Astronomia no Tempo

Dia 01/01: 1.º dia do calendário gregoriano. 

História: 
No ano 45 AC, começa o calendário Juliano.

Em 1801, Giuseppe Piazzi, monge italiano, descobre Ceres, o primeiro asteróide observado entre Marte e Júpiter.

Em 1925, numa reunião da Sociedade Astronómica Americana e da Associação Americana para o Desenvolvimento da Ciência em Washington, D.C., Edwin Hubble reporta que encontrou cefeidasnas "nebulosas espirais", o que levaria ao declínio da hipótese que dizia que a nossa Via Láctea seria o todo do Universo.
A descoberta de Hubble levaria à descoberta que vivemos numa de muitas galáxias. 

Em 2001, a missão NEAT (Near Earth Asteroid Tracking mission) descobre um objecto com 1,5 km que passa por Marte (2001AA) e que fica com o nome de Asteróide do Milénio. 

Dia 02/01: 2.º dia do calendário gregoriano. 

História: 
Em 1860 é anunciada a descoberta teórica do planeta Vulcan, numa reunião da Academia de Ciências em Paris.

Em 1959, é lançada a sonda soviética Luna 1.





Dia 03/01: 3.º dia do calendário gregoriano. 

História: 
Em 1888, é usado pela primeira vez o telescópio refractor do Observatório Lick, com 91 cm em diâmetro. Era o maior telescópio do mundo na altura.

Em 1999, lançamento da sonda Mars Polar Lander e Deep Space 2.

Em 2000, flyby da sonda Galileu pela lua de Júpiter, Europa.

A sonda passou a uma altitude de 351 km.

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M78


A nebulosa NGC 2068 (também conhecida como Messier 78 ou M78) é uma nebulosa de reflexão na constelação de Orion. Foi descoberta por Pierre Méchain em 1780 e incluída por Charles Messier no seu catálogo de objetos esse mesmo ano.

M78 é a nebulosa difusa de reflexão mais brilhante de um grupo de nebulosas que inclui NGC 2064, NGC 2067 e NGC 2071. M78 é facilmente visível em pequenos telescópios como uma mancha difusa e inclui duas estrelas de magnitude 10. Estas duas estrelas, HD 38563A e HD 38563B, são responsáveis de fazer a nuvem de pó em M78 visível ao refletir sua luz.

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Astronomia no Tempo

Dia 24/12: 358.º dia do calendário gregoriano.

História:
A tripulação da Apollo 8 entra em órbita da Lua, os primeiros humanos a fazê-lo.
Orbitam o nosso satélite natural 10 vezes e enviam de volta imagens televisivas, programa este que se tornou num dos mais vistos na História.

Em 1979, lançamento do primeiro Ariane.

Dia 25/12: 359.º dia do calendário gregoriano.

História:
Em 1642, nascia Isaac Newton (de acordo com o calendário juliano).

Em 1968, a Apollo 8 faz primeira manobra TEI (Trans Earth Injection), enviado a tripulação e a nave de volta à Terra desde órbita lunar.

Em 2003, a infeliz Beagle 2, libertada da sonda Mars Expressno dia 19 de Dezembro, desaparece pouco antes da sua prevista aterragem.

Em 2004, a Cassini liberta a sonda Huygens, que aterra em Titã a 14 de Janeiro do ano seguinte.

Observações: Na última parte do Império Romano, o dia 25 de Dezembro assinalava o nascimento do Sol inconquistável - celebrando a sobrevivência do Sol a seguir a um escuro solstício com a promessa de luz e calor na Primavera e Verão vindouros. Esta temporada festiva, com o seu simbolismo, foi eventualmente substituída pelo Natal cristão no século IV.

Dia 26/12: 360.º dia do calendário gregoriano.

História:
Em 1972, a Apollo 17, a última missão lunar tripulada regressava à Terra.

Em 1973, o cometa Kohoutekatingia o periélio.
No mesmo dia a Soyuz 13 voltava à Terra.

Em 1974 era lançada a Salyut 4.



Dia 27/12: 361.º dia do calendário gregoriano.

História:
Em 1571, nascia Johannes Kepler.

Em 1968, a Apollo 8 aterra no Oceano Pacífico, terminando a primeira missão tripulada à Lua.

Em 2004, radiação de uma explosão no magnetar SGR 1806-20 alcança a Terra. É o evento extrasolar mais brilhante alguma vez observado.

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No Natal, ateus celebram o nascimento de Newton

Para não passar o Natal em branco, alguns ateus optam por celebrar o "Newtal" em alusão ao cientista Isaac Newton, que nasceu no dia 25 de dezembro segundo o calendário juliano.

É o caso de Daniel Sottomaior, presidente da Atea (Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos). Em sua árvore, por exemplo, os enfeites são bolinhas em forma de maçã, em referência à lenda que diz que a queda da fruta teria inspirado Newton no desenvolvimento da lei da gravitação universal.

Apesar da contraposição ao feriado religioso, Sottomaior afirma que o Natal não incomoda os ateus --cerca de 2% da população brasileira. Segundo ele, muitos o celebram como uma data comercial.

Os cerca de 2.000 membros da associação não fazem reuniões, mas atuam em grupo por causas comuns. Um exemplo foi o pedido de resposta da Atea ao programa "Brasil Urgente" (Band) após o apresentador José Luiz Datena afirmar que um crime, veiculado na edição do dia 27 de julho de 2010, demonstrava "falta de Deus no coração".

No começo do mês, o Ministério Público Federal entrou com uma ação civil pública para que a emissora se retratasse publicamente pela declaração.

O grupo também ganhou recente destaque na imprensa por veicular campanhas que questionavam a existência de Deus em ônibus de São Paulo, Salvador, Porto Alegre e Florianópolis.

Folha.com

Astronomia no Tempo

Dia 21/12: 355.º dia do calendário gregoriano.
História: 
Em 1968, lançamento da Apollo 8. William A. Anders, James A. Lovell Jr. e Frank Borman tornaram-se nos primeiros seres humanos a deixar a gravidade da Terra.
Esta missão teve como objectivo a primeira visão de perto da superfície da Lua e do seu lado escuro. Duração da missão: 6 dias, 3 horas, 0 minutos e 42 segundos. 

Em 1984 era lançada a sonda soviética Vega 2. 
Observações: Lua Cheia, pelas 08:14.
Esta é a noite mais longa do ano para o Hemisfério Norte; o Inverno começo no solstício, por volta das 23:38. No Hemisfério Sul, é a noite mais curta do ano e começo do verão.

Dia 23/12: 357.º dia do calendário gregoriano. 
História:
Em 1672, Giovanni Cassini descobre a lua de Saturno Reia.

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Céu da Semana - 23 a 28 Dezembro de 2010



Céu da Semana é produzido pelo Laboratório Aberto de Interatividade - LAbI da UFSCar.


http://www.labi.ufscar.br

Verão começa com eclipse total da Lua

O último eclipse total da Lua do ano aconteceu na madrugada desta terça-feira(21-12-2010). O fenômeno, que começou por volta das 4h, foi o primeiro desde 1683 a coincidir com o solstício, que marca o início do inverno no Hemisfério Norte e o começo do verão no Hemisfério Sul.


No Sul e no Sudeste, o eclipse só foi visto por alguns minutos, já que a Lua se pôs por volta das 5h30. Os melhores locais para observar o fenômeno foram Acre, Roraima, Rondônia e Amazonas. A observação foi apenas parcial nos estados litorâneos. O eclipse total também foi visto na América do Norte, Europa Ocidental e parte da Ásia.

Um eclipse lunar só acontece durante uma Lua cheia. Nesta fase, Sol, Terra e o satélite estão alinhados e a sombra do planeta pode encobrir o satélite natural, privando-o da luz solar. Por volta das 4h (no horário de Brasília), a Lua entrou na penumbra da Terra e seu brilho começou a esmaecer. A partir das 4h30, a Lua tocou a umbra, ou a parte mais escura da sombra terrestre, e seu brilho diminuiu bastante. Às 5h40 a Lua ficou totalmente na umbra e adquiriu uma cor vermelho-alaranjada. Esse é o efeito dos raios de luz do Sol que conseguem atravessar a atmosfera da Terra e iluminar um pouco a Lua.

O Globo

Muçulmana leva 50 chicotadas no meio da rua por usar calças jeans

Fonte: Uma Visão do Mundo

Editor: Eduardo Patriota Gusmão Soares

A Sharia é a doutrina dos direitos e deveres religiosos do islã. Abrange as obrigações cultuais (orações, jejuns, esmolas, peregrinações), as normas éticas, bem como os preceitos fundamentais para todas as áreas da vida (matrimônio, herança, propriedade e bens, economia e segurança interna e externa da sociedade). Originou-se entre os séculos VII e X d.C. a partir dos trabalhos de sistematização realizados por eruditos e legisladores islâmicos e baseia-se no Corão, suplementado pela Suna, a descrição dos atos normativos do profeta Maomé. Além da Sharia e do Alcorão existe ainda a Fiqh, que é a jurisprudência islâmica e é constituída pelas decisões dos académicos islâmicos que dirigem as vidas dos muçulmanos.



Segundo a professora de política e autora de livros sobre o islamismo e as mulheres, Asma Barlas, temos que: “Independente do que se pense sobre essas leis, a verdade é que grande parte do que se considera como direito divino nas sociedades muçulmanas não se sustenta, ou, na melhor das hipóteses, tem apenas uma sustentação mínima ou específica, na palavra divina. Por exemplo, a Sharia/fiqh permite a morte por lapidação em caso de adultério, ao passo que o Corão não faz referência a essa pena em qualquer contexto (…).”

E continua: “(…) O problema é que existe uma anomalia no centro da estrutura em que as leis muçulmanas foram formadas historicamente, que é a separação entre o Corão, suna, Sharia e fiqh, para não falar entre elas e costumes e tradições populares muçulmanos. Uma consequência disso é que os muçulmanos muitas vezes não sabem a diferença entre o Corão ou a Sharia (…)”.

O que a professora está tentando explicar é que o Alcorão não prega tais violências contra a mulher. Aliás, se tivermos em conta a História, verificamos que penalidades como a lapidação provém da Lei Judaica. Os Judeus lapidavam as mulheres e os homens adúlteros. É uma prática que existe na Lei de Moisés. Na mitologia cristã, Jesus foi o primeiro a contestá-la. Mas o Alcorão está longe de ser um livro melhor que as escrituras cristãs. Ele prega chibatadas em libertinos, morte aos incrédulos e outras incitações de ódio e guerra àqueles que não seguirem o que o deus da mitologia islâmica acha ser o melhor.

O que está em curso em alguns países do Oriente Médio, principalmente, é o uso de leis islâmicas por parte dos clérigos muçulmanos que deturpam as leis, interpretando-as em favor de seus planos escusos e tornando isso parte da lei e tradição locais.

O resultado de livros sagrados dúbios, clérigos misóginos e intransigentes e um povo que não contesta o que ouve ou lê, aceitando a palavra de outros como se fosse a de seu próprio deus, não podia ser muito melhor do que aquilo que vemos ocorrer em países fundamentalistas. Ou seja, mortes por enforcamento, lapidação, chibatadas e outros tipos de penalidades por motivos muitas vezes fúteis. Como ocorreu no Sudão, onde uma mulher foi sumariamente condenada a levar 50 chicotadas no meio da rua pela polícia por usar calças debaixo das vestes muçulmanas.

As chicotadas em público foram criticadas pela União de Mulheres Sudanesas, organização anti-governo que divulgou uma nota chamando o incidente de “vergonha, desonra e humilhação a todas as mulheres sudanesas”.

Mas não adianta lutar assim. Esta forma de opressão só diminuirá quando o povo acordar de seu transe e perceber que talvez a religião não tenha assim tantos direitos sobre a vida pessoal.

Melhor, talvez percebam que a religião nem se refira a algo de verdade e que estão todos sofrendo e regredindo a troco de nada. Até lá, o povo e sua religião seguem sendo os algozes do bem-estar e da liberdade de si mesmos.

M82


A comunidade científica está novamente surpresa com a descoberta de um novo fenômeno astronômico sem precedentes: um objeto desconhecido na galáxia M82 começou a enviar ondas de rádio, e a emissão não se parece a nada que já tenhamos visto antes no Universo, deixando atônitos os astrofísicos da rede MERLIN de telescópios de rádio no Reino Unido. 

Ainda que recebemos continuamente ondas de rádio procedentes do espaço exterior originadas por fenômenos naturais, a verdade é que este padrão de ondas da galáxia M82 é totalmente desconhecido.

O objeto poderia ser um buraco negro? Não está no meio da M82, onde os astrônomos esperariam encontrar este tipo de buracos negros centrais supermassivos que a maior parte do resto de galáxias têm. O que levanta a possibilidade de que pudesse ser um "microquasar". 

Um microquasar é formado a partir de uma estrela que explode, deixando depois um buraco negro 10 vezes maior que a massa do sol, que posteriormente começa a se alimentar de gás de uma estrela sobrevivente próxima.

O estranho objeto está a 12 milhões de anos luz da Via Láctea e sua velocidade é quatro vezes a velocidade da luz que até agora só tinham sido observadas nos jatos de matéria emitidos por alguns dos maiores buracos negros do Universo. 

Os dados da região central da M82 procedentes de 20 radiotelescópios de todo mundo já foram processados, permitindo assim examinar a estrutura desta nova fonte de ondas de rádio com mais detalhes. E só depois será possível dizer se efetivamente trata-se de uma rara forma de microquasar ou algo novo e completamente desconhecido até o momento.

NGC 3034 ou M82 (também conhecida como Galáxia do Cigarro) é uma galáxia irregular localizada a cerca de doze milhões de anos-luz (aproximadamente 3,679 megaparsecs) de distância na direção da constelação de Ursa Maior. Possui uma magnitude aparente de 8,6, uma declinação de +69º 40' 43" e uma ascensão reta de 09 horas, 55 minutos e 50,7 segundos.

A galáxia NGC 3034 foi descoberta em 1774 pelo astrônomo alemão Johann Elert Bode.

Paralaxe Trigonométrica

A primeira técnica direta de medição de distâncias às estrelas foi conhecida como paralaxe trigonométrica. Este método foi empregado em 1838 por Friedrich Wilhelm Bessel para demonstrar que a Terra girava em torno do Sol. Tendo em vista o movimento de translação que o nosso planeta faz em torno do Sol, um observador sobre a superfície da Terra verá uma mudança contínua e periódica nas posições aparentes das estrelas no céu. Assim, as estrelas mais próximas de nós, que chamamos de estrelas vizinhas, mudarão suas posições aparentes em relação às estrelas mais distantes. A quantidade medida deste deslocamento na posição aparente dessas estrelas é inversamente proporcional à distância à estrela. 

Para observar a paralaxe de uma estrela os astrônomos utilizam o movimento da Terra em torno do Sol. Eles observam uma estrela e cuidadosamente medem sua posição contra as estrelas que estão no fundo do céu. Seis meses após isso a Terra se moveu para o lado diametralmente oposto de sua órbita. Essa distância é conhecida pois ela representa duas vezes a distância entre o Sol e a Terra. Agora os astrônomos fazem uma nova medida e verificam que a estrela está em uma posição ligeiramente diferente daquela medida seis meses antes. O valor dessa diferença dependerá somente da distância que a estrela está de nós. Quanto mais próxima a estrela estiver de nós maior será essa diferença de posição. No entanto, note que mesmo para as estrelas muito próximas a medida de paralaxe é extremamente pequena. Por esse motivo a paralaxe não e medida em graus mas sim frações de grau que têm o nome de "segundos de arco".

A paralaxe de uma estrela é a metade do valor do ângulo de deslocamento aparente da estrela. Baseados nessa definição a distância a uma estrela é dada pelo inverso da paralaxe. Se medirmos a paralaxe em segundos de arco a distância será dada em parsecs.

d (em parsecs) = 1/θ (em segundos de arco)

onde d é a distância à estrela e θ é a paralaxe medida.

Infelizmente esta técnica só podia ser aplicada às estrelas que estavam mais próximas de nós, usualmente àquelas situadas a menos de 100 parsecs. Para as estrelas situadas a distâncias maiores que esta o deslocamento angular é tão pequeno que torna-se quase impossível medi-lo.

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Inevitabilidade Humana

Será que nós somos uma 
consequência inevitável 
das leis da natureza? 
Ou não passamos de acidente?

SEMPRE ACHEI que final de ano é época de reflexão, e não só de presente e festa. Portanto, vamos lá.

Olhe para as suas mãos.

Nela, você encontra átomos que pertenceram a estrelas desaparecidas há mais de 5 bilhões de anos. Essas estrelas, no final de sua existência, forjaram os elementos químicos que compõem o seu corpo, as montanhas, os rios e os oceanos.

Quando explodiram, elas espalharam suas entranhas pelo espaço sideral, os ingredientes da vida, em ondas de choque que se propagavam a milhares de quilômetros por segundo. Em um canto da galáxia, essas ondas se chocaram com uma enorme nuvem de hidrogênio, provocando instabilidades que levaram ao seu colapso. E dele nasceu o Sistema Solar, com sua corte de planetas e luas e, em um deles, seres capazes de questionar suas origens.

Somos, concretamente, restos de estrelas animados de consciência.

O incrível disso é que tudo começou com praticamente apenas hidrogênio e gravidade. Ao comprimir essas nuvens de hidrogênio em estrelas, a gravidade se tornou o grande alquimista cósmico, criando os elementos químicos a partir do mais simples. Na visão moderna do Universo, somos o que acontece quando damos alguns bilhões de anos de tempo ao hidrogênio e à gravidade.

Temos muitas lacunas a preencher nessa grande narrativa cósmica, e é isso que faz os cientistas acordarem todos os dias com pressa de chegar ao trabalho. Dentre as várias questões, uma das mais controversas é sobre nossa inevitabilidade. Será que somos consequência inevitável das leis da natureza? Ou um mero acidente, e o Universo poderia igualmente existir sem nós?

A posição mais conservadora diria que tudo o que podemos fazer é medir. Não existe qualquer plano ou objetivo, apenas o que ocorre. A história que reconstruímos à partir dessas medidas começa com (pelo menos) quarks, elétrons e radiação e, bilhões de anos depois, inclui vida e seres humanos. Não há dúvida de que a matéria ficou mais complexa com o passar das eras. Por quê?

Antes de tentar dizer algo, vale a pena contemplar o que já conseguimos até aqui. A ciência comprova nossa profunda relação com o Cosmos. Não apenas porque vivemos nele, mas porque somos feitos dele: nós e todos os agregados de matéria, vivos e não-vivos. Estamos no Cosmos e o Cosmos está em nós.

Quem duvida que a ciência é uma busca espiritual deveria refletir sobre o que escrevi acima. A pesquisa do cientista, os dados e sua análise quantitativa, são atividades que dão concretude à busca. Alguns ficam só nisso e estão bem assim. Mas uma visão menos focada revela o óbvio: a ciência responde a anseios espirituais que estão conosco desde tempos ancestrais.

Retornando à nossa questão, alguns acreditam que deve existir um princípio que justifique a tendência à complexidade. Mas não temos evidência disso. O Cosmos poderia ter se desenvolvido sem nós. Mas o fato é que estamos aqui! Se abrirmos mão desse princípio, temos que aceitar que somos um acidente.

Talvez seja essa a origem da nossa importância. Se podemos refletir sobre a vida, temos algo de especial. Isso deveria nos levar a uma reavaliação do nosso papel: guardiões da vida e do planeta. Talvez seja essa a nossa missão inevitável.

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Enxame Estelar Aberto - M46


Os enxames estelares abertos são relativamente jovens. Estes enormes conjuntos de estrelas nascem perto do plano da Via Láctea, mas os seus números diminuem continuamente à medida que os membros do enxame são afastados desta concentração devido às interacções gravitacionais. 

Este brilhante enxame aberto, conhecido como M46, tem aproximadamente 300 milhões de anos e ainda contém várias centenas de estrelas dentro da sua área de mais ou menos 30 anos-luz. Localizado a cerca de 5000 anos-luz na direção da constelação da Popa, M46 também parece conter uma contradição ao seu estatuto de jovem. 

Na linda imagem, a zona colorida e circular, mesmo por baixo do centro de M46 (também com realce no canto superior esquerdo), é a nebulosa planetária NGC 2438. As nebulosas planetárias são fases breves e finais da vida de uma estrela tipo-Sol, com alguns milhares de milhões de anos, cujo reservatório central de hidrogénio acabou. De facto, a velha NGC 2438 está estimada em apenas 3000 anos-luz de distância e move-se a diferentes velocidades que os membros do enxame M46. 

Provavelmente é um objecto que se encontra no pano de frente do enxame, aparecendo por acaso na nossa linha de visão até M46.

Sonda da NASA observa o declinio do vento solar a caminho do espaço interestelar

A odisseia de 33 anos da sonda Voyager 1 da NASA alcançou um ponto distante da fronteira do nosso Sistema Solar, onde não existe movimento externo do vento solar.

Agora viajando na direcção do espaço interestelar a uns 17,4 mil milhões de quilómetros do Sol, a Voyager 1 alcançou uma área onde a velocidade do gás quente ionizado, ou plasma, que emana para fora do Sol, diminuiu para zero. Os cientistas suspeitam que o vento solar está agora "de lado" devido à pressão do vento interestelar na região entre as estrelas.

O evento é um grande marco na passagem da Voyager 1 pela concha turbulenta da esfera de influência do Sol e da sua futura despedida do nosso Sistema Solar.

"O vento solar 'virou a esquina'", afirma Ed Stone, cientista do projecto Voyager no Instituto de Tecnologia da Califórnia em Pasadena, EUA. "A Voyager 1 aproxima-se do espaço interestelar."

O nosso Sol liberta uma corrente de partículas carregadas que formam uma bolha conhecida como heliosfera em torno do Sistema Solar. O vento solar viaja a velocidades supersónicas até que atravessa uma onda de choque denominada choque de terminação. Neste ponto, o vento solar diminui dramaticamente de velocidade e aquece.


Lançada a 5 de Setembro de 1977, a Voyager 1 atravessou o choque de terminação em Dezembro de 2004. Os cientistas usaram os dados do LECPI (Low-Energy Charged Particle Instrument) para deduzir a velocidade do vento solar.

Quando a velocidade das partículas carregadas que atingem o lado da sonda contrário ao do Sol coincidiram com a sua velocidade, os pesquisadores souberam que a velocidade do vento solar era zero. Isto ocorreu em Junho, quando a Voyager 1 estava a 17 mil milhões de quilómetros do Sol.

Dado que as velocidades podem flutuar, os cientistas registaram mais quatro leituras mensais antes de se convencerem que a velocidade do vento solar tinha realmente diminuído para zero. A análise dos dados mostra que a velocidade de vento solar diminuiu firmemente a cerca de 72.420,48 km/h por ano desde Agosto de 2007, quando o vento solar viajava a cerca de 209.214,72 km/h. A velocidade permanece nula desde Junho.

"Quando me apercebi que estávamos a receber zeros sólidos, fiquei impressionado," afirma Rob Decker, co-investigador do LECPI da Voyager e cientista do Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins em Laurel, Maryland, EUA. "Aqui estava a Voyager, uma sonda que trabalha arduamente há já 33 anos, mostrando-nos outra vez algo completamente novo."

Os cientistas acreditam que a Voyager 1 ainda não entrou no espaço interestelar. Isso significaria uma súbita descida na densidade de partículas quentes e um aumento na densidade de partículas frias. Os cientistas estão a colocar os dados nos seus modelos da estrutura da heliosfera e deverão ser capazes de melhor estimar o momento em que a Voyager 1 irá atravessar para o espaço interestelar. Actualmente estimam que chegará a essa fronteira daqui a quatro anos.

"Em Ciência, não há nada como uma verificação da realidade para agitar as coisas, e a Voyager 1 ofereceu-nos uma com factos concretos," afirma Tom Krimigis, investigador principal do LECPI, do Laboratório de Física Aplicada e da Academia de Atenas, Grécia. "Uma vez mais, enfrentamos o desafio de refazer os nossos modelos."

Uma sonda-gémea, a Voyager 2, foi lançada a 20 de Agosto de 1977 e está a 14 milhões de quilómetros do Sol. Ambas as sondas viajam a trajectórias diferentes e a velocidades diferentes. A Voyager 1 viaja mais depressa, a uma velocidade aproximada de 61.155 km/h, em comparação com os 56.327 km/h da Voyager 2. Nos próximos anos, os cientistas esperam que a Voyager 2 encontre o mesmo tipo de fenómeno que a Voyager 1.

Richard Dawkins sobre o nosso estranho universo

O biólogo Richard Dawkins defende o "pensamento do improvável" ao observar que a perspectiva humana limita nossa percepção do universo.

Céu da Semana - 15 a 22 de dezembro de 2010



Céu da Semana é produzido pelo Laboratório Aberto de Interatividade - LAbI da UFSCar.

M81 e o Arco de Arp

(clique na imagem para ver versão maior)  
 
Uma das mais brilhantes galáxias do céu do planeta Terra e com um tamanho parecido ao da Via Láctea, a grande e linda espiral M81 situa-se a 11,8 milhões de anos-luz na direcção da constelação da Ursa Maior. Esta imagem de céu profundo da região revela detalhes do seu núcleo brilhante e amarelado, mas ao mesmo tempo segue características mais ténues ao longo dos espantosos e azuis braços espirais da galáxia, bem como das suas longas correntes de poeira. 

Também mostra um grande arco, conhecido como arco de Arp, que parece nascer do disco galáctico à direita. Estudado nos anos 60, pensava-se que o arco de Arp era uma cauda de maré, material retirado de M81 pela interacção gravitacional com a sua grande galáxia vizinha, M82. Mas uma investigação recente demonstra que grande parte do arco de Arp provavelmente está situado dentro da nossa própria Galáxia. 

As cores do arco, no visível e no infravermelho, coincidem com as cores de nuvens de poeira, cirros galácticos relativamente inexplorados a apenas várias centenas de anos-luz por cima do plano da Via Láctea. Acompanhadas por estrelas da Via Láctea, as nuvens de poeira situam-se no pano da frente desta esplêndida imagem. A galáxia-anã, companheira de M81, é Holmberg IX, e pode ser observada mesmo para cima e para a esquerda da grande espiral. No céu, esta imagem cobre uma região com cerca de meio grau, aproximadamente o tamanho de uma Lua Cheia.

Astronomia no Tempo

Dia 10/12: 344.º dia do calendário gregoriano.

História:
Em 1684, a derivação das leis de Kepler por Isaac Newton, que formam a sua teoria da gravidade, no artigo De motu corporum in gyrum, é lido à Sociedade Real por Edmund Halley.
Em 1901 foram atribuídos pela primeira vez os prémios Nobel. Röntgen receberia o da Física pela descoberta dos raios-X.

Dia 11/12: 345.º dia do calendário gregoriano. 
História:
Em 1863, nascimento de Annie Jump Cannon, pioneira americana na classificação do espectro estelar.
Em 1901, Marconi envia o primeiro sinal transatlântico, percursor da telecomunicações que hoje se utilizam no espaço.
Em 1972, a Apollo 17 faz a sua alunagem.

Dia 13/12: 347.º dia do calendário gregoriano. 
História:
Em 1920, era medido o primeiro diâmetro estelar (Betelgeuse), por Francis Peasecom um interferómetro no Mt. Wilson.
Em 1962, lançamento do Relay 1da NASA, primeiro satélite de comunicações em órbita.
Em 1972, Eugene Cernan e Harrison Schmitt fazem o seu terceiro e último passeio lunar, da Apollo 17.

Céu da Semana - 07 a 13 de Dezembro 2010



Céu da Semana é produzido pelo LAbI - Laboratório Aberto de Interatividade para Disseminação do Conhecimento Científico e Tecnológico - da UFSCar

Stephen Hawking - O Universo pode criar a si mesmo a partir do nada

Chuva de Meteoros Geminídeos

O período da chuva de meteoros Geminídeos começara na próxima semana, com máximo previsto para a madrugada de 13 p/ 14 de dezembro. Os geminídeos, como sugere o nome, surgem da Constelação de Gêmeos, que fica a nordeste das Três Marias.


Para observar uma chuva de meteoros, não é necessário o uso de qualquer instrumento astronômico como telescópios ou binóculos, basta um ambiente escuro e o olho humano, exige um pouco de paciência. Assim, procure um local escuro, se possível livre da poluição luminosa. Fique pelo menos 30 min na escuridão antes do início da chuva de meteoros pois deste modo, sua pupila dilatará e você poderá detectar meteoros de brilho mais tênue olhando para o céu na direção de onde o Sol se põe.


A chuva de meteoros Geminídeos está associada ao asteroide Phaethon, que passa a uns 17 milhões de quilômetros da Terra. Logo a Terra entra no rastro de destroços deixado pelo asteroide e a chuva efetivamente já começa pode se esperar dezenas ou centenas de meteoros por hora! Um fato intrigante é que asteroides não dão origem a chuvas de meteoros. Então, por que Phaethon é diferente? Porque ele tem característica que lembram a de um cometa: sua órbita, é tão elíptica que faz com que ele se aproxime mais do Sol do que Mercúrio o faz. Isso a cada um ano e cinco meses. Desse jeito não há cometa que dure, então o mais provável é que Phaenthon seja um cometa extinto. Em outras palavras, um cometa que de tanto passar tão perto do Sol perdeu todo o seu material volátil e agora é só um pedra, ou um asteroide. 

http://magiadafisica.blogspot.com

Universo tem três vezes mais estrelas


Agência FAPESP

Estrelas pequenas e com pouco brilho, conhecidas como anãs vermelhas, são muito mais comuns do que se imaginava. Tão comuns que o total de estrelas no Universo pode ser o triplo do que os astrônomos estimavam.

Justamente por ser pequena e de brilho fraco, uma anã vermelha é mais difícil de identificar em observações do espaço. Tanto que os cientistas não conseguiram detectá-las em outras galáxias além da Via Láctea e suas vizinhas. Até agora.

Em artigo publicado nesta quinta-feira (2/12/2010) na revista Nature, Pieter van Dokkum (Universidade Yale) e Charlie Conroy (Universidade Princeton) descrevem a identificação de sinais de anãs vermelhas em oito galáxias elípticas, massivas e relativamente próximas, localizadas entre 50 milhões e 300 milhões de anos-luz da Terra.

As observações foram feitas com instrumentos instalados no Observatório Keck, no Havaí, e permitiram concluir que esse tipo de estrela, que tem massa entre 10% e 20% a do Sol, são bastante frequentes. É a primeira vez que se consegue estimar essa população estelar no Universo.

“Ninguém sabia quantas anãs vermelhas poderiam existir. Diferentes modelos teóricos apontaram uma ampla gama de possibilidades. Agora, conseguimos responder uma dúvida antiga sobre a abundância dessas estrelas”, disse van Dokkum.

Os pesquisadores descobriram também que há cerca de 20 vezes mais anãs vermelhas em galáxias elípticas do que na Via Láctea (espiral). “É comum pensar que as outras galáxias são como a nossa. Mas nosso estudo reforça que há outras condições possíveis em outras galáxias. Essa descoberta poderá ter um grande impacto em nossa compreensão da formação e evolução das galáxias”, disse Conroy.

Uma possível consequência, segundo Conroy, é que as galáxias podem conter menos matéria escura – a substância misteriosa que, apesar de ter massa, não pode ser observada diretamente – do que medições anteriores indicaram. A diferença é que as anãs vermelhas, abundantes, podem contribuir com mais massa do que se estimava até então.

Além de ampliar o número de estrelas no Universo, a descoberta também amplia o número de planetas em órbita dessas estrelas. O que, por sua vez, segundo van Dokkum, eleva o número de planetas que pode conter algum tipo de vida. Um exemplo é o Gliese 581, descoberto recentemente e não por coincidência em órbita de uma anã vermelha.

O artigo A substantial population of low-mass stars in luminous elliptical galaxies (doi: 10.1038/nature09578), de Pieter van Dokkum e Charlie Conroy, pode ser lido por assinantes da Nature em www.nature.com. 

Robert Blatchford - A Ilusão do Livre-arbítrio

A ilusão do livre-arbítrio foi um obstáculo no caminho do pensamento humano durante milhares de anos. Vejamos se o senso comum e o conhecimento não o podem remover.

O livre-arbítrio é um assunto de grande importância para nós neste caso e devemos tratá-lo com os olhos bem abertos e com a inteligência bem desperta; não porque seja muito difícil, mas porque tem sido atado e torcido num emaranhado de nós cegos durante vinte séculos cheios de filósofos palavrosos e malsucedidos.

O partido do livre-arbítrio clama que o homem é responsável pelos seus atos, porque a sua vontade é livre de escolher entre o certo e o errado.
Respondemos que a vontade não é livre e que se fosse, o homem não poderia conhecer o certo e o errado enquanto não fosse ensinado.

O partido do livre-arbítrio afirmará que, no que respeita ao conhecimento do bem e do mal, a consciência é um guia seguro. Mas eu já provei que a consciência não nos diz e não nos pode dizer o que está certo e o que está errado; apenas nos recorda das lições que aprendemos acerca do certo e errado.
A “suave voz baixa” não é a voz de Deus: é a voz da hereditariedade e do meio.
E agora para a liberdade da vontade.
Quando um homem diz que a sua vontade é livre, ele quer dizer que é livre de todo o controle ou interferência; que pode dominar a hereditariedade e o meio.
Respondemos que a vontade é governada pela hereditariedade e pelo meio.
A causa de toda a confusão neste assunto pode ser mostrada em poucas palavras.
Quando o partido do livre-arbítrio diz que o homem tem livre-arbítrio, eles querem dizer que ele é livre de agir como escolhe agir.

Não há necessidade de o negar. Mas o que o faz escolher?

Este é o eixo em torno do qual toda a discussão gira.
O partido do livre-arbítrio parece pensar na vontade como algo independente do homem, como algo fora dele. Eles parecem pensar que a vontade decide sem o controle da razão humana.
Se fosse assim, não provaria que o homem é responsável. “A vontade” seria responsável e não o homem. Seria tão ridículo censurar um homem pelo ato de uma vontade “livre” como censurar um cavalo pela ação do seu cavaleiro.

Mas vou provar aos meus leitores, apelando ao seu senso comum e ao seu conhecimento comum, que a vontade não é livre; e que é governada pela hereditariedade e pelo meio.
Para começar, o homem comum estará contra mim. Ele sabe que escolhe entre dois percursos a toda a hora, e frequentemente a todo o minuto, e pensa que a sua escolha é livre. Mas isso é uma ilusão; a sua escolha não é livre. Ele pode escolher e, de fato, escolhe. Mas ele pode apenas escolher como a sua hereditariedade e o seu meio o fazem escolher. Ele nunca escolhe e nunca escolherá a não ser como a sua hereditariedade e o seu meio — o seu temperamento e a sua formação — o fazem escolher. E a sua hereditariedade e o seu meio fixaram a sua escolha antes de ele o fazer.

O homem comum diz “Sei que posso agir como desejo agir.” Mas o que o faz desejar?
O partido do livre-arbítrio diz “Nós sabemos que um homem pode e efetivamente escolhe entre dois atos”.

 Mas o que decide a escolha?

Há uma causa para todo o desejo, uma causa para toda a escolha; e toda a causa de todo o desejo e escolha tem origem na hereditariedade ou no meio.
Pois um homem age sempre devido ao temperamento, que é hereditariedade, ou devido à formação, que é meio.

E nos casos em que um homem hesita ao escolher entre dois atos, a hesitação é devida a um conflito entre o seu temperamento e a sua formação ou, como alguns o exprimem, “entre o seu desejo e a sua consciência”.
Um homem está a praticar tiro ao alvo com uma arma quando um coelho se atravessa na sua linha de fogo. O homem tem os olhos postos no coelho e o dedo no gatilho. A vontade humana é livre. Se ele carregar no gatilho, o coelho é morto.

Ora, como é que o homem decide se dispara ou não? Ele decide por intermédio do sentimento e da razão.
Ele gostaria de disparar apenas para ter a certeza de que é capaz de acertar. Ele gostaria de disparar porque gostaria de ter coelho para o jantar. Ele gostaria de disparar porque existe nele o antiquíssimo instinto caçador de matar.

Mas o coelho não lhe pertence. Ele não tem a certeza de que não se mete em sarilhos se o matar. Talvez — se ele for um tipo de homem fora do comum — sinta que seria cruel e covarde matar um coelho indefeso.
Bem, a vontade do homem é livre. Se quiser, ele pode disparar; se quiser, ele pode deixar ir o coelho. Como decidirá ele? De que depende a sua decisão?
A sua decisão depende da força relativa do seu desejo de matar o coelho, dos seus escrúpulos acerca da crueldade, e da lei.

Além disso, se conhecêssemos o homem muito bem, poderíamos adivinhar como o seu livre-arbítrio agiria antes que tivesse agido. O desportista britânico comum mataria o coelho. Mas sabemos que há homens que nunca matariam uma criatura indefesa.
De um modo geral, podemos dizer que o desportista desejaria disparar e que o humanitarista não desejaria disparar.

Ora, como as vontades de ambos são livres, deve ser alguma coisa fora das vontades que faz a diferença.
Bem, o desportista matará porque é um desportista; o humanitarista não matará porque é um humanitarista.
E o que faz de um homem um desportista e de outro um humanitarista? Hereditariedade e meio: temperamento e formação.

Um homem é, por natureza, misericordioso e outro cruel; ou um é, por natureza, sensível e outro insensível. Esta é uma diferença de hereditariedade.
Um pode ter sido toda a sua vida ensinado que matar animais selvagens é “desporto”; o outro pode ter sido ensinado que é inumano e errado; esta é uma diferença de meio.

Ora, o homem por natureza cruel ou insensível, que foi treinado para pensar que matar animais é um desporto, torna-se aquilo a que chamamos um desportista, porque a hereditariedade e o meio fizeram dele um desportista.

A hereditariedade e o meio do outro homem fizeram dele um humanitarista.

O desportista mata o coelho porque é um desportista, e é um desportista porque a hereditariedade e o meio fizeram dele um desportista.
Isso é dizer que o “livre-arbítrio” é realmente controlado pela hereditariedade e pelo meio.
Permitam-me que dê um exemplo. Um homem que nunca pescou foi levado à pesca por um pescador. Ele gostou do desporto e durante alguns meses praticou-o entusiasticamente. Mas um dia um acidente convenceu-o da crueldade que é apanhar peixes com um anzol e ele pôs de lado imediatamente a sua cana e nunca mais voltou a pescar.

Antes da mudança, se era convidado, ele estava sempre ansioso por ir pescar; após a mudança, ninguém conseguia persuadi-lo a tocar numa linha. A sua vontade foi sempre livre. Como se transformou então a sua vontade de pescar na sua vontade de não pescar? Foi consequência do meio. Ele aprendeu que pescar é cruel. O conhecimento controlou a sua vontade.
Mas, pode perguntar-se, como explica que um homem faça o que não deseja fazer?
Nenhum homem alguma vez faz uma coisa que não deseja fazer. Quando há dois desejos impera o mais forte.

Suponhamos o seguinte caso. Uma jovem recebe duas cartas no mesmo correio; uma é um convite para ir com o seu namorado a um concerto, a outra é um pedido para que visite uma criança doente num bairro de lata. A rapariga é uma grande apreciadora de música e receia bairros de lata. Ela deseja ir ao concerto e estar com o namorado; ela receia as ruas imundas e as casas sujas, e evita correr o risco de contrair sarampo ou febre. Mas ela vai ver a criança doente e não vai ao concerto. Por quê?
Porque o seu sentido do dever é mais forte do que seu amor próprio.

Ora, o seu sentido do dever é em parte devido à sua natureza — isto é, à sua hereditariedade — mas é principalmente devido ao meio. Como todos nós, a rapariga nasceu sem quaisquer conhecimentos e com apenas uns rudimentos de uma consciência. Mas foi bem ensinada e a instrução faz parte do seu meio.
Podemos dizer que a rapariga é livre de agir como escolhe, mas ela age de fato como foi ensinada que deve agir. Este ensino, que faz parte do seu meio, controla a sua vontade.
Podemos dizer que um homem é livre de agir como escolhe. Ele é livre de agir como ele escolhe, mas ele escolherá como a hereditariedade e o meio o fizerem escolher. Porque a hereditariedade e o meio fizeram com que ele seja aquilo que é.

Diz-se que um homem é livre de decidir entre dois percursos. Mas na realidade ele é apenas livre de decidir de acordo com o seu temperamento e a sua formação…

Macbeth era ambicioso; mas ele tinha consciência. Ele queria a coroa de Duncan; mas ele recuava perante a traição e a ingratidão. A ambição puxava-o num sentido, a honra puxava-o no outro. As forças opostas estavam tão uniformemente equilibradas que ele parecia incapaz de decidir-se. Era Macbeth livre de escolher? Até que ponto era ele livre? Ele era tão livre que não conseguia decidir-se e foi a influência da sua mulher que inclinou a balança para o lado do crime.

Era Lady Macbeth livre de escolher? Ela não hesitou. Porque a sua ambição era de tal modo mais forte que a sua consciência que ela nunca teve dúvidas. Ela escolheu como a sua toda-poderosa ambição a compeliu a escolher.

E a maior parte de nós nas nossas decisões assemelhamo-nos a Macbeth ou à sua mulher. Ou a nossa natureza é de tal modo mais forte do que a nossa formação, ou a nossa formação é de tal modo mais forte que a nossa natureza, que decidimos para o bem e para o mal tão prontamente quanto um rio decide correr colina abaixo; ou a nossa natureza e a nossa formação estão tão bem equilibradas que dificilmente podemos decidir.

No caso de Macbeth a competição é clara e fácil de seguir. Ele era ambicioso e o seu meio ensinou-lhe a olhar a coroa como uma possessão gloriosa e desejável. Mas o meio também lhe ensinou que o assassinato, a traição e a ingratidão são perversos e deploráveis.

Se nunca lhe tivessem ensinado estas lições ou se lhe tivessem ensinado que a gratidão é uma tolice, que a honra é uma fraqueza, e que o assassinato é desculpável quando leva ao poder, ele não teria de todo hesitado. Foi o seu meio que impediu a sua vontade…

A ação da vontade depende sempre da força relativa de dois ou mais motivos. O motivo mais forte decide a vontade; tal como o peso mais pesado decide o equilíbrio dos pratos de uma balança…
Como podemos, então, acreditar que o livre-arbítrio é exterior e superior à hereditariedade e ao meio? …
“O quê! Um homem não pode ser honesto se escolher sê-lo?” Sim, se escolher sê-lo. Mas essa é apenas outra forma de dizer que ele pode ser honesto se a sua natureza e a sua formação o levarem a escolher honestamente.
“O quê! Não posso satisfazer-me quer beba ou me abstenha de beber?” Sim. Mas isso é apenas dizer que não irás beber porque te apraz estar sóbrio. Mas apraz a outro homem beber, porque o seu desejo por bebida é forte ou porque a sua autoestima é fraca.
E tu decides como decides e ele decide como decide, porque tu és tu e ele é ele; e a hereditariedade e o meio fizeram de ambos o que são.

E o homem sóbrio pode passar por tempos maus e perder a autoestima, ou achar o fardo dos seus problemas maior do que aquilo que ele pode aguentar e cair na bebida para se consolar ou esquecer, e tornar-se um bêbado. Não acontece isto frequentemente?
E o bêbado pode, devido a algum choque, ou a algum desastre, ou a alguma paixão, ou a alguma persuasão, recuperar a autoestima e renunciar à bebida e levar uma vida sóbria e útil. Não acontece isto frequentemente?
E em ambos os casos a liberdade da vontade permanece intacta: é a mudança no meio que eleva os caídos e lança os honrados por terra.

Podemos dizer que a vontade de uma mulher é livre e que ela poderia, se o desejasse, saltar de uma ponte e afogar-se. Mas ela não pode desejar. Ela é feliz, ama a vida e teme o rio frio e rastejante. E, no entanto, devido a alguma cruel volta da roda da fortuna, ela pode tornar-se pobre e infeliz; tão infeliz que odeia a vida e está ansiosa pela morte e, por isso, pode saltar para o temeroso rio e morrer.
A sua vontade é tão livre numa altura como na outra. Foi o meio que forjou a mudança. Antigamente ela não podia desejar morrer; agora não pode desejar viver.

Os apóstolos do livre-arbítrio acreditam que todos os homens são livres. Mas um homem pode apenas desejar aquilo que é capaz de desejar. E um homem é capaz de desejar aquilo que outro homem é incapaz de desejar. Negá-lo é negar os fatos da vida mais comuns e mais óbvios…
Todos sabemos que podemos prever a ação de certos homens em certos casos, porque conhecemos os homens.

Sabemos que nas mesmas condições Jack Sheppard irá roubar e que Cardinal Manning não irá roubar. Sabemos que nas mesmas condições o marinheiro irá namoriscar com a empregada de balcão e o padre não irá; que o bêbado se embebedará, e o abstêmio manter-se-á sóbrio. Sabemos que Wellington recusaria um suborno, que Nelson não fugiria, que Bonaparte agarrar-se-ia ao poder, que Abraham Lincoln seria leal ao seu país, que Torquemada não pouparia um herético. Por quê? Se a vontade é livre, como podemos estar certos, antes de o teste ocorrer, de como a vontade deve agir?

Simplesmente porque sabemos que a hereditariedade e o meio formaram e moldaram de tal modo os homens e as mulheres que em certas circunstâncias a ação das suas vontades é certa.
A hereditariedade e o meio tendo feito de um homem um ladrão, ele irá roubar. A hereditariedade e o meio tendo feito de um homem honesto, ele não irá roubar.

Quer dizer, a hereditariedade e o meio decidiram a ação da vontade antes de ter chegado a altura da vontade agir.

Sendo as coisas assim — e todos sabemos que são assim — o que acontece à soberania da vontade?
Deixemos qualquer homem que acredite que pode “agir como lhe agradar” perguntar a si mesmo por que lhe agrada e ele verá o erro da teoria do livre-arbítrio e irá compreender por que a vontade é escrava e não mestre do homem: porque o homem é o produto da hereditariedade e do meio e estes controlam a vontade.
Como queremos esclarecer tanto quanto possível este assunto, consideremos um ou dois exemplos familiares da ação da vontade.

Jones e Robinson encontram-se e têm um copo de whisky. Jones pergunta a Robinson se quer outro. Robinson diz, “não, obrigado, chega um”. Jones diz “está bem; tome outro cigarro”. Robinson aceita o cigarro. Ora, temos aqui um caso em que um homem recusa uma segunda bebida, mas aceita um segundo cigarro. É porque iria gostar de fumar outro cigarro, mas não iria gostar de beber outro copo de whisky? Não. É porque sabe que é mais seguro não beber outro copo de whisky.
Como sabe ele que o whisky é perigoso? Ele aprendeu-o — no seu meio.
“Mas ele poderia ter bebido outro copo se o tivesse desejado.”
Mas ele não poderia ter desejado beber outro copo, porque havia algo que ele desejava mais — estar seguro.

E por que quer ele estar seguro? Porque ele aprendeu — no seu meio — que era prejudicial, inútil e indecoroso ficar bêbado. Porque ele aprendeu — no seu meio — que é mais fácil evitar adquirir um mau hábito do que eliminar um mau hábito uma vez adquirido. Porque ele deu valor à boa opinião dos seus vizinhos e à sua posição e perspectivas de futuro.
Estes sentimentos e este conhecimento governaram a sua vontade e fizeram-no recusar o segundo copo.
Mas não há nenhum sentimento de perigo, nenhuma lição bem aprendida de risco para impedir a sua vontade de fumar outro cigarro. A hereditariedade e o meio não o previnem contra isso. Assim, para agradar ao seu amigo e a si mesmo, ele aceitou.

Agora suponha que Smith oferece a Williams outro copo. Williams aceita, bebe vários copos e vai depois para casa — como frequentemente vai para casa. Por quê?
Em grande medida porque tem o hábito de beber. Não só a mente repete instintivamente uma ação, como, no caso da bebida, uma grande ânsia física é ativada e o cérebro enfraquecido. É mais fácil recusar o primeiro copo do que o segundo; mais fácil recusar o segundo do que o terceiro; é muito mais difícil para um homem que frequentemente se embebeda manter-se sóbrio.

Assim, quando o pobre Williams tem de fazer a sua escolha, tem o hábito contra ele, tem uma grande ânsia física contra ele e tem um cérebro enfraquecido com que pensar.
“Mas Williams poderia ter recusado o primeiro copo.”

Não. Porque, no seu caso, o desejo de beber, ou de agradar a um amigo, era mais forte do que o seu medo do perigo. Ou pode não ter tido tanta consciência do perigo quanto Robinson. Ele pode não ter sido tão bem ensinado, ou pode não ter sido tão sensato, ou pode não ter sido tão cuidadoso. De modo que a sua hereditariedade e o seu meio, o seu temperamento e a sua formação, o levaram a tomar a bebida com tanta certeza quanto a hereditariedade e o meio de Robinson o levaram a recusar.

E agora é a minha vez de fazer uma pergunta. Se a vontade é “livre”, se a consciência é um guia seguro, como é que o livre-arbítrio e a consciência de Robinson o fizeram manter-se sóbrio, enquanto o livre-arbítrio e a consciência de Williams o fizeram embebedar-se?

A vontade de Robinson foi contida por certos sentimentos que não conseguiram conter a vontade de Williams. Porque no caso de Williams os sentimentos no outro sentido eram mais fortes.
Foi a natureza e a formação de Robinson que o fizeram recusar o segundo copo e foi a natureza e a formação de Williams que o fizeram beber o segundo copo.
O que teve o livre-arbítrio a ver com isto?

Disseram-nos que todos os homens têm um livre-arbítrio e uma consciência.
Ora, se Williams tivesse sido Robinson, isto é, se a sua hereditariedade e o seu meio tivessem sido exatamente como os de Robinson, ele teria agido exatamente como Robinson agiu.
Foi porque a sua hereditariedade e o seu meio não eram o mesmo que o seu ato não foi o mesmo.
Tinham ambos livre-arbítrio. O que levou um a fazer aquilo que o outro se recusou a fazer? Hereditariedade e meio. Para inverter a sua conduta teríamos de inverter a sua hereditariedade e o seu meio…

Dois rapazes têm um emprego difícil e desagradável. Um deixa esse emprego e arranja outro, “sobe na vida” e é elogiado por ter subido na vida. O outro se mantém naquele emprego toda a sua vida, trabalha muito toda a sua vida e é respeitado como um trabalhador honesto e humilde; quer dizer, ele é visto pela sociedade como Mr. Dorgan era visto por Mr. Dooely — “ele é um excelente homem, mas eu desprezo-o”.
O que faz com que estas duas vontades livres sejam tão diferentes? Um rapaz sabia mais do que o outro. Ele “conhecia mais”. Todo o conhecimento é meio. Os dois rapazes tinham livre-arbítrio. Era no conhecimento que diferiam: meio!

Aqueles que exaltam o poder da vontade e menosprezam o poder do meio desmentem as suas palavras pelos seus atos.

Porque eles não mandariam os seus filhos para o meio de más companhias ou permitiriam que eles lessem maus livros. Não diriam que as crianças têm livre-arbítrio e, portanto, o poder de agarrar o bom e largar o mau.

Sabem muito bem que um mau meio tem o poder de perverter a vontade e que um bom meio tem o poder de dirigi-la pelo bom caminho.
Eles sabem que as crianças podem ser tornadas boas ou más por uma boa ou má formação e que a vontade segue a formação.
Sendo assim, eles devem também admitir que os filhos das outras pessoas podem ser bons ou maus por formação.

E se uma criança tem uma má formação, como pode o livre-arbítrio salvá-la? Ou como pode ela ser censurada por ser má? Nunca teve oportunidade de ser boa. Que sabem isto é provado pelo cuidado que colocam em providenciar aos seus próprios filhos um meio melhor.
Como disse antes, cada igreja, cada escola, cada lição de moral é uma prova de que os pregadores e os professores confiam no bom meio, e não no livre-arbítrio, para tornar as crianças melhores.
Nesta, como em muitas outras matérias, as ações falam mais alto do que as palavras.
Isto, espero eu, desata os muitos nós com que milhares de homens eruditos ataram o tema simples do livre-arbítrio e destrói a alegação de que o homem é responsável porque a sua vontade é livre. Mas há uma outra causa de erro, relacionada com este assunto acerca da qual gostaria de dizer umas quantas palavras.
Ouvimos frequentemente dizer que um homem deve ser censurado pela sua conduta porque “ele conhece melhor”.

É verdade que os homens agem erradamente quando conhecem melhor. Macbeth “conhecia melhor” quando assassinou Duncan. Mas também é verdade que frequentemente pensamos que um homem “conhece melhor” quando ele não conhece melhor.

Porque não se pode dizer que um homem conhece uma coisa enquanto não acreditar nela. Se me disserem que a Lua é feita de queijo verde, não se pode dizer que sei que é feita de queijo verde.
Muitos moralistas parecem confundir a palavra “conhecer” com a palavra “ouvir”.

Jones lê novelas e toca música de ópera ao Domingo. O Puritano diz que Jones “conhece melhor” quando quer dizer que disseram a Jones que é errado fazer essas coisas.
Mas Jones não sabe que isso é errado. Ele ouviu alguém dizer que é errado, mas não acredita nisso. Portanto, não é correto dizer que ele sabe.

E igualmente no que respeita à crença. Alguns moralistas sustentam que é mau não acreditar em certas coisas e que os homens que não acreditam nessas coisas serão punidos.
Mas um homem não pode acreditar numa coisa que lhe dizem para acreditar; ele pode apenas acreditar numa coisa em que ele pode acreditar; e ele pode apenas acreditar naquilo que a sua própria razão lhe diz que é verdade.

Seria inútil pedir a Sir Roger Ball que acredite que a Terra é plana. Ele não poderia acreditar nisso.
É inútil pedir a um agnóstico que acredite na história de Jonas e da baleia. Ele não poderia acreditar nela. Ele pode fingir que acredita. Ele pode tentar acreditar nela. Mas a sua razão não lhe permitiria acreditar nela.
Portanto, é um erro dizer que um homem “conhece melhor” quando lhe disseram “melhor” e ele não pode acreditar no que lhe disseram.

Essa é uma questão simples e parece muito banal; mas quanta má-vontade, quanta intolerância, quanta violência, perseguições e assassinatos foram causados pela estranha ideia de que o homem é mau porque a sua razão não pode acreditar no que para outra razão humana [é] absolutamente verdade.
O livre-arbítrio não tem qualquer poder sobre as crenças de um homem. Um homem não pode acreditar por querer, mas apenas por convicção. Um homem não pode ser forçado a acreditar. Podes ameaçá-lo, feri-lo, bater-lhe, queimá-lo; e ele pode ser assustado, irritado ou atormentado; mas não pode acreditar, nem se pode obrigá-lo a acreditar. Até que seja convencido.

Ora, embora isto possa parecer um truísmo, penso que é necessário dizer aqui que um homem não pode ser convencido nem pela ofensa nem pelo castigo. Ele pode apenas ser convencido pela razão.

Sim. Se quisermos que um homem acredite numa coisa, teremos de encontrar umas quantas razões mais poderosas do que um milhão de pragas ou um milhão de baionetas. Queimar um homem vivo por não acreditar que o Sol gira em torno da Terra não é convencê-lo. O fogo é penetrante, mas não lhe parece ser relevante para a questão. Ele nunca duvidou de que o fogo queima; mas talvez os seus olhos moribundos possam ver o Sol a pôr-se no Oeste, à medida que o mundo gira no seu eixo. Ele morre com a sua crença. E não conhece “melhor”.

autor: Robert Blatchford
tradução: Álvaro Nunes
fonte: Filosofia e Educação
original: Guilty, Albert and Charles Boni, Inc., 1913

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