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O APEX é um telescópio com 12 metros de diâmetro, que trabalha nos comprimentos de onda do milímetro e sub-milímetro - entre o infravermelho e as ondas rádio. A astronomia submilimétrica permite a observação do Universo distante, frio e com poeira. No entanto, a pouca radiação que chega do espaço nestes comprimentos de onda é maioritariamente absorvida pelo vapor de água que se encontra na atmosfera da Terra. O Chajnantor é o sítio ideal para um tal telescópio, uma vez que é uma das regiões mais secas do planeta. Está 750 metros mais alto que os observatórios de Mauna Kea e 2400 metros acima do Very Large Telescope (VLT) no Cerro Paranal.
A região sub-milimétrica encontra-se relativamente mal estudada em astronomia, revelando um Universo que não pode ser observado no visível ou infravermelho. Esta região do espectro electromagnético é ideal para o estudo do “Universo frio”: a radiação a estes comprimentos de onda vem de enormes nuvens frias no espaço interestelar, que se encontram a temperaturas apenas alguns graus acima do zero absoluto. Os astrónomos usam esta radiação para estudar as condições físicas e químicas destas nuvens moleculares - regiões densas de gás e poeira cósmica onde novas estrelas se estão a formar. Observadas no visível, estas regiões do Universo aparecem, na maior parte das vezes, escuras e obscurecidas devido à poeira, mas brilham intensamente na região milimétrica e sub-milimétrica do espectro. Esta região de comprimentos de onda é também ideal para estudar as galáxias mais distantes que se formaram no início do Universo, uma vez que a radiação vinda destas galáxias apresenta um desvio na direcção de comprimentos de onda maiores.
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O APEX é um projecto de colaboração entre o Instituto Max-Planck para a Rádio Astronomia, o Observatório Espacial de Onsala e o ESO. O telescópio é operado pelo ESO.
Para mais informação por favor visite o site internet do APEX.
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