Opportunity na Cratera Endeavour

Numa operação já rotineira, a câmara de alta resolução HiRISE da sonda Mars Reconnaissance Orbiter fotografou o pequeno explorador Opportunity na orla da cratera Endeavour. 

Nas últimas semanas, o robot da NASA tem percorrido o extremo sul de cabo York, parando ocasionalmente para observar de forma detalhada algumas das antigas rochas que preenchem a paisagem. O seu próximo destino encontra-se um pouco mais a norte, nas camadas rochosas ricas em filosilicatos, uma classe de minerais apenas formada na presença de água.


A câmera HiRISE é a mais poderosa de seu tipo que tem sido enviada a outro planeta. A câmera de alta resolução mostra o Planeta Vermelho com detalhes incríveis e maravilhosos. Milhares de imagens ficam disponíveis no sitio: http://www.uahirise.org

Queima de motor da Phobos-Soil em órbita será visível na América do Sul

Essa é sem dúvida uma excelente oportunidade para todos aqueles gostam de observar o céu acompanharem um espetáculo único. E uma a queima real em órbita terrestre do veículo lançador que levará a espaçonave Phobos-Soil a órbita de marte. Esse evento será visível no Brasil e em grande parte do continente americano.

Trata-se do motor da Phobos-Soil. É uma espaçonave russa que objetiva recolher uma amostra do solo de Phobos, um dos satélites naturais de Marte. Essa nave será lançada de Baikonur por um foguete Zenit-2 no próximo dia 08 de novembro(2011) próximo às 20:25 (TU).

Essas queimas ocorrerão na noite do dia 08/09 de novembro às 20:55:47 HBV (22:55:47 TU) - 23:02:18 HBV (01:02:48 TU) (Horário Brasileiro de Verão); muito embora a nave tenha uma magnitude estimada entre 4 ou 5, essa queima será visível a olho nu, sendo que a primeira será visível do sudeste ao nordeste do Brasil e a segunda na região norte.

O Instituto de Pesquisas Espaciais russo solicita a todos os possíveis observadores na América, Caribe e Bermuda, a possibilidade do envio de filmagens em vídeo ou CCD. No instante do primeiro evento, a nave espacial estará a uma altitude de cerca de 240 km e a 280 km de altitude no final.


Na segunda queima, terá a nave uma órbita de maior altitude, conseqüentemente a área de sua visibilidade será ainda maior, isso inclui a Amazônia e toda a parte noroeste da América do Sul, também o norte do Chile (máxima altitude será de 8 graus em Cerro Paranal), (máxima altitude e altura de 1º em San Jose, Costa Rica), grande parte do Mar do Caribe (máxima altitude 28° graus em San Juan, Panamá), Bermuda (máxima altitude 16° graus), mas apenas quatro graus em Miami, USA.

A segunda queima, inicia-se às 23:02:48 (HBV) 01:02.48 (TU) portanto já em 09 de novembro, quando a nave estará numa altitude de 580 km e termina às 23:20:09 (HBV) 01:20.09 (TU) 09 de novembro respectivamente; sua altitude nesse instante será de 1.060 km.

A Espaçonave Phobos-Soil

A Espaçonave Phobos-soil é uma missão não tripulada da Agência Espacial Federal Russa que tem por objetivo, pousar no satélite natural Phobos e retornar a Terra com uma amostra de solo. Também conhecida como “Phobos-Grunt" ("grunhido" é o significado da palavra em russo), ou "PhSRM" para Phobos Sample Return Mission.

A China em Marte

Outra grande novidade da Phobos-Soil será a oportunidade de exploração de Marte pela China, uma vez que neste lançamento estará a bordo a primeira sonda marciana Yinghuo-1. Esta no final de 2012 separa-se e entrará numa órbita equatorial de 800 x 80.000 km, devendo permanecer em por 2 anos realizando estudos do ambiente externo de Marte, sua superfície, atmosfera, ionosfera e campo magnético.

A carga que a Sociedade Planetária vai enviar, chamada LIFE (Living Experiment Living Interplanetary Flight Experiment), ou vida, terá 10 tipos de microorganismos e uma colônia de micróbios naturais coma finalidade de avaliar, (tanto na ida quanto na volta), a sua capacidade de sobreviver ao ambiente espacial.

James Clerk Maxwell

James Clerk Maxwell nasceu em 13 de junho de 1831 em Edimburgo, Escócia. Logo após seu nascimento, seus pais foram viver em uma pequena vila rural, no interior. Quando tinha apenas oito anos de idade, sua mãe faleceu.     O plano inicial de seu pai era educá-lo em casa até os treze anos de idade e depois enviá-lo para a Universidade de Edimburgo. Para isso contratou um jovem tutor de dezesseis anos para ensiná-lo. No entanto, a experiência com o tutor não obteve sucesso. Em 1841, sua família decidiu mudar-se para Edimburgo, onde o jovem James freqüentou a Academia de Edimburgo. James não foi escolhido como melhor aluno de sua turma; o escolhido foi Lewis Campbell, que se tornou seu amigo próximo e, mais tarde, um de seus biógrafos...


1.        BIOGRAFIA
2.       VISÃO  COLORIDA
4.       ELETRO- MAGNETISTMO(I)
5.       ELETRO- MAGNETISMO(II)
8.       O  CÁLCULO VETORIAL
9.       AGRADECIMENTO

Oposição de Júpiter - Imperdível!


No dia 29 de outubro(2011), Júpiter, o maior planeta do sistema solar , vai estar em oposição.

Isto quer dizer que a Terra vai estar entre o Sol e Júpiter, por consequência além da aproximação o planeta será visível da Terra durante toda a noite propiciando, através dos telescópios, vistas deslumbrantes de sua atmosfera.

Esta excelente imagem foi capturada dia 13 de outubro no Observatório do Pic du Midi, localizado no Pic du Midi de Bigorre na região dos Altos Pirinéus, próximo de Tarbes, França.

Também vista em detalhe a gelada lua Ganymede, a maior lua do sistema solar, emergindo por trás do planeta (em cima), enquanto a vulcânica Io aparece no canto inferior esquerdo.

Quando visível, Júpiter é uma “estrela” prateada e muito brilhante. De todos os planetas que podes ver à vista desarmada, Júpiter é aquele que se assemelha mais a planeta e menos a estrela, dado que o seu tamanho e quantidade de luz que reflecte, fazem-no aparecer no céu como um disco.

Através de uns bons binóculos, a forma do planeta torna-se inconfundível e já podes ver também as 4 maiores luas, como pequenos pontos em torno de Júpiter.

Um telescópio já te mostra mais detalhes do planeta: a sua forma achatada, as cinturas de nuvens gasosas e tempestades como a Grande Mancha Vermelha, quando esta se encontra do lado visível do planeta. Como é lógico, quanto maior a potência de um telescópio, maior quantidade de detalhes se podem observar.

Das luas observáveis a partir de telescópios amadores, encontram-se Io, Europa, Ganymedes, Calisto (pequeno telescópio), Amalthea e Himalia (telescópio grande). Para as restantes, só equipamentos profissionais.

Observatório Nacional


Faça o download:

Seção A - Explicações, calendário cristão, feriados nacionais, calendário israelita e calendário muçulmano, 2011 

Calendário - dias do ano, data juliana e data sideral, 2011 

Fases da Lua e Entrada do Sol nas constelações do Zodíaco, 2011

Fenômenos

Página 28 A - Circunstância do Eclipse - 15/06/2011

Nascer, Passagem Meridiana e Ocaso para Sol, Lua e Planetas, 2011 

Seção C - Posições Aparentes do Sol, Lua e Planetas, 2011 

Efemérides para Observações Físicas do Sol, Lua e Planetas, 2011 

explicações da seção D, 2011 

Seção E - Posições das Estrelas, 2011 / Posições Médias das Estrelas, 2011 

Seção F - Tempo Sideral, Obliquidade da Eclíptica e Nutação, 2011 

Seção H - Divisão Serviço da Hora, 2011 (Escala de Tempo, Hora Legal e Oficial do Brasil, Convenção Algébrica nas Medidas entre Relógios, 2011) 

Mapa dos Fusos, 2011 

Hora Legal no Brasil e no Mundo, 2011 

Satélite alemão vai cair na Terra neste fim de semana

Mais um satélite despencará na Terra este fim de semana. De acordo com cientistas alemães, a expectativa é que as peças do satélite alemão Rosat caia sobre a Terra neste sábado(22/10/2011) ou domingo(23/10/2011), mas ainda não se sabe o local da queda. 

Eles adiantam apenas que o Rosat cairá sobre a Terra entre 53 graus de latitude norte e 53 graus de latitude sul. A área inclui a maioria dos países, inclusive o Brasil. A possibilidade de algum dos destroços atingir uma pessoa é de uma em 2 mil, estimam os cientistas.

Quando ingressar na atmosfera terrestre, com uma velocidade de 28 mil km/h, o satélite irá se romper em milhares de pedaços, sendo que a maior parte deles deverão se desintegrar com o extremo calor.

As últimas análises apontam que até 30 pedaços - principalmente restos do espelho do telescópio, muito resistente ao calor - poderiam chegar até a superfície terrestre. O maior fragmento poderia pesar até 1,6 toneladas, informaram os especialistas.

O satélite científico de 2,69 toneladas foi lançado em 1990 e desativado em 1999 após ser usado na pesquisa de buracos negros e estrelas de nêutron, além de fazer uma vistoria por todo o céu com fontes de raio-x e imagens de telescópio.

Durante sua missão, entre 1990 e 1999, o satélite Rosat girou ao redor da Terra em órbita elíptica, com uma distância entre 585 e 565 quilômetros da superfície terrestre.

Desde que foi posto fora de serviço, o satélite alemão perde sua altura continuamente. Em setembro, a distância entre o satélite e a Terra tinha sido reduzida em 290 quilômetros e, atualmente, já é inferior a 240 quilômetros.

Um satélite desativado da Nasa caiu no Oceano Pacífico no mês passado sem causar estragos, embora tenha provocado apreensão de que pudesse cair em uma área populosa e causasse danos e morrtes. 

(Com informações da AP e EFE)

Enigma dos Neutrinos Superluminais resolvido pela Relatividade Especial

Passou-se quase um mês desde a extraordinária notícia que neutrinos que viajavam entre a França e a Itália foram medidos com uma velocidade superior à da luz. A experiência, conhecida como OPERA, descobriu que partículas produzidas no CERN, perto de Genebra, chegavam ao Laboratório Gran Sasso em Itália cerca de 60 nanosegundos mais cedo do que a velocidade da luz permite.

O resultado espalhou-se como um tsunami, criando uma onda de agitação por toda a comunidade da Física. Desde aí, foram publicados mais de 80 artigos no site arXiv que tentavam desacreditar ou explicar o efeito. É justo dizer, no entanto, que o consenso geral é que a equipa da experiência OPERA deve ter negligenciado qualquer coisa.

A semana passada, Ronald van Elburg da Universidade de Groningen, nos Países Baixos, escreveu um argumento convincente onde explica o erro. Primeiro, um resumo da experiência, que tem um conceito simples: é uma medição de distância e tempo. A distância é elementar. A localização da produção de neutrinos no CERN é relativamente fácil de medir usando GPS. A posição do Laboratório Gran Sasso é mais difícil de determinar pois situa-se por baixo de uma montanha com um quilómetro de altura. No entanto, a equipa da OPERA diz que determinou a distância de 730 km com um erro de 20 cm.

A duração da viagem dos neutrinos é que é complicada de medir. A equipa diz que consegue medir com precisão o instante em que os neutrinos são criados e o instante em que são detectados usando relógios em ambos os locais.

A parte complicada é manter ambos os relógios exactamente sincronizados. A equipa fá-lo usando satélites GPS, que emitem um sinal horário imensamente preciso a partir de órbita, a cerca de 20.000 km da Terra. Isto introduz um número de complicações extra que a equipa tem que ter em conta, tal como o tempo de viagem dos sinais GPS para o chão.

Mas van Elburg diz que existe um efeito que a equipa da OPERA parece ter-se esquecido: o movimento relativista dos relógios dos satélites GPS.

É fácil pensar que o movimento dos satélites é irrelevante. Afinal de contas, as ondas de rádio que transportam o sinal horário viajam à velocidade da luz, independentemente da velocidade dos satélites.

Mas existe uma subtileza adicional. Embora a velocidade da luz não dependa do quadro de referência, a duração da viagem sim. Neste caso, existem dois quadros de referência: a experiência na Terra e os relógios em órbita. Se estes se movem relativamente um ao outro, então este movimento tem que ser tido em conta.

Qual é então o movimento dos satélites em relação à experiência OPERA? Estes satélites orbitam de Oeste para Este num plano inclinado a 55º do equador. Significativamente, estão quase em linha com a direcção da viagem dos neutrinos. O seu movimento relativo é então fácil de calcular.

Então, do ponto de vista do relógio a bordo de um satélite GPS, as posições da fonte de neutrinos e do detector estão a mudar. "Da perspectiva do relógio, o detector move-se para a frente da fonte e consequentemente a distância viajada pelas partículas, a partir do ponto de vista do relógio, é mais pequena," afirma van Elburg. Com isto quer ele dizer que mais pequena é a distância medida no quadro de referência no chão. A equipa da OPERA não tem em conta este pormenor porque assume que os relógios estão no chão e não em órbita.

Quão grande é este efeito? Van Elburg calcula que deve fazer com que os neutrinos cheguem 32 nanosegundos mais cedo. Mas este valor tem que ser duplicado porque os mesmos erros ocorrem em cada ponta da experiência. Por isso a correcção total é 64 nanosegundos, quase o valor observado pela equipa da experiência OPERA.

Isto é impressionante mas não arrumemos imediatamente o problema. É essencial mais análise por outras equipas como parte do processo científico e este argumento tem que ter força perante o escrutínio da comunidade global e em particular pela equipa da OPERA.

Se se aguentar, este episódio estará carregado com ironia. Longe de quebrar a teoria da relatividade de Einstein, esta medição superluminal será ainda mais outra confirmação da mesma.

Cometa Halley causa chuva de meteoros

Esta semana e a próxima podem reservar a você, fã de astronomia, um grande espetáculo no céu de madrugada. Se você acordar antes do amanhecer em qualquer data entre 17 e 26 de outubro(2011), terá a chance de observar uma Oriónida. O fenômeno, que acontece uma vez por ano mais ou menos nesta época, é causado pelo famoso Cometa Halley.

Em curta definição, uma Oriónida é uma chuva de meteoros. Esse evento astronômico leva o nome de Oriónida porque tem seu radiante na constelação de Órion (radiante é o ponto no céu de onde os meteoros parecem se originar), que fica mais visível para nós, da Terra, por volta das cinco da manhã.

Um meteoro consiste, basicamente, de um pedaço que se desprendeu de um cometa. O cometa Halley, por exemplo, é um corpo celeste que foi rejeitado no processo de formação do sistema solar em algum momento, e agora orbita pelo universo assim como um planeta. Lentamente, os cometas de desmancham, e os pedaços resultantes são os meteoros que podemos ver.

O cometa Halley só é visível, para a Terra, a cada 75 ou 76 anos, quando se encontra no periélio (o ponto mais próximo do sol, em sua órbita). Mas se é difícil conseguir acompanhar esse fenômeno, o Halley nos brinda uma vez por ano com as Oriónidas (em maio, ocorre um fenômeno parecido em outra constelação).

Nessas ocasiões, pedaços do cometa se desprendem, viram meteoros e passam pela atmosfera terrestre em alta velocidade durante mais de uma semana. Quando isso acontece, o calor atmosférico que consome o meteoro eleva sua temperatura a tal ponto que podemos vê-lo (são as chamadas “estrelas cadentes”). A cada noite, desde o dia 17, estão sendo produzidos de 15 a 20 meteoros por hora (sem contar os cerca de dez meteoros esporádicos que sempre podem aparecer), de uma às cinco da manhã.

Durante esse período, você tem a chance de observar uma grande chuva de “estrelas cadentes”, não importa que hemisfério você habita (o evento é visível tanto no sul quanto no norte). Em áreas urbanas, a visibilidade fica reduzida, por isso o efeito é melhor apreciado se você mora na zona rural, onde há menos poluição do ar.

As chances de você conseguir observar isso são grandes. Entre 20 e 24 de outubro, auge da “produção” de meteoros, acorde cerca de uma hora antes do amanhecer no lugar onde você mora, e as chances de observar o fenômeno são de 75%. Considerando que o Cometa Halley, “em pessoa”, só será novamente visível para nós em 2061, é uma opção melhor do que esperar por ele.

http://hypescience.com

NGC 4565 - Galáxia Agulha


NGC 4565 é uma galáxia espiral localizada a cerca de trinta e um milhões de anos-luz (aproximadamente 9,504 megaparsecs) de distância na direção da constelação da Cabeleira de Berenice. Possui uma magnitude aparente de 9,5, uma declinação de +25º 59' 19" e uma ascensão reta de 12 horas, 36 minutos e 20,7 segundos.

A galáxia NGC 4565 foi descoberta em 1785 por William Herschel.

As Cinco Luas de Saturno


A NASA divulgou uma foto que enquadra de uma só vez cinco das várias luas de Saturno. A primeira da esquerda é Janus, seguida de Pandora. Enceladus, a mais brilhante, aparece bem no centro. A segunda maior lua do planeta, Rhea, está segmentada na imagem. Uma menor, Mimas, se encontra ao lado dela. A imagem foi feita pela sonda Cassini em 29 de julho, que orbita Saturno, a uma distância aproximada de 1,1 milhão de km de Rhea e a 1,8 milhão de km de Enceladus.

APOLO11.COM - Astrônomos voluntários ajudarão na busca por asteroides perigosos

APOLO11.COM - Astrônomos voluntários ajudarão na busca por asteroides perigosos:

Localizar asteroides potencialmente perigosos não é uma tarefa tão fácil e os poucos observatórios, a maior parte deles nos EUA, não são capazes de descobrir todos os objetos que possam representar uma ameaça ao nosso planeta. Para ajudar nesta busca, a agência espacial europeia, ESA, selecionou um time de astrônomos voluntários e as primeiras observações já começam a dar resultados.


Recentemente, durante uma seção de observações feitas no TOTAs, Observatório Teide de Pesquisas de Asteroides, localizado na ilha Tenerife, nas Canárias, a equipe fez uma importante descoberta e localizou um pequeno asteroide a mais de 88 milhões de quilômetros da Terra.

Batizado de 2011 SF108, a rocha não apresenta qualquer risco de colisão com nosso planeta, mas sua detecção demonstrou a grande capacidade que o voluntariado tem em descobrir objetos distantes e que possam representar algum tipo de ameaça.

A descoberta foi realizada a partir de um telescópio ótico de 1 metro de diâmetro, pertencente a um dos observatórios da ESA e não foi a primeira a ser feita pelo programa SSA, que pretende localizar objetos potencialmente perigosos. O que diferencia essa detecção das demais é que 2011 SF108 é um objeto classificado como NEO - Objeto Próximo à Terra - cuja órbita o faz passar nas imediações do nosso planeta com possibilidade de impacto.


Apesar de ser classificado como NEO, 2011 SF108 não apresenta ameaça de fato. De acordo com os cálculos, a órbita do asteroide ao redor do Sol faz com que a máxima aproximação com a Terra não seja inferior a 30 milhões de quilômetros, uma distância bastante segura em termos astronômicos.

Para localizar os asteroides perigosos, a equipe de 20 voluntários coleta imagens automaticamente durante diversas horas, que em seguida são analisadas por um novo software desenvolvido pelo cientista e astrônomo amador Matthias Busch, ligado ao Observatório Amador Starkenburg, em Heppenheim, na Alemanha.

O software tem a função de localizar movimentos significativos nas imagens e que possam caracterizar a presença de asteroides. Após a primeira triagem, a cena é submetida a um revisor humano, que decidirá quais imagens ou objetos merecem atenção.

Segundo Detlef Koschny, diretor do programa de detecção de asteroides da ESA, as imagens são distribuídas a todos os membros da equipe e qualquer um pode ser o descobridor de um novo asteroide. "No caso de 2011 SF108, o sortudo foi o voluntário Rainer Kracht", disse Koschny.

O objeto é o 46º asteroide descoberto por Kracht, um professor aposentado que vive na pequena cidade de Elmshorn, próximo a Hamburgo, na Alemanha. "Oito de nós estávamos revisando as imagens naquela noite e nossa equipe teve a sorte em encontrar 2011 SF108", explicou o astrônomo.

Até o momento, pelo menos 8 mil objetos NEO já foram encontrados por observadores em todo o mundo e milhares de outros objetos ainda não foram detectados. Alguns são rochas que não ultrapassam 1 metro enquanto outros podem ser asteroides com centenas de metros, daí a importância de localizar esses corpos e determinar se são capazes de atingir nosso planeta.

A tarefa em encontrar os asteroides não é tão fácil. Profissionalmente, somente os EUA têm programas de localização e vigilância de asteroides. Na Europa, o único centro de pesquisas desse tipo é o observatório de La Sagra e é mantido por astrônomos amadores do sul da Espanha.

Fotos: No topo, animação mostra o asteroide 2011 SF108 em setembro de 2011, quando ainda se localizava a 88 milhões de quilômetros da Terra. Acima, Observatório Teide de Pesquisas de Asteroides, localizado na ilha Tenerife, nas Canárias. Créditos:ESA, Apolo11.com.

Observatório Nacional: Einstein errou?

Observatório Nacional: Einstein errou?:

Muitos sonham em desmentir o genial físico alemão; por enquanto, porém, suas teorias, que inspiraram tecnologias como laser e GPS , resistem ao teste do tempo.

MARCELO GLEISER
COLUNISTA DA FOLHA

Esta semana marcou o 106º aniversário da publicação do artigo de Einstein com a famosa fórmula E=mc2, talvez a mais famosa da física.

Aos 26 anos, Einstein redefiniu nossa compreensão da matéria, mostrando sua íntima relação com a energia. O elo da correspondência é a velocidade da luz, representada pelo "c", com um valor aproximado de 300 mil km/s.

Você pisca o olho e a luz dá sete voltas e meia em torno da Terra. Segundo a teoria da relatividade, nada na natureza pode viajar mais rápido do que a luz: qualquer objeto com massa, de um elétron a um cometa, necessariamente deve viajar com uma velocidade mais baixa do que "c".

Porém, vimos recentemente cientistas dos laboratórios europeus Cern, em Genebra, na Suíça, e Gran Sasso, na Itália, anunciando a detecção de partículas com velocidades maiores que a da luz.

FANTASMAGÓRICAS

As partículas são neutrinos, conhecidas como "partículas-fantasmas" devido à sua fraca interação com a matéria: neutrinos atravessam paredes, pessoas e planetas como se não existissem, apenas raramente colidindo com outras partículas.

Os experimentos começam criando neutrinos no Cern. Depois, eles viajam 730 quilômetros através da crosta terrestre até chegar aos detectores em Gran Sasso.

Embora o porta-voz da experiência tenha afirmado que o processo é simples, que basta dividir distância por tempo para obter a velocidade, na prática a coisa é bem mais complicada. De fato, a maioria absoluta dos físicos vê os resultados com muito ceticismo, duvidando que sobrevivam por muito tempo.

Ou, claro, pode ser que os neutrinos tenham viajado mesmo algumas dezenas de bilionésimos de segundo mais rápido do que as partículas da luz. Mas eu não apostaria nisso.

O que acho interessante é o burburinho que surge cada vez que um cientista crê demonstrar que Einstein errou.

Cientistas têm o dever de testar teorias. Dada a profundidade das teorias de Einstein, achar uma falha numa delas pode revolucionar a nossa compreensão do mundo natural. Esse tipo de ceticismo é vital para o funcionamento da ciência.

MATURAÇÃO LENTA

Muitas vezes, uma teoria demora a maturar. De volta a Einstein, esse foi o caso com a sua teoria da relatividade geral, a que relaciona a atração gravitacional com a curvatura do espaço.

A teoria foi desenvolvida aos poucos, entre 1907 e 1915, até Einstein chegar à sua versão final. Afirmar que Einstein deu passos "errados" no meio do caminho é ignorar o processo criativo dos cientistas; a ciência não anda numa linha reta entre dois pontos. Ela meandra aqui e ali até chegar ao seu objetivo.

Que eu saiba, os resultados principais de Einstein estão todos ainda conosco e continuam a inspirar novas pesquisas, sem falar nas tecnologias "einstenianas" do cotidiano.

Mesmo que, um dia, algumas das ideias de Einstein sejam suplantadas por novas teorias-e isso deve acontecer -, dizer que ele estava errado é no mínimo ingênuo.

Será que podemos dizer que Newton estava errado quando Einstein corrigiu suas teorias? Certamente não! Toda teoria deve ser aplicada dentro do seu limite de validade: julgá-la errada quando aplicada fora desses limites é não saber como usá-la.

O próprio Einstein considerou uma de suas ideias como o "maior dos seus erros", a adição da chamada constante cosmológica às equações descrevendo a geometria do Universo.

Em 1931, Einstein visitou o astrônomo Edwin Hubble no observatório do monte Wilson, na Califórnia, e teve a oportunidade de ver o desvio para o vermelho da luz emitida por galáxias distantes. A interpretação mais imediata desse desvio é a expansão do Universo, isto é, que as galáxias estão se afastando umas das outras a altas velocidades. Em 1917, Einstein havia escrito um artigo onde supõe que o Universo é estático, sem expansão alguma.

Para isso, teve de adicionar a constante cosmológica, que garante a solução estática que queria. O resultado de Hubble mostrou que sua suposição não era necessária.

REVIRAVOLTA

Ironicamente, em 1998, astrônomos descobriram que o Universo está em expansão acelerada, efeito que pode ser causado justamente pela constante cosmológica de Einstein. A natureza tem razões que a razão desconhece.

Outro "erro" de Einstein é sua posição com relação à mecânica quântica, que descreve as partículas da matéria. Ele nunca aceitou que, conforme dizia essa área da física, a realidade tivesse um forte componente aleatório.

Até hoje, nada de anormal foi encontrado com a mecânica quântica. Em defesa de Einstein, não houve aqui um erro, mas uma diferença filosófica na sua visão de mundo. É prematuro julgar se sua posição está certa ou errada.

A lição aqui me parece simples: é bom termos cuidado ao julgar teorias a partir de resultados recentes e com pouco escrutínio. Afirmações extraordinárias requerem provas extraordinárias.

Embora o questionamento constante seja vital para a ciência avance, as trombetas da revolução só devem ser soadas após a revolução ter mesmo começado.
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MARCELO GLEISER é professor de física teórica no Dartmouth College, em Hanover (EUA), e autor de "Criação Imperfeita".

Observatório Nacional: Nobel de Física vai para descoberta da expansão acelerada do universo

Observatório Nacional: Nobel de Física vai para descoberta da expansão acelerada do universo:

Veja - Ciência
Cosmologia

Laureados analisaram explosões de estrelas distantes para descobrir que o universo, ao contrário do que se acreditava, está em expansão acelerada.

De acordo com os laureados, o universo está em expansão acelerada.

A Academia Real Sueca de Ciências anunciou na manhã de terça-feira que o Prêmio Nobel de Física de 2011 será dividido entre três cosmólogos: os americanos Saul Permutter e Adam Riess e o australiano-americano Brian Schmidt. Os três descobriram que o universo está em expansão acelerada por meio de observações de explosões estelares distantes, também conhecidas por supernovas.

Cosmologia é uma área da astronomia que estuda a origem, estrutura e evolução do universo. A teoria do Big Bang, por exemplo, é amplamente discutida por cosmólogos.

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Radiação espacial deve aumentar nos próximos anos

Você que é viajante do ar, passageiro de companhias aéreas e astronautas, fique atento. Os níveis de radiação provavelmente vão aumentar nos próximos anos devido a mudanças na atividade solar.

Raios cósmicos do espaço e partículas de alta energia do sol podem ser perigosos para os astronautas, podem expor tripulações e passageiros de linhas aéreas à radiação, bem como danificar aeronaves espaciais e satélites.

Campos magnéticos solares protegem a Terra repelindo a entrada de raios cósmicos galácticos. Mas o período mais forte da atividade magnética solar, conhecido como máximo solar, parece estar chegando ao fim e os níveis de partículas solares podem começar a subir ao mesmo tempo.

Raios cósmicos bombardeiam constantemente a Terra, mas a atividade solar depende do ciclo regular do sol. Atualmente, o sol está se aproximando do 11° ano do ciclo em curso, chamado ciclo solar 24. De acordo com a NASA, o pico ocorrerá em 2013.

Quando tempestades solares poderosas alcançam diretamente a Terra, elas podem representar uma séria ameaça para os astronautas em órbita, danos para naves espaciais, interferência nos sistemas de comunicações e outros impactos em geral. Suaves eventos espaciais climáticos – como uma tempestade geomagnética- também podem sobrecarregar a Terra.

Para ver o que os futuros níveis de radiação espacial podem causar, os pesquisadores analisaram um registro de 9.300 anos de raios cósmicos e atividades solares, na forma de gelo extraído da Groenlândia e da Antártida.

Átomos podem ser transmutados de um elemento para outro através de raios cósmicos e partículas solares que batem neles – a partir das amostras de gelo, os cientistas podem detectar esses eventos. Os registros antigos são complementados com dados atuais de uma rede global de estações de monitoramento de nêutrons.

Com base nisso, os pesquisadores analisaram as possíveis futuras variações nos níveis de raios cósmicos galácticos, no campo magnético interplanetário próximo à Terra, no número de manchas solares e no tamanho das tempestades solares. Eles descobriram que o risco de clima espacial perigoso deverá aumentar consideravelmente durante o século que vem a partir do nível em décadas recentes.

Mas calma, não precisa adiar suas viagens de avião.

No entanto, é bom estar ciente de que haverá mais exposição a partículas perigosas, particularmente nos voos trans-polares. Para os realmente frequentes aviadores, que fazem várias viagens ao longo dos dias, pode ser bom tomar alguns cuidados como, por exemplo, os trabalhadores da indústria de radiação fazem, além de fazer exames mais aprofundados de saúde.

E para diminuir a exposição dos passageiros e tripulantes a doses mais elevadas de radiação durante os eventos solares, os voos podem ser desviados para latitutes e altitudes mais baixas, mesmo que com implicações em atrasos e custos.

Se o preço das passagens subirem demais nos próximos anos, não reclame muito. A culpa não é da companhia aérea, mas dos raios cósmicos galácticos.

Posição Planetária Atual - Clique na imagem Posição Planetária Atual - NASA

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Através do Buraco de Minhoca