Nas últimas semanas, grande expectativa foi gerada em torno do UARS, o satélite aposentado da NASA que caiu sábado no mar. Agora, o novo foco dos astrônomos (e da população) é o Rosat, satélite alemão que deve cair em novembro e tem uma chance em 2.000 de atingir alguém.
Criado pela empresa DLR, o Rosat foi lançado em 1º de junho de 1990 numa missão que deveria durar apenas 18 meses. Mas o satélite acabou ficando ativo até 1998. Nesse período, estudou a origem, a composição e a distribuição de energia das emissões de raios X no espaço. Em 1999, o satélite foi desligado.
Desde então, o Rosat vem perdendo altitude continuamente conforme gira em torno da Terra, completando uma órbita no planeta a cada 90 minutos. Uma vez que o satélite não possui sistema de propulsão, não é possível controlar ou alterar a trajetória de sua queda na Terra. Além disso, desde que foi desligado, ele não pode mais se comunicar com o centro de controle da DLR em Oberpfaffenhofen, na Alemanha.
Corpos reentrando na atmosfera atingem uma velocidade de 27.500 km/h. Em menos de 10 minutos, o satélite deve se desacelerar por causa do atrito com o ar. O atrito causará um aumento de temperatura que, aliado ao estresse aerodinâmico, vai despedaçar grande parte do Rosat.
Segundo a DLR, até 30 partes do satélite, somando 1,6 tonelada, podem sobreviver a essa desintegração e cair em algum lugar da Terra. O satélite possui um sistema detector de raio X com espelhos e estrutura reforçada com fibras de carbono. Ao tocar o solo, os componentes estarão a uma velocidade de até 450 km/h. Só não se sabe, ainda, onde cairão.
Fonte: http://exame.abril.com.br
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