Sondas da Nasa devem se chocar com a Lua

Ebb e Flow fizeram mapeamento da estrutura interna do satélite terrestre.
Com o fim de sua missão, agência vai deixar que caiam em solo lunar.

As sondas gêmeas Ebb e Flow, que por um ano fizeram imagens que permitem conhecer melhor a estrutura interna da Lua, devem concluir sua missão na próxima segunda-feira (17/12/2012), caindo em uma montanha do polo norte do satélite às 20h28 (horário de Brasília), segundo informa a agência espacial americana Nasa.

"A missão foi um sucesso, mas este é um momento um pouco triste para mim", disse esta semana David Lehman, o gerente do programa Grail (a sigla em inglês que corresponde a Laboratório Interior e de Recuperação de Gravidade), em entrevista coletiva dada em Pasadena, Califórnia.

Após anos de preparação, um foguete Delta II partiu em setembro de 2011 propulsando rumo à Lua dois satélites: o Grail A - que estudantes americanos batizaram como Ebb - e o Grail B, batizado como Flow.

Essas sondas, que voam lado a lado, empregaram um sistema de campo gravitacional de alta qualidade para determinar a estrutura interior da Lua. No domingo será completada a última órbita dos robôs gêmeos, cujo combustível está acabando, e o controle da missão dará comando para que todos os instrumentos científicos sejam desligados.

Após isso, Ebb e Flow se dirigirão ao cume de uma montanha no polo norte da Lua e concluirão sua missão, caindo no solo antes de passar ao outro lado do satélite, invisível desde a Terra.

A partir de medições de sondas da missão Grail foi possível conscluir que os asteroides e cometas que colidiram com a Lua não apenas tornaram sua superfície esburacada, mas também provocaram profundas fraturas na crosta do satélite terrestre. Esses resultados surpreeram os cientistas envolvidos na missão, que tiveram trabalhos publicados  numa edição impressa da "Science" do começo do mês.
A descoberta pode ajudar a decifrar um enigma sobre Marte. No planeta vizinho da Terra, fraturas similares podem ter proporcionado um caminho para que a água da superfície penetrasse profundamente no solo, onde ela pode estar até hoje, afirmaram os cientistas.

Imagem feita pelas sondas da Nasa mosta mapeamento da superfície da Lua(Foto: Nasa)
"Marte pode ter tido um antigo oceano e todos nós nos perguntamos para onde ele foi. Bem, esse oceano pode muito bem estar no subterrâneo", afirmou a cientista Maria Zuber, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).
"Sabia-se que os planetas rochosos do Sistema Solar tinham sofrido muitos impactos há vários bilhões de anos, mas ninguém pensava que a superfície lunar tivesse sido tão maciçamente bombardeada", destacou Maria Zuber, encarregada científica da missão.

As duas sondas gêmeas, em órbita polar desde janeiro passado, fizeram medições muito precisas do campo gravitacional lunar que revelaram a divisão das massas, assim como a espessura e a composição dos diferentes estratos da Lua, até seu núcleo.

Deixaram claro, por exemplo, que a crosta lunar é muito mais fina do que pensavam os cientistas, ao apresentar uma espessura de 34 km a 43 km, de 6 km a 12 km a menos do que o se tinha calculado até agora.

A composição da Lua aparece, então, como "similar à da Terra, o que alimenta a teoria de que está formada por materiais terrestres espalhados após um enorme impacto no começo da história do Sistema Solar", explicou Mark Wieczorek, do Instituto de Física do Globo de Paris, autor de um dos três estudos sobre os resultados da missão Grail.

Estas pesquisas foram apresentadas na conferência anual da American Geophysical Union, em San Francisco. Em relação à sua superfície, o interior da Lua parece extremamente regular. Os cientistas descobriram que a maior parte das variações constatadas no campo gravitacional eram produto de formações geológicas produzidas na superfície, como montanhas ou crateras.

A crosta externa da lua carece de estruturas rochosas densas e é constituída, provavelmente, por materiais porosos ou pulverizados. O mapa do interior da Lua revela, por sua vez, a existência de mapas mais densas, formadas por magma vulcânico, que terminou se solidificando e formando densas paredes rochosas.

G1

Asteróide Toutatis passará perto do planeta Terra

As vésperas da aproximação da tão temida data do fim do mundo, um grande asteroide passará perto do planeta Terra.

Na próxima quarta-feira, 12 de dezembro/2012, o asteroide Toutatis, passara a uma distancia de 7 milhões de quilômetros de nosso planeta, ou seja, 18 vezes mais longe que a orbita da Lua, a uma velocidade de 11 quilômetros por segundo.

Um dia depois, se encontrará com a sonda chinesa Chang E, que passara a varias centenas de quilômetros do objeto espacial e poderá tirar fotos do Toutatis. A sonda Chang E2 será a primeira sonda chinesa a ter encontrado com um asteroide. Como a velocidade do asteroide é muito alta, os cientistas estimam que possa tirar apenas duas fotografias, antes e depois da aproximação.

O asteróide Toutatis, que tem 4,6 quilômetros de comprimento, por 1,9 quilômetros de largura, foi descoberto no dia 4 de janeiro de 1989 e pertence ao grupo dos chamados asteroides perigosos. No entanto, os cientistas acreditam que neste ano ele não poderá causar alguma catástrofe em nosso planeta, pois esta prevista para o ano de 2196, quando ele estará bem mais perto de nosso planeta, a uma distancia de 2,96 milhões de quilômetros. Mas eles lembram, que a próxima vez que ele passara ‘perto’ da terra novamente será no dia 26 de dezembro de 2016.

Marília Gabriela entrevista Marcelo Gleiser

Chuva de Meteoros Gemínidas


Dezembro é o mês da chuva de meteoros geminídeas. Como o próprio nome já diz, esses meteoros aparentemente surgem da constelação de Gêmeos.

Na verdade, esses meteoros são fragmentos do asteroide 3200 Phaeton que ficaram pra trás.

Esta relação foi revelada após a descoberta do asteróide em 1983 pelo satélite IRAS e foi a primeira chuva de meteoros a estar claramente ligada a um asteróide. Embora muitos acreditem que o asteróide seja apenas um cometa extinto, e que as partículas que produzem a chuva de meteoros foram ejetadas durante séculos.

Quando a Terra cruza com esse rastro deixado no espaço, acontece as chamadas chuva de meteoros.


A média de meteoros entrando na atmosfera é de 120 por hora e com velocidade de 35km/s. Existem fontes que falam de 75 ou 80 meteoros/hora.

Os meteoros possuem uma gama de cores, que vai desde o branco, passando pelo azul, amarelo, vermelho e verde. Essa chuva pode ser observada até o dia 19 de Dezembro, com o máximo ocorrendo no dia 13 do mesmo mês.

Chuva de meteoros é um evento em que um grupo de meteoros são observados irradiando de um único ponto no céu, chamdao de radiante. Esses meteoros são causados pela entrada na atmosfera de detritos a velocidades muito altas. Numa chuva de meteoros, esses detritos geralmente são resultado de interações de um cometa com a Terra, em que material do cometa é desprendido de sua órbita, ou quando a Terra cruza essa órbita.

A maior chuva de meteoros ocorrida na história se deu no dia 13 de novembro de 1833. Esta chuva de meteoros pôde ser vista do Canadá até o México.

Posição Planetária Atual - Clique na imagem Posição Planetária Atual - NASA

O céu da sua cidade - Clique aqui - Apolo11.com

O Sol Agora - Clique na imagemPosição Planetária Atual - NASA
Symphony of Science
Através do Buraco de Minhoca