sobre a plataforma externa do Columbus, orientado em direção à Terra, acrescentou a ESA.
A ACES servirá, entre outras funções, para fornecer mais exatidão à escala de Tempo Universal Coordenado (UCT)
O sinal da rede, que será enviado para a Terra por meio de hiperfrequências específicas, permitirá estabelecer conexões entre os relógios espaciais e terrestres, infirmou a ESA.
O Centro Nacional de Estudos Espaciais da França (CNES) será o encarregado de desenvolver e financiar o relógio, enquanto a ESA fará o mesmo com a rede ACES e integrará o relógio PHARAO no laboratório Columbus da ISS, explicou a agência espacial.
Fonte: FolhaOnline
NASA lança telescópio infravermelho com sucesso
WISE vai passar nove meses registrando milhões de fotos. Último mapeamento semelhante ocorreu há 26 anos.
A NASA lançou nesta segunda-feira (14/12/2009) da base Vandenberg da Força Aérea, na Califórnia, um novo telescópio espacial, o WISE (Wide-field Infrared Survey Explorer – Explorador para Pesquisa Infravermelha de Campo Amplo). O lançamento ocorreu às 12h09 de Brasília. O foguete Delta II, que lançou o satélite, passou pelo oceano Pacífico e depositou o Wise em uma órbita polar de 525 quilômetros de altitude.
"Os sistemas indicam que está tudo ok, e estamos no caminho de ver o céu em infravermelho melhor do que nunca antes", disse William Irace, o gerente de projeto da missão.
Lançamento do WISE (Foto: NASA)
Engenheiros obtiveram um sinal da nave pelo Sistema de Rastreamento e Retransmissão de Dados de Satélites da NASA 10 segundos depois que a nave se separou do foguete. Três minutos depois, a WISE se reorientou com seus painéis solares em direção ao Sol para gerar sua própria energia.
"O WISE precisa ser mais frio que os objetos que está observando", disse Edward Wright, da Univercidade sda Califórnia em Los Angeles (UCLA), principal pesquisador da missão. Por isso, ainda 17 minutos depois, abriram válvulas no criostato, uma câmara de hidrogênio super-gelado no satélite. Deste modo, seus detectores mais frios chegam a 230ºC negativos.
Foguete Delta II decola da base aerea de Vanderberg levando WISE (Foto: NASA)
O aparelho deverá escanear o espaço durante nove meses com o objetivo de mapear o cosmos em luz infravermelha. Tanto galáxias distantes quanto asteroides relativamente próximos da Terra (e qualquer objeto celeste entre uma coisa e outra) serão alvos de milhões de fotografias. "A última vez em que mapeamos todo o céu com esses comprimentos de onda específicos de infravermelho foi há 26 anos”, afirmou Wright.
A NASA lançou nesta segunda-feira (14/12/2009) da base Vandenberg da Força Aérea, na Califórnia, um novo telescópio espacial, o WISE (Wide-field Infrared Survey Explorer – Explorador para Pesquisa Infravermelha de Campo Amplo). O lançamento ocorreu às 12h09 de Brasília. O foguete Delta II, que lançou o satélite, passou pelo oceano Pacífico e depositou o Wise em uma órbita polar de 525 quilômetros de altitude.
"Os sistemas indicam que está tudo ok, e estamos no caminho de ver o céu em infravermelho melhor do que nunca antes", disse William Irace, o gerente de projeto da missão.
Lançamento do WISE (Foto: NASA)
Engenheiros obtiveram um sinal da nave pelo Sistema de Rastreamento e Retransmissão de Dados de Satélites da NASA 10 segundos depois que a nave se separou do foguete. Três minutos depois, a WISE se reorientou com seus painéis solares em direção ao Sol para gerar sua própria energia.
"O WISE precisa ser mais frio que os objetos que está observando", disse Edward Wright, da Univercidade sda Califórnia em Los Angeles (UCLA), principal pesquisador da missão. Por isso, ainda 17 minutos depois, abriram válvulas no criostato, uma câmara de hidrogênio super-gelado no satélite. Deste modo, seus detectores mais frios chegam a 230ºC negativos.
Foguete Delta II decola da base aerea de Vanderberg levando WISE (Foto: NASA)
O aparelho deverá escanear o espaço durante nove meses com o objetivo de mapear o cosmos em luz infravermelha. Tanto galáxias distantes quanto asteroides relativamente próximos da Terra (e qualquer objeto celeste entre uma coisa e outra) serão alvos de milhões de fotografias. "A última vez em que mapeamos todo o céu com esses comprimentos de onda específicos de infravermelho foi há 26 anos”, afirmou Wright.
Astrônomos alemães descobrem mar em lua de Saturno
Imagens de Titã foram obtidas pela sonda americana Cassini.Espectômetro detectou brilho similar ao reflexo do sol sobre o mar.
Lago em Titã: imagem foi registrada em 8 de julho de 2009, no 59º sobrevoo da sonda Cassini, a 200 mil quilômetros (Foto: NASA/JPL/University of Arizona/DLR)
Astrônomos alemães descobriram na lua Titã, que orbita o planeta Saturno, um gigantesco mar, maior que o Mar Cáspio, considerado o maior mar interno da Terra. Nesta quinta-feira (17), o Centro Alemão Aeroespacial (DLR) anunciou que o mar de Titã, descoberto por membros do instituto de estudos planetários de Berlim do DLR, tem uma superfície de até 400 mil quilômetros quadrados.
Batizado como "Krake Mare", o mar descoberto no satélite de Saturno não é composto de água, mas de metano líquido ou de outro tipo de hidrocarboneto.
O mar está no polo norte de Titã e sua descoberta foi possível graças às imagens obtidas pela sonda americana Cassini. Um espectômetro de mapeamento visual e infravermelho (VIMS, na sigla em inglês) permitiu ver um brilho, similar ao reflexo do sol sobre o mar.
A novidade será apresentada amanhã na convenção anual da União Americana de Geofísica (AGU, na sigla em inglês) em San Francisco. O anúncio ocorre um ano após a descoberta de um mar de etano líquido no polo sul de Titã.
Com um diâmetro de 5,15 mil quilômetros, Titã é o segundo maior satélite de nosso sistema solar - depois de Ganimedes, que orbita em torno de Júpiter - e o único que conta com uma densa atmosfera.
Por causa de sua atmosfera carregada de nitrogênio, Titã se parece com o antigo estado da Terra. Os cientistas alemães entendem que na natureza só pode brilhar assim uma superfície líquida.
O nome do mar, "Krake Mare", tem origem em um monstro marinho das sagas nórdicas, um polvo ou lula gigante que atacava os navios e devorava os marinheiros.
Lago em Titã: imagem foi registrada em 8 de julho de 2009, no 59º sobrevoo da sonda Cassini, a 200 mil quilômetros (Foto: NASA/JPL/University of Arizona/DLR)
Astrônomos alemães descobriram na lua Titã, que orbita o planeta Saturno, um gigantesco mar, maior que o Mar Cáspio, considerado o maior mar interno da Terra. Nesta quinta-feira (17), o Centro Alemão Aeroespacial (DLR) anunciou que o mar de Titã, descoberto por membros do instituto de estudos planetários de Berlim do DLR, tem uma superfície de até 400 mil quilômetros quadrados.
Batizado como "Krake Mare", o mar descoberto no satélite de Saturno não é composto de água, mas de metano líquido ou de outro tipo de hidrocarboneto.
O mar está no polo norte de Titã e sua descoberta foi possível graças às imagens obtidas pela sonda americana Cassini. Um espectômetro de mapeamento visual e infravermelho (VIMS, na sigla em inglês) permitiu ver um brilho, similar ao reflexo do sol sobre o mar.
A novidade será apresentada amanhã na convenção anual da União Americana de Geofísica (AGU, na sigla em inglês) em San Francisco. O anúncio ocorre um ano após a descoberta de um mar de etano líquido no polo sul de Titã.
Com um diâmetro de 5,15 mil quilômetros, Titã é o segundo maior satélite de nosso sistema solar - depois de Ganimedes, que orbita em torno de Júpiter - e o único que conta com uma densa atmosfera.
Por causa de sua atmosfera carregada de nitrogênio, Titã se parece com o antigo estado da Terra. Os cientistas alemães entendem que na natureza só pode brilhar assim uma superfície líquida.
O nome do mar, "Krake Mare", tem origem em um monstro marinho das sagas nórdicas, um polvo ou lula gigante que atacava os navios e devorava os marinheiros.
A Esfera Celeste
Observando o céu em uma noite estrelada, não podemos evitar a impressão de que estamos no meio de uma grande esfera incrustrada de estrelas. Isso inspirou, nos antigos gregos, a idéia do céu como uma Esfera Celeste.
Com o passar das horas, os astros se movem no céu, nascendo a leste e se pondo a oeste. Isso causa a impressão de que a esfera celeste está girando de leste para oeste, em torno de um eixo imaginário, que intercepta a esfera em dois pontos fixos, os Pólos Celestes. Na verdade, esse movimento, chamado movimento diurno dos astros, é um reflexo do movimento de rotação da Terra, que se faz de oeste para leste. O eixo de rotação da esfera celeste é o prolongamento do eixo de rotação da Terra, e os pólos celestes são as projeções, no céu, dos pólos terrestres.
Embora o Sol, a Lua, e a maioria dos astros, aqui na nossa latitude (30º Sul para Porto Alegre), tenham nascer e ocaso, existem astros que nunca nascem nem se põem, permanecendo sempre acima do horizonte. Se pudéssemos observá-los durante 24 horas, os veríamos descrevendo uma circunferência completa no céu, no sentido horário. Esses astros são chamados circumpolares. O centro da circunferência descrita por eles coincide com o Pólo Celeste Sul. Para os habitantes do hemisfério norte, as estrelas circumpolares descrevem uma circunferência em torno do Pólo Celete Norte. Mas as estrelas que são circumpolares lá não as mesmas estrelas que são circumpolares aqui, pois o fato de uma estrela ser circumpolar ou não depende da latitude do lugar de observação.
Os antigos gregos definiram alguns planos e pontos na esfera celeste, que são úteis para a determinação da posição dos astros no céu. São eles:
Horizonte: plano tangente à Terra no lugar em que se encontra o observador. Como o raio da Terra é desprezável frente ao raio da esfera celeste, considera-se que o Horizonte é um círculo máximo da esfera celeste, ou seja, passa pelo seu centro.
Zênite: ponto no qual a vertical do lugar (perpendicular ao horizonte) intercepta a esfera celeste, acima da cabeça do observador. A vertical do lugar é definida por um fio a prumo.
Nadir: ponto diametralmente oposto ao Zênite.
Equador Celeste: círculo máximo em que o prolongamento do equador da Terra intercepta a esfera celeste.
Polo Celeste Norte: ponto em que o prolongamento do eixo de rotação da Terra intercepta a esfera celeste, no hemisfério norte.
Polo Celeste Sul: ponto em que o prolongamento do eixo de rotação da Terra intercepta a esfera celeste, no hemisfério sul.
Círculo vertical: qualquer semi-círculo máximo da esfera celeste contendo a vertical do lugar. Os círculos verticais começam no Zênite e terminam no Nadir.
Ponto Geográfico Norte: ponto em que o círculo vertical que passa pelo Polo Celeste Norte intercepta o Horizonte. É também chamado Ponto Cardeal Norte.
Ponto Geográfico Sul: também chamado Ponto Cardeal Sul, é o ponto em que o círculo vertical que passa pelo Polo Celeste Sul intercepta o Horizonte. A linha sobre o Horizonte que liga os pontos cardeais Norte e Sul chama-se linha Norte-Sul, ou meridiana. A linha Leste-Oeste é obtida traçando-se, sobre o Horizonte, a perpendicular à meridiana.
Círculo de altura: qualquer círculo da esfera celeste paralelo ao Horizonte. É também chamado almucântara, ou paralelo de altura.
Círculo horário ou meridiano: qualquer semi-círculo máximo da esfera celeste que contém os dois polos celestes. É também chamado meridiano. O meridiano que passa pelo Zênite se chama Meridiano Local.
Paralelo: qualquer círculo da esfera celeste paralelo ao equador celeste. É também chamado círculo diurno.
E qual é a velocidade angular aparente diariamente do Sol? Como um dia é definido como uma volta completa do Sol, isto é, o Sol percorre 360° em 24 horas, a velocidade aparente é de:
va parente = 360°/24 h = 15°/h
Um grau tem 60 minutos de arco e um minuto de arco tem 60 segundos de arco.
Logo 1° = 60' = 3600".
Como 1 hora tem 60 minutos de tempo e 1 minuto de tempo tem 60 segundos de tempo,
1 h = 60m = 3600s.
Mas como a rotação da Terra em torno de seu próprio eixo percorre 360° em 24 horas:
1 h = 15°
1 m = 15'
1 s = 15"
Com o passar das horas, os astros se movem no céu, nascendo a leste e se pondo a oeste. Isso causa a impressão de que a esfera celeste está girando de leste para oeste, em torno de um eixo imaginário, que intercepta a esfera em dois pontos fixos, os Pólos Celestes. Na verdade, esse movimento, chamado movimento diurno dos astros, é um reflexo do movimento de rotação da Terra, que se faz de oeste para leste. O eixo de rotação da esfera celeste é o prolongamento do eixo de rotação da Terra, e os pólos celestes são as projeções, no céu, dos pólos terrestres.
Embora o Sol, a Lua, e a maioria dos astros, aqui na nossa latitude (30º Sul para Porto Alegre), tenham nascer e ocaso, existem astros que nunca nascem nem se põem, permanecendo sempre acima do horizonte. Se pudéssemos observá-los durante 24 horas, os veríamos descrevendo uma circunferência completa no céu, no sentido horário. Esses astros são chamados circumpolares. O centro da circunferência descrita por eles coincide com o Pólo Celeste Sul. Para os habitantes do hemisfério norte, as estrelas circumpolares descrevem uma circunferência em torno do Pólo Celete Norte. Mas as estrelas que são circumpolares lá não as mesmas estrelas que são circumpolares aqui, pois o fato de uma estrela ser circumpolar ou não depende da latitude do lugar de observação.
Os antigos gregos definiram alguns planos e pontos na esfera celeste, que são úteis para a determinação da posição dos astros no céu. São eles:
Horizonte: plano tangente à Terra no lugar em que se encontra o observador. Como o raio da Terra é desprezável frente ao raio da esfera celeste, considera-se que o Horizonte é um círculo máximo da esfera celeste, ou seja, passa pelo seu centro.
Zênite: ponto no qual a vertical do lugar (perpendicular ao horizonte) intercepta a esfera celeste, acima da cabeça do observador. A vertical do lugar é definida por um fio a prumo.
Nadir: ponto diametralmente oposto ao Zênite.
Equador Celeste: círculo máximo em que o prolongamento do equador da Terra intercepta a esfera celeste.
Polo Celeste Norte: ponto em que o prolongamento do eixo de rotação da Terra intercepta a esfera celeste, no hemisfério norte.
Polo Celeste Sul: ponto em que o prolongamento do eixo de rotação da Terra intercepta a esfera celeste, no hemisfério sul.
Círculo vertical: qualquer semi-círculo máximo da esfera celeste contendo a vertical do lugar. Os círculos verticais começam no Zênite e terminam no Nadir.
Ponto Geográfico Norte: ponto em que o círculo vertical que passa pelo Polo Celeste Norte intercepta o Horizonte. É também chamado Ponto Cardeal Norte.
Ponto Geográfico Sul: também chamado Ponto Cardeal Sul, é o ponto em que o círculo vertical que passa pelo Polo Celeste Sul intercepta o Horizonte. A linha sobre o Horizonte que liga os pontos cardeais Norte e Sul chama-se linha Norte-Sul, ou meridiana. A linha Leste-Oeste é obtida traçando-se, sobre o Horizonte, a perpendicular à meridiana.
Círculo de altura: qualquer círculo da esfera celeste paralelo ao Horizonte. É também chamado almucântara, ou paralelo de altura.
Círculo horário ou meridiano: qualquer semi-círculo máximo da esfera celeste que contém os dois polos celestes. É também chamado meridiano. O meridiano que passa pelo Zênite se chama Meridiano Local.
Paralelo: qualquer círculo da esfera celeste paralelo ao equador celeste. É também chamado círculo diurno.
E qual é a velocidade angular aparente diariamente do Sol? Como um dia é definido como uma volta completa do Sol, isto é, o Sol percorre 360° em 24 horas, a velocidade aparente é de:
va parente = 360°/24 h = 15°/h
Um grau tem 60 minutos de arco e um minuto de arco tem 60 segundos de arco.
Logo 1° = 60' = 3600".
Como 1 hora tem 60 minutos de tempo e 1 minuto de tempo tem 60 segundos de tempo,
1 h = 60m = 3600s.
Mas como a rotação da Terra em torno de seu próprio eixo percorre 360° em 24 horas:
1 h = 15°
1 m = 15'
1 s = 15"
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