Astronomia no Tempo


Dia 30/11: 334.º dia do calendário gregoriano.

História: 
Em 1954, Ann Elizabeth Hodges é atingida por um meteorito de 5 kg no Alabama.



Dia 01/12: 335.º dia do calendário gregoriano. 

História: 
Em 1960, os cães espaciais Pchelka (Pequena Abelha) e Mushka (Pequena Mosca) foram lançados a bordo do Korabl-Sputnik-3, também conhecido como Sputnik 6.
A nave passou um dia em órbita mas a re-entrada foi mal configurada e a nave, ao descer num ângulo muito acentuado, foi destruída.

Dia 02/12: 336.º dia do calendário gregoriano. 

História: 
Em 1993, lançamento da missão STS-61 do vaivém Endeavour, a primeira missão de manutenção do Hubble.


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Listra 'sumida' de Júpiter começa a reaparecer


Uma das características listras marrom-escuras (para alguns, vermelhas) de Júpiter – que astrônomos amadores notaram ter passado de marrom para branco – parece que está recuperando sua cor original.

Nesta quinta-feira (25/11/2010), astrônomos anunciaram ter observado as primeiras imagens do reaparecimento da listra sumida.

Conhecida como Cinturão Equatorial Sul (SEB, na sigla em ingles), a listra fica na parte ao sul da linha do equador do planeta e pode ser vista por telescópios amadores. Geralmente, é marrom, mas no último outono, ela sumiu – para alguns deles, ficou branca.

No começo de novembro do ano passado, o astrônomo amador filipino Christopher Go, notou uma mancha brilhante no cinturão, que estava com uma aparência fora do comum (esbranquiçado), fenômeno que os astrônomos apelidaram de "tempestade" em Júpiter.

Essa mancha fez com que astrônomos amadores e profissionais de todo o mundo apontassem seus telescópios para Júpiter.

Depois de várias observações com os telescópios Keck (de dez metros), Gemini (de oito metros) e infravermelho da Nasa – todos os três localizados no topo do vulcão Mauna Kea, no Havaí, nos Estados Unidos –, os cientistas agora dizem que a listra está reaparecendo aos poucos.

Segundo Glenn Norton, pesquisador do Laboratório de Jato Propulsão (JPL) da agência espacial americana, "o motivo por que Júpiter parece ter ''perdido'' sua faixa – camuflando-se entre as faixas brancas que ficam em volta – é que os costumeiros ventos decantados (separação espontânea de um sólido num líquido ou de líquido em líquido por causa do repouso), que são secos e mantêm a região livre de nuvens, cessaram".

"Uma das coisas que estávamos procurando por meio do infravermelho era a prova de que o material escuro que aparecia à luz visível foi realmente o começo da "limpeza" na camada de nuvens, e foi exatamente isso o que vimos".

A foto acima foi tirada no dia 18 de novembro pelo telescópio Gemini North. Ela combina imagens em azul, vermelho e amarelo em uma composição de cores falsa, que mostra claramente a tempestade no Cinturão Equatorial Sul de Júpiter. E a listra, que está branca desde o outono, agora parece estar se tornando escura de novo. 

As 100 Maiores Descobertas da História - Astronomia




Nasa descobre atmosfera com oxigênio em lua de Saturno

do Portal Terra

A Nasa - a agência espacial americana - anunciou nesta sexta-feira que a sonda Cassini detectou uma tênue atmosfera - conhecida como exosfera - com oxigênio e dióxido de carbono na lua Reia, de Saturno. É a primeira vez que uma espaçonave encontra uma atmosfera com oxigênio fora da Terra.
Segundo a Nasa, a atmosfera da lua gelada é 5 trilhões de vezes menos densa que a da Terra. A agência afirma que a formação de oxigênio e dióxido de carbono pode levar a reações químicas complexas nas superfícies de corpos de gelo no universo.

"Os novos resultados sugerem que atividades químicas complexas envolvendo oxigênio podem ser bem comuns no Sistema Solar e até no universo", diz Ben Teolis, um dos cientistas da equipe da Cassini. "Essa química pode ser um pré-requisito para a vida", diz o cientista, que afirma, por outro lado, que dificilmente há vida em Reia. "Toda evidência da Cassini indica que Reia é fria demais e desprovida de água líquida necessária para a vida como nós a conhecemos."

Contudo, Um corpo de gelo que tenha água líquida abaixo da superfície e que, de alguma forma, o oxigênio e dióxido de carbono sejam transportados para esta água, pode ter um ambiente mais propício ao surgimento de componentes mais complexos e formar vida, acreditam os cientistas.

Reia é a segunda maior lua de Saturno e considerada, a partir de agora, única por causa de sua atmosfera de oxigênio e dióxido de carbono. Titã, por exemplo, outra das luas de Saturno, tem uma atmosfera rica em nitrogênio e metano, mas pouco oxigênio e dióxido de carbono. "Reia está se tornando muito mais interessante do que tínhamos imaginado", diz Linda Spilker, que trabalha no Laboratório de Propulsão a Jato, na Califórnia, e também está na equipe de cientistas da Cassini.

Poeira estelar em Carneiro


Esta composição de poeira estelar cobre quase 2 graus no céu, perto da fronteira da constelação zodiacal de Carneiro e do plano da nossa Via Láctea. 

Perto do canto inferior direito está uma nebulosa de reflexão, rodeando uma estrela brilhante catalogada como van den Bergh 13 (vdB 13), a cerca de 1000 anos-luz de distância. À distância estimada, a paisagem cósmica mede mais de 30 anos-luz. 

Também rodeada por luz estelar azulada, vdB 16 está situada perto do canto superior esquerdo, enquanto poeirentas nebulosas escuras espalham-se pela cena. 

Perto do limite de uma grande nuvem molecular, podem esconder, dos olhares curiosos dos telescópios ópticos, estrelas recém-formadas e objectos estelares jovens ou protoestrelas.

Colapsando devido à sua própria gravidade, as protoestrelas formam-se em torno de núcleos densos embebidos na nuvem molecular.

Astronomia no Tempo

Dia 26/11: 330.º dia do calendário gregoriano.
História:
Em 1965, a França lança o seu primeiro satélite, o Astérix 1. Torna-se na terceira nação a entrar no espaço.


Dia 27/11: 331.º dia do calendário gregoriano.
História:
Em 1971, a sonda soviética Mars-2 torna-se no primeiro objecto feito pelo Homem a atingir Marte.
Em 2001, é descoberta, pelo Hubble, uma atmosfera de hidrogénio no planeta extrasolar Osiris, a primeira atmosfera detectada num planeta extrasolar.


Dia 28/11: 332.º dia do calendário gregoriano. 
História:
Em 1964, a NASA lança a sonda Mariner 4.



Dia 29/11: 333.º dia do calendário gregoriano. 
História:
Em 1803, nascia Christian Doppler, matemático e físico austríaco, famoso pela sua descoberta do que é agora denominado efeito Doppler.
Em 1961, Enos, um chimpanzé, é lançado para o espaço a bordo da missão Mercury-Atlas 5. A nave orbitou a Terra duas vezes e aterrou no mar perto da costa de Porto Rico.
Em 1965, a agência espacial canadiana lança o satélite Alouette 2.
Em 1967, lançamento do primeiro satélite australiano, o Wresat 1.

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Evitando o vazio

A noção do vazio absoluto é desconfortável, 
provoca uma certa ansiedade. 
Queremos sempre preenchê-lo com algo

Será que podemos contemplar o vazio absoluto? E se pudermos, será que tal coisa - a ausência de tudo- existe? O que definimos como o "nada" mudou radicalmente com o passar do tempo.

A noção do vazio absoluto é desconfortável, provoca certa ansiedade. Queremos enchê-lo com algo.
Já na Grécia Antiga, a questão incitava o debate. Parmênides dizia que o nada não existe e não faz sentido. Haveria apenas o Ser, que está em todos os lugares. Sua ausência significaria a existência do não Ser, que lhe parecia impossível.

Contra essas ideias, os atomistas diziam que a realidade é composta de átomos movendo-se no vazio. Esses átomos podem se combinar para dar forma a tudo o que existe.
Aristóteles discordava disso. Para ele, o vazio também era uma impossibilidade, mas seus argumentos eram mais concretos.

Uma pedra cairá com velocidades diferentes num copo cheio de água ou de mel: quanto mais denso o meio, mais lento o movimento.

Portanto, um meio vazio e com densidade zero permitiria velocidades infinitas, o que era um absurdo. Aristóteles postulou então a existência do éter, uma substância imutável que permeia o Cosmo.
No século 17, Descartes afirmou também que um fluido preenchia o espaço, o que explicaria as órbitas dos planetas em torno do Sol: ao girar, o astro causava o giro do fluido que, por sua vez, fazia com que os planetas girassem.

Newton mostrou que Descartes estava errado: tal fluido criaria uma fricção que causaria instabilidades nas órbitas planetárias. O espaço ficou vazio outra vez.

Quando o escocês James Clerk Maxwell demonstrou, no século 19, que a luz era uma onda eletromagnética, teve de inventar um meio onde essa onda se propagasse. Afinal, ondas de água se propagam na água, e ondas de som, no ar. Maxwell supôs que um meio transparente, sem massa (para não atrapalhar as órbitas) e muito rígido (para permitir propagar ondas ultrarrápidas) enchia o cosmo. 

O éter acabou voltando. Apenas em 1905 Einstein demonstrou que o éter não é necessário, porque ondas de luz são capazes de se propagar no vácuo. O espaço ficou vazio outra vez. Durante o século 20, o conceito de campo substituiu o conceito de força e ação à distância. Todo corpo com massa cria um campo gravitacional à sua volta, que influencia outros corpos com massa. Toda carga elétrica cria um campo elétrico que influencia outras cargas etc.

Os campos preenchem todo o espaço, criados por sua fontes. A realidade física é vista como sendo criada por campos e suas excitações. Elétrons, prótons, fótons são excitações de campos.

Devido a flutuações típicas na escala atômica, essas partículas podem surgir até do vazio. O vazio absoluto não existe, pois sempre haverá uma energia de excitação no espaço, a agitação quântica.

Essa energia pode criar matéria vinda do nada! Como foi descoberto em 1998, a expansão do Universo se acelera: galáxias se afastam mais rápido do que o esperado.

A causa desse efeito é desconhecida, mas ganhou o nome de energia escura. É possível que venha dessa agitação quântica do espaço vazio. O éter, ou algo do tipo, voltou.

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Céu da Semana - 23 a 29 de novembro de 2010



Céu da Semana é produzido pelo LAbI - Laboratório Aberto de Interatividade para Disseminação do Conhecimento Científico e Tecnológico - da UFSCar

Uma massiva estrela em NGC 6357


Por razões desconhecidas, NGC 6357 está a formar algumas das estrelas mais massivas já descobertas. 

Uma delas, perto do centro de NGC 6357, encontra-se na imagem a esculpir o seu próprio castelo interestelar com a luz energética do gás e poeira em redor. Na nebulosa, os complexos padrões são provocados pelas interacções entre os ventos interestelares, pressões de radiação, campos magnéticos e gravidade. 

O brilho global da nebulosa resulta da emissão de luz do hidrogénio gasoso ionizado. Perto da mais óbvia nebulosa da Pata de Gato, NGC 6357 contém o enxame aberto Pismis 24, o lar de muitas destas tremendas estrelas brilhantes e azuis. 

A parte central de NGC 6357 prolonga-se por cerca de 10 anos-luz e situa-se aproximadamente a 8000 anos-luz de distância na direcção da constelação de Escorpião.

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Astronomia no Tempo

Dia 23/11: 327.º dia do calendário gregoriano.

História: 
Em 1885, é tirada a primeira fotografia de uma chuva de meteoros. 

Em 1977, o Meteosat 1 torna-se no primeiro satélite a ser posto em órbita pela Agência Espacial Europeia (ESA).






Dia 24/11: 328.º dia do calendário gregoriano. 

História: 
Em 1639, Jeremiah Horrocks observa um trânsito de Vénus, um evento que tinha previsto.

Em 1969, o módulo de comando da missão Apollo 12 cai no Oceano Pacífico, terminando assim a segunda viagem tripulada à Lua. 


Dia 25/11: 329.º dia do calendário gregoriano. 

História: 
Em 1999, observações terrestres de um vulcão em erupção em Io, uma lua deJúpiter. 

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Um espetáculo nos céus - a Nebulosa M16

Em uma região situada na nossa Galáxia, a cerca de 7000 anos-luz de nós, na constelação Serpens, encontramos uma das mais belas imagem de todo o Universo, a nebulosa de emissão M16. Também conhecida como Nebulosa Águia, as imagens até agora obtidas dessa impressionante nebulosa cada vez mais surpreendem os profissionais e os apaixonados por astronomia. 

A nebulosa M16, 16o objeto catalogado pelo astrônomo francês Charles Messier ao construir no século XVIII um catálogo que assinalava objetos difusos que não eram cometas, está localizada nas coordenadas ascensão reta 18h 18m 51,79s e declinação -13o 49' 54,93" e tem a dimensão máxima de cerca de 20 anos-luz. 

Vista em um telescópio de pequeno porte, e captando somente a radiação emitida na região visível do espectro eletromagnético, a nebulosa M16 já é impressionante, como podemos notar na imagem abaixo. 


Vamos agora ver a mesma região com mais detalhes. Para isso usaremos a imagem da nebulosa M16 obtida pelo telescópio de 0,9 metros de abertura localizado em Kitt Peak, Arizona, Estados Unidos. Logo percebemos que aqui são visíveis muitos mais detalhes da nebulosa M16. Por exemplo, a região brilhante que vemos no seu centro é, na verdade uma verdadeira "janela" que nos permite vislumbrar uma grande região de matéria escura ou seja, poeira interestelar que ai existe. Além disso, também podemos ver que nessa região existe um aglomerado aberto de estrelas, algumas das quais ainda estão em formação! Olhando com mais cuidado vemos que nessa cavidade existem grandes pilares e glóbulos arredondados formados por poeira interestelar e gás molecular frio. É dentro dessas nuvens de hidrogênio molecular, formadas por gás de hidrogênio molecular (dois átomos de hidrogênio em cada molécula) e poeira escura, que estrelas ainda estão se formando. Também registramos a existência de várias estrelas azuis jovens, brilhantes, totalmente visíveis, cuja intensa emissão de radiação ultravioleta além da ejeção de grandes quantidades de sua própria matéria no espaço (chamada de "vento estelar") estão afastando as paredes e os filamentos restantes de gás e poeira que ainda existem nesse local. 


Chama logo a atenção na imagem acima algumas manchas escuras que se situam bem no centro da nebulosa M16. A imagem abaixo nos mostra que ai estão localizadas regiões com grande concentração de gás e poeira interestelares, regiões essas que atrairam a atenção dos astrônomos. 


Os pilares gasosos de M16 

Vamos inicialmente analisar com um pouco de detalhe os fantásticos pilares gasosos encontrados na nebulosa M16. Inicialmente mostramos a vocês uma composição feita com imagens obtidas pelo telescópio orbital Spitzer, da NASA, e pelo Hubble Space Telescope, da NASA/ESA.


A imagem abaixo nos mostra detalhes do topo do maior pilar gasoso mostrado anteriormente. Essa estrutura escura é uma coluna de gás hidrogênio molecular e poeira e serve como uma verdadeira "incubadora" para estrelas recém nascidas. As estrelas estão imersas nas estruturas semelhantes a "dedos" que se lançam do topo do pilar gasoso. Cada um desses "dedos"é maior do que o nosso Sistema Solar inteiro! 

O pilar gasoso está sofrendo erosão causada pela intensa luz ultravioleta emitida pelas estrelas quentes vizinhas. A esse processo damos o nome de "fotoevaporação". À medida que essa erosão ocorre, pequenos glóbulos de gás especialmente denso que estão enterrados dentro dessa nuvem começam a aparecer. Por esse motivo, esses glóbulos foram chamados de "glóbulos gasosos que evaporam" ou pelas iniciais do seu nome em inglês ou seja, EGGs (evaporating gaseous globules). 

Dentro de alguns desses EGGs (mas não em todos!) existem estrelas ainda em fase embrionária. Elas crescem continuamente aumentando sua massa apartir do grande reservatório de gás que a envolve. Em algum momento esses EGGs são revelados e separados desse imenso reservatório de gás que é o próprio pilar gasoso. Neste momento a estrela que está no seu interior deixa abruptamente de crescer e, quando o próprio EGG que envolve a estrela é dissolvido pelo efeito da "fotoevaporação" a estrela aparece. 


A imagem em preto e branco mostrada abaixo permite que vejamos melhor os EGGs existentes no topo do maior pilar gasoso encontrado na nebulosa M16. 




Descobrindo os segredos dos Pilares da Criação 

As impressionantes imagens da nebulosa M16 obtidas pelo Hubble Space Telescope deixaram intrigados os astrônomos. Estaria realmente acontecendo lá o que as teorias de formação estelar nos ensinavam há algum tempo? Visando revelar os segredos ainda ocultos desta magnífica região do Universo, os astrônomos decidiram voltar os detectores de raios X do poderoso Chandra X-ray Observatory naquela direção. Ao contrário do que era mostrado pelos detectores do Hubble Space Telescope, que fotografaram a nebulosa M16 usando detectores que registravam a radiação emitida na região visível do espectro eletromagnético, os detectores do Chandra X-ray Observatory, como o próprio nome indica, iria registrar quem, naquela região, estava emitindo raios X. Estrelas em formação emitem raios X e a observação do Chandra X-ray Observatory serviria para penetrar nas imensas colunas escuras de gás e poeira que ali existem e que acreditamos serem berçarios de estrelas. A visào penetrante dos detectores do Chandra X-ray Observatory revelaria a quantidade de formação de estrelas que estaria ocorrendo dentro das majestosas estruturas gasosas da nebulosa M16, em particular nos chamados "pilares de criação". 

O resultado obtido pelo Chandra X-ray Observatory ou seja, a visão em raios X da região da nebulosa M16 próxima aos pilares gasosos é mostrada abaixo. 


Embora essa imagem não tenha o mesmo impacto visual daquela obtida pelo Hubble Space Telescope, ela é igualmente importante devido às informações que nos revela. Na verdade, essa imagem mostra uma região muito maior da nebulosa M16 do que aquelas que focalizam os pilares gaosos. Os dados completos obtidos pelos detectores do Chandra X-ray Observatory mostram a existência neste local de mais de 1000 fontes de raios X, a maioria delas estrelas jovens com massas bem próximas à do nosso Sol. Centenas dessas estrelas são visíveis próximas ao centro do aglomerado galáctico (ou aberto) jovem conhecido como NGC 6611 e que é visto na parte superior direita da imagem. Essas estrelas jovens podem ter se formado em pilares de gás e poeira que agora já estão extintos. 

Para que você possa acompanhar melhor o significado físico do que está sendo mostrado, observe o detalhe da imagem superior que é mostrado abaixo. Nele certamente você repara a existencia de objetos com as cores vermelho, verde e azul. Cada uma delas tem um significado muito importante pois representam objetos ou seja, fontes que raios X que estão emitindo essa forma de radiação eletromagnética com intensidades baixa, média e alta. E, para seu conhecimento,essa imagem é exatamente o local onde estão os famosos "pilares gasosos" da nebulosa M16! 


Superpondo a imagem obtida na região visível pelo Hubble Space Telescope com a imagem em raios X obtida pelo Chandra X-ray Observatory, temos o resultado abaixo.


Vejamos agora com mais detalhes os resultados obtidos pelo Chandra X-ray Observatory sobre a região onde etão os pilares gasosos de M16. A imagem mostrada abaixo é uma ampliação do pequeno detalhe da imagem superior onde os dados do Chandra X-ray Observatory estão superpostos à imagem obtida pelo Hubble Space Telescope. 


Analisando os dados obtidos pelo Chandra X-ray Telescope, os astrônomos verificaram que muito poucas fontes de raios X existem dentro dos pilares. Isto sugere que a nebulosa Águia (ou M16) pode já ter ultrapassado sua fase principal de formação de estrelas uma vez que estrelas jovens são conhecidas fontes brilhantes em raios X. Entretanto, foram encontrados dois objetos fortes emissores de raios X próximos às extremidades dos pilares. Uma delas é uma estrela jovem com cerca de 4 a 5 vezes a massa do Sol, e que podemos ver como uma fonte azul próxima à extremidade do pilar da esquerda. A outra fonte emissora em raios X é uma estrela de pequena massa localizada próxima ao topo do outro pilar. Essa estrela é tão fraca que não está visível nesta imagem composta.


Um resultado interessante obtido pelo Chandra X-ray Observatory sobre esses pilares gasosos é o fato de que não foi detectada emissão de raios X a partir de qualquer um dos chamados "glóbulos gasosos que evaporam" ou EGGs (evaporating gaseous globules). Os EGGs são regiões compactas e densas de gás interestelar onde os astrônomos acreditam que estrelas estão se formando. A ausência de raios X proveniente desses EGGs pode ser interpretada significando que a maioria dos EGGs, ao contrário doq ue se pensava, não contém estrelas ocultadas pelo seu gás. No entanto, observações feitas usando detectores que coletam radiação emitida na região espectral infravermelha mostrou que 11 dos 73 EGGs existentes nessa região contém objetos estelares não desenvolvidos e 4 deles possuem massa suficiente para formar uma estrela. Pode ser que as estrelas imersas nestes 4 EGGs sejam jovens demais e ainda não tenham condições de gerar raios X. Na imagem acima está assinalado um desses 4 EGGs, chamado de E42, que estima-se ter aproximadamente a massa do Sol e que poderia estar passando por um dos primeiros estágios de evolução semelhante ao que foi percorrido pelo nosso Sol durante a sua formação. 

Um impressionante pilar gasoso 

A imagem abaixo, obtida em novembro de 2004 com a Advanced Camera for Surveys (ACS) a bordo do Hubble Space Telescope, o excepcionalmente bem sucedido telescópio espacial da National Aeronautics and Space Administration (NASA) e da European Space Agency (ESA), nos revela uma das mais formidáveis imagens de uma região da nebulosa M16. 


Essa imensa torre de aspecto revolto, formada por gás e poeira interestelares, possui cerca de 9,5 anos-luz de comprimento ou seja, cerca de 90 trilhões de quilômetros. Se você lembrar que a distância entre o Sol e a estrela mais próxima de nós, Alpha Centauri, é de cerca de 4,5 anos-luz impressione-se com o fato de que esse pilar gasoso tem o dobro deste valor (como distração localize essa torre na segunda ou quarta imagem mostrada desde o início desse texto). 

As estrelas existentes na nebulosa M16 nasceram nas nuvens de gás hidrogênio, bastante frio, que se localizam nessas vizinhanças caóticas e é a energia proveniente dessas estrelas jovens que esculpe no gás ali existente "paisagens" dignas de qualquer cenário de fantasia tais como os pilares que já descrevemos e essa gigantesca torre gasosa. 

A torre gasosa aqui mostrada, assim como os outros pilares gasosos existentes na nebulosa M16, pode ser uma incubadora gigantesca para estrelas recém-nascidas. No caso dessa torre gasosa, um enorme fluxo de radiação ultravioleta proveniente de um grupo de estrelas jovens, quentes e de grande massa (que estão além do topo da imagem) está lentamente destruindo o pilar gasoso. 

A luz estelar também é responsável por iluminar a superfície irregular desta torre gasosa. Feixes gasosos, de caráter quase fantasmagóricos, podem ser vistos "borbulhando" nesta superfície, criando algo parecido com um nevoeiro que vemos em torno dessa estrutura e destacando sua forma tri-dimensional. Esta coluna gasosa destaca-se contra o brilho de fundo que é produzido pelo gás que está situado bem mais distante. 

A borda da nuvem escura de hidrogênio existente no topo desta torre gasosa está resistindo à erosão provocada pela radiação ultravioleta emitida por estrelas azuis jovens. Nuvens espessas de gás hidrogênio e poeira sobreviverão mais tempo do que as nuvens menos densas que estão em suas vizinhanças em presença das rajadas de luz ultravioleta emitidas por estrelas jovens e quentes que estão próximas. 

Muito importante é o fato de que, dentro desta torre gasosa, pode estar ocorrendo a formação de estrelas. Algumas dessas estrelas podem ter sido criadas quando regiões de gás denso colapsaram sob sua própria gravidade. Entretanto, outras estrelas podem estar se formando devido à pressão gerada pelo gás que foi aquecido pelas estrelas quentes dessa vizinhança (esse gás é literalmente "empourrado" pela radiação ultravioleta estelar, comprimindo o gás vizinho, o que pode resultar na formação de estrelas).

A primeira onda de formação de estrelas nessa região pode ter ocorrido antes que o aglomerado estelar de grande massa existente na nebulosa M16 tenha começado a liberar sua luz muito quente. O nascimento de estrelas pode ter começado quando regiões mais densas de gás frio localizadas dentro da torre gasosa começaram a colapsar sob seu próprio peso para dar origem a estrelas. 

Os "inchaços" e "dedos" de matéria que vemos no centro da torre gasosa são exemplos dessas áreas de nascimento estelar. A primeira vista essas regiões podem parecer pequenas mas elas têm aproximadamente o tamanho do nosso Sistema Solar! As estrelas recém nascidas continuam a crescer à medida que se alimentam da nuvem de gás que as circunda. Quando a luz emitida pelo aglomerado estelar dissipar o gás que envolve essas estrelas, revelando seus berços gasosos e separando-as da fonte que fornecia gás a elas ou seja, a nuvem gasosa que as envolvia, seu crescimento irá parar abruptamente. 

No entanto, a luz estelar intensa emitida pelo aglomerado estelar jovem pode estar induzindo a formação de estrelas em algumas regiões da torre gasosa. Exemplos podem ser vistos nos agrupamentos grandes e luminosos e protuberâncias com a forma de "dedos" presentes no topo dessa estrutura gasosa. As estrelas do aglomerado podem estar aquecendo o gás no topo da torre gasosa e criando uma frente de choque, que pode ser vista como a borda brilhante de matéria que delineia a borda da nebulosa na parte esquerda superior. À medida que o gás aquecido se expande, ele age empurrando matéria contra o gás frio mais escuro. A intensa pressão comprime o gás, fazendo a formação de estrelas um processo mais fácil. Este cenário pode continuar à medida que a frente de choque se move lentamente ao longo da torre. 

As cores dominantes na imagem foram produzidas por gás energizado pela poderosa luz ultravioleta do aglomerado estelar. A cor azul no topo da imagem é do oxigênio brilhante. O vermelho na região mais baixa é do hidrogênio brilhante.

Astronomia no Tempo

Dia 20/11: 324.º dia do calendário gregoriano. 

História: Em 1889 nasce Edwin Hubble, astrónomo americano.
Foi o primeiro a identificar cefeidas em M31, provando a natureza extragaláctica das nebulosas espirais (galáxias). Apoiando-se sobre o trabalho de Carl Wirtz, e com os desvios de Slipher, Hubble estabelece a relação distância-velocidade das galáxias (Lei de Hubble) que demonstra a expansão do Universo.

Em 1984, é fundado o Instituto SETI.

Em 1998, é lançado o primeiro módulo da Estação Espacial Internacional (ISS), o Zarya.

Mosaico de Mercúrio


Se quer mesmo observar Mercúrio de perto, veja este mosaico absolutamente ENORME do planeta. Foi compilado por Jason Perry, que na realidade trabalha na missão Cassini mas que no seu tempo livre juntou 66 imagens da câmara MDIS de ângulo estreito do segundo voo rasante da missão MESSENGER por Mercúrio em Outubro de 2008, bem como alguns dados da missão Mariner 10 dos anos 70. 

O ficheiro original tem 20 MB, com uma resolução de 0,6 km por pixel. Jason Perry demorou quatro dias a configurar o seu software, de acordo com Emily Lakdawalla do blog da Sociedade Planetária.

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Os Perigos da Gravidade-Zero para o Corpo Humano

O astronauta Steven Hawley, num equipamento de resistência física, 
a bordo do Columbia. O exercício ajudou a avaliar o COLBERT para a ISS.
Crédito: NASA

Numa conferência de imprensa anterior à sua primeira experiência de gravidade-zero em 2007, o físico teórico Stephen Hawking afirmou o desejo do seu voo encorajar o interesse público na exploração espacial. Salientou que com o risco cada vez maior da Humanidade eliminar-se a ela própria cá na Terra, os humanos precisam de colonizar o espaço.

Desde aí, Stephen Hawking argumenta que temos que alcançar este feito em menos de dois séculos ou então estamos condenados à extinção. Foi sem dúvida encorajado pelo anúncio do presidente americano, Barack Obama, em Abril passado, de uma nova iniciativa de enviar pessoas a Marte até 2030.

No entanto, Stephen Hawking, Barack Obama e outros proponentes das viagens espaciais de longa-duração, esquecem-se de um pormenor importante. Os seres humanos não têm capacidade para deixar a Terra durante os vários anos que demora uma viagem de ida-e-volta a Marte, pela simples razão que a nossa biologia está intimamente ligada à Terra.

Para funcionarmos devidamente, precisamos de gravidade. Sem ela, o ambiente é, de vários modos, menos exigente sobre o corpo humano, e tal é observado aquando do regresso à Terra. Por exemplo, os astronautas que regressavam das missões Apollo estavam claramente enfraquecidos. E isto não é nada em comparação com os efeitos de uma viagem a Marte.

Um dos primeiros órgãos a ser afectado é o coração, que encolhe praticamente um-quarto após uma semana em órbita. A atrofia do coração leva à diminuição da pressão arterial e da quantidade de sangue expelido por este órgão muscular. Deste modo, a atrofia do coração leva à diminuição da capacidade de exercício. Astronautas que regressam à Terra após meses na Estação Espacial Internacional têm tonturas e desmaios porque o sangue não chega ao cérebro em quantidades suficientes.

Seis semanas numa cama equivale à mesma atrofia do coração sofrida após uma semana no espaço, o que sugere que esta atrofia é provocada, tanto pela ausência de gravidade, como pela redução simultâneo de exercício.

Outros músculos também sofrem. Os efeitos da gravidade-zero nos músculos dos nossos membros são fáceis de verificar experimentalmente. Dado que suportam o peso do corpo, os músculos "anti-gravidade" das coxas e da "barriga da perna" degeneram-se significativamente quando se tornam redundantes durante o voo espacial.

Mesmo com exercício físico, após seis meses os tripulantes da ISS perdem 13% do seu volume muscular na região gemelar e 32% da força máxima dos músculos das pernas.

Também ocorrem várias alterações metabólicas, entre elas uma redução na capacidade de oxidação de gorduras, que podem levar ao seu aumento em músculos atrofiados. Os viajantes espaciais também sofrem a deterioração do seu sistema imunitário, tanto durante como após as suas missões.

Sem dúvida que o efeito mais perigoso sobre o corpo é a perda óssea. Embora a dureza e a força do osso, bem como a relativa facilidade com que fossiliza, dá-nos uma aparência de permanência, os ossos são na realidade um tecido vivo e incrivelmente flexível. No final do século XIX, o anatomista alemão Julius Wolff descobriu que os ossos ajustam-se às cargas que têm que suportar. Um decréscimo na carga leva à perda de material ósseo, enquanto um aumento dá origem a um ganho na sua espessura.

Então, não é surpresa saber que em microgravidade espacial os ossos degeneram-se, especialmente aqueles que normalmente suportam maiores cargas. Cosmonautas que passaram meio-ano no espaço perderam quase um-quarto do material nos ossos da canela, mesmo com exercícios intensivos. Embora experiências com embriões de galinha a bordo da ISS tenham estabelecido que a formação óssea continua em microgravidade, a velocidade de formação é ultrapassada pela perda.

O mais preocupante é que, ao contrário da perda muscular que estabiliza com o tempo, a perda óssea continua a um ritmo estável de 1-2% por cada mês sem gravidade. Durante uma missão de três anos a Marte, caso não exista um método de criar gravidade artificial, os viajantes espaciais podem perder cerca de 50% da sua massa óssea, o que tornaria extremamente difícil o seu regresso à Terra e às suas forças gravitacionais.

A perda óssea não é permanente. Até seis meses após o seu regresso à Terra, os cosmonautas que passaram meio-ano no espaço mostraram recuperação parcial de massa óssea. No entanto, mesmo após um ano de recuperação, pacientes que em experiências tinham ficado três meses numa cama (em repouso) não recuperaram toda a massa óssea perdida, embora tivessem recuperado os músculos da região gemelar muito mais cedo.

As agências espaciais terão que ser muito criativas no que respeita à questão de perda óssea durante os voos até Marte. Existem conceitos para naves com gravidade artificial, mas ninguém sabe com certeza o que terá que ser desenvolvido para evitar estes problemas. Por agora, criaturas sem ossos, como as alforrecas, têm maior capacidade biológica para fazer tais viagens e regressar em segurança à Terra após uma viagem de vários anos. Para nós, humanos, a gravidade (ou a ausência dela) é um problema.

A quase-impossibilidade de escapar para o espaço é apenas um dos muitos exemplos de como os nossos corpos são inseparáveis dos ambientes em que vivemos. Nas nossas ambições futuristas não nos podemos esquecer que a mente e o corpo estão ligados à Terra quase como através de um cordão umbilical.

http://www.ccvalg.pt

Céu da Semana - 16 a 22 de novembro de 2010



Céu da Semana é produzido pelo LAbI - Laboratório Aberto de Interatividade para Disseminação do Conhecimento Científico e Tecnológico - da UFSCar

NGC 4452


estadao.com

O Telescópio Espacial Hubble fotografou a galáxia  NGC 4452, que parece estar coma  borda voltada diretamente voltada para a Terra. O resultado é uma imagem de bilhões de estrelas vistas em um ângulo incomum.

O núcleo brilhante pode ser visto ao centro, junto com um disco muito fino, que parece uma linha reta do ponto de vista da imagem. Um halo de estrelas na periferia da galáxia parece fazer a linha brilhar.

NGC 4452 foi observada pela primeira vez por William Herschel em 1784, na Inglaterra. Ele descreveu o objeto como uma nebulosa brilhante, pequena e alongada.

Essa galáxia é parte do Aglomerado de Virgem, que tem esse nome porque muitas das galáxias que o integram aparecem na constelação de Virgem. Esse aglomerado está a cerca de 60 milhões de anos-luz e contém cerca de 2.000 galáxias.

Acredita-se que o Grupo Local, quer inclui a Via-Láctea, esteja na periferia do Aglomerado de Virgem, e que será atraído para seu interior, pela ação da gravidade.

Quasi-stellar Objects (QSO) ou Quasares

Uma fonte de energia distante no espaço, com o tamanho aparente de uma estrela, e com excesso de ultravioleta. Alguns destes quasares emitem enormes quantidades de radiação, incluindo ondas rádio e raios X mas alguns são quietos em rádio, ou seja não emitem radiação na faixa rádio. Os quasares foram detectados primeiro por Maartin Schmidt e Allan R. Sandage em 1963-1964. A palavra quasar é uma abreviação de "quasi-stellar radio objects". No início dos anos 1960, quando os quasares foram detectados pela primeira vez, eles foram chamados de "radio stars" ("estrelas rádio") uma vez que eles emitiam grandes quantidades de radiação, incluindo ondas rádio. Mais recentemente os astronomos passaram a substituir o nome "quasar" por "Quasi-Stellar Objects" ou QSO. A razão para mudar a classificação de "quasar"para "QSO" é que este termo mais novo inclui os recém-descobertos quasares do tipo rádio-quieto.

Os QSOs são objetos que, à primeira vista, parecem estrelas normais. Após uma inspeção mais detalhada, entretanto, os QSOs apresentam espectros com deslocamentos para o vermelho (redshift) muito grandes, ou seja a luz que eles emitem é fortemente deslocada na direção da extremidade vermelha do espectro.

Embora sua natureza exata seja um assunto controverso, os QSOs são comumente considerados serem núcleos de galáxias, extremamente distantes e extraordinariamente brilhantes. Neste caso, então a luz que vemos proveniente deles teria sido emitida quando o Universo tinha uma fração da sua idade atual.

Arqueólogos querem determinar causa da morte de Tycho Brache


Tycho Brahe descobriu alguns dos mistérios do Universo no século 16 – e agora, cientistas contemporâneos querem desvendar o mistério de sua morte repentina. Nesta segunda-feira (15/11/2010), uma equipe internacional de pesquisadores abriu seu túmulo em uma igreja de Praga, onde o dinamarquês está enterrado desde 1601.

As precisas observações astronômicas de Brahe, que ajudaram a fundar os princípios da astronomia moderna, são bem conhecidas e documentadas, mas as circunstâncias de sua morte aos 54 anos são mais nebulosas.

Nascido em 1546 no castelo de sua família, Brahe estava em Praga em 1601 a convite do imperador Rodolfo II, após um desentendimento com rei dinamarquês tê-lo feito abandonar seu observatório na ilha de Hven.

Sempre se imaginou que Brahe teria morrido de uma doença nos rins ou uma infecção na bexiga – e diz-se que ela foi resultado de seu receio de ir contra a etiqueta da corte ao interromper uma recepção para ir ao banheiro.

Mas exames em amostras de seus cabelos, conduzidos em 1996 na Suécia e Dinamarca – obtidos em uma exumação de 1901 – indicaram níveis incomuns de mercúrio, abrindo caminho para a teoria de intoxicação pelo metal, ou até mesmo assassinato.

Jens Vellev, professor de arqueologia medieval na Universidade de Aarhus, na Dinamarca, está liderando o grupo de cientistas. Eles têm até sexta-feira para exumar os restos de Brache e de sua esposa, que foi enterrada a seu lado três anos após sua morte, e levarão as amostras para o departamento de arqueologia do Museu Nacional Tcheco. Os resultados serão anunciados no próximo ano.

O túmulo de Brache foi levantado do chão da igreja, e os cientistas inseriram uma microcâmera para avaliar seu estado. Seus restos estavam em uma caixa de estanho de um metro, localizada a 1,6 metros abaixo da superfície.

Vellev afirmou que decidiu pedir permissão da igreja e das autoridades de Praga para reabrir a tumba porque não houve um relatório arqueológico adequado da exumação de 1901. Ele também espera conseguir amostras melhores do bigode e dos cabelos de Brache, e pela primeira vez, conseguir pedaços de ossos, que poderiam ser examinados pela primeira vez com as últimas tecnologias. “Como cientista, ele é importante para todo o mundo,” disse o professor.

Os exames vão tomografias computadorizadas, técnicas modernas de raio-x e análises atômicas. Vellev acredita que os testes vão conseguir estabelecer que os níveis de mercúrio ingeridos por Brache na suas últimas semanas de vida foram fatais, possivelmente vindos de um analgésico. “Talvez nós cheguemos perto da verdade, mas não acredito que conseguiremos uma resposta definitiva,” afirmou.

Os cientistas também estão interessados no crânio do astrônomo. Brache teve parte de seu nariz amputado durante um duelo em 1566, enquanto estudava na cidade alemã de Rostock, e o pedaço faltante foi substituído por uma placa de metal. A placa não foi encontrada em 1901, mas os exames devem conseguir determinar sua composição, provavelmente uma liga de prata com cobre, segundo Vellev.

Simulador de eclipse solar e lunar

Criação (2010) Trailer Oficial Legendado

Enquanto isso, lá no céu...

Nebulosas Planetárias

Créditos: http://www.on.br

Estrelas não são objetos cósmicos eternos. Elas se formam, evoluem, se transformam e, como tudo mais no Universo, em algum momento chegarão ao fim de sua existência. O processo de evolução estelar é bastante complexo pois, para descrever o longo período de existência de uma estrela, temos que fazer uso de, praticamente, todo o nosso conhecimento em física. Essa é a área da astrofísica que chamamos de "evolução estelar" e nela usamos a física de gases, física de baixas temperaturas, física nuclear, física de partículas e até mesmo física do estado sólido! 

É usando essa imensa mistura de conhecimentos que descrevemos as propriedades características de cada estrela. E o resultado é que ficamos sabendo que nem todas possuem o mesmo processo evolutivo e, consequentemente, o mesmo destino. Algumas explodirão como supernovas deixando ou não um resíduo estelar. Se o resíduo existe, ele é uma estrela de nêutrons ou um buraco negro. Mas isso só acontece com as estrelas de grande massa, aquelas que têm massa superior a 8 massas solares. 

Mas, o que acontece com as estrelas que possuem massa inferior a esse limite? Para o grupo de estrelas com massa menor que esse limite (o qual inclue obviamente o nosso Sol) o destino é bem diferente. Elas irão evoluir e, em algum momento de sua existência, se transformarão em "nebulosas planetárias". 

Como você verifica imediatamente, a despeito do seu nome, as nebulosas planetárias não têm qualquer relação com planetas! Nebulosas planetárias têm origem no processo de evolução de estrelas. O nome "nebulosa planetária" é usado por razões históricas: antigos astrônomos, os primeiros que viram esses objetos através de seus pequenos telescópios, notaram que eles tinham forma semelhante a um planeta gigante tal como Júpiter e suspeitaram que eles também fossem planetas. O astrônomo francês Charles Messier foi o primeiro a observar uma nebulosa planetária, em 1764, na constelação Vulpecula, à qual ele deu o número 27 (M27) do seu catálogo de objetos difusos. Foi o astrônomo William Herschel quem atribuiu a esses objetos o nome "nebulosa planetária" por achar que eles se pareciam com o planeta Urano que ele havia recentemente descoberto. Essa é a origem do nome que, embora possa induzir ao erro, ainda é usado pela Astronomia. A verdadeira natureza das nebulosas planetárias só foi conhecida após as primeiras observações espectroscópicas, o que ocorreu somente em meados do século XIX. 

Como se formam as nebulosas planetárias 

Estrela semelhantes ao nosso Sol, após esgotarem o hidrogênio existente na sua região central, começam a contrair. Isso significa um aumento contínuo na temperatura dessa região. Quando essa temperatura é da ordem de 100 milhões de graus tem inicio a queima nuclear do hélio nessa mesma região. Dizemos então que a estrela entrou em uma nova fase de sua evolução: ela aumenta muito o seu tamanho, transformando-se em uma "gigante vermelha". Na fase "gigante vermelha", devido a grandes pulsações que ocorrem na estrela, o gás que forma suas camadas mais externas começa a ser expulso sob a forma de fortes ventos estelares. Como conseqüência disso, a região central da estrela, muito quente, fica cada vez mais exposta, já que as camadas opacas que a rodeavam vão diminuindo continuamente. À medida que as camadas atmosféricas vão sendo expelidas, regiões cada vez mais profundas são expostas. Essas regiões estão progressivamente a temperaturas cada vez maiores (quanto mais profunda a camada estelar mais alta sua temperatura). Em um determinado momento a temperatura da superfície exposta é da ordem de 30000 K. Agora já há suficiente radiação ultravioleta, bastante energética, sendo emitida por essa região central bastante quente. Essa radiação incide sobre o material gasoso que havia sido ejetado e que, conseqüentemente, começa a brilhar. Em linhas bem gerais, é assim que se forma uma nebulosa planetária. 

Em algumas dezenas de milhares de anos (um tempo curto pelos padrões astronômicos) o material ejetado será dispersado no meio interestelar e a estrela central lentamente esfriará e, em um dado momento, deixará de ser uma estrela. 

As nebulosas planetárias são muito importantes pois desempenham um papel principal na evolução química da galáxia onde elas se encontram. Lembre-se que para criar uma nebulosa planetária a estrela tem que estar em um avançado estado de sua evolução. Isso significa que os processos de queima nuclear que ocorreram no seu interior já geraram muitos elementos químicos pesados, tais como carbono, nitrogênio, oxigênio, etc. A esse processo de formação de elementos pesados damos o nome de nucleossíntese. Ao lançar no espaço todo o seu envoltório gasoso ou seja, os gases que envolvem sua região central, a estrela enriquece o meio interestelar com esses elementos pesados. Em algum momento esse gás e poeira interestelares, agora enriquecido com elementos químicos pesados, dará origem a novas estrela (assim como novos sistemas planetários) 

É importante notar que a formação de uma nebulosa planetária, embora ocorrendo em um estado avançado de evolução de uma estrela, não significa o fim dela. A região central da estrela que deu origem à nebulosa planetária (ao expulsar todo o gás que existia em torno do seu centro) ainda é uma estrela, que continuará a evoluir vindo futuramente a se transformar em uma estrela anã branca. Essa estrela anã branca irá lentamente diminuindo sua luminosidade até finalmente "apagar" no espaço, transformando-se naquilo que alguns chamam de "anã negra". 

O destino do nosso Sol é se transformar em nebulosa planetária possivelmente daqui a 10 ou 13 bilhões de anos. Como a idade atual do Sol é de "apenas" 4,7 bilhões de anos, ainda nos resta algum tempo para aprender astrofísica antes que isso aconteça. Infelizmente, como o Sol antes de se transformar em nebulosa planetária terá que passar pelo estágio de estrela gigante vermelha, um objeto tão grande que o limite de sua superfície alcançará a órbita da Terra certamente eliminando a possibilidade de vida no nosso planeta, não veremos a formação de sua nebulosa planetária. Resta-nos apenas sonhar que a nebulosa planetária criada futuramente pelo Sol seja tão ou mais bonita que as várias nebulosas planetárias que conhecemos hoje. 

Sua distribuição, quantidade e características físicas 

Conhecemos cerca de 3000 nebulosas planetárias na nossa Galáxia mas estima-se que existam cerca de 10000 desse objetos nela. 

As nebulosas planetárias se localizam preferencialmente próximas ao plano da nossa Galáxia, que chamamos de Via Láctea. Sua maior concentração é próxima à região central da Galáxia. 

No entanto esse número pode nos enganar uma vez que as nebulosas planetárias existem por um tempo relativamente curto, algumas dezenas de milhares de anos, muito pouco se comparado com o tempo de vida típico de uma estrela que é de bilhões de anos. 

Uma nebulosa planetária típica tem cerca de 1 ano-luz de diâmetro. Ela é formada por gás extremamente rarefeito, com densidade de cerca de 1000 partículas por centimetro cúbico. Para ver como isso é rarefeito, compare com a densidade da atmosfera da Terra: 2,5 x 1019 (ou seja, 25.000.000.000.000.000.000) partículas por centimetro cúbico. No entanto, as nebulosas planetárias jovens algumas vezes apresentam densidades bem maiores, algo por volta de 106 (ou seja, 1.000.000) partículas por centimetro cúbico. A diferença em densidade ocorre à medida que a nebulosa planetária envelhece: com o passar do tempo, o gás que a forma se expande no meio interplanetário com uma velocidade de alguns quilômetros por segundo, o que faz a densidade diminuir. 

As incríveis formas das nebulosas planetárias 

As nebulosas planetárias são, em geral, objetos celestes com brilho fraco, o que faz com que nenhuma delas seja visível a olho nu. Com a entrada em funcionamento dos grandes telescópios, assim como dos telescópios espaciais tais como o Hubble Space Telescope, os astrônomos passaram a ter uma visão mais completa das nebulosas planetárias. Muitas novos objetos desse tipo foram descobertos e suas formas analisadas pelos cientistas. 

Durante muito tempo acreditou-se que as nebulosas planetárias apresentavam, de modo geral, uma forma geométrica com simetria esférica. As novas observações mostraram que isso nem sempre ocorre. Somente cerca de 20% das nebulosas planetárias conhecidas mostram formas esfericamente simétricas. Hoje conhecemos nebulosas planetárias com as mais diversas formas, algumas delas mostrando estruturas bem complexas. 


Não se sabe ainda o que causa estas formas tão originais. Acredita-se que se a estrela que gerou uma nebulosa planetária faz parte de um sistema estelar binário, formas bem estranhas podem ser causadas por interações gravitacionais com a estrela companheira. 

Existe uma classificação morfológica das nebulosas planetárias criada pelo astrofísico russo Vorontsov Velyaminov, que as separa nos seguintes grupos:
1 - imagem estelar

2 - disco suave
a - mais brilhante na direção do centro
b - brilho uniforme
c - vestígios de uma estrutura de anel

3 - disco irregular
a - distribuição de brilho muito irregular
b - vestígios de estrutura de anel

4 - estrutura de anel

5 - forma irregular, semelhante a uma nebulosa difusa

6 - formas anomalas

Algumas nebulosas planetárias apresentam estruturas ainda mais complexas que as descritas acima. Nesse caso elas são classificadas como combinações das categorias que acabamos de citar. Por exemplo, um nebulosa espiral que apresente anel e disco é classificada como "4+2" e se ela mostra dois anéis recebe a classificação "4+4". 

Alguns exemplos de nebulosas planetárias 

Mostramos a seguir alguns impressionantes exemplos de nebulosas planetárias. No entanto, o leitor deve ficar alerta de que as cores aqui mostradas não são aquelas que o seu olho irá perceber ao observar esses objetos através de um telescópio. As nebulosas planetárias emitem luz em cores muito específicas. A maior parte de sua radiação é emitida nos intervalos azul-verde e vermelho, sem que haja uma grande emissão no intervalo entre essas duas cores. 

Abell 39

Situada a cerca de 7000 anos-luz de nós, na constelação Hercules, esta nebulosa planetária tem o diametro de cerca de 6 anos-luz e é uma das maiores estruturas esféricas existentes em nossa Galáxia. Sua concha esférica tem a espessura de cerca de um terço de ano-luz. A estrela que deu origem a essa nebulosa planetária está deslocada 0,1 anos-luz em relação ao centro da esfera e não se sabe a razão disso. Através do gás da nebulosa, assim como em torno dela, vemos várias galáxias localizadas a milhões de anos-luz de nós. 

BD+303639
Essa nebulosa planetária está localizada a cerca de 10000 anos-luz da Terra, na direção da constelação Cygnus. Em torno da estrela central existe um anel brilhante formado por gás hidrogênio emitido pela estrela ainda na sua fase de estrela gigante vermelha. Essa imensa concha é aproximadamente 100 vezes maior do que todo o nosso Sistema Solar. Futuramente essa concha vai ser destruida pela radiação ultravioleta emitida pela estrela central. 

NGC 6302

Essa nebulosa planetária está localizada a cerca de 3400 anos-luz de nós, na constelação Scorpius. Seu diâmetro é um pouco superior a 3 anos-luz. Análises do espectro dessa nebulosa planetária mostraram que sua estrela central é um dos objetos mais quentes conhecidos em nossa Galáxia, com uma temperatura na superfície superior a 200000 K o que nos leva a supor que a estrela que formou essa nebulosa planetária era muito grande. Apesar de suas característica essa estrela central nunca foi observada devido ao fato de estar encoberta por um disco de poeira e gás bastante denso.


A nebulosa planetária NGC 6302 se caracteriza por mostrar uma estrutura bipolar, com dois grandes lobos primários se projetando de uma região central. Estima-se que NGC 6302 foi formada há cerca de 1900 anos.

M27 (NGC 6853)

Essa nebulosa planetária está a cerca de 1240 anos-luz de nós, na constelação Vulpecula. Possivelmente seu diâmetro é de quase 3 anos-luz. Sua estrela central, que pode ser vista nessa imagem, continua a ionizar o gás que a circunda. Ela é a maior estrela anã branca conhecida até o momento, tendo um raio de cerca de 0,055 vezes o valor do raio do Sol.

Mostramos, a seguir, a imagem da nebulosa planetária M27 obtida na região espectral do vermelho longinquo e infravermelho próximo. As estrela de fundo mostradas aqui têm sua luminosidade bastante diminuida pela poeira que existe na nebulosa e que absorve a luz estelar. 




NGC 2392

Localizada a cerca de 3000 anos-luz de nós na constelação Gemini, essa nebulosa planetária é uma estrutura complexa formada formada por conchas duplas. Estima-se que NGC 2392 tenha cerca de 1060 anos de idade. Os filamentos internos visíveis na imagem estão sendo ejetados por fortes ventos de partículas provenientes da estrela central. O disco mais externo contém filamentos de cor laranja, não usuais, com cerca de 1 ano-luz de comprimento.

NGC 7293

A nebulosa planetária NGC 7293 está localizada a cerca de 650 anos-luz de nós, na constelação Aquarius. Ela é uma das nebulosas planetárias mais próximas a nós. Seu diâmetro é de cerca de 3 anos-luz, aproximadamente 3/4 da distância entre o Sol e a estrela mais próxima de nós. Cuidadosos estudos da morfologia dessa nebulosa planetária mostraram que ela não tem a forma de bolha mas sim a de um cilindro que, por acaso, tem sua base apontada para a Terra. Estima-se que esta nebulosa planetária tenha 10600 anos de idade. A cor azul corresponde ao oxigênio excitado no gás da nebulosa. A cor vermelha corresponde ao hidrogênio e nitrogênio excitados também presentes no gás nebular. 

M2-9

Localizada a 2100 anos-luz de nós na constelação Ophiuchus. No seu centro estão duas estrela em órbita dentro de um disco gasoso cujo diâmetro equivale a 10 vezes a órbita do planeta anão Plutão. Os astrônomos acreditam que a natureza bipolar mostrada por essa nebulosa planetária foi formada quando o envoltório gasoso expelido pela estrela ultrapassou esse disco de matéria gasosa. Acredita-se que a nebulosa planetária M2-9 tenha 1200 anos de idade. Note que o "M" que aparece no nome dessa nebulosa não significa "catálogo Messier". 

M57 (NGC 6720)

Localizada na constelação Lyra, a uma distância de 2300 anos-luz, a nebulosa M57 possui um diâmetro de cerca de 2,6 anos-luz. Acredita-se que ela foi formada a cerca de 1610 anos. A estrela central possui uma temperatura de superfície de cerca de 125000 K sendo, no momento, 200 vezes mais luminosa que o Sol. As cores mostradas na imagem ilustram como o gás que forma essa nebulosa planetária é ionizado e brilha como resultado da incidência da radiação ultravioleta emitida pela estrela central residual, uma estrela anã branca cuja temperatura da superfície chega a 120000 graus. A cor azul mostra emissão proveniente do hélio muito quente que está localizado principalmente próximo à estrela central. A cor verde representa o oxigênio ionizado, que está localizado longe da estrela. A cor vermelha mostra o nitrogênio ionizado localizado bem mais afastado da estrela.



M76 (NGC 650/651)

Localizada a cerca de 3400 anos-luz de nós, na constelação Perseus, a nebulosa planetária M76 é um dos objetos mais fracos registrados no catálogo Messier. Seu diâmetro parece ser de 2,6 anos-luz mas tanto esse valor como sua distância até nós, que pode estar entre 1700 e 15000 anos-luz, são bastante incertos. Sua estrela central ainda pode ser registrada, possuindo a magnitude fotográfica 16,5. Os astrônomos acreditam que ela possui massa no intervalo de 0,6 a 0,9 massas solares e que sua temperatura parece ser de 60000 K. 

Essa nebulosa planetária possui dois números "NGC" porque o astrônomo William Herschel acreditou tratar-se de uma nebulosa dupla não resolvida (ou seja, não observada separadamente) opticamente.

M97 (NGC 3587)

Essa nebulosa planetária está localizada a cerca de 2900 anos-luz de nós na constelação Ursa Major e tem um diâmetro de cerca de 3 anos-luz. Ela se formou há cerca de 6000 anos. M97 é uma das mais complexas nebulosas planetárias conhecidas. As cores na imagem correspondem a oxigênio ionizado [OIII] em azul, nitrogênio ionizado [NII] em verde e hidrogênio [H-alpha] em vermelho.


NGC 3242

Estima-se que esta nebulosa planetária está a cerca de 1400 anos-luz de nós, na constelação Hydra. As extermidades vermelhas que aparecem na imagem ainda não foram explicadas pelos cientistas.

NGC 40

A nebulosa planetária NGC 40 está a cerca de 3500 anos-luz de nós, na constelação Cepheus, e tem cerca de 0,6 anos-luz de diâmetro. Sua estrela central é bastante brilhante, com uma magnitude de 11,6 e massa de cerca de 0,7 massas solares. A temperatura dessa estrela é cerca de 50000 K. Os cientistas acreditam que a nebulosa planetária NGC 40 existirá por apenas mais 30000 anos, deixando para trás uma estrela anã branca com aproximadamente o tamanho da Terra. 

NGC 6369

Localizada na constelação Ophiucus, esta nebulosa planetária está a cerca de 2000 anos-luz de nós. A principal estrutura em anel da nebulosa planetária tem cerca de 1 ano-luz de diâmetro. Podemos ver próximo ao centro da nebulosa planetária a estrela anã branca que irradia fortemente em comprimentos de onda do ultravioleta e faz brilhar o gás em expansão que forma a nebulosa. As cores vistas na imagem corresponde aos átomos ionizados que fazem a nebulosa planetária brilhar: oxigênio (azul), hidrogênio (verde) e nitrogênio (vermelho). 

Mostramos abaixo a imagem da nebulosa planetária NGC 6369 obtida na região infravermelho do espectro eletromagnético.


NGC 6543

Esta nebulosa planetária está situada a cerca de 3300 anos-luz de nós, na constelação Draco. Ela é uma das mais complexas nebulosas planetárias que conhecemos até hoje apresentando uma estrutura que engloba nós, jatos e arcos resistentes que até hoje não foram inteiramente compreendidos pelos astrônomos. Essas estruturas gasosas complexas em geral são criadas quando a estrela que cria a nebulosa planetária pertence anteriormente a um sistema binário de estrelas. No caso da nebulosa planetária NHC 6543 ainda não existe evidência que a estrela que deu origem a ela pertecesse a um sistema estelar binário. 

A estrela central da nebulosa planetária NGC 6543 é muito quente, do tipo O, com uma temperatura da superfície de cerca de 80000 K. Essa estrela é cerca de 1000 vezes mais luminosa que o Sol mas seu raio é apenas 0,65 do raio solar. 

NGC7009

Localizada a uma distância incerta de nós, que pode estar entre 2000 e 4000 anos-luz, essa nebulosa planetária pode ser vista na constelação Aquarius. A dificuldade em determinar sua distância até nós deve-se ao fato de que, em sua vizinhança, não existem estrelas que possam ser tomadas como referência para a obtenção dessa medida. Os astrônomos acreditam que a estrela central dessa nebulosa planetária expeliu primeiro o gás aqui mostrado em cor verde e que agora aparece na forma de uma barra. Este gás "verde" agora confina os ventos estelares provenientes da estrela central, criando um jato que forma a estrutura que tem a cor vermelha nas pontas. 

IC 418

Situada a uma distância de cerca de 2000 anos-luz de nós, na constelação Lepus, essa nebulosa planetária se caracteriza pelo intricado desenho que os gases formam no seu interior. Seu diâmetro é de apenas 0,3 anos-luz. A cor vermelha mostra emissão a partir de nitrogênio ionizado, que é o gás mais frio existente na nebulosa planetária, localizado bem distante da sua região central. A cor verde mostra emissão produzida pelo hidrogênio e a cor verde mostra a emissão do oxigênio ionizado, o gás mais quente e que se encontra próximo à estrela central.

NGC 2440

Essa nebulosa planetária está a cerca de 4000 anos-luz de nós, na constelação Puppis. A estrela que deu origem a essa nebulosa planetária é o ponto branco que podemos percebre no centro da imagem. Ela é uma das estrelas anãs brancas mais quentes que conhecemos atualmente, com uma temperatura da superfície de cerca de 200000 K. A cor azul mostra a presença de hélio, a cor azul-esverdeado corresponde ao oxigênio e a cor vermelha ao nitrogênio e hidrogênio.

SuWt 2

Localizada a cerca de 6500 anos-luz da Terra,na constelação Centaurus, a nebulosa planetária SuWt 2 consiste de anel de gás brilhante quase visto de borda em relação a nós. A imagem nos mostra uma estrutura brilhante, com a forma de um anel, que se apresenta em torno de uma estrela brilhante central. Essa estrela central é na verdade um sistema estelar binário com estrelas muito próximas uma da outra. As duas estrelas giram uma em torno da outra em apenas 5 dias. A interação entre esse sistema binário e a estrela mais massiva que deu origem a essa nebulosa planetária é que formou essa estrutura em forma de anel. Até hoje os astrônomos não conseguiram localizar essa estrela de maior massa.

NGC 2371

Essa nebulosa planetária está localizada a cerca de 4300 anos-luz de nós na constelação Gemini. Sua estrela central possui uma temperatura superior a 130000 K. A imagem mostra aspectos intrincados da estrutura nebular. O mais notável são as nuvens de cor rosa que se localizam em lados opostos da estrela central. Também chama a atenção os numerosos pontos muito pequenos e na cor rosa que marcam as posições de "nós" pequenos e relativamente densos de gás. A razão dessa estrutura complicada ainda não é bem entendida mas pode estar relacionada com a presnça de uma segunda estrela em órbita em torno da estrela central visível na imagem.

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