Nasa seleciona 7 empresas para criar nova geração de naves

Companhias disputarão para fornecer vôos para a Estação Espacial Internacional após o fim dos ônibus espaciais.

Associated Press

Imitando a cena de meio século, quando os sete selecionados para compor a primeira geração de astronautas americanos foram apresentados ao público, o chefe da Nasa apresentou na terça-feira, 2, as sete empresas que a Nasa vai financiar para que criem naves espaciais privadas.

E mais dinheiro está a caminho. Na proposta de orçamento do presidente Barack Obama, além de o cancelamento do Programa Constellation, de US$ 100 bilhões, está prevista a destinação de US$ 6 bilhões, ao longo de seis anos, para a criação de táxis espaciais. A Nasa compraria viagens neles para levar astronautas á Estação Espacial Internacional (ISS).

Alguns dos atores desse novo mercado são companhias criadas por pioneiros da internet, como Jeff Bezos, da Amazon.com, e Elon Musk, da PayPal. Bezos comanda a Blue Origins, que até ontem só havia se manifestado sobre viagens suborbitais, mas que agora competirá para fornecer à Nasa um táxi orbital.

Musk encabeça a SpaceX, uma empresa que já desenvolveu seu próprio foguete, o Falcon, e uma cápsula espacial, a Dragon.

Outras empresas são a Boeing, Paragon Space Development, Sierra Nevada, United Launch Alliance e Orbital Science.

A Nasa anunciou dotações para o desenvolvimento do táxi espacial, totalizando US$ 50 milhões, para Boeing, Sierra Nevada, Paragon, United Launch e Blue Origin.

Há um ano, a agência espacial já havia destinado US$ 3,5 bilhões para que Orbital Science e SpaceX realizassem 20 voos de carga ao espaço. Ambas as empresas provavelmente entrarão, também, na competição para criar os táxis. Musk, da SpaceX, diz que pode levar astronautas ao espaço três anos depois da assinatura de um contrato. E que a viagem custaria US$ 20 milhões por cabeça, metade do que a Nasa paga aos russos por uma carona nas naves Soyuz.

Com as mudanças dramáticas ordenadas por Obama, a Nasa voltará a sua face pré-Apollo, quando era mais uma agência de pesquisa e desenvolvimento que uma fábrica de veículos espaciais, disse Harry Lambright, professor de políticas públicas da Universidade Syracuse.

"Isso vira a Nasa do avesso; leva-a de volta aos velhos tempos, antes do Apollo", o programa que levou humanos para a Lua pela primeira vez, disse ele, acrescentando que se trata de uma aposta que talvez não dê certo.

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