São conhecidos actualmente cerca de 1000 asteróides cujas órbitas se aproximam significativamente da órbita da Terra em torno do Sol. São usualmetne designados pelas iniciais NEA (Near Earth Asteroid). A dimensão destes objectos vai desde os 32km (1036 Ganymed) até a apenas alguns metros. Estima-se a existência de dezenas de milhares de asteróides ainda desconhecidos de entre os quais provavelmente mais de 1000 com dimensões da ordem de 1km ou superior.
Estes asteróides permanecem próximos da Terra apenas por 10 a 100 milhões de anos. Durante esse intervalo de tempo acabam por colidir com o Sol ou com um dos planetas interiores ou então acabam por ser ejectados do Sistema Solar quando a sua trajectória os leva a passar muito próximo de um planeta ou do Sol mas sem haver colisão (esta técnica foi utilizada por exemplo para catapultar as sondas Voyager de Júpiter em direcção a Saturno).
A população de asteróides no Sistema Solar interior é reposta de uma forma regular por asteróides vindos da cintura de asteróides (situada entre Marte e Júpiter) normalmente pela acção gravitacional de Júpiter. Alguns asteróides aparentam ser restos de cometas. Neste caso são provavelmente provenientes da cintura de Kuiper, lançados para o Sistema Solar interior pelos planetas gasosos do Sistema Solar exterior.
Classificação
Os NEA podem ser do tipo Atenas, Apollo ou Amor.
Os asteróides do tipo Amor situam-se entre as órbitas da Terra e de Marte. Embora possam cruzar ocasionalmente a órbita de Marte, nunca cruzam a órbita da Terra embora se possam aproximar bastante desta. Exemplo: 1036 Ganymed.
Os asteróides do tipo Apollo diferenciam-se dos asteróides do tipo Amor pelo facto do seu periélio (ponto em que estão mais próximos do Sol) ser inferior ao afélio da Terra (ponto em que a Terra está mais afastada do Sol). Exemplo: 4581 Asclepius.
Os asteróides do tipo Atenas têm órbitas cujo afélio (ponto em que estão mais afastados do Sol) é superior ao periélio da Terra (ponto em que a Terra está mais próxima do Sol). Exemplo: 99942 Apophis .
Contrarimanete ao que acontece com os asteróides do tipo Amor, os asteróides do tipo Atenas e Apollo cruzam ocasionalmente a órbita da Terra podem constituir uma ameaça real para o nosso planeta.
Trajectória de 3 asteróides representativos: 1221 Amor, 1862 Apollo and 2062 Atenas |
Escala de Torino
A escala de Torino permite quantificar a ameaça que um asteróide coloca à Terra. A escala foi criada em 1995 e revista em 1999 e 2005. A escala assume valores inteiros entre 0 (ameaça nula) e 10 (colisão certa com efeitos globais). Existe também um sistema de cores associado à escala.
Escala de Cores | Nível | Significado | |
Branco | Rotina | 1 | Probabilidade de colisão nula ou objecto de massa muito pequena |
Verde | Normal | 2 | Irá passar muito próximo da Terra |
Amarelo | Merece atenção | 3 | Baixa probabilidade de impacto |
4 | Baixa probabilidade de impacto, objecto de grandes dimensões | ||
Laranja | Ameaça real | 5 | Ameaça séria mas incerta |
6 | Ameaça séria mas incerta de um objecto de grandes dimensões | ||
7 | Requer grande atenção, objecto de grandes dimensões | ||
Vermelho | Colisão certa | 8 | Destruição local certa |
9 | Devastação regional certa | ||
10 | Catástrofe global certa |
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